O quê? como ? Aonde Estou?



Olá pessoas!
Desculpe a demora, mas tive alguns problemas no último fim de semana e não pude terminar de escrever o capítulo, e conseqüentemente não pude postar.
Sei que vocês vão me odiar nesse capítulo, mas entendam, também foi muito difícil pra mim escreve-lo, um dos motivos da demora...
Antes de começar o capitulo, quero fazer alguns avisos:
1º - O capítulo está recheado de emoções fortes. Portanto, pessoas cardíacas, cuidado na leitura! (ahuahauahuahauhauah – me senti, ok, vou maneirar...).
2º-Tem uma parte também que não é recomendada para diabéticos, de tanto melado que está. Desculpem o romantismo inveterado desta autora, que promete diminuir as cenas água-com-açúcar... Mas eu espero sinceramente que vocês gostem, pois no fim lançarei um desafio, justamente sobre esse pedaço.
3º-O ministério da Saúde adverte: não deixar seus comentários para a autora faz mal! Portanto, manifestem-se! Se não, eu vou suspender a postagem da fic...

Bem, vamos parar de enrolarão e vamos ao que interessa!
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Capitulo 6- O quê? Como? Onde estou???


Harry abriu os olhos e se deu conta de que o dia que se iniciava poderia ser o último dia que veria seus amigos e Gina. A ponta de tristeza que insistia em crescer no seu peito foi suprimida pela vontade de se despedir com a melhor lembrança, a mais alegre que ele poderia ter na vida.

Era cedo ainda. Ele olhou para a cama ao lado e viu Rony ressonar alto como sempre. Como queria aproveitar ao máximo o dia, decidiu por acordar o amigo, mas de uma maneira muito divertida: iniciando uma guerra de travesseiros! E lá foi ele, mandando com toda a força seu travesseiro na barriga do ruivo, que apenas resmungou algo e se virou para o lado. Mas Harry não se deu por vencido, e bolou uma nova tática.

Saiu ainda de pijamas e seguiu para o quarto onde Hermione e Gina dormiam. Ele mal bateu na porta e Hermione atendeu. Pelo que parecia, elas já estavam de pé. E foi logo contando seu plano de acordar Rony com a traquinagem:

-“Bom dia!” Disse Harry num tom muito animado. “Já que hoje é nosso último dia de férias, temos que aproveitar muito!” Ele parou e olhou as carinhas interessadas das garotas. “Que tal acordarmos o Rony de uma maneira, um tanto ‘marota’?” E concluiu a frase com um sorriso nos lábios.
- “Sim!” Disseram as meninas uníssonas.

Enquanto eles caminhavam até o quarto, ele contava seu plano. Logo que chegaram lá, já foram colocando ele em prática. Hermione achou melhor lançar um muffiliato para evitar que Rony acordasse no meio dos preparativos. Logo depois de concluído, Harry enfeitiçou o cabelo de Rony para que ele ficasse rosa-choque. Os três gargalhavam ao ver o menino dormindo de boca aberta, babando e com os cabelos coloridos caindo pelo rosto. Por fim, Harry preparou a varinha com dificuldade, pois não conseguia parar de rir, mas quando conseguiu se concentrar disse:

-“Leviacorpus!”

Rony agora estava de cabeça para baixo no ar. Mas mesmo assim ainda dormia.

-“E agora?” Gina não acreditava que seu irmão continuava a dormir naquela posição.
- “Já sei!” Hermione foi logo explicando a idéia: “Gina, por acaso Fred e Jorge deixaram alguns fogos de artifício por ai?”.

No que a ruiva assentiu, Mione convocou os fogos;

-Accio fogos de Fred e Jorge!

Assim que os fogos chegaram às mãos dela, ela passou-os para Gina, que era a única que sabia como detoná-los.

- Avise-me quando eles estiverem prestes a explodir, para que eu faça o contra feitiço do muffliato.

E assim foi feito. Gina deu o sinal e Hermione desfez o feitiço.

Bum!

Os fogos começaram a explodir, e os dragões começaram a rodear Rony que enfim acordara e estava muito desesperado enquanto os três se dobravam de rir.

- “SOCORRO!!!! ME TIRA DAQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!”

Rony se debateu por alguns minutos até Harry, Gina e Hermione cansarem de rir e Harry conseguir falar o contra feitiço.

-“Liberacorpus!"

Uma massa de cabelos rosa andava com raiva até o trio que continuava a rir, mas agora com menos intensidade.
-“O que é isso que aconteceu aqui? Vc já fez isso uma vez Harry, não ficou satisfeito? E você Gina? Minha própria irmã! Mas agora eu fiquei chocado mesmo com você, Hermione... tsc, tsc, tsc...” Rony falava e os três faziam cara de inocentes. “Querem saber? Cansei! Vou tomar um banho.” Ele disse enquanto saia do quarto.

Eles ficaram se perguntando se Rony tinha ou não reparado na nova cor dos cabelos. Não demorou mais que dois minutos para eles terem certeza:

-“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! O que é isso!?”

Os três explodiram novamente em gargalhadas quando ouviram o grito de Rony vindo do banheiro. “Realmente, ele não tinha reparado na nova tonalidade dos cabelos”. Brincou Gina. O ruivo, que agora era róseo, veio bufando até o quarto com apenas uma toalha enrolada nos quadris, revelando o quanto o corpo de Rony crescera e aparecera. No mesmo instante, Hermione parou de sorrir e ruboresceu, o que não passou despercebido por Harry.

-“Quem fez isso?” Rony falava segurando os cabelos.

Harry e Gina se afastaram e apontaram simultaneamente para Hermione, que ficou ainda mais vermelha, gaguejando alguma coisa, numa tentativa de se explicar. Porém Rony abriu um sorriso aos poucos e no final já gargalhava.

-“É serio? Foi você mesmo, Hermione, que fez isso? Foi mesmo? Quer dizer que a monitora exemplar da Grifinória também é capaz de fazer feitiços por diversão?” Rony gargalhava à medida que dizia as palavras.

A menina balançava a cabeça muito rápido, confirmando a pergunta do ruivo.

Rony riu ainda mais até ficar sem fôlego. Mas depois perguntou:

-“E agora? Como sai?”.

Hermione continuava com raiva e envergonhada, encarava os sapatos sem dizer uma palavra. E então Harry foi a socorro à amiga.

-É simples Rony. Finite encantatem!

Depois do café da manhã os quatro se encaminharam para o quintal.

-“E aí? O que vamos fazer no hoje, no nosso ultimo dia de férias do nosso último ano em Hogwarts?” Perguntou Rony.

Por alguns instantes Harry perdeu o sorriso, e quase deixou a tristeza tomar conta. Mas rapidamente refez a promessa que fez a si mesmo quando acordou. Iria se divertir com os amigos, aproveitar ao máximo o dia com muita alegria e boas lembranças.

-“Que tal uma partida de quadribol?” Sugeriu Gina.
-“Ótimo!” Animou Harry.
-“Ah, não, vamos fazer outra coisa, por que eu não vou subir numa vassoura, não mesmo!” Hermione fechou a cara.

Pronto, Harry teve outra idéia que deixaria seu pai orgulhoso. Enquanto Gina e Hermione discutiam se iam ou não jogar quadribol. Harry chamou Rony discretamente para um canto e passou o plano:
- “Rony, que tal fazermos a Hermione andar de vassoura?” Harry disse com o famoso sorriso nos lábios.
-“Harry, mas a Hermione não gosta de andar de vassoura.” Rony fazia cara de quem na estava entendendo.
- Sim, eu sei que ela não gosta, por isso mesmo. Deixa eu te contar meu plano!”

E novamente Harry armou mais uma traquinagem. Assim que Rony concordou com o plano eles entraram em ação. Mas Gina e Mione ainda discutiam se iam ou não jogar quadribol.
- Poxa Gina, você sabe que eu não gosto disso, se vocês jogarem eu terei que só assistir!” Hermione tentava argumentar com Gina que estava irredutível.
- Não adianta Mione, nos jogaremos quadribol! Você não acha que já está na hora de perder esse medo bobo de andar de vassoura?”
-”Não é medo, eu só não gosto, mas não tem problema, eu fico aqui lendo um livro.” Hermione fez um muxoxo e se sentou na grama.

Os três começaram a jogar, até que uma hora Harry e Rony deram uma guinada em direção a Hermione, o que assustou Gina que gritou para Mione sair do caminho, o que só deu tempo da menina levantar. Primeiro veio Harry, que passou tão próxima de Mione que a fez desequilibrar. Mas nesse exato instante Rony passou e segurou-a na sua vassoura e em seguida subiu em alta velocidade em direção aos céus. A menina demorou para se dar conta do que estava acontecendo, mas no momento que ela abriu os olhos e viu a altura estava, começou a berrar no ouvido de Rony:
- “Pelo amor de Deus, me põe no chão!!!”
Harry e Gina riam do desespero de Hermione e principalmente da cara que Rony fez quando ela começou a gritar no ouvido dele.

E assim passaram seu último dia de férias, entre brincadeiras e gargalhadas. Eles estavam se despedindo da infância para iniciar nova vida: a vida de adultos.

Logo após o jantar Harry puxou Gina para o quintal. Ele queria despedir-se dela de outra maneira, a sós.

Eles se sentaram no gazebo. Ficaram alguns minutos apenas de mãos dadas, em silêncio, apreciando a brilhante lua nova no céu. Harry virou a cabeça para o lado e ficou encantado como o rosto de Gina estava bonito iluminado pelo luar. Nesse instante ele se deu conta do quanto amava a ruiva a seu lado e que não poderia continuar mentindo para ela, dizendo que iria para Hogwarts.

-‘Gina... ’ A voz dele vacilou.
-“Sim... Ah, desculpe, eu estava aqui apreciando a lua, linda não?” Gina sorria, o que fez com que o coração de Harry ficasse ainda mais pesado.
- “Eu preciso te contar uma coisa.”
Gina parou de sorrir. Parecia que ela estava adivinhando o que Harry iria lhe dizer.
-“Você vai me contar o que você está tentando esconder?” Ela olhava diretamente para os olhos dele.
-“Sim, eu vou. Mas eu espero que você me entenda e não tente me fazer mudar de idéia, porque isso não vai acontecer.” Ele disse sério, mas com um tom ameno, no que ela meneou a cabeça afirmativamente.
-Como ia dizendo... Eu não quero mentir nunca pra você... Então... Não vou voltar à Hogwarts. Vou embora hoje de madrugada.
- Você insiste em seguir sozinho, não é?” Gina tinha os olhos cheios de lágrimas.
- “Gina, eu não posso me arriscar a perder mais ninguém... Você, Rony, Mione são tudo o que me restou.. Não suportaria ver vocês....” A voz de Harry ficou embargada demais pra continuar falando.

Harry abaixou a cabeça para esconder o choro, mas Gina segurou em seu queixo, sorriu para ele e selou seus lábios nos dele.

-”Harry, eu sei que você está com medo, todos nós estamos”. Mas você tem certeza que é melhor mesmo seguir sozinho? Você pode precisar de ajuda...
- “Eu quero seguir sozinho! Eu preciso seguir sozinho...” Neste instante as palavras da profecia ecoavam em sua mente: o único que terá o poder de derrotar o Lord das Trevas... Ele terá poderes que o Lord das Trevas desconhecerá... Um não poderá viver enquanto o outro sobreviver”.
“Eu prometo a você que, caso eu precise de ajuda, eu pedirei.”
-“Mas...” Harry interrompeu Gina beijando-a levemente.
- Então, você me prometeu... “Vamos aproveitar essa noite, pois não sabemos se haverá outra.” Harry disse num fio de voz.
- Eu vou te esperar para sempre... Mas vou morrer de saudades...
-Eu também, eu também...

Harry parou mais alguns instantes e pensou na melhor forma de se despedir de seu grande amor, escolhendo com cuidados as palavras.

- Gina, amanhã quando eu partir, você pode ter certeza que aonde quer que eu esteja, eu estarei pensando em você. Eu te amo muito.
- Eu também te amo. Mas você está indo embora...
-Sim, nos despediremos esta noite.
- Então...
- Mas não vamos desperdiçá-la. Dê-me algo pra lembrar quando... Um beijo...

E eles se beijaram, ávidos um pelo outro, mas doce, apaixonadamente.

- “Eu te amarei pra sempre.” Harry disse ainda próximo aos lábios de Gina.
E em qualquer lugar que eu esteja, mesmo separados.

-Eu também, te amarei sempre. Mas eu queria ficar perto de você...

-“È só você fechar seus olhos e estará junto a mim, aqui. Dentro do meu coração. Assim como eu estarei no seu. E se você fechar seus olhos até deixar seus pensamentos te levarem, você nunca estará longe de mim. Se você fechar seus olhos.” Harry passou a mão pelo rosto de Gina fazendo-a fechar os olhos já marejados.


-”Eu não sei quando te verei novamente, mas me prometa que não me esquecerá, porque enquanto a gente se lembrar, uma parte de nós estará junta”. Disse Gina agora abrindo os olhos e abraçando Harry muito forte.

- “E quando você dormir, procure por mim em seus sonhos”.

- “Mas eu tenho medo que você me esqueça...” Gina não conseguiu reprimir uma lágrima teimosa que insistiu em cair de seus olhos, que foi prontamente seca por Harry.

- Eu não deixarei de amá-la pra sempre, em qualquer tempo, mesmo não estando onde você estiver.

-Mesmo estando tão longe?

-“Nenhum lugar será tão longe, pois a todo lugar eu levarei seu amor, e eu posso estar em qualquer lugar neste mundo, que você sempre estará aqui.” Harry apontava para o próprio peito, na altura do coração.

-Mas...

- “Mas se você quiser ter certeza, basta você fechar seus olhos que você estará aqui comigo.” Ele abraçou a namorada com mais força. “Lembre do nosso amor, e aqui estarei com você. É só você fechar seus olhos até seus pensamentos te levarem, que eu nunca estarei longe de você, meu amor. É só você fechar seus olhos, é só você fechar seus olhos e você saberá.”

Ele se afastou dela o suficiente para olhá-la nos olhos cheios de água, e beijá-la ainda mais apaixonado e ávido.

Quando eles voltaram para dentro da casa, viram o Sr. E a Sra. Weasley tomando chá com Lupin e Tonks, com caras estranhas, mas logo tentaram disfarçar quando perceberam a chegada dos pombinhos.

-“Harry, Gina, venham tomar um chá conosco!” A Sra. Weasley disse enquanto entregava uma xícara cheia para cada um. Eles se entreolharam e deram de ombros, como que diz ‘vai entender eles..’ e se sentaram e conversavam amenidades enquanto tomavam o chá.
- “E aí Harry, Lupin me disse que você está muito animado para voltar à Hogwarts?” Tonks perguntou num tom bem casual.
- “Sim, muito.” Ele respondeu entre bocejos. Ele estava se sentindo muito cansado e lutava pra manter os olhos abertos. “Gente, estou com muito sono, acho que vou dormir. Boa noite e até amanha.”

Harry se levantou e caminhou com dificuldade até a escada. Parecia que ele ia desmaiar de sono a qualquer minuto. Gina achou estranho e achou melhor acompanhar Harry até a cama. Ela o alcançou ele na escada e ajudou-o a subir, apoiando o corpo dele no seu. Já no quarto, Gina depositou com cuidado um Harry quase inconsciente na cama. Ela tirou-lhe os sapatos e o cinto, guardou com cuidado a varinha dele na mesa de cabeceira e beijou-o. Quando ela já estava na porta ele disse:

-“Venha, fique aqui comigo, pelo menos esta noite.”

Gina sentiu os olhos se encherem de lágrimas novamente, mas sorriu feliz, e caminhou até a cama dele, e se aconchegou nos braços dele.


Era dia de muito sol, no céu azul nem sinal de nuvem, porém fazia frio. Num descampado branco de neve, que estava pelas canelas no homem magro e de roupas esfarrapadas, de cabelos desgrenhados e muito negros que caiam pelas suas costas. Ele caminhava com certa dificuldade até um casebre que milagrosamente tinha a sua volta a grama muito verde e flores, como se fosse primavera. O homem bateu palmas para chamar os donos da casa. Fez isso por três vezes. Mas a debilidade do homem era tanta que ele desabou aos pés da porta que em seguida foi aberta por uma mulher ruiva. Ela falava, mas não saía som nenhum de sua boca. Sua expressão era de admiração, como se ela já estivesse esperando pela visita do homem desfalecido a sua frente. Ela fez sinal para que alguém de dentro do casebre se aproximasse. Era um homem alto, de cabelos negros curtos, que logo se abaixou e pegou o homem desacordado no chão, levando-o para dentro do casebre.



Harry abriu os olhos. Lembrou-se do sonho, que ele tinha certeza que conhecia as pessoas que estavam nele, mas como era um sonho, as feições estavam disformes. Mas neste instante, ele se deu conta de que havia algo errado.

-O quê? Como? Onde estou? – Harry observava a sua volta incrédulo.

Ele conhecia aquela cama, aquelas cortinas de veludo vermelho-escuro, aqueles sons que vinham do outro lado delas. Ele as abriu para certificar-se se era mesmo o que ele estava pensando. Levantou-se da cama no mesmo instante que Rony, Dino, Simas e Neville entravam pela porta. Realmente, aquilo não era um sonho, ele estava no dormitório masculino do 7º ano da Grifinória. Ele estava em Hogwarts!

-“Ah, enfim você acordou!” Dino falava, enquanto Rony caminhava tenso em direção a Harry, que tinha uma expressão de puro ódio no rosto.

- “Harry, precisamos conversar.” Rony pos a mão no ombro de Harry, que fez um gesto rápido para tirar a mão do ruivo do ombro dele.

-“Eu não acredito!” Harry berrava. Ele estava furioso, pois agora realmente seus planos tinha ido por água abaixo.

-“Calma Harry você precisa nos ouvir! Por favor, colabora, deixa a gente te explicar!” Rony suplicava.

Os outros três meninos se entreolharam confusos até que Neville mostrou uma rapidez de pensamento e chamou Dino e Simas para deixarem os dois a sós.

-“Mas como vocês fizeram isso? Como eu vim parar aqui?” Harry ainda encarava Rony com raiva.
-“Harry, podemos te explicar tudo, mas eu acho melhor que todos estejam juntos.” Rony falava devagar, com medo de que Harry ficasse bravo com qualquer palavra que ele diga.
-“É bom mesmo que estejam todos juntos por que eu quero saber muito bem quem são os idiotas que fizeram isso!” Harry gritava furioso, enquanto vestia o uniforme de Hogwarts.
-“Eu sei, mas antes vamos descer, já está na hora do jantar. Você deve estar com fome, não? Até porque dormiu três dias direto...”
- O quê? Eu dormi três dias direto? “Ah, vocês me pagam...” Harry disse caminhando para fora do dormitório.

Quando ele chegou ao salão comunal, que por sinal estava cheio, sentiu uma sensação de conforto, como se ele estivesse em casa. No entanto, novamente a raiva tomou conta quando ouviu alguém dizer seu nome e imediatamente todos se virarem na sua direção. Harry então desceu os últimos degraus da escada e marchou duro até o buraco do retrato da mulher gorda, por onde acabara de entrar Gina, que abriu um enorme sorriso quando viu Harry, mas que rapidamente se desfez quanto ela reparou no olhar gelado que ele lançou a ela, antes de sair pelo buraco.

Harry andou somente alguns metros pensando em como seus amigos tiveram coragem de traí-lo daquela maneira, trazendo-o a força para Hogwarts. Será que eles não entendiam que ele queria seguir sozinho justamente para protegê-los? Até Hermione, Rony e Gina o alcançarem.

-Harry, espera! Hermione gritava a plenos pulmões, no que Harry apertou mais o passo.

Os três correram e cercaram Harry , impedindo-o de continuar andando.
- “Você vai nos ouvir agora?” Rony disse.
-“Não, não quero mais falar com vocês.” Harry cuspiu as palavras.
- “Você vai nos ouvir por bem ou ...” Hermione encarava Harry com um olhar tão firme quanto o dele.
- Ou o que? Vocês vão me obrigar? Como? Vão me azarar, me enfeitiçar? Harry falava num tom cínico.
-“Se for preciso, nós iremos te azarar sim!” Hermione disse num tom irritado e num volume mais alto.
-“Gente, por favor, vamos sair daqui! Senão daqui a pouco vão ter muitos curiosos querendo ouvir a nossa conversa. Vamos conversar numa sala vazia, venham, tem uma no corredor a direita.” Gina disse enquanto tentava pegar no braço de Harry, que com um movimento brusco puxou o braço, não deixando a ruiva tocá-lo.
-Mas, Harry, não sei...
- “Gina, muito me admira você ter feito isso.” Harry falou com um desprezo tão grande que fez com que uma lagrima caísse dos olhos de Gina.

A ruiva então foi andando na frente para guiar os três. Ao chegaram à porta da sala, Gina abriu e deixou os três entrarem primeiro. Assim que ela entrou, fechou a porta atrás de si e lacrou-a magicamente.
- “Coloportus!”.
- “Ah, então quer dizer que não basta só terem me enganado, me ameaçado com feitiços, agora vocês precisam me manter preso, interessante... grandes amigos...” As palavras saiam carregadas de veneno, pela boca de Harry.
- “Harry, você não está entendendo.” Rony dizia.
-“Não Rony, eu entendi perfeitamente bem. Vocês agora querem me manter refém... Mas quando será que vocês vão me entregar para Voldemort? Hum?”.
- “Harry, cala a boca!” Hermione se descontrolou mais uma vez.
Harry se aproximou há centímetros da boca de Hermione: “Vem me calar então!” e Hermione empurrou-o com toda força para longe, e ele sorriu: “A senhorita não disse que ia fazer isso na base de azaração? Então, estou esperando”. Harry esticou os braços, como se estivesse se rendendo.
Dessa vez Rony ficou nervoso e foi logo falando.
-“Harry, isso não foi idéia nossa! Mas entenda que era necessário!”.
-“Porque você estava querendo fazer uma besteira, você queria ir sozinho...” Hermione completou.
- “Eu não tinha te prometido...” Harry ia falar da conversa que eles tiveram na entrada da travessa do tranco, quando tentou despistar Hermione, mas naquele instante lembrou-se como eles poderiam ter descoberto sobre seu plano. - “Ah, eu esqueci, alguém deve ter te contado que eu mudei de idéia.” Harry virou-se para Gina faiscando ódio no olhar, que desabou no choro.
- “Harry, você não entende que você estaria se arriscando demais seguindo sozinho.” Rony disse.
- “Além de não estar devidamente preparado para enfrentar o mundo lá fora, assim sem ajuda...” Gina falou entre soluços.
- “Sem contar que você nem sabe onde estão as horcruxes, e nem sabe como destruí-las.” Foi a vez de Hermione falar.
- “E você deve se lembrar também...” Rony novamente se manifestou.
-“... que nós juramos que estaríamos com você...” Hermione disse com a voz embargada.
- “Que iríamos juntos nisso, até o fim!” Rony e Mione falaram ao mesmo tempo.
-“Mas vocês me traíram, me enganaram, todos vocês!” Harry falou num tom estranhamente calmo e baixo, praticamente desapontado.
- Harry, por favor, deixa a gente explicar melhor...
- “Chega! Eu odeio vocês! Eu vou me vingar! Eu juro!” Harry berrava.
-“Calma Harry, fizemos isso para o seu bem...” Gina tentou abraçá-lo, mas ele jogou-a com força no chão.
-“O que é isso Harry?” Rony parou na frente de Harry, que desferiu-lhe um soco, fazendo o ruivo se desequilibrar.
-“Harry, somos amigos esqueceu?” Hermione apontava a varinha para Harry, com os olhos cheios de lágrimas. Mas Harry olhou-a com um olhar gelado, muito ódio e revolta nos olhos verdes que faiscavam.
-“Vocês não são mais meus amigos. E já que você quer um duelo Hermione, eu não me importo: Estupefaça!”.
Hermione foi lançada contra o quadro negro, fazendo uma nuvem de poeira de giz se espalhar pela sala.
- “Expelliarmus!” Rony gritou, fazendo com que a varinha de Harry tremesse em sua mão, mas não a fez cair. “Harry você enlouqueceu?” Rony disse enquanto corria em direção a Hermione que estava esticada no chão.
Harry não deu ouvido a Rony e foi logo em direção à porta, mas Gina entrou na sua frente.
- “Você não vai sair daqui antes de nos ouvir!” Gina encarava Harry, ainda chorosa, mas firme.
- “Você é que pensa! Alorromora!” disse Harry empurrando novamente Gina para o lado e apontando a varinha para a maçaneta da porta, mas que também nem se mexeu.

-“Não me subestime Harry, por que eu não sou o Rony!” Berrou Gina.
-“Ah, é pirralha?” Harry falou imitando uma vozinha infantil.
- “Sim! Petrificus Totalus!”
Harry bem que tentou se proteger, mas Gina foi mais rápida. Agora ele estava lá, parado como uma estátua, imóvel no chão.


N/A: Capitulo grande hein? Olha que eu tive que cortar um monte de coisas. Mas fiquem tranqüilos que está no próximo capitulo, ok?
Comentem, por favor!
Bjos a Todos!

_________________DESAFIO!__________________________
Bem, eu to adaptando a idéia de uma outra autora de fic, espero que vocês gostem:
No diálogo entre Harry e Gina, na despedida deles no quintal da Toca, existem frases que eu tirei de uma musica que eu adoro, e que eu achei perfeita para eles dois. Então eu resolvi animar propondo a vocês um desafio!
Quem descobrir qual é a musica, postando primeiro com a resposta correta com o nome da música e da banda corretamente levará com três dias de antecedência o próximo capítulo!!!
Então lá vai a dica: è uma musica de uma banda Irlandesa...
Boa sorte e até o próximo capitulo!
Beijos a Todos!
Patrícia

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