O Plano
Cap. 12 O Plano
Belatriz contava a Snape uma história bem estranha e ele se sentia cada vez mais desperto e interessado.Era algo um tanto quanto louco, mas por todo ódio que nutria, fazia sentido chegando a seus ouvidos.Sentia até mesmo um misto de orgulho ao ver que o queriam com eles; uma espécie de estima por si mesmo aumentava a cada pedido para se juntar ao “grupo” e isso lhe dava uma sensação de importância e imponência que ele gostou mesmo de experimentar.
O que era jogar com vidas inúteis e trouxas? Estaria apenas acabando com o mal nojento implantado no mundo dos bruxos.Afinal isso não seria a primeira vez a acontecer, aprendera em História da Magia sobre bruxos alemães tentando salvar judeus presos e mortos por serem considerados “impuros” e o mundo não pareceu se importar muito...
A comunidade bruxa teve muito trabalho nessa época e mesmo assim não conseguiram salvar todos eles, dado que estavam lidando com míseros trouxas.Pois bem, quem poderia contra um grupo de bruxos brilhantes que crendo em seu ideal o tornava real embora sanguinário?
Ele queria mesmo pensar assim, mas seu coração gritava pelo seu cérebro, o chamando a razão.Por mais que tentasse mostrar o contrário era realmente um sentimental insensível, se é que isto existia, e se o poder cegava ou não, queria mesmo era provar desta fatia.
-Você pode me achar superficial, fútil e até mesmo insignificante, Severo. Escute seriamente o que estou te falando e esqueça por alguns minutos que nunca fomos de ser amigos: o que você procura nós podemos oferecer, basta você dizer que sim.Eu mudei meu caro, vejo agora que há coisas em nosso mundo que precisam ser mudadas...compreende?
Severo olhava fixamente para a menina de dezessete anos à sua frente, com seus trejeitos aristocráticos e tentava pensar em mil razões convincentes para aceitar e para negar, e para entender e acreditar no que realmente ela dizia, era absurdo demais. (n/a. Até para um mundo fantástico como o deles)
-Nós quem, exatamente?- ele perguntou desconfiado.
-Não posso te falar ainda, mas se quer mesmo saber, Malfoy, minha irmã e Crabbe estão nessa. Ainda há muitos, da escola e até do Ministério, não posso adiantar nada, porém, até que me dê uma resposta. Ou está conosco ou não.E acho melhor escolher a primeira opção.
-Ora vejam só...está me ameaçando? – “ Isto parece sério” ele pensou atento.
-Eu não disse isso Severo...só acho que você mais do que ninguém deveria pensar seriamente em aceitar...Principalmente se não quiser que a ira de nosso mestre caia sobre você e sobre as pessoas que você...gosta?- ela ironizou e falou numa voz infantil - ai Lily, Lily,Lily!
Severo sentiu seu rosto corar e um aperto na boca do estômago. Só servia pra causar mal às pessoas mesmo, e agora, a garota por quem ele morreria “Sim, morreria...” corria riscos por causa daquela entidade maluca que surgiu comandada por um bruxo que ele não conhecia.
Por um momento se sentiu tão tentado em entrar na deles, pensando em trouxas como seu pai que se esquecera que Evans, logo Evans...era um deles.
O seu estômago afundou e ele sentiu um mal-estar o invadindo lentamente.Já não ouvia Belatriz e sua mente foi invadida pela risada de Lílian.O que ele faria se não a ouvisse novamente? Teria que pensar muito no assunto.
-Tenho que pensar...posso?
Belatriz sorriu triunfante e chegou-se mais perto ainda de Snape.
-Eu sabia que você não era um idiota.Pense bem e veja de que lado você deve ficar...pois o futuro pode ser muito gratificante pela escolha que fizer agora.E ele saberá recompensar seus seguidores.
-E...quem é ele?
-Hoje temos apenas 17 anos, quando sairmos da escola poderemos nos juntar a ele...nós o chamamos de Lorde...Lorde das Trevas.
E assim concluindo ela deu um selinho em Snape e rodou sua capa desaparatando em seguida.Um calafrio percorreu a espinha do jovem Severo e ele limpou a boca com o peito da mão em sinal de nojo.
Seus pensamentos fervilhavam desenfreados, o sorriso de Evans se transformava num grito de horror...
-Severo? Quem estava aí com você?
Eillen apareceu na porta preocupada; ouviu um crack que conhecia muito bem.Sentiu uma magia pesada no ar e esta desapareceu quando Snape pareceu despertar de um transe.
-Be...Belatriz Lestrange.- ele balbuciou confuso.
-Então foi ela que finalizou o feitiço...eu conheço a família dela...gente estranha.Afaste-se deles.
Severo assentiu com a cabeça e passou pela mãe na porta.Bateu a porta de seu quartinho e sentou-se na cama sentindo um frio esquisito para o calor que estava.Ficou ali sombriamente abatendo moscas com sua varinha e parecendo entediado, quando na verdade estava pensando furiosamente.
Levantou-se decidido, andando de um lado para o outro, formulando seu plano e foi até o quintal, sob os olhares vigilantes da Sra.Snape.Lá fora, como um objeto velho de quem esqueceram de se livrar, estava uma vassoura de vôo.
“Eu não estou fazendo isso...” Severo pensava revirando os olhos enquanto examinava a vassoura lembrando de seus incidentes com vassouras que não foram nada agradáveis.
No primeiro ano, a vassoura em que montara pela primeira vez agira feito um cavalo louco e empinava-se e sacudia a ponto de joga-lo no chão (e lá embaixo ouvia as risadas maldosas dos colegas).No segundo ano, não teve coragem de se inscrever nos testes de quadribol e ficou assistindo da arquibancada as façanhas dos outros, com certa amargura.No terceiro ano, tentara praticar em casa e acabou um mês trancado no quarto.
Por fim desistira de chegar perto de uma vassoura e convenceu-se de que aquilo era ultrapassado e que preferiria aprender a aparatar mais tarde. “Eu não estou fazendo isso...”
-Acho melhor não fazer o que estou pensando.
Severo gelou no susto ouvindo a voz de sua mãe e virou-se num salto.
-Eu só estava...- ele começou sem jeito, mas decidindo-se respirou fundo e continuou:
-Já estou bem grandinho pra senhora ficar atrás de mim como se eu estivesse fazendo algo errado. Pois não estou, mamãe. Eu sou um bruxo e bruxos voam em vassouras.
Eillen olhou para o filho e seus olhos marejaram.Não estava triste com seu garoto, só percebeu que ele tinha razão.Ela se virou e voltou para casa sem dizer mais nada.
-Não, mãe...eu sinto muito!- ele tentou consertar - Droga! – Praguejou baixinho.Entretanto nada disso iria fazer com que ele desistisse de seu plano.Dessa vez, sua mãe teria que se conformar.
Severo entrou em casa e foi direto para o chuveiro. Estava escuro e jantava com a mãe quando se pronunciou pela primeira vez.
-Vou sair e demoro.- Falou enquanto bebia o suco.
-Cuidado.- ela se limitou a dizer e jogou um galeão e alguns nuques na direção de Snape.
O rapaz arqueou as sobrancelhas e seus olhos sorriram no rosto sério.Aquela senhora surpreendia às vezes.
-Com sua licença, vou me preparar.- suas vestes negras rodopiaram e ele se retirou da mesa.
-Acho bom estar mesmo preparado...- a sra.Snape suspirou melancólica limpando a boca com o guardanapo.
Severo colocou na mochila o que precisava e foi até o quintal pegar a vassoura.Sua mochila era enfeitiçada e ela coube muito bem nela.Passou pelo córrego imundo que estava com um cheiro nada agradável e chegou até a rua.Tirou a varinha do bolso e com a mão direita fez um sinal.Em segundos, uma luz roxa cegava seus olhos e o Nôitbus Andante parava de portas abertas à sua frente.Ele pagou ao velho emburrado que o atendera e falou a Ernie, o motorista: casa de Evans, Lílian.
N/a...nuuu odiei esse capitulo, mas o proximo foi o q mais gostei d esccrever ateh agora!! Aguardem..
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