O Destino de Draco



Capitulo 4:

O Destino de Draco


Era uma noite sem lua. No topo da colina, estava a antiga mansão Riddle, de onde gritos pavorosos ecoavam. Eram gritos de dor, muita dor. Dentro da casa, um jovem garoto era torturado por um comensal da morte.

-“Crucio!”

Draco gritava com todas as suas forças. A dor parecia que ia rasgá-lo de dentro para fora, era maior que ele. Depois de um mês inteiro, sofrendo com sessões de torturas diárias, seu corpo parecia que não ia suportar. Sua mente já não funcionava tão bem. Após dez minutos de dor intensa, o homem a sua frente recolhe a varinha.

-“Acho que por hoje chega.” Disse o Comensal.

Draco conseguiu relaxar os músculos. Mas o torturador vendo a satisfação do garoto reconsiderou.

-“Tortura mágica por hoje chega. Mas eu estava lendo alguns livros trouxas sobre o assunto e vou experimentar uma que eu achei interessante ...” Ele sorriu.

Imediatamente ele conjurou uma cama cheia da amarras com um grande funil acoplado à cabeceira. Com um feitiço, colocou Draco na cama e o amarrou a ela.
Pés, cintura, mãos e pescoço. O menino mesmo amarrado estava se sentindo confortável e por uns minutos se sentiu feliz com essa novidade, pois achava que assim poderia enfim se ver livre da dor, pois nenhuma tortura trouxa deve ser pior que a Maldição Cruciatus.

-“Aguamenti!”


O comensal encheu o funil, que começou a soltar gotas sobre a testa do rapaz de meio em meio minuto. Draco não se incomodou com a água e tentou dormir. A cada vez que ele estava prestes a adormecer, parecia que caia uma gota maior e mais forte na sua testa.

Após a quinta tentativa de dormir, Draco desistiu. Novamente desejou estar morto a passar por tudo que ele estava passando. Lembrou-se da maldita hora que implorou para o Lord das Trevas deixá-lo vivo...



______________________FLASHBACK_______________________

Draco estava sentado no chão, abraçado a suas pernas chorando, quando Severus Snape aparatou na sua frente.

-“Você estragou tudo!” Malfoy apenas levantou a cabeça para gritar.
-“Você mesmo estragou tudo não matando Dumbledore. Eu apenas fiz o que tinha que fazer. Vamos, levante-se, haja como um Bruxo e um Comensal da Morte digno, vamos!” Snape apontava-lhe a varinha e imediatamente Draco o obedeceu.

Caminharam em silêncio até a porta da casa, mas antes de tocarem a maçaneta, alguém abriu a porta.

-“Draco, por que você não fez?” Bellatrix Lestrange parecia aterrorizada.

O garoto abriu a boca para responder a tia, mas perdeu a voz quando viu a cena que se passava no interior da sala: Narcissa Malfoy acorrentada arfando no chão, sob os pés de Voldemort enquanto os outros Comensais assistiam. Com um aceno de varinha, fez com que o corpo da mulher fosse jogado com violência contra a parede. Ele deu dois passos em direção a Draco, alguns Comensais fizeram menção de deixar a sala e então o Lord das Trevas disse:

-“Quero que todos fiquem e presencie o que eu tenho a dizer.”

Os Comensais se entreolharam e ficaram imóveis aonde estavam. Voldemort prosseguiu:

- “Draco, pensei que você fosse mais leal a mim.” A voz gelada dele fez com que o menino ficasse com mais medo.
- Milord, eu sou muito fiel, eu realmente sou fiel ao senhor. Eu fiz tudo que eu podia...
-“Você não fez tudo o que podia, você não fez a única coisa que eu te ordenei.” O tom de voz dele era tranqüilo.
-“Milord..” Draco tentou se explicar.
-“A juventude de hoje em dia não é mais a mesma, perdeu os ideais, perdeu a coragem...” Voldemort sorria doentio enquanto levantava a varinha.
-“Milord tenha piedade! Ele é apenas um garoto!” Narcissa Malfoy gritou com todas as forças.

O Lord das Trevas então apontou sua varinha para a mulher que começou a gritar de dor.

- “Cale a boca mulher! O assunto é entre eu e este fedelho covarde! Sei que se sente culpada por criar um bruxo imprestável!”

Draco olhava pra mãe se contorcendo de dor e depois olhava para a
tia. Mas Bellatrix Lestrange olhava fixamente para Voldemort, sem esboçar nenhuma reação de que via a própria irmã se torturada.

-“Snape, muito me orgulha a sua atitude. Você sim demonstrou grande lealdade a mim.”

-“Milord, ele só matou aquele velho caduco por que fez um voto inquebrável com Narcissa!” Bellatrix berrou indignada.

Com um novo aceno de varinha Voldemort jogou Bellatrix na parede. Voldemort se aproximou de Snape.

-“Isso é verdade Severus?” Os olhos vermelhos dele brilhavam.

Snape fez uma longa reverência e em seguida respondeu:

- “Eu fiz o que precisava ser feito. Matar Dumbledore além de um dever para com o senhor, meu mestre, foi um prazer.”

-“Mentira!” Bellatrix berrou novamente. “Ele só fez isso por que iria morrer se não fizesse!”

Voldemort se virou bruscamente para Bellatrix, jogou a novamente na parede e se aproximou dela, e a levantou pelo pescoço.

-“Bellatrix, não abuse. Quando eu pedir sua opinião você irá falar. Por enquanto eu quero as respostas de Snape.” Ele soltou-a que caiu no chão segurando o local aonde Voldemort a tocara. Caminhou até Snape e olhou-o fixamente nos olhos.

-“Milord por que me negaria a fazer um voto inquebrável com essa mulher por uma coisa que eu faria de bom grado se o senhor a mim pedisse?” Snape retribuía o olhar de Voldemort que continuou a encara-lo por alguns minutos após Snape terminar de falar.

-“Acho que você tem razão.” Voldemort agora se virou para Draco que se mantinha imóvel devido ao terror que tomava conta de seu corpo.

-“Você garoto, me decepcionou.” Ele apontava a varinha para o peito do garoto.
-“Não!!” Mais uma vez Narcissa Malfoy gritou. Tentou se levantar mas não conseguiu. Foi então se arrastando até os pés do Dark Lord. “Senhor eu te imploro! Não tire a vida do meu menino! Ele é apenas uma criança! Ele pode continuar a servi-lo, ele vai demonstrar bravura a vossa causa, Milord!”
Voldemort puxou suas vestes das mãos de Narcissa.

-“É muito comovente, Narcissa, mas este pirralho é fraco demais para me seguir. Alias vocês Malfoys só me decepcionaram, portanto é melhor cortar o mal pela raiz.”

Neste instante Draco cai de joelhos e começa a implorar:

-“Milord, sei que errei, por favor não me mate! Eu faço qualquer coisa, mas por favor, não me mate!” O garoto chorava copiosamente aos pés do Bruxo das Trevas.

Outro aceno de varinha e Narcissa e Draco colidiam violentamente contra a parede.

-“Vocês não valem nem o minúsculo esforço para matá-los. Não são dignos nem da honra de terem suas insignificantes vidas varridas desse muito por mim.
Vocês servirão de exemplo para o mundo de que não se deve desobedecer ou decepcionar o Maior Bruxo de Todos os tempos! Avery, leve este fedelho para a sala de tortura e ensine a ele como um verdadeiro Comensal da Morte deve agir.”
-“Sim Milord.” Avery prontamente conjurou algemas sobre os pulsos de Draco e o tirou da sala.

Enquanto Draco e Avery subiam as escadas eles puderam ouvir o resto da conversa.

-“Muito obrigada Milord! O Senhor é muito misericordioso..” Narcissa se ajoelhou fazendo muitas reverências.

-“Eu ainda não acabei com você Narcissa...” Voldemort virou se para a mulher. “Me dê sua varinha.”

Narcissa olhou para a irmã incrédula. Bellatrix apenas balançava a cabeça afirmativamente. Então ela apenas levantou sua varinha com as duas mãos, acima da sua cabeça, que encarava o chão em sinal de respeito.

Voldemort tomou a varinha. Examinou-a e em seguida a partiu em duas.

Narcissa soluçou alto ao ouvir a madeira ser quebrada. Era uma humilhação muito grande para uma bruxa ter sua varinha destruída.

-“Esta casa precisa de cuidados. Não gosto de elfos, então você será a nossa escrava doméstica.” Voldemort soltou sua risada gelada e jogou os pedaços da varinha no fogo da lareira acesa.

Bellatrix tentava conter o choro, olhando fixamente para o ser maligno que humilhava sua irmã. Narcissa, mesmo chorando muito beijava as vestes dele em agradecimento.

No andar de cima Avery gargalhava vendo o medo e o desespero de Draco ao ouvir a conversa. Agora sua amada mãe foi feita de escrava, foi privada da sua varinha, símbolo de submissão para qualquer bruxo.

-“ Entre.” Ordenou Avery empurrando o garoto para dentre de um quarto vazio e muito sujo. “Vamos ver se você consegue aprender alguma coisa na base de sofrimento. Crucio!”

Draco tombou de lado, se contorcendo e urrando de dor, enquanto Avery gargalhava.

___________________Fim do Flashback_______________________

Assim se passaram os dias de Draco até aquele instante. Ele era torturado diariamente por Avery. Às vezes as sessões duravam horas ou apenas alguns minutos como hoje.

-“Eu não suporto mais, eu quero morrer!”

O menino chorava alto, ele não via perspectivas pra sua vida. Já não se lembrava direito das coisas. Quando ele não estava sob os efeitos da maldição Cruciatus, eu corpo fazia muitos movimentos involuntários, não se lembrava de nada, via muitas coisas passavam em sua mente como flashes. Mas esses acessos de loucura davam vez a momentos de extrema lucidez, como estava Draco agora.

Tentava pensar como ele estaria agora se tivesse aceitado a oferta de Dumbledore. Ah, se ele tivesse sido menos orgulhoso...

Neste instante, sua mãe entra no quarto. Narcissa Malfoy estava mais pálida e magra que o normal, suas roupas estavam sujas e rasgadas e os cabelos antes tão bem penteados estavam desgrenhados, mas mesmo assim ela sorria para o filho. Trazia um prato e um copo nas mãos.

-“Draco!” Ela se aproxima da cama e tenta desamarrar o garoto. “Droga, está amarrado por magia! Ah, se eu tivesse minha varinha...”
-“Mãe me desculpa. Isso é tudo culpa minha” Draco continuava a chorar.
-“Acalme-se meu filho, tudo vai passar” A mulher alisava a cabeça dele. “Sua tia vai conversar em breve com o Lord, logo você estará livre.” Narcissa tentava conter o choro.
-“Livre para o quê, mãe? Pra ele continuar nos humilhando até a morte? Eu prefiro morrer logo!” Draco berrava.
-“Shiiiiii, fale baixo.” Ela colocou a mão sobre a boca do filho. “Ainda há esperança meu filho, ainda há esperança.”
-“Que esperança, mãe?” Draco olhou descrente para a mãe.
-“ Nossos dias de agonia vão acabar, eu tenho certeza. Nunca pensei que algum dia eu iria entender Sirius, mas agora eu entendo...” Sussurrou Narcissa.
-“O que você disse?” Draco não entendeu o que ela disse.
- “Trouxe comida pra você, vamos coma!” A mulher desviou o olhar e o assunto para pegar o prato e uma colher para alimentar Draco.

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Gente, desculpe pelo capitulo pequeno, mas prometo q o proximo será maior.

Outra coisa: prometi q postaria religiosamnete todos os fins de semana, mas infelizmente (ironia) eu vou viajar no carnaval e não poderei postar o proximo capitulo. Capitulo 5 estara no ar dia 10/03/06, ok.

Bjos a Todos que estão lendo, muito obrigada pelos comentários! Podem comentar mais que eu gosto, tá!

Bjos e bom carnaval pra todo mundo.

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