E agora, Sev?
Cap.11 E agora, Sev?
Abriu os olhos devagar os acostumando à claridade fraca e lembrando-se onde estava. Severo levantou de um salto afastando qualquer traço de preguiça, o mal-humor chegando a noventa por cento (os outros dez ainda não haviam acordado).Vestiu-se rápido e foi em direção à cozinha preparar o café da mãe.Enfiando na boca alguns biscoitos que por sinal estavam moles demais, ele levou a bandeja até o gabinete da Sra.Snape.Bateu levemente na porta ao entrar e colocou o que segurava na mesinha de canto do aposento.
-Sua refeição Srta. Prince.- ele disse numa voz baixinha ao ouvido da mãe.
-Sua elfa nogenta saia daqui...Deixe-me dormir, estou de férias...
Snape balançou a cabeça rindo-se por dentro.Adorava ver a mãe confundindo o passado com o presente enquanto dormia.Continuou a brincadeira.
-Sim senhorita.O que quer que eu faça agora?- ele continuou pegando uma cadeira e sentando-se em frente à mãe, ao lado da mesinha onde estavam os biscoitos.
-Depois quero que me arranje alguma roupa trouxa.
-Posso perguntar para que senhorita?-ele disse comprimindo os olhos com raiva.A mãe sonhava com o tempo em que estava enamorada de Tobias.
-Não sua idiota, e lembre que se contar a alguém queimo suas orelhas na lareira...- Eillen calou-se de repente apertou os olhos devagar e os abriu. Severo a contemplava de cara amarrada.
-Não sou abrigada a ver essa cara de dragão com insônia quando acordo.
-Vejo que está de bom humor, mamãe...-ele enfatizou a última palavra e ironizou: - tendo bons sonhos?
-Deixe de bobagens e vá ver o que está acontecendo com a janela.Ela está emperrando na hora de fechar.Deve ter algo quebrado.
-Mas mãe basta à senhora dizer Repa...
-Silencio!
Snape não pode completar a palavra “Reparo” que estava indicando como feitiço que cuidaria da janela.Sua mãe estava sem varinha, mas sua voz fez com que de sua boca não saísse mais som.
-Eu já lhe disse meu Prince, temos que ser discretos, nada de feitiços aqui.- ela disse com aspereza tomando o chá.- Se não sabe se comportar, terei que deixa-lo assim até segunda ordem.Você sabe que não tenho mais poder, praticamente me tornei um aborto, sim aborto é o que eu tive também não é? Sabe também que o poder não me deixou totalmente e que coisas assim - ela apontou para Severo, mudo pelo feitiço “Silencio!” - acontecem sem que eu queira.
Snape gesticulava com raiva e abria a fechava a boca sem emitir som algum.
-Se eu fosse você meu filho, pegava algo pra ler, ham?- ela riu tristemente jogando a coberta para o lado e sentando-se defronte à mesinha onde estava a bandeja.Severo sentou-se em frente a ela observando-a comer.-Quer que eu fique com pena de você? Não...um verdadeiro Prince não tem pena a não ser dele mesmo.Por isso, como sou uma mãe que tem fibra vou mandar que conserte a janela.Agora.- ela sorriu passando a mão nos cabelos do rapaz, que estava debruçado na mesinha balançando a cabeça impaciente.Ele levantou o rosto com surpresa.Teria mesmo que usar as mãos pra consertar a droga de uma janela velha?A mãe como adivinhando seus pensamentos:
-Sim...com essas mãos bem feitas que puxou de seu avô...E não só uma janela...pensando melhor...todas!
Snape fez uma careta e levantou-se de uma vez.Chegava até a porta quando ouviu.
-Caham! – pigarreou a mãe divertida e olhando-o com falso ar de rigidez.
Severo revirou os olhos e foi até ela beijar sua mão.Era costume de família que ao encontrar um parente mais velho, beijasse sua mão em sinal de respeito.
-Muito bem, se livrou de perder sua mão.Chega de me paparicar, vai logo!
Ah, sim, havia uma suposta lenda de um feitiço que fazia com que a mão do jovem da família que não se prestasse à homenagem perdia a mão, que ficaria seca como uma planta que não era regada.
Severo para provocar a mãe beijou-lhe com exagero e barulho a face e saiu rapidamente da presença dela, bem em tempo, pois um dos tamancos da mulher bateu com um ruído seco na porta que acabava de fechar.
Snape passou toda a manhã e começo da tarde em absoluto silêncio, consertando as janelas e trocando dobradiças.Uma gota de suor desceu solitária pela testa dele quando estava do lado de fora, pelejando com uma excessivamente mais irritante.
-Ei, estranho!
Ele olhou com desdém de cima a baixo a garota que estava se dirigindo a ele.Nem se pudesse falar, diria algo no momento.
-Eu procuro uma pessoa...- ela insistiu.
Ele virou-lhe as costas e continuou com a janela.E daí que ela procura uma pessoa?
-Você é muito educado, hein...Devia tratar melhor um membro da família...Black!
Ele quase caiu de costas no chão tão rápido se virou.Bellatriz Lestrange desceu o capuz e sorriu, olhando com desdém a casa atrás de Snape.
-Então...é aí sua mansão...-ela disse ironicamente analisando do telhado com telhas quebradas até o caminho que deixara a gota de suor na testa de Snape.
-Ele olhou mal-humorado para ela e continuou com a janela; a menina conjurou uma almofada e sentou-se à sombra das telhas da varanda.
-Seria mais fácil para mim usar o feitiço “reparo”...talvez eu possa...não.Você não merece.
Severo teve uma repentina idéia e pulou da escada indo de encontro a Lestrange.
-O que é?- ela se afastou dele sem perceber, tamanha surpresa ao vê-lo a sua frente quando segundos antes estava na janela.- O gato comeu a sua língua?- ela disse recuperando a pose de arrogância.
Severo confirmou seriamente e sentou-se na serragem em frente a ela, olhando-a insistentemente.Como ela continuava sem entender ele suspirou aborrecido e pegou uma vareta perto de onde estava e escreveu no chão: “Finite”.
Belatriz soltou uma gargalhada histérica.
-Você está querendo que eu use um contra-feitiço?Vou pensar no seu caso...
Severo levantou-se emburrado como nunca. Primeiro descera ao nível de pedir algo a Bellatriz, depois ela ainda zombava dele.Isso era demais.
-Sev... você tem muita sorte que eu fale com você, sabia?Pois bem, eu vou te desamarrar deste feitiço...mas -hei não me olhe com essa cara- claro que vai ter uma condição!Ou você acha que eu faço as coisas assim por...ahn...bondade?
Snape pôs as mão no rosto impaciente em seu silêncio.Resolveu mudar de tática e se esforçou para exprimir o melhor sorriso amarelo que conseguia.
-Parece que estamos nos dando bem, afinal. Finite Encantatem!
Ela disse puxando a varinha quando parecia que ia apenas por as mãos no bolso e usando-a na direção de Severo.
-O que você quer aqui?
-Por Merlim...acabo de te ajudar e a primeira coisa que fala é isso?
-Ah me desculpe, da próxima vez eu mando flores...Lestange sua tola...se manda sua utilidade por aqui já foi usada.- ele disse tocando o queixo altivo dela.
Bellatriz apertou os olhos e em dois segundos voltou ao seu habitual sorriso falso.Fez um aceno com a varinha e Snape foi impedido de entrar em casa, trombando com uma parede invisível.
-Como fez isso?- Snape virou-se desperto em sua curiosidade.
-Sim, isso não se aprende na escola e você percebeu, não é?- ela disse de repente séria.
-O que eu sei é que você está com um interesse particularmente estranho em mim. Por que veio aqui?
-É essa sua inteligência o que precisamos.- ela disse olhando para os lados antes de chegar mais perto dele.
-Quer dizer então que falar o óbvio é ser inteligente?
-Claro que não.Você sabe tanto quanto eu do que estou falando.
-Entendo...- ele disse tentando ler a mente de Bellatriz.-O que você sabe sobre isso?
-O suficiente para te ver sendo expulso de Hogwarts.
Os olhos do rapaz faiscaram, ele nem sequer pensava em alguém descobrir em que andava se metendo.Afinal, as Artes das trevas não eram bem vistas pelas pessoas, logicamente, mas produziam um efeito devastador em sua curiosidade e na sua busca incessante; pelo que exatamente não sabia. Apenas tinha idéia. E buscava.
N/A. Lara demorei demais pq tava sem inspiração mas taí o capitulo! Ele tah maiorezinho eu achu, espero q gost!
Miguel nuu tou sumida mesmo mas eh q ateh hj num mudei minha idade e por isso num achu sua fic!!!
A tds q comentam e naum comentam valeu bjoks!
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