Lar de Amigos



Capítulo Sete

Lar de Amigos

Todos que haviam acabado de presenciar a reconstrução da casa, estavam sem palavras, nunca Harry tinha provado seu poder tão claramente, e na frente das pessoas mais próximas que conhecia. Construir uma casa nova e maior, os Weasley estavam divididos, pois um menino de dezessete anos, destruíra sua casa em questão de minutos, e reconstruíra em questão de segundos.
Harry já estava quase subindo a montanha, quando ouviu uma moita se mexer, estalando as folhas secas caídas no chão. Harry ficou curioso, e foi ver o que, ou quem estava lá, a ansiedade e cautela tomaram conta dele, e quando afastou as folha para ver melhor, não havia nada por ali, talvez pudera ser um coelho que passara correndo ali. Harry suspirou, deu meia volta, e continuou a sua caminhada até o topo da montanha. O vento que batia na copa das arvores era gélido, e os sons da floresta fechada vinha de todos os lados, corujas, vento, uivos, Harry estava com muito medo, já passava das cinco da manhã, e a claridade do sol já era visível.
Restava apenas duas semanas para o começo das aulas, mas para Harry, isso agora, demoraria muito para passar. Harry não tinha certeza para onde estava indo, ele estava apenas seguindo seus pés. Duas horas e meia depois, ele já estava exausto, e com muita fome e sede, o frio da madrugada, fora substituído pelo calor da manhã.
Harry pensou inúmeras vezes em voltar para a casa dos Weasley novamente, mas achou que não seria bem vindo, como disse Gina: vá embora, e nunca mais volte. Harry não cumpriu com o que ela falou, mas pelo menos, foi bom voltar, pois agora não teria que agüentar suas lembranças das cenas de pavor vividas a algumas horas.
A Toca já devia estar a quilômetros dali, e Harry não estava disposta a voltar, e Harry também não estava afim de voltar a casa de seus tios, e havia apenas uma pessoa que Harry sabia onde ficava; era a casa de Sabrina Button. A casa dela ficava na zona norte de Londres, e Harry sabia como era o lugar, pois havia visto numa foto que Anne Baudelaire havia esquecido no quarto de hospedes da antiga casa dos Weasley. Harry pegou a foto, pois ele não tinha muitas fotos de seus amigos, apenas de Rony e Hermione. Ele pegou a foto da mala, deu uma boa observada no cenário atrás das meninas, e aparatou. Sentiu o desconforto rápido enquanto mudava de lugar, e quando sentiu firmeza nos pés novamente, abriu os olhos e viu uma rua tranqüila, com casas grandes, com jardins bem floridos e cuidados, carros luxuosos estavam estacionados nas garagens. Harry deu mais uma boa olhada na foto, e prestou atenção no numero da casa. 167 era o numero que estava na parte de fora da casa com números de bronze presos na parede ao lado da porta de madeira cuidadosamente talhada. Harry admirou a bela casa a sua frente e se dirigiu até a campainha dourada. Apertou o botão, e ouviu alguém indo até a porta para ver quem era. Abriu uma janelinha a altura dos olhos de Harry, e um rosto feminino olhou para fora e perguntou:
- Quem é?
- Harry Potter, eu quero ver Sabrina Button, ela moa ai?
- Entre – Disse uma mulher muito bonita abrindo a porta e oferecendo uma confortável poltrona para Harry se sentar – Já vou chamar, espere só um pouco, ela está lá em cima, fique a vontade.
A casa tinha uma vasta sala, com sofás grandes e bonitos, uma grande escada de mármore e um lustre grande que descia do teto. Alguns minutos depois, Sabrina estava descendo teatralmente a escada, e olhando para a sala para ver quem estava a esperando. Sabrina estava com a mão posta no corrimão, e descendo graciosamente, mas nos últimos degraus, ela se desequilibrou, Harry prendeu a risada com a mão e depois se normalizando para não constranger a dona da casa.
- Oi Harry! Tudo bem com você? – Perguntou ela dando um beijo na bochecha dele que retribuiu o cumprimento – O que trouxe você aqui?
- Oi Sabrina! Tudo bem comigo – Disse Harry dando um sorrisinho – Eu estou aqui, pois quero sua ajuda. Mas eu vou ocupar bastante seu tempo, pois é uma longa historia, você tem tempo?
- Claro! Mas, você quer comer alguma coisa? Ou beber? Você está péssimo, não dormiu direito? – Ironizou ela.
Harry começou desde o episodio do primeiro sonho, detalhadamente contou até o que estava acontecendo naquele momento. Sabrina ouviu pacientemente toda a historia que Harry estava contando, mas ela não sabia como poderia ajudar.
- Ta certo, mas como que eu posso te ajudar? – Perguntou ela intrigada.
- Na verdade, não é você quem pode me ajudar, e sim, você pode me passar o endereço, ou foto do Hänz, acho que precisarei ficar um tempo sem voltar para a casa dos Weasley.
- Pra que ir até o Hänz, sendo que você pode ficar aqui, na minha casa mesmo? – Perguntou ela mostrando a casa – Temos um quarto de hospedes muito bom, e eu posso ligar para meu pai, para perguntar se ele deixa você ficar aqui por um tempo.
Harry não estava nem um pouco afim de ficar ali, pois iria se sentir muito mal, ao pensar que estava na casa de uma amiga, sendo que um grande amigo seu estava por perto. Harry disse isso a ela e ela concordou, mas continuou assim mesmo insistindo para ele ficar.
- O Hänz mora aqui perto, na primeira rua a direita, eu te levo até lá! Só espera um pouco que eu vou avisar que eu vou dar uma saidinha e já volto.
Dois minutos depois ela estava voltando correndo.
- Vamos! – Chamou ela.
Harry se levantou e pegou a mala. Saíram da casa e entraram para a rua arborizada muito bonita.
Enquanto andavam, foram discutindo trechos que Harry havia contado a pouco.
- Desde quando você percebeu que estava tendo esses novos humm... poderes? – Indagou Sabrina procurando a palavra certa.
Harry não sabia exatamente desde quando, mas sabia que era por volta de umas duas semanas.
- Bem, eu comecei a ganhar esse novos “poderes” a mais ou menos duas semanas. Mas eles começaram a sair simplesmente... ontem, pra ser mais exato.
Sabrina ficou sem palavras quando Harry terminou a frase.
Os dois viraram a esquina e andaram mais um pouco, pois a casa de Hänz estava a mais ou menos cinqüenta metros.
Harry passou grande parte do tempo admirando o bairro muito bonito e bem cuidado.
- Têm muitos... Aqui? – Perguntou Harry baixando o tom de voz.
- O bairro inteiro é bruxo. Não há problema algum em falar nisso por aqui, e é bom pois nós podemos praticar no jardim, e daí não vamos mal nas aulas praticas, no meu quintal, tem um espaço fechado que da para fazer bastante feitiço ali, acho que você gostaria de dar uma passadinha ali, porque temos um bicho papão, e quem sabe, agora você não tem mais medo dos Dementadores, como me contaram que você teve. Isso é verdade, que você foi atacado por um dementador quando você estava jogando Quadribol?
- Infelizmente é sim.
Os dois já estavam na frente da casa de Hänz, que era igualzinha a de Sabrina. As janelas estavam fechadas, o que significava que Hänz ainda estava dormindo. Harry e Sabrina apertaram a campainha.
No segundo andar da casa, Hänz estava realmente dormindo, mas ouviu o primeiro toque imediatamente. Ele se levantou da cama, coçou os olhos, e desceu para atender a porta. Ouve outro toque.
- Já vai, da pra esperar, ou ta difícil? – Hänz estava de mal humor muito grande, pois era por volta das dez da manhã, e Hänz não acordava “tão cedo” nas férias.
Hänz já estava na sala, andando devagar, para atender a porta. Ele não estava trocado nem nada, nem tinha posto um roupão, mas agora já estava no primeiro andar e não ia dar para se trocar.
Sabrina foi tocar novamente quando apareceu Hänz apenas de cueca e meia nos pés na porta. Sabrina prendeu a respiração e pôs a mão sobre a boca. Harry prendeu a risada. Hänz a primeiro momento não percebeu, mas quando viu a expressão assustada dos dois a sua frente, olhou a si mesmo, e fechou a porta imediatamente quando percebeu que estava apenas de cueca. Após fechar a porta, abriu a janelinha da porta, e disse para os dois esperarem um pouco. Ele subiu rapidamente a escada igualmente de mármore, e abriu a janela do quarto, convidando os dois para se acomodarem no Hall. Quando Hänz olhou para fora, viu os dois gargalhando da cena que viram a pouco. Ele ficou muito envergonhado, e fechou a janela logo após de dar o aviso. Seu cabelo estava totalmente bagunçado e seus olhos estavam com enormes olheiras. Hänz foi até o banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes, vestiu uma roupa decente e arrumou rapidamente seu quarto, e desceu muito devagar, torcendo para que os dois tivessem tido uma amnésia repentina e esquecido aquela cena deplorável.
Harry e Sabrina já não estavam mais rindo, mas não tiveram uma amnésia repentina como Hänz estava torcendo. Ao chegar no Hall, se acomodou numa confortável poltrona, e perguntou, o que os dois estavam fazendo ali.
- A que devo a honra em Harry? – Ironizou.
- Bem, eu estou aqui para um coisa que talvez não será muito fácil, mas tudo bem. Estou aqui para perguntar se posso ficar uns dias na sua casa – Disse Harry não muito direto.
Harry contou toda a historia, como contou a Sabrina, sem deixar escapar nenhum detalhe.
Hänz parou e pensou dois segundos, e depois falou:
- Antes de tudo, preciso falar com meus pais, vou ligar para eles, vamos comigo até lá em cima, daí você já aproveita e conhece a minha casa, está bem? – Hänz Convidou gentilmente os dois.
Harry e Sabrina subiram acompanhando o dono da casa.
No andar de cima, a casa tinha um piso de madeira clara, com quadros bonitos na parede, e luminárias bonitas em mesinhas pequenininhas. O quarto de Hänz era muito grande, com duas camas, uma dele, e uma para algum amigo, um computador, uma televisão, um guarda roupas muito bonito, e alguns enfeites e brinquedos antidos em prateleiras.
- Sentem-se – Disse Hänz pegando cadeiras e pondo perto dos seus amigos. Ele discou o numero do emprego de seu pai, e esperou alguém atender – Alô, pai?
- Hänz é você – Disse uma voz masculina no outro lado da linha.
- Oi pai, Harry meu amigo está aqui, e eu tava pensando, se você deixaria ele passar alguns dias conosco. Você deixa?
- Claro! Mas quem é Harry? Eu o conheço? Ou é algum colega da escola? – Perguntou o Sr Nüclit.
- Ele se chama Harry Potter! É que houve um desentendimento dele com a família Weasley, e ele não quer voltar para seus tios trouxas, pois eles o maltratam, e daí, ele recorreu a mim, você vai gostar dele, ele é legal.
- Está bem então, quando eu chegar, nós conversamos, liga para sua mãe também, ela também precisa saber né! Mas acho que ela vai deixar sim, então até a noite filho.
- Até a noite pai.
Hänz desligou o telefone e disse que teria de ligar para sua mãe. Enquanto isso, Sabrina foi ligando o computador, e a televisão.
A Sra Nüclit também aceitou que Harry se “hospedasse” na casa deles. Hänz e Sabrina ficaram muito felizes ao saber disso.
- Ou, você é folgada né! Já vai no msn, não sei se você sabe, mas você ta na minha casa e mexendo no meu computador! Mas pode ficar, se você quiser ligar o som.- Logo após Hänz dizer isso, uma batida muito alta quase estouraram os tímpanos de Harry e Hänz.
- HARRY, SE VOCE QUISER, ahh, obrigado Sabrina, Harry se você quiser tomar café, então vamos lá embaixo, já vou preparar alguma coisa para nós comermos. Você, se você quiser vir conosco, pode vir, mas você nem ta ouvindo mesmo – Disse Hänz fechando a porta.
Realmente Sabrina não estava prestando atenção no que Hänz estava dizendo. Ao chegar na grande cozinha, Harry ficou boquiaberto com a beleza da cozinha. Em alguns minutos a mesa já estava posta, e Harry matou sua fome comendo um pouquinho de cada coisa que tinha na mesa.
- Você não tem empregada? – Perguntou Harry
- Tenho, mas justo hoje é o dia de folga dela, daí eu tenho que me virar. – Disse Hänz tirando a mesa, agora que os dois já estavam satisfeitos.
Chegando novamente no quarto, Sabrina estava jogando The Sims, e ouvindo musica. Harry se impressionou com a folga de Sabrina. Ela baixou o volume, e disse:
- Vocês sabiam que a Anne vai vir aqui para minha casa? – Indagou Sabrina agora desligando de vez o som.
- Quando? – Perguntaram os dois juntos.
- Depois de amanha. Ela foi para a França, para pegar roupa, essas coisas, daí ela falou que ela queria passar um tempo na minha casa, daí eu falei que sim né, porque vocês sabem como a Anne é, não é verdade? – Disse Sabrina animando-se.
Hänz ligou a televisão, e estava passando o jornal local. O jornal informava que estava fazendo um belo dia de sol e temperatura agradável, e que esse tempo iria continuar pela semana inteira, o que animou os três, pois poderiam fazer alguma coisa juntos.
Já passava do meio dia, e Sabrina decidiu voltar para casa para almoçar, e Hänz disse que eles pediriam uma pizza, então, Sabrina já se ofereceu para almoçar com os dois.
- Harry, pega a agenda telefônica ali em cima da mesa por favor, e me passa o numero da pizzaria.
Harry abriu a grande agenda telefônica, e passou o numero. Enquanto a pizza não chegava, Hänz foi mostrar a casa para Harry. A casa era realmente muito grande, e o quintal, imenso, com uma piscina, uma grande garagem, um cachorro, e muito espaço livre. Harry tinha certeza que iria se divertir muito, praticando feitiçaria, num lugar diferente da escola e da casa dos Weasley.
Dez minutos depois, a pizza estava sendo entregue, e Sabrina estava ligando para casa pra avisar. A mesa já estava posta, quando o telefone tocou:
- Esperem ai, só um instantinho – Disse Hänz se levantando da mesa rapidamente – Alô? Quem é?
- Alô? Hänz é você? Aqui é a Anne! Posso falar com a Sabrina? Porque eu liguei para a casa dela, e me disseram que ela estava ai.
- Ahh, espera um pouquinho. Sabrina, é pra você, é a Anne! – Gritou ele voltando a mesa.
Essa menina me persegue! Pensou Sabrina se levantando. Atendeu o telefone com mal humor.
- Fala!
- Nossa, está brava? – Perguntou Anne.
- Estou com fome! E fala rápido quem tem uma pizza me esperando.
- É só para confirmar, se eu posso ir ai para sua casa depois de amanhã? Você falou direito com seus pai?
- Sim falei, e eles falaram que não tem problema nenhum, você pode vir o dia que quiser, mas agora eu vou desligar, que minha barriga está roncando, e eu não estou agüentando mais! Tchau
- Tch... Educação é bom e eu gosto – Disse Anne depois de Sabrina ter desligado.
Harry já não estava com tanta fome quanto antes, mas estava comendo bastante.
Foi bom ter pedido duas pizzas, porque uma só, não ia dar nem pro cheiro Pensou Hänz pegando mais uma fatia.
Depois do almoço, os dois foram andar pelas ruas do bairro tranqüilo. Todas as casas era iguais, como em Surrey, mas a diferença que as casas era bem mais bonitas, e a rua era mais calma, esse era o bairro ideal para se ter uma casa (se for bruxo), pela quantidade de casas que tinha por lá, haviam no mínimo uns quinhentos bruxos morando ali.
- Meu Deus! Eu esqueci o Fellipe lá em casa, coitado, ele deve estar se perguntando onde eu estou! – Se desesperou Sabrina dando meia volta e correndo em direção a sua casa.
Fellipe Vedder era um irmão por consideração de Sabrina, ele passava bastante tempo das férias na casa dela. Ele estava no quarto ano, era da Sonserina, Sabrina o protegia dos mais velhos.
Quinze minutos depois, ela estava voltando com um menino que batia na altura do peito de Harry.
- Harry Potter? O que faz aqui? – Perguntou ele de cara feia, provavelmente bravo co Sabrina por telo deixado em casa sozinho.
Harry já estava cansado de andar, pois ele estava acordado desde as três e meia da manhã, e não parara para descansar um momento, apenas de sentou rapidamente para comer, e ver Sabrina jogando. Harry ouviu cochichos bravos atrás dele, entre Sabrina e Fellipe, mas não era nada demais, apenas briga de “irmãos”.
- Onde está a Nataly? – Perguntou Harry. Nataly Nüfgrein, era a namorada de Hänz.
- Ela está na Alemanha, está na casa com seus pais, eles decidiram passar as férias de “verão” lá. Eu disse verão desse jeito, pois ela falou, que a casa dela, fica no norte, e lá, a noite, cai alguns flocos de neve, isso comprova que esse frio fora de época não é só aqui na Grã Bretanha, e o irmão da Sabrina, o Daniel, está no Brasil, está em São Paulo, diz que lá também está bastante frio, para os padrões deles.
Harry concordou com um balançar de cabeça.
- Amanhã podíamos ir na cidade não é mesmo Sabrina? – Convidou Harry.
- Ahh não, vamos depois de amanhã, porque eu já vou no aeroporto mesmo, daí vocês podiam aproveitar, e ir conosco, não é mesmo? – Disse Sabrina rejeitando o convite, mas fazendo outro.
Harry e Hänz concordaram, na mesma hora.
Vinte minutos depois, eles decidiram voltar a suas casas, e Sabrina chamou-os para irem na sua casa. Harry disse: Sem problemas. E Hänz concordou também: porque não?
Chegando na grande casa branca de Sabrina, eles subiram direto para o quarto, um tanto bagunçado, mas bonito mesmo assim.
- Vamos até o quintal, vamos praticar um pouco de feitiços! – Chamou Sabrina, pegando a varinha na gaveta da escrivaninha do computador.
Os três desceram a escada de mármore, e quando saíram para o quintal, veio um labrador correndo na direção do Harry, fazendo-o cair na grama. O cachorro estava babando em toda a sua cara, e provocando grandes gargalhadas em Sabrina e Hänz.
- Martin... Para, hahaha... Para, com isso! – Ordenou Sabrina.
- Por que você não me avisou que tinha um cachorro? – Reclamou Harry passando a mão no rosto, cheio de baba de cachorro.
- Mas eu não tenho um, tenho dois, mas o outro é mais quietinho. Este aqui que te babou é o Martin, e o outro é o Harold. Mas agora, vamos para a sala dos feitiços.
Harry se deparou com algo parecendo um hangar, e se perguntou, como aquilo podia caber dentro de um quintal? Os três iriam fazer uma espécie de clube de duelo, sendo que o vencedor iria enfrentar Harry.
Realmente ali era muito grande, a distancia de um e de outro dava com certeza, trinta metros. A luta estava bem equilibrada, mas o vencedor foi Sabrina, por pouco.
- Vamos lá agora Harry! Vamos ver se você é tão bom em lutar – Disse Sabrina chamando ele.
- Pode esperar, pois não foi a toa que eu comandei a AD – Disse Harry cheio de orgulho.
Os dois aproveitaram as aulas de DCAT no ano passado, e ninguém sabia qual seria o próximo ataque. Sabrina estava querendo mais jogar coisas em cima de Harry, mas ele estava se defendendo muito bem, até que Sabrina jogou uma cadeira de madeira em harry que o deixou desmaiado por alguns segundos. Quando Harry deu um sinal de vida, Sabrina de lamentou muito, e disse que não faria novamente. Harry estava se levantando, quando seu cachorro, Martin, pulou em cima de Harry novamente, fazendo-o bater com a cabeça no chão, e fazendo-o desmaiar novamente.
- Martin, seu cachorro idiota! – Disse Sabrina pegando-o com muito esforço, e levando-o para longe de Harry. Mas Martin babou na cara de Harry fazendo-o acordar com nojo.
Quando Harry já estava de pé, olhou no relógio, e viu que já era por volta das cinco, e os três entraram para casa e tomaram chá, e comeram torradas com geléia. Depois, Sabrina se despediu dos dois, e Harry e Hänz partiram para a casa de Hänz.
Harry estava um tanto tímido, pois estava num lugar de onde nunca estivera antes, mas pelo menos estava com seu amigo, o que o deixava mais tranqüilo. Hänz levou Harry até o enorme quintal arborizado, onde tinha uma extensa piscina, e uma “quadra” semelhante a de Sabrina, uma arena de duelo. Agora Harry entendia, pois Sabrina e Hänz eram um dos melhores em Defesa Contra as Artes das Trevas. Mais ao fundo do quintal, tinha um grande cercado, era o lugar onde Hänz deixava os cães quando tinha visita. Mais cachorros, não sei porque, mas nenhum vai com a minha cara pensou Harry chegando perto do cercado. Hänz tinha um Golden Retriever, e um cãozinho pequeno, sem raça. Mas Hänz ainda tinha um gato, mas ele não costumava a aparecer muito, principalmente numa casa daquele tamanho. Os cães foram soltos, mas não pularam em cima de Harry, apenas ficaram abanando o rabo pedindo carinho. O maior, se chamava Locke, e o pequeno se chamava Oddie, o gato se chamava Garfield. Os cães eram muito brincalhões, e quando Harry viu o gato, ele logo estava se entrelaçando suas canelas. O gato mais parecia um tigre em miniatura, pois tinha um pelo alaranjado, e com listras pretas.
O céu já estava escurecendo, e os pais de Hänz já estavam para chegar.
- Hänz, onde seus pai trabalham? – Hesitou Harry, no meio da escada.
Hänz se virou repentinamente, apensar de sua expressão amigável, Hänz nunca contava sobre sua família em geral.
- Para falar a verdade, eles trabalham em Londres, na embaixada bruxa alemã. Meu pai, é o chefão de lá, e minha mãe trabalha no ministério, ela é supervisora geral. Após eu terminar meus estudos, nós iremos de volta para a Alemanha, eu não estou muito animado, mas meus pais, estão tentando interligar a rede de flú internacionalmente, daí não precisaremos comprar passagens de avião, apenas gastaremos ingredientes para preparar o Flú. Ahh, você deve estar querendo ver o canal bruxo, pedimos para instalar aqui no bairro, podemos saber tudo o que está acontecendo do outro lado, onde tudo está acontecendo.
Hänz ligou a grande TV e se acomodaram no sofá da sala, justamente naquele horário, estava passando o telejornal, e Harry poderia ficar a par dos assuntos atuais da bruxaria. Uma mulher estava num cenário bem atípico de um telejornal, pois ela parecia estar num calabouço, com as paredes de pedra, mas bem iluminada. A voz feminina estava ecoando na vasta sala:
- Ontem, a atual diretora da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, notou que o quadro do antigo diretor Alvo Dumbledore, não estava em sua sala, mas não havia nenhuma pista do que aconteceu, e chega a informação agora que o tumulo branco também sumiu, as autoridades não tem certeza se foi um roubo, mas estão investigando isso, lembrando que as aulas começam daqui a quinze dias, e se há um ladrão, as autoridades terão de correr para saber isso. O castelo de Hogwarts é protegido sob fortes feitiços, apenas o próprio diretor pode saber. Esperamos que isso seja solucionado o mais breve possível. E agora, vamos voltar a entrevista com o Sr Rufo Scrimgeour. Sr? O que você acha, do projeto de interligação entre paises da rede de Flú
- Acho que tem dois lados, o bom e o ruim. O bom é que isso ajudaria milhares de pessoas que trabalham na França por exemplo, e quem que atravessar o canal da Mancha de trem. Esses bruxos tem que pagar por essa travessia. Já com a rede interligada, esses bruxos não precisariam mais gastar. Mas há o lado ruim, que é o crescimento da criminalidade, pois todos nós sabemos que há imigrantes ilegais, e eles podem ser um risco para os moradores da Grã Bretanha, estamos estudando o projeto, e precisamos, de mais um tempinho para isso.
- E enquanto ao roubo do quadro do antigo diretor de Hogwarts? O que o ministério está fazendo para solucionar esse problema? – Disse a Apresentadora folheando as paginas jogadas na mesa.
- Já mandamos investigadores para lá, e vamos fazer de tudo, para solucionarmos esse problema – Disse o ministro encerrando a pergunta.
- Está bem sr ministro, agradeço a sua participação no nosso programa.
O programa já estava no fim, e as luzes do cenário já estavam sendo apagadas. Harry estava se perguntando como alguém poderia roubar o quadro de Dumbledore em plena Hogwarts! Ao não estava se encaixando nessa historia, e Harry não estava crendo que até o inicio das aulas, essa questão já estaria resolvida, mas isso não interessava, o que interessava, era que agora poderia ficar sabendo das noticias do mundo bruxo, em tempo real, e isso era maravilhoso. O Profeta Diário teria queda nos lucros, e quem sabe, quando Harry se encontrasse com Rita Skeeter, ela não poderia mais ficar mais se gabando, mas o Profeta Diário ainda tinha a fidelidade de todos os alunos assinantes de Hogwarts. Nunca Harry ficara tão fascinado ao ver uma televisão, programas ensinavam falar corretamente os feitiços, como se posicionar a frente de um oponente, Harry estava sonhando, sua felicidade estava aflora, pois hora ou outra dava acessos de riso, Hänz nunca vira Harry tão feliz, parecia uma criança pequena defronte a um parque temático. Hänz dava risada de Harry, ao ver sua felicidade.
- Isso é incrível – Hesitou Harry se acomodando no sofá – Pena que o Rony... deixa pra lá.
A felicidade de Harry se evaporou em segundos, e seu sorriso, de lugar a uma expressão vazia. Hänz entendia que não seria bom citar o nome de Rony no tempo que Harry se permaneceria ali.
- Anda, vamos fazer algumas coisa, pois já estou cansado de assistir a televisão, e amanhã você terá um dia inteirinho para ver a TV. O que você acha de nós... irmos lá fora – Convidou Hänz desligando a TV e obrigando Harry a se levantar.
Quando os dois estavam abrindo a porta dos fundos, eles ouviram o som de um carro se aproximando, e o som de uma buzina, avisando que os pais de Hänz estavam chegando. Harry e Hänz decidiram ficar dentro da casa mesmo, para verem que os dois estavam em casa. A porta estavam se abrindo quando apareceram os pais de Hänz. Harry os conhecia de vista, mas nunca falara com eles.
- Oi pai, oi mãe!
- Oi filho, ficou bem aqui? – Disse a Sra Cutör, dando um abraço no filho.
- Sim fiquei bem sim. Agora pai e mãe, esse é o meu amigo Harry.
Os pais de Hänz ficaram surpresos, mas o cumprimentaram com educação. Harry retribuiu o cumprimento. O Srs Cutör decidiram ir jantar fora, em um restaurante novo que abrira perto dali.
- Você dois não querem chamar ninguém! Temos que agradar seu amigo! Pois ele é visita, tem que ser bem tratado – Disse o Sr Cutör, pensando em Sabrina Button.
- Ahh claro, vamos Harry, vamos chamá-la.
Harry concordou com a cabeça de despedindo dos pais de Hänz. Já estava muito frio, e os dois decidiram voltar para vestirem uma blusa. Em apenas alguns minutos, Harry e Hänz já e defronte a grande casa de Sabrina. As luzes estavam acesas, o indicava que ela estavam em casa, tocaram a campainha, e esperaram alguém atender a porta. Por sorte dos dois, Sabrina atendeu a porta, e os dois aproveitaram para convida-la. Ela pensou um pouco, e perguntou para seus pais, que deixaram ela jantar com os dois. Sabrina subiu para vestir um moletom, e desceu a escada correndo. Quando os três chegaram na casa de Hänz, Bruce, o pai de Hänz, já estava abrindo a porta do carro, permitindo os três entrarem.
Eles estavam indo para um novo restaurante chinês que havia inaugurado a pouco. Depois do jantar, eles ficaram conversando por mais quarenta e cinco minutos, depois foram dar uma volta na cidade. O Big Bang marcava oito e dezenove, então, não era tão tarde quanto Harry achava. Depois do passeio na cidade, todos decidiram voltar para casa. Na metade do caminho, Harry viu o Nôitibus Andante, e se perguntou se Lalau Schampike já havia sido libertado de Azkaban. Entrando no bairro de Hänz e Sabrina, Harry viu muitas pessoas praticando magia livremente, sem nenhum trouxa vendo. Depois que chegaram em casa, Sabrina aceitou o convite de Hänz de dormir na casa dele.
Quando os três chegaram no quarto de Hänz, não se arrumaram para dormir, e sim, ligaram a TV, e o computador, depois Harry decidiu assistir um filme, foi até uma estante de filmes. Como o quarto do casal, com o de Hänz eram bem distantes, então, podiam deixar o som ligado, mas não muito alto, pois se não viriam alguns vizinho reclamarem. Já passava da uma da manhã, e ninguém estava com nenhum rastro de sono. Não tinha nada na TV, e a internet já estava começando a enjoar, mas Harry ainda tinha muita coisa para contar. Finalmente as três e meia da manhã, os três decidiram dormir. Sabrina ia dormir no quarto de hospedes, e Harry ia dormir no quarto de Hänz mesmo.
Ao acordarem a cinco para o meio dia, desceram para o café da manhã, e depois subiram para se trocarem e escovarem os dentes. Logo quando desceram novamente, o telefone tocou, era a empregada da Sabrina desesperada. Sabrina atendeu depressa:
- Alô? – Atendeu o telefone.
- Sabrina? A Anne acabou de ligar, disse que já estava no aeroporto pegando o avião, disse quem em uma hora e meia está aqui, já liguei para seus pais, eles já estão vindo nos buscar, venha para cá rápido! – Disse a empregada desligando o telefone imediatamente.
- Hänz, Harry? Vocês vão querer vir comigo até o aeroporto? Pelo jeito a Anne decidiu adiantar sua viagem, ela já está vindo. E ai? – Sabrina estava ofegante, com cara de revoltada esperando uma resposta.
Harry e Hänz se olharam curiosos e depois ficaram olhando para Sabrina, pensando. Sabrina já estava impaciente, se os dois demorassem mais alguns segundos pra responder, ela iria deixa-los ali mesmo.
- Claro, vamos com você sim, vamos Harry? – Disse Hänz se levantando rapidamente da mesa, e se dirigindo a Sabrina.
Harry fez um aceno com a cabeça concordando, e depois saiu com os dois indo para a casa de Sabrina. Chegando lá, os pais de Sabrina já estavam prontos, e com a chave do carro na mão, o pai de Sabrina guiou todos até a garagem com três carros estacionados, eles entraram no carro. O aeroporto estava um pouco longe dali, então o Sr Button teria de correr para chegar a tempo antes de Anne chegar. Trinta e quatro minutos depois de partirem, eles estavam chegando no aeroporto e partiram para o saguão de desembarque, e o próximo vôo chegava em nove minutos, e até todos saírem, e toda a enrolarão do aeroporto, uns vinte a trinta minutos. Depois de quarenta minutos, a Anne saiu do corredor cheio de franceses, e atrás de um pequeno grupo, a figura de Anne com duas malas de rodinhas, e com mais umas quatro malas no carrinho, e varias coisas em cima das malas. Anne acenou freneticamente para eles, que estavam envergonhados, pois todos no saguão estava olhando para eles.
- Ahh! Sabrina! Hänz! Harry? Harry! Como vão, tudo bem, cadê, cadê, onde está o Draco, Draco? Dracoo! – Disse Anne largando o carrinho no meio do corredor, e abraçando fortemente Sabrina.
- Não sei se você sabe, mas Draco não seria desmiolado de vir no aeroporto, sendo que agora ele é um Comensal.
Alguns trouxas estranharam a conversa, mas fingiram que não ouviram. O aeroporto estava muito vazio para o horário, por isso aproveitaram para passar em um fast food.
- E ai, que você está fazendo aqui em Harry? – Perguntou Anne pegando algumas batatas fritas, e tomando um gole do seu refrigerante.
Harry já estava cheio de repetir a historia, mas ela era sua amiga, não podia falar que simplesmente não falaria.
- Bom, tudo começou quando eu comecei a ter pesadelos muito estranhos, daí, você quer que eu conte o sonho? – Indagou ele prestando atenção em uma menina alemã que acabara de sair do mesmo corredor que Anne saíra.
- Ahh sim, por favor!
Ai, por que eu fui falar? Pensou ele balançando a cabeça e respirando profundamente.
Harry contou o sonho e toda a sua trajetória para a casa de Hänz. Ao final da historia, Anne estava boquiaberta, com os olhos arregalados, e segurando o copo de refrigerante, com o canudo perto da boca. Anne deixou cair o copo de refrigerante, isso foi bom para “acordar” Anne.
- Nossa Harry! Uau! Você bem, não teve esses sonhos na casa do Hänz não né? – Perguntou Anne, e Sabrina deu uma cotovelada em suas costelas – Que foi Sabrina? Eu só estou brincando ta! Ai, agora eu me irritei, e terei de retocar a maquiagem! Da licença, vou ao banheiro!
Ninguém riu, mas todos acharam a cena engraçada.
Meia hora depois, eles voltaram para casa, ouvindo as historias de Anne em Paris.
- Ai Harry! Eu não trouxe presente para você, porque eu não sabia que você estava aqui, me desculpe. – Disse Anne entregando dois embrulhos para Sabrina, e dois para Hänz.
Harry fez um gesto como “tudo bem”, tranqüilizando Anne.
Ao chegarem, Harry notou que havia uma carta debaixo do tapete na soleira da porta de entrada da casa de Hänz.
- Harry! A carta é para você! É do Rony, talvez pedindo desculpas, abre logo, vamos – Incentivou Hänz.
Harry pegou a carta, observou-a, fez uma cara estranha, mas abriu mesmo assim. A carta dizia:

Caro Harry

Bom, eu sei que você deve estar bravo comigo, e com a minha família, mas eu decidi manda essa carta do mesmo jeito para me explicar.
Pra começar, você pode voltar aqui para casa, pois todos já estão te agradecendo pela “nova casa”, e minha irmã sente muito por ter falado aquilo para você, ela nem dormiu mais, e eu te desculpo por você ter me jogado no alto, pra falar verdade, nem doeu muito, e eu soube que você estava ai, pois bem, a Sabrina me disse, ela queria saber o que estava acontecendo, e ela deixou escapar que você estava ai na casa do Hänz, mas não fique bravo com ela não, pois ela só queria ajudar você!
É isso! E por favor, mande uma resposta no verso da folha

Rony

- E ai Harry? O que diz a carta – Se interessou Hänz, perguntando também por Sabrina e Anne.
- Ele só está se explicando, mas pediu resposta, e disse que eu posso voltar para lá – Disse Harry entregando a carta a Hänz.
- Ahh, fica até as aulas, e convida ele para vir aqui, para ele ficar alguns dias com a gente – Convidou Hänz.
Harry subiu para o quarto de Hänz, e escreveu a resposta, e logo pegou a gaiola de Edwiges, e mandou a carta para Rony, mas Harry não iria voltar para lá, a convite de Hänz, e por insistência de Anne e Sabrina.

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