A despedida dos Dursley - Rees
Capitulo 2
A despedida dos Dursley
A semana passou muito depressa. Harry não sabia o que iria fazer. Mais pessoas do que ele gostaria já sabiam das Horcruxes. Se arrependeu de ter contado sobre o assunto a Rony e Hermione no ano passado, mas às vezes se sentia mais reconfortado com a idéia de que teria ajuda para desvendar os mistérios que cercam esses objetos.
Andou muito ocupado pensando sobre tudo o que teria que fazer naquela semana. O que mais lhe agradava era saber que na sexta-feira ele iria dizer um adeus definitivo aos Dursley. Divertia-se pensando como ele daria a notícia, se imaginando atravessando a porta de entrada da casa n°. 4 da Rua dos Alfeneiros, sabendo que não voltaria lá nunca mais, andando sem olhar para trás. Porém a situação era delicada. Precisava fazê-los concordar com as instruções que teria que dar. Tinha que deixá-los em segurança.
O pensamento que mais martelava na cabeça de Harry era sobre para onde iria. Ainda não tinha definido para onde ir após a visita a Grimauld Place. Desejava que a visita fosse muito breve, pois seria muito difícil estar naquele lugar que onde ha 2 anos atrás pensou que finalmente seria seu verdadeiro lar. Foi a época mais feliz de sua vida. Por quase um ano, ele não se sentiu só, sentia que tinha uma Família. Não que tivesse esquecido seus pais ou deixou de amá-los menos, porém para ele Sirius seria os pais que nunca teve. E a Ordem da Fênix era uma extensão da sua Família. Todas as pessoas que ele gostava estavam na Ordem: Os Weasley, Olho-Tonto Moody, Ninphadora Tonks, Remus Lupin, Professor Dumbledore... só exsitia uma pessoa na Ordem que ele não gostava, e que agora tinha um ódio mortal, um ódio maior talvez até pelo ódio que sentia de Voldemort, Severus Snape.
Realmente tinha uma razão para tanto ódio. Snape tinha a plena confiança de Dumbledore, que acreditou cegamente na lealdade de Snape, mas ele sempre foi leal apenas a uma pessoa, voldemort. A traição de Snape corroia dentro de Harry e o fazia pensar na única certeza que tinha: matar Snape e vingar Dumbledore e seus pais.
Durante os muitos afazeres da semana, Harry ficou pensando numa maneira de deixar os Dursley em segurança. Na segunda-feira lmbrou-se da Sra. Figg a vizinha da casa da frente que era um aborto e conhecia algumas pessoas da Ordem. Porém, não pode visitá-la no mesmo dia, por que Tia Petúnia segurou Harry na limpeza do sótão.
Então, no dia seguinte, pela manhã, quando Harry regava as flores do jardim, ele avistou a Sra. Figg do outro lado da rua. Falou que precisava conversar com ela e assim marcaram um chá para a quarta-feira às 5 horas. Harry estava tão exausto das tarefas que Tia Petúnia e Tio Valter havia lhe dado que foi se deitar cedo na terça-feira.
Na tarde de quarta-feira, depois que Harry limpou todos os porta-retratos da sala, foi até a casa da Sra. Figg. Assim que Harry bateu a porta, ela se abriu.
-“Vamos entrando, sente-se, sente-se!” Ela disse eficiente, mostrando o sofá cheio de almofadas. – “Ah, que prazer tê-lo novamente em minha casa! Chá? Biscoitos? Bolo de chocolate, talvez?”.
- “Ah, apenas o chá, obrigado”. Harry conhecia o sabor tanto dos biscoitos como do bolo, pareciam que eram feitos de repolho...
- “Mas em que eu posso ajudar o grande bruxo Harry Potter?”
- “Sra. Figg, preciso que a senhora fique de olho nos Dursley. Terei que fazer uma viagem, longa viagem...”
- “Mas não falta um ano para o senhor completar Hogwards?”
- “Parece que Hogwards não será reaberta”. – Mentiu Harry.
- “Ah, não, saiu no Profeta Diário da semana passada... A Profa. Minerva McGonagall, junto com o ministro da Magia garantiram segurança dentro do colégio, porém o período escolar só começará mais tarde.”
- “Enfim, mesmo que Hogwards abra, temo pela segurança dos Dursley. Gostaria de pedir a senhora, se por acaso notar algo estranho rondando pela rua”...
- “Mas o que eu, um aborto, posso fazer para ajudá-los?”
- “Se a senhora notar algo estranho, ou até mesmo se meu tio ou minha tia lhe procurar, peço que a entre em contato com alguém da Ordem da Fênix. Eles estarão avisados e prontamente virão protegê-los.”
- “Ah, menino, eu fico tão comovida com sua preocupação com eles”... Fungou a Sra. Figg. – “Mesmo eles sendo o pior tipo de trouxa que existe, mesmo assim você se importa com eles”.
- “Eu realmente não quero que ninguém mais sofra por minha causa”. Tentou interromper Harry.
- “Ah, mas eles foram muito ruins com você! Eu me lembro de você muito pequeno, cortando a grama, debaixo daquele sol escaldante... Oh, querido você era menor que o cortador de grama, sempre tão magrinho”...
- “Mesmo assim Sra. Figg, não quero ser mais responsável por outras mortes.” Harry disse em tom sério.
- “Meu querido, você não deve se culpar pelas mortes de seus pais, nem de Sirius e muito menos de Dumbledore!”
- “Sra. Figg eu realmente”... mais uma vez Harry tentou desviar o rumo da conversa. Em vão.
- “Harry, como alguns trouxas costumam dizer, a morte acontece quando a pessoa já cumpriu sua missão nesta vida”...
- “Sra. Figg eu gostaria de saber se posso contar com a senhora para que no caso de notar algo diferente nas redondezas , a senhora contate imediatamente a Ordem da Fênix! Será que posso contar com a senhora?” Disse Harry de maneira ríspida, enquanto se levantava.
- “C-C-Claro que pode!” A Sra. Figg parecia com medo.
Nos olhos de Harry um brilho diferente. Uma mistura de lágrimas e raiva.
- “Muito obrigado, pelo chá e por tudo mais. Até breve!”
Saiu da casa, atravessou a rua pisando firme, sentindo a revolta dentro de si. Como pode alguém dizer que seus pais, Sirius e Dumbledore tinham terminado suas missões nesta vida! Seus pais, que nem tiveram a oportunidade de ver o filho crescer, Sirius, que além dos anos que passou em Azkaban preso injustamente e que quando finalmente ele pode provar sua inocência e conviver com o afilhado, morreu de maneira tão estúpida. E Dumbledore!Como ela pode dizer isso de Dumbledore? Ele que tinha tanto a ensinar a Harry, tanto empenho em destruir Voldemort, morreu por uma traição da pessoa que ele tanto confiava? Isso é cumprir sua missão?
A revolta de Harry era tão grande que sem perceber as lágrimas quentes desciam pelos cantos de seu rosto e brilhavam sob o sol daquela tarde tão bonita no final de julho.
Chegou em casa, bateu a porta com força, subiu as escadas com três pulos e logo se trancou no quarto. Só saiu de lá na manhã seguinte.
Depois do café da manhã, Harry se viu as voltas com a arrumação das coisas que levaria para sua viagem em busca das horcruxes. Olhou para o malão, ainda cheio da volta de Hogwards.
Ele abriu o malão e viu a bagunça que estava dentro dele. Impaciente, resolveu jogar todo o conteúdo do malão no chão. De repente um brilho muito forte o cegou. Levou as mãos sobre os olhos para diminuir a claridade. Ele viu que um pedaço de espelho refletia a luz diretamente para os seus olhos. Agachou-se para pega-lo. Lembrou-se do que ele significava: era o espelho que Sirius lhe dera no natal retrasado. Procurou pelo outro pedaço com cuidado no meio do monte de meias, cuecas e vestes. Achou. Levantou-se olhando fixamente os espelhos. Sentou-se na cama, pensando o quão burro foi de não ter se lembrado do presente do padrinho, de não tê-lo desembrulhado antes daquele fatídico dia. Harry mirava-se no espelho com raiva de si mesmo, questionando seu reflexo por que de não ter feito tudo isso.
- “Se eu soubesse do espelho antes ele poderia estar vivo...”.
Pressentindo o choro, Harry juntou as duas partes do espelho, posou-as sobre a cama e disse “Espelho Reparus”, que se tornou novamente um único espelho, perfeito, como se nunca tivesse sido quebrado. Contemplou mais uma vez seus olhos cheios de raiva no espelho e deixou-o sobre a mesa de cabeceira.
Voltou imediatamente à arrumação do malão. Depois de ter juntado tudo o que queria para a longa jornada, viu-se as voltas com o resto de suas coisas. Teve uma idéia: juntaria tudo em uma caixa e pediria a Sra. Weasley que a guardasse na Toca, que assim que pudesse, se algum dia ele pudesse, voltaria para buscar a caixa e outra coisa mais: Gina.
Porem, todas as coisas de Harry não couberam em uma caixa, mas em três. Em uma só havia livros. Na outra algumas roupas de trouxas, vestes de quadribol, os primeiros uniformes de Hogwards e o traje a rigor. Este lhe trouxe algumas lembranças engraçadas, como a cara do Rony com seu traje “clássico” e dele mesmo, dançando desengonçado com Parvati Patil no Baile de Inverno no seu quarto ano. Ao encontrar os suéteres que a Sra. Weasley fez para ele durante todos esses anos, decidiu que os levaria no malão.
Numa caixa bem menor, ficaram cartas, recortes do Profeta Diário, e mais uma vez um objeto que puxou Harry para suas memórias: O cartão cantante que Gina lhe dera no dias dos namorados no seu segundo ano em Hogwards. Muito indeciso se levaria ou não o cartão consigo, preferiu pela segunda opção, pois tinha medo que se fosse pego, levasse Voldemort novamente a ela, e isso ele definitivamente ele não queria.
Já era muito tarde quando Harry terminou de arrumar e embalar tudo. Tomou um banho demorado, era um dia particularmente muito quente de verão. Trocou o pijama por apenas um short e deitou se na cama. Tentou revisar mentalmente suas metas da semana e se deu conta que já era quinta-feira. Amanha Lupin, Tonks e Olho-Tonto viriam buscá-lo e leva-lo até Grimauld Place. Tentou pensar eu uma maneira de sair de lá o mais rápido possível após a profa. McGonagall entregar-lhe o que Dumbledore o deixara. Seria maravilhoso rever os amigos, não saberia quando os veria novamente, mas não desistira de seu plano de seguir sozinho na busca pelos Horcruxes. Ele somente ele seria capaz de derrotar Voldemort e não queria que ninguém corresse perigo por sua causa. Nesses pensamentos, Harry adormeceu.
A sexta-feira foi um dia extremamente difícil. Simplesmente Harry não conseguia se concentrar em nada. No café da manhã fora tão desastrado que derrubou os ovos e bacon sobre Tio Valter e Duda. Harry chegou a imaginar que aquilo fora produto de mágica. Olho para os lados, pensou que Dobby estaria por perto, mas nada viu. A Fúria de Tia Petúnia foi tamanha que alem de limpar a sujeira que provocara, Harry teve que fazer a faxina completa na cozinha e fazer o almoço. No meio da manha, Tia Petúnia e Duda saíram para fazer compras e deixaram Harry sozinho em casa trabalhando. Ficou muito tentado em usar mágica para terminar logo sua tarefa, mas preferiu ser discreto, pois isso poderia chamar atenção do Ministério. Por mais que ele sabia que não voltaria a Hogwards esse ano, ele pensou que algum dia poderia voltar, se terminasse sua missão. Se fosse expulso, alem de ter sua varinha destruída, possibilidade de voltar a Hogwards ser nula.
Então, enquanto esfregava o chão, pensava em seu discurso para os Dursley. Infelizmente não seria um curto e grosso “Vou embora para sempre. Vocês nunca mais irão me ver. Adeus e não agradeço pela forma como me trataram esses anos todos”. Essa era a frase com que ele sonhou a vida inteira a dizer para Tia Petúnia, Tio Valter e Duda . A situação era delicada. Precisava fazer com que eles entendessem a periculosidade, mas sem apavorá-los. E tinha a parte mais difícil: Faze-los aceitar suas instruções. Ficou horas pensando na melhor maneira de contá-los, preparou um discurso na mente e achou que a melhor hora seria após o jantar.
Então, após o jantar, Harry subiu para o seu quarto. Trocou de roupa, vestiu uma calça jeans, uma malha azul marinho, sapatos pretos e por cima, a capa preta de Hogwards. Enquanto descia as escadas, Harry observava os Dursley. Tio Valter sentado em sua tradicional poltrona tirando um cochilo, Tia Petúnia sentada no sofá tricotando e Duda não parava de trocar os canais da televisão. Duda berrou assim que viu Harry.
- “Pai, Pai, olha como o anormal está vestido!”
- “O que é isso!!!” Berrou Tio Valter tomando um susto e imediatamente ficando vermelho em níveis preocupantes. “Moleque, não tolerarei esse comportamento em minha casa! Tire imediatamente essas roupas que pessoas da sua laia vestem!”
- “Shhhhhhhhhhhhhhhiiiiii!!!” – Disse Tia Petúnia se levantando e correndo para fechar as cortinas. “ Valter, assim os vizinhos irão ouvir!”
- ‘Moleque eu já te disse ...” Tio Valter vinha na direção de Harry com as mãos como quem quer estrangular uma pessoa.
Harry sacou sua varinha, apontou-a ameaçadoramente para ele e sussurrou:
- “Vocês vão ficar quietos e me ouvir por bem ou eu vou ter que usar isso?”
Foi como se Harry tivesse lançado o feitiço Petrificus Totalus. Eles pararam e ficaram mudos como estatuas.
- ‘Ok, Assim é melhor. Sentem-se que o assunto é serio e longo.” Disse Harry abaixando a varinha.
- “QUEM É VOCE PARA ME DAR ORDENS DENTRO DA MINHA CASA!!!!” Berrou de novo tio Valter. No mesmo instante Harry levou a varinha mais próximo do rosto vermelho de tio Valter.
- “Sou um bruxo e estou com minha varinha apontada para sua cabeça. Alem do mais o que eu tenho a dizer vocês vão gostar.” Disse com um sorriso irônico.
Tio Valter se afastou de Harry, abraçou Petúnia e Duda e continuou a encarar-lo.
- “Então fala logo seu anormal!” Duda gritou.
- “Bom, eu estou deixando esta casa para sempre e...”
- “Ah, Potter, eu já estava gostando da idéia de te por pra fora desta casa a pontapés...” Interrompeu tio Valter com um certo desapontamento na voz.
- “Eu estou finalmente deixando vocês em paz, e isso me alegra muito mais do que vocês, mas eu preciso da ajuda de vocês...”
- “O que mais você quer de nós, aberração?” Foi a vez da Tia Petúnia falar.
Harry engoliu a seco a vontade de mandar eles para aquele lugar pra onde os trouxas mandam uns aos outros quando estão com raiva e sair dali sem alerta-los e tentou continuar com o mesmo tom de voz sussurrado.
- “Eu preciso que vocês entendam o seguinte: Voldemort esta cada dia mais forte e agora que Dumbledore morreu nem o mundo bruxo e muito menos o mundo trouxa estão seguros...”
- “Aquela aberração-mor morreu?” Tia Petúnia sorria doentemente. Harry teve vontade mais uma vez de deixá-los ao deus-dará por conta do desrespeito a Dumbledore, mas manteve firme nas instruções aos Dursley.
- “Portanto, quero deixá-los com a certeza de que ficarão bem...”
- “Nos ficaremos bem quanto você estiver fora das nossas vidas Potter!” Tio Valter gruniu as palavras.
- “Não é tão simples assim, mas as circunstancias não vêem ao caso. O importante é que vocês fiquem atentos para qualquer coisa que vocês achem diferente...”
- Tudo será normal depois que você deixar essa casa, seu anormal!” Duda ria da cara de Harry, que novamente apontou a varinha para eles.
- “Será que posso continuar sem ser interrompido ou serei obrigado a petrificá-los para me ouvirem?” Ameaçou Harry.
Os joelhos de Duda começaram a tremer tão forte que podia ouvi-los no silencio mortal que se fez depois que Harry disse a última frase
- “Por favor, me ouçam sem interromper! Se notarem algo estranho por aqui por perto, por favor falem com a Sra. Figg. Ela saberá o que fazer...”
- “Então ela é uma de vocês?” Tia Petúnia falava enquanto levava a mão à boca, estava estarrecida.
- “Não a senhora Figg não é uma bruxa, mas também não é trouxa como vocês. E espero que vocês não espalhem isso para a vizinhança e nem a tratem mal. Pois se eu souber de alguma coisa...” Harry apontou a varinha bem entre os olhos de Duda.
TRIMMMMMMMMMMMMMMMM
A campainha soou.
Harry gelou por dentro. Olhou por entre as cortinas a rua estava um breu só.
- “Abaixem se rápido!” Sussurrou ainda mais baixo. Eles prontamente atenderam ao pedido.
Ele segurou a varinha o mais forte que pode e foi espiar melhor entre as cortinas. Viu três pessoas com capas e soltou um suspiro profundo ao ver que eram conhecidos.
- “Podem se levantar, são meus amigos...” Disse Harry enquanto abria a porta.
Os três Dursley se levantaram com um ódio mortal nos olhos. Até que Tio Valter gritou:
- “Não permiti a entrada desses anormais na minha casa!!”
- “Boa noite!” – Saudou Tonks enquanto passava pela porta.
- “Desculpe senhor Dursley, seremos breves, já estamos de saída.” Tentou se desculpar Lupin.
- “Se você acha que estar aqui nos alegra, seu trouxa, está redondamente enganado...” Olho-Tonto Moody disse com impaciência na voz. “Vamos Harry, pegue logo suas coisas e vamos embora!”
- “Ok, já estou indo. Lupin será que você poderia me ajudar?” Perguntou o garoto.
- “Claro, é no andar superior?” Falou enquanto ia em direção a ele.
Enquanto Harry e Lupin subiam as escadas, Tonks observada toda a sala com um olhar encantado, e Moody ficava olhando para fora das janelas.
- “Nossa, Meus parabéns senhora Dursley! Como a senhora consegue manter essa casa tão arrumada e bonita sem magia?” Tonks, tentando ser simpática com Tia Petúnia, que corou furiosamente com a pergunta, esboçando um pequeno sorriso tímido, enquanto agradecia.
Já chegando no fim da escada, Harry virou se para Lupin e disse divertido para ele:
- “Nossa, como a Tonks consegue fazer isso? A tia Petúnia estava parecendo que realmente tinha gostado do elogio.” E deu uma pequena gargalhada no final.
- “Eu também me faço a mesma pergunta, pois ela consegue fascinar qualquer um. Não sei que feitiço é esse...” Disse Lupin desviando o olhar para baixo.
- “Sei, sei..” Harry sorriu de um jeito maroto para Lupin.
- “ Nossa Harry! Parece que eu acabei de ver o seu pai... você falou igual a ele, sorriu igual a ele.”
Agora foi a vez de Harry olhar para baixo.
- “Lupin, espero que algum dia nós possamos conversar sobre os meus pais, como eles eram...”
- “Com certeza, Harry, e terei o maior prazer em te contar, mas não é melhor nos apressarmos?”
- “Oh, sim claro...” corou Harry. “É por aqui” Disse enquanto entrava no quarto.
- “Mas por que das caixas? Presentes?” Perguntou Lupin, enquanto apontava para elas.
- “Não, são todas as minhas coisas. Estou deixando definitivamente essa casa. Não pretendo voltar aqui nunca mais.”
- “Ok, você é quem sabe. Decidiu voltar a Hogwards?” Inquiriu Lupin encarando Harry.
- “Vou.” – Mentiu. Era mais uma coisa que Harry tinha que se preocupar: Como despistar as pessoas para não voltar a Hogwards.
Lupin, pareceu não ter acreditado muito na resposta de Harry. Mas murmurou o feitiço e logo o malão e as duas caixas que estavam no chão começaram a levitar.
- ‘Estão é tudo? E a caixa encima da cama, não vai levá-la?” Perguntou Lupin.
- “‘Ah, como eu poderia deixar?” Disse enquanto caminhava para cama.
Quando se abaixou para pegara caixa um brilho novamente ofuscou seus olhos. Era o espelho. Levantou-se novamente, pegou o espelho na mesa –de – cabeceira e enfiou no bolso. Rapidamente pegou a caixa e a gaiola de Edwiges, que estava no pé da cama e rumou para fora do quarto.
- ‘Estamos prontos, vamos?” Falou Lupin descendo o ultimo degrau, com Harry em seus calcanhares.
- “Por glória de Merlim! Vamos logo!” Bufou Moody irritado.
- “Ah, Senhora Dursley, obrigada pela hospitalidade! Sorria Tonks para a os Dursley”
Saíram os quatro da casa. Quando já estavam na rua, Harry parou, pensou por um segundo e disse: “Esperem, esqueci uma coisa!” e voltou correndo para casa numero quatro da rua dos Alfeneiros. Abriu a porta num solavanco só, certificou-se que todos os três Dursley ainda estavam na sala e gritou:
- “Ah, esqueci de dizer uma coisa: Adeus e não agradeço pela forma como me trataram esses anos todos!”
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