Compras!
Capítulo 7 – Compras!
Quando Draco desligou o telefone público, Gina estava sentada no lugar do passageiro, com as mãos atrás da cabeça, fitando o céu azul. Estava uma linda manhã de primavera e já era possível ver algumas árvores começando a florescer.
Um arrepio leve percorreu toda a extensão de seu corpo, quando ela sentiu os olhos do loiro recaírem sobre ela. Lentamente, desviou seus olhos e os olhos azuis e os olhos âmbar se chocaram.
A ruiva abaixou a janela do carro e ergueu uma sobrancelha, irônica:
“Então, querido, vai ficar aí o dia inteiro?”, perguntou, cruzando os braços e fitando-o.
Draco lançou-lhe um olhar do mais puro desdém e revirou os olhos.
“Ha, ha, Weasley! Como você é engraçada!”, e, revirando os olhos, abriu a porta do piloto e sentou-se ao lado dela “Para onde você quer ir agora?”
“Eu quero fazer compras”, disse Gina, séria, fitando o loiro.
“O quê? Mas você não trouxe dinheiro”, disse Draco, esperando que aquela frase passasse a mensagem subliminar do “e eu não vou pagar roupas para você”.
“Bom, você está certo, eu não tenho”, disse Gina, como se estivesse
comentando do tempo, então lançou ao loiro um olhar que o fez estremecer e ele teve que desviar os olhos, antes que caísse na tentação de transformar aquela provocação de alguns minutos atrás em realidade.
Os olhos âmbar brilhavam como se fossem os de uma criança que queria desesperadamente um doce. Os olhos pareciam simplesmente dizer:
“Qual é? São só umas roupinhas... O que tem demais?”
Os olhos azuis de Draco pararam novamente naqueles manhosos olhos âmbar.
“Não, Weasley, eu não vou comprar”
Os olhos brilharam com mais intensidade e ele já podia ver um biquinho começar a formar-se. E os olhos de Draco perderam-se, agora, na boca perfeitamente desenhada da ruiva e uma vontade incontrolável de apossar-se daquela boca o arrebatou.
“POR MERLIM, DRACO, DÊ LOGO A PORRA DA ROUPA PARA A GAROTA! DAQUI A POUCO, VOCÊ VAI CAIR NAS LINHAS DA TENTAÇÃO E OH... AÍ, VOCÊ VAI SABER O REAL SIGNIFICADO DA PALAVRA FERRADO” , com esses pensamentos, Draco revirou os olhos.
“Tá bom, Virgínia, OK? Eu compro aquelas roupas idiotas, mas pára com essa cara”, e voltou os olhos para a estrada, mas não sem antes ver a cara de vitoriosa que ela fez.
“O melhor está por vir, Virgínia... Não duvide de mim...” , e, com um sorrisinho maroto, Draco dirigiu em direção à primeira loja de roupas que conseguiram encontrar.
“Essa?”, perguntou a ruiva, saindo do vestiário e dando uma voltinha de 360 graus, de maneira que ele pode deslumbrar o quanto o vestido realçava as belas curvas do corpo da garota.
Aquilo estava virando uma tortura.
“Não, Weasley, muito... feio”, disse Draco, mal olhando para a roupa.
Na verdade, ele havia recusado todas as roupas que Gina tinha usado até agora. Eles (na verdade, ele ) haviam decidido que, como era o loiro que estava pagando pela roupa, a roupa seria escolhida por ambos.
Aquela missão estava sendo realmente complicada, já que todas as roupas que Gina achavam bonitas realçavam seu corpo e Draco estava determinado a não cair na tentação de beijar uma Weasley.
“Como é possível que você ainda não tenha repetido os adjetivos negativos?”, perguntou Gina, bufando “Cada roupa que eu ponho você fala um ‘detestável’, ‘ousada demais’, ‘feio’, ‘não combina com você’... Merlim, isso tá me saindo mais difícil do que eu achei a princípio!”
Draco continuou em silêncio, esperando que Gina colocasse a próxima roupa.
Já fazia uns bons vinte minutos que ela estava lá, revirando os olhos, ele levantou-se e foi até o provador, a garota deve ter acabado dormindo, ou desmaiando, ou vai saber...
“MALFOY, QUAL É O SEU PROBLEMA?”, berrou ela, segurando com força uma peça de roupa contra o corpo seminu.
Ele queria desesperadamente fechar os olhos, mas não conseguiu. Gina não
foi completamente competente na missão de esconder seu corpo usando uma calça. Deixando à mostra uma boa parte de seus seios firmes, escondidos pelo sutiã de seda e as pernas bem torneadas.
“Maldição” , pensou Draco, cerrando os olhos com força, como se quisesse apagar a visão que lhe invadia a cabeça “Deus, o inferno não pode ser muito pior que isso, não pode, não pode, não pode!”
Gina sentiu as bochechas pinicando, enquanto Draco Malfoy, aquele imenso filho de uma mãe egoísta estava ali, parado na frente dela, com os olhos fechados.
“VAI LOGO, MALFOY, SAI DAQUI!”, berrou ela, empurrando-o para fora do vestiário e fechando a cortina com força “E NÃO ENTRE MAIS AQUI, SEU LUNÁTICO PERVERTIDO!”, berrou ela, observando a roupa.
Do lado de fora, Draco saiu do transe e saiu pela loja, buscando pelas roupas mais longas e soltas que conseguiu achar e foi empilhando-as no braço.
Quando Gina saiu, com uma calça jeans e um top tão justo que parecia uma segunda pele, ele, evitando olhar para o magnífico corpo da ruiva, jogou a pilha de roupas em cima dela.
“Toma, essas roupas vão ficar melhores que esse bando de cortina – tapete, se encaixaria melhor, vendo o tamanho – que você está usando, Virgínia”, disse ele, acidamente, empurrando-a de volta para o provador.
Depois de alguns minutos em silêncio total, onde Gina se vestia e Draco tentava controlar a vontade imensa de fazer se repetir a cena de minutos atrás, ela saiu com uma calça jeans larga e uma blusa de moletom rosa bebê.
“Perfeito!”, exclamou Draco, aliviado, por não ter mais o vislumbre do corpo da ruiva.
Gina cerrou os olhos, fitando-o, irritada.
“Eu pareço uma marmota!”
“E qual o problema? Passou anos como um coelho! Não tem nada demais em mudar de vez em quando, Weasley”, disse Draco, sério, pegando todas as roupas que ele próprio havia escolhido e levando-as ao caixa “Vamos levar”
“Eu não sou um coelho!”, sibilou Gina, parando ao lado dele.
“Não, meu amor”, disse Draco, como se Gina fosse uma criança chata e ele tivesse tentando explicar para ela como fazer leite com chocolate e a garota insistisse em não entender o que ele dizia “Vocês não são coelhos... São pessoas geneticamente modificadas com algumas características dos coelhos, por exemplo: a reprodução de quinhentos filhos por ninhada!”
“Você é tão... ESTÚPIDO!”, berrou Gina, cruzando os braços “Por que você tem que me tratar como se eu fosse inferior?”
“Por que assim eu lembro o quão inapropriado é pensar em você como eu pensaria em qualquer garota normal?” , respondeu Draco, em pensamentos, mas logo virou-se para ela.
“Ora, Weasley, porque eu sou superior a você!”, disse ele, estendendo o dinheiro para a vendedora que fitava a cena, horrorizada.
“Desculpa, mas vocês são namorados ou algo assim?”, perguntou ela, olhando-os com os olhos arregalados.
Draco e Gina se olharam, bufaram e cada um desviou os olhos para um canto da loja.
Ao ver que a mulher ainda esperava por uma resposta, Draco deu de ombros.
“Alguma coisa por aí”, e pegou a sacola da mulher, saindo rapidamente da loja, sendo seguido de perto por Gina.
“Alguma coisa por aí?” , ela explodiu, parando de frente para ele “Você me veste como uma marmota e ainda age como se estivesse tudo certo? Uma dica para você, Malfoy: você me tratou como se eu fosse a escória da escola, OK? Não saía por aí falando que somos alguma coisa como namorados!”
Draco cerrou o punho e deu uma batida rápida contra o capô do carro, descontando a sua raiva.
Como era possível que aquela coelha ruiva enchesse tanto o saco e mexesse tanto com ele?
“Escuta aqui, Weasley, o que eu falo ou deixo de falar, não importa porque eu só estou enganando aquela trouxa idiota, então, já chegou a hora de você abaixar essa porcaria de topete, porque não estamos mais sobre a supervisão do seu papai repentinamente super-poderoso, OK? E, se não fosse por mim, sua ruiva ingrata, você estaria agora quase sendo morta pelo seu pai e estar ouvindo refrões até agora! E se você parece com uma marmota, ótimo, quanto mais roupa você vestir, melhor porque assim você simplesmente não me tenta a fazer algo que eu não quero!”, berrou ele e se calou, arregalando os olhos e se xingando internamente por ter deixado aquilo escapar.
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