O Esconderijo do Espelho



Capítulo Oito

O Esconderijo do Espelho

Depois de Harry aceitar o convite de ficar até o fim das férias na casa de Hänz, e mandar um convite a Rony, para visitá-los, e a excêntrica Anne Baudelaire havia acabado de chegar, coisa para fazer era o que não faltava. Diferente das férias do ano passado, as coisas estavam mais calmas, e nenhum indicio de ataque associado a Voldemort, ultimamente era seguro andar pelas ruas londrinas.
Já estava noite, e todos se recolheram para dormir. Hänz dessa vez dormiu como Harry o encontrou ali a dois dias, apenas de cueca, mas com bastante cobertor. Harry tivera apenas um sonho, e não um pesadelo, ele sonhou que um palhaço estava na London Eye, e ele estava pintando a cabine da roda gigante de varias cores, e Harry estava muito indignado com isso, pois para ele isso era errado, e era mesmo, mas ninguém notou. Logo de manhã, Harry notou que estava muito barulho no andar debaixo, e ele saiu do quarto e foi em direção a sala, quando acabou de descer a escada, viu que Rony estava segurando uma pequena mala, conversando com Hänz, Harry foi dar um passo adiante, para cumprimentar Rony, quando algo muito pesado atingiu sua cabeça, fazendo-o cair no chão, quando foi olhar o que tinha acabado de cair em cima dele, viu era uma goles, mas de onde viera aquela bola? Se perguntou Harry pondo a mão no local da batida e sentindo um enorme galo.
- Você ta bem Harry? – Perguntou Hänz se aproximando de Harry.
Obvio que Harry não estava bem, pois ele ainda continuava deitado no chão com a mão na cabeça.
- Acho que é melhor um gelo – Arriscou Rony também chegando perto.
Hänz não entendeu imediatamente, mas logo correu para a cozinha, abriu o freezer da geladeira e pegou uma bolsa de gelo, e saiu correndo para perto da escada, onde Harry estava. Quando chegou na sala, viu Harry já sentado, mas ainda com a mão na cabeça.
- Aqui o gelo! – Anunciou Hänz correndo.
Rony fez gesto de “Anda logo”, mas não era preciso, Harry já estava posto de pé, com um olhar malicioso.
- Uau! O que está acontecendo? – Perguntou Hänz não acreditando em que seus olhos estavam vendo.
- O que está acontecendo? – Perguntou Rony da pergunta de Hänz.
- Você não está vendo? As arvores lá fora? É você quem está fazendo isso Harry? Por que se for, pare já, ou terei de... impedi-lo – Gaguejou Hänz olhando através da janela.
Rony e Harry não entenderam ao primeiro momento, mas logo também olharam para a janela, e viram algumas arvores sendo arrancadas violentamente do chão, erguendo a por volta de dez metros suas fortes raízes. Os três ficaram paralisados ao verem aquela cena, mas correram ao verem que uma arvore centenária estava vindo em direção deles. Eles saíram para o quintal, e ouviram os vidros das janelas quebrarem, eles olharam para cima, e viram a mesma arvore estacionada a dois metros acima de suas cabeças.
- Corre! – Gritou Harry ao dois. A ordem foi obedecida imediatamente. Os três se espalharam, Harry correu para o fundo do quintal, Rony se escondeu debaixo de uma bonita mesa de mármore, e Hänz correu para dentro de sua casa.
Um grito desesperado se pôde ouvir, vinha de varias direções, gritos femininos, sons de coisas se espatifando no chão, ferro sendo retorcido, e aquilo não era mais um dos novos poderes de Harry, isso era de alguém muito poderoso, Voldemort talvez, mas seria ele tão poderoso, a ponto de arrancar arvores centenárias a quilômetros de distancia de seu suporto esconderijo? Aquilo não teria uma resposta clara tão rapidamente.
Harry tentou diversos feitiços para paralisar a arvores, e talvez deixa-la cair, mas lentamente, apesar do esforço, tudo fora em vão, pois a arvore caiu muito rapidamente, provocando um tremendo estrondo. Quando aparentemente tudo já estava um pouco mais calmo, Harry decidiu ir para a rua, num movimento rápido, puxou Rony pelo braço até a rua, e lá encontrou Hänz olhando a fachada de sua casa toda destruída.
- Cuidado, atrás de você! – Disse Hänz apontando para um carro que estava vindo na direção de Harry.
Harry deu um pulo para o lado, e viu o carro cair no chão, fazendo-o pegar fogo. No começo da rua, vinha Sabrina, Anne, e a empregada da casa de Sabrina correndo na direção dos três.
- Corra, corra, corra! – Se desesperou Anne balançando os braços freneticamente.
Após Anne dizer isso, vários moveis, carros, arvores, e muito mais coisas vinham na direção deles sobrevoando a rua a por volta de um metro do chão. Agora os seis corriam desesperadamente a frente de diversos objetos de casas destruídas.
O céu que a alguns minutos estava claro e sem nuvens, agra estava mergulhado em nuvens espessas e escuras, ventava muito, e já era possível ouvir alguns trovoes no horizonte.
Uma Van passou a dois dedos de Harry, que se assustou e caiu no chão, fazendo Anne tropeçar nele. Rony foi pegar sua varinha no cós da jeans, mas por alguma razão, ela não estava lá, ele pensou em ter esquecido na casa de Hänz, mas logo viu-a parada a sua frente, flutuando a altura de seu nariz, estava apontando para ele, e Rony estava paralisado, pois se qualquer movimento brusco, poderia faze-la lançar algum feitiço, mas isso pouco importava agora, o que importava era correr o mais rápido possível, e driblar todos aqueles objetos flutuantes que vinham em sua direção. Poucos segundos depois de Rony disparar em retirada, uma arvore pegando fogo caiu, bloqueando pro inteira a rua, impedindo a passagem, e obrigando a todos darem meia voltam, mas o problema era que todos os objetos estavam vindo da direção que eles teriam de voltar, agora, eles estavam encurralados.
Anne estava começando a chorar, ao perceber que eles agora estavam sem saída. Sabrina estava olhando a arvore em chamas, caída a poucos metros de si. Hänz estava olhando para baixo, pensando em algo que eles poderiam fazer para pular a arvore, ou escapar de todos aqueles objetos.
- Já sei – Pensou Hänz rapidamente e se virando para anunciar seu pensamento para Harry – Harry, você não pode nos... jogar para o outro lado da arvore, o paralisar tudo isso aí? – Indagou Hänz se desviando de um aspirador de pó.
Harry parou por um instante, fechou os olhos, se abaixou e deitou de bruços no chão, imagens vinham de relance na sua cabeça, tão rapidamente que não era possível distinguir o que era aquilo que estava aparecendo, e o pior, era que as imagens apareciam cada vez mais rápido, dificultando ainda mais a visualização. Seus amigos estavam observando a estranha cena que estavam vendo, pois Harry parecia estar chorando, pois estava com as duas mãos escondendo o rosto, e de vez em quando ele dava um pequeno soluço, até que Rony foi ver se ele estava bem, ai foi que todos tiveram uma estranha sorte, pois Harry jogou todos para o outro lado da arvore em chamas. Ao caírem, viram que a rua estava intacta, a arvore a pouco em chamas, estava de pé, sem nenhum sinal de que estava queimando, nada estava caído no chão, o os seguindo, as casas estavam normais, arrumadas, sem nenhum arranhão, e nenhum vidro quebrado, o céu estava claro e azul como antes.
- O que será que aconteceu? – Indagou Anne enxugando algumas lagrimas.
- Não foi você quem fez isso? – Indagou Hänz a Harry desconfiado.
- Se fui eu, juro que não foi a intenção! Mas acho que vocês precisam saber de uma coisa. Quando eu estive no chão naquela hora, na minha cabeça, estava vindo uma imagens de relance, mas eram tão rápidas, que eu não conseguia distinguir o que era, sei que era uma imagem escura, mas tinha uma pequena luz no centro, o que vocês acham? – Disse Harry nervoso.
Houve uma pausa de alguns segundos, todos olharam para o lado e viram inúmeras pessoas olhando pela janela, mas ao verem que estava sendo observados também, fecharam as cortinas das janelas, para não se comprometerem mais.
- Eu acho melhor nós voltarmos para casa, e descansarmos, o que vocês acham? – Convidou Sabrina, dando meia volta, e se dirigindo para sua casa, que agora estava bem longo, pois no desespero, todos correram o mais rápido que podiam.
Chegando enfim em suas casas, todos se dirigiram para a sala, e se jogaram no sofá, ficando do modo mais confortável possível. Na cada, Hänz ligou a TV, que passava uma noticia parecida a do que eles tinham vivenciado a pouco. A voz feminina vinha alta da TV:
- Desde a madrugada de hoje, relatos informam que alguns bruxos e bruxas do mundo inteiro estão tendo alguns acessos de loucura. Quem vivenciou isso relata que coisas vêem em sua direção flutuando, como se algo estivesse controlando essas coisas, e algo mais estranho é que uma pessoa começa a ter fleches de imagens em suas cabeças, os fleches são muito rápido, impossibilitando a identificação da figura. Alguns estudiosos alertam que isso possa estreitas ainda mais o segredo dos bruxos para os trouxas, pois algum trouxa pode ver essa cena, que é no mínimo esquisita, e pode estranhar, e o bruxo pode sem querer soltar algum feitiço, os estudiosos dizem que apesar da suposta calmaria enfrentada hoje em dia, a relação entre os dois mundos pode estar no fim, ou perto disso. E ainda hoje, vamos falar do roubo milionário em Gringotes.
Harry, Rony e Hänz ainda estavam raciocinando, quando Harry interrompeu o silencio:
- Foi isso que aconteceu comigo, foi isso, agora você acredita? Do jeito que eles falaram, é o que aconteceu comigo. Será que isso pode comprometer a convivência dos bruxos com os trouxas? – Indagou Harry apontando para a TV e olhando para Hänz.
Hänz não disse uma única palavra, mas estava entendendo o que Harry estava falando, pois os mesmos sintomas que a jornalista anunciou a pouco foi o que Harry disse a quinze minutos atrás. Os dois ficaram sentados no sofá vendo TV por alguns minutos, quando a campainha tocou. Hänz se levantou e foi ver quem estava lá. Defronte a porta, ele abriu a pequena janela da porta, e viu a figura feminina da vizinha. Hänz olhou desconfiado a Harry, e abriu a porta para saber o que ela queria.
- Olá senhora McGroy! Tudo bem com a senhora? – Indagou educadamente Hänz com um sorriso amarelo no rosto.
- Comigo está tudo bem, mas eu vim perguntar de vocês. A alguns minutos eu ouvi gritos, e vi vocês saírem correndo, está acontecendo alguma coisa? Ou aconteceu alguma coisa? – Se preocupou a senhora McGroy.
Hänz pensou em inventar uma desculpa para a estranha cena vista por ela a pouco, mas pensou bem e disse: Você não viu o noticiário? Passou a pouco uma noticia em referencia do que você viu a pouco. Disse que são ilusões em serie, ninguém sabe quem está fazendo isso, mas espero que o ministério descubra logo. E obrigado pela preocupação, mas estamos bem sim – Se despediu Hänz da senhora McGroy.
- Quem era? – Indagou Rony tirando os sapatos.
Hänz fez uma cara feia com o ato de Rony, mas respondeu sem indiferença.
- Era a vizinha, ela estava perguntando o que estava acontecendo, porque ela achou estranho a cena vista a pouco – Disse Hänz dando um sorriso sem graça.
Voltando ao sofá, Rony percebeu uma cena muito estranha que havia acabado de passar na TV. Ele percebeu a imagem do Draco em plena tv aberta dos bruxos. Draco havia aparecido saindo da Travessa do Tranco, e por mais incrível que pudesse parecer, ninguém o notou ali.
- Ele estava acompanhado? – Perguntou Harry também com um olho fixo na TV pensando que a TV iria mostrar a cena de novo, mas como era uma matéria banal, não era necessário mostrar a cena novamente - Que horas será que filmaram isso? Por que talvez ele não esteja longe!
- Ele não estava acompanhado não, e pela claridade, não deve fazer muito tempo, porque na cena também o sol estava bem no alto do céu, deve fazer no Maximo uma hora – responder Rony também olhando fixamente para a televisão
- Ahh! Faz muito tempo, ele já deve estar longe.
- Mas porque você quer saber porque ele está longe? – Indagou Hänz
- Por que se ele estiver por perto, ele pode vir até aqui!
- E por que raios ele faria aqui, ele nem sabe direito que nós somos amigos, quanto mais onde eu moro, acho que você está ficando paranóico Harry! Ou a televisão está mexendo com a sua cabeça, melhor eu desligar, vamos fazer algumas coisa mais interessante, por que ficar parado aqui sem fazer nada, olhando para uma TV não é nada legal, vamos praticar aparatação? – convidou Hänz, olhando em volta a procura do controle remoto, e desligando a TV.
Todos se levantaram e se dirigiram até o fundo do quintal, onde teriam espaço para praticarem distancias curtas. Chegando lá, Harry ficou com uma cara tão feia quanto a de um sapo, provocando discussão entre ele e Hänz.
- Que foi Harry? – Indagou Hänz percebendo a rejeição do comentário feito por ele a pouco.
- Você pergunta o que foi? Meu, você vem e fala que eu sou paranóico, só porque eu queria saber onde o Draco estava, eu só me preocupei, pode? Ou agora isso é errado? – Ironizou Harry se aproximando em tom ameaçador de Hänz.
- Eu te chamei de paranóico, porque a Hermione me disse que ano passado, você praticamente seguiu o Draco o ano inteiro, ela falou que achava que você estava... afim dele – Disse Hänz caindo na gargalhada, e fazendo Rony também rolar de rir.
- Eu estava investigando ele, porque ele estava estranho, e você viu o que ele fez no fim do ano, ele ficou encarregado de matar o Dumbledore, mas não teve sangue frio pra isso – retrucou Harry com muita raiva
- Nossa, Harry Potter fica bravinho em falar de seu namoradinho eh? Coitadinho, eh melhor nós pararmos de falar, se não ela vai virar lantejoula! – Mais gargalhadas
A têmpora de Harry estava latejando tão intensamente que chegava a ser incomoda, até que Harry deu um passo para frente partindo para cima de Hänz.
- Acho que você não sabe diferenciar o que é... – Harry estava tentando achar alguma coisa que pudesse calar Hänz, mas as respostas não apareciam com mais tanta facilidade em sua cabeça.
- Perdeu a palavra porque é verdade tudo que eu falei? – Instigou Hänz fazendo Harry ficar com mais raiva.
- Por favor! Para! Para! – Disse Harry fechando os olhos e se agachando no chão.
Em Hänz, veio a lembrança de Harry contando sobre seus novos poderes, contando sobre a perda do controle sobre eles, depois veio um pavor enorme, e instantaneamente ele sentiu a firmeza do chão sumir sob seus pés, o chão já estava um pouco longe, mas se aproximou muito rapidamente fazendo Hänz bater a cabeça no chão fazendo-o desmaiar, agora Harry estava jogando Hänz contra a parede da casa.
Rony se jogou em cima de Harry fazendo-o parar de torturar Hänz. Depois Rony correu até Hänz caído no chão para ver seu estado. Hänz estava com um grande corte na cabeça, e provavelmente seu dedo indicador estava quebrado, a primeira coisa que Rony pensou foi em chamar Harry, mas depois saiu correndo em direção a casa de Sabrina a procura de ajuda. Chegando lá, Rony deu murros na porta em desespero, até que Rony ouviu Sabrina se aproximando da porta xingando quem estava batendo na porta com aquela intensidade, mas parou ao ver que era Rony.
- O que você quer? – perguntou Sabrina irritada.
- Vem comigo! – Disse Rony pegando Sabrina pelo braço e arrastando-a até a casa de Hänz.
Sabrina chamou Anne, que agora estava correndo atrás dos dois. Quando os três chegaram na casa de Hänz, Sabrina viu Hänz caído no chão, e Harry sentado em um canto longe de sua vitima.
- O que é... o que aconteceu aqui? – Indagou Sabrina vendo a figura detonada de Hänz no chão. Sabrina saiu correndo até a sala de estar, ligou para o hospital, e depois aos pais de Hänz, que chegaram cinco minutos depois, os pais dele chegaram, e o levaram pro St Mungus, e depois de meia hora, Hänz estava novinho em folha.
- Potter! Precisamos conversar – Disse o Sr Cutör – O que você fez com meu filho? Por que você fez isso?
- Senhor Cutör, a alguns dias, tive um desses descontroles, mas isso é intencional, eu não consigo controlar, eu sinto muito o que aconteceu hoje, mas seu filho estava me provocando, acho que é quando eu sinto algo muito intenso, eu perco o controle, me desculpe – Disse Harry muito triste, e olhando para baixo, pois estava com medo de olhar diretamente ao Sr Cutör.
- Não foi isso que eu queria falar, eu conversei com a minha mulher, e ela aceitou em te dar uma segunda chance, desde que você tente controlar seus impulsos, caso isso aconteça novamente, sinto em informar que não terá outra chance, pois se nós tivéssemos demorado mais um pouco, talvez a situação de Hänz piorasse, mas graças, ele está bem, e agora, nós já podemos ir para casa. – Disse o Sr Cutör.
Já de volta a casa, todos agiram como se nada tivesse acontecido. Hänz já estava com a mão boa, e seu corte na cabeça não existia mais, isso era um lado bom de ser bruxo, os ferimentos eram bem mais fáceis de se tratar.
Pouco depois de chegarem em casa, a campainha tocou, e pode-se ouvir alguém correndo, Hänz correu até a janela, e por o rosto para fora, para ver quem era? Já estava escuro demais para distinguir a identidade da pessoa, mas aparentemente era uma mulher. O pai de Hänz, Karl se dirigiu até a porta, abriu-a, e viu uma carta debaixo da porta, ele a pegou e viu o verso do envelope, estava sem remetente (o que já era de se esperar).

A quem receber

A ajuda de quem vier será importante, mas a ajuda terá de vir rápido, ou poderá ser tarde demais.
Eles nos deixaram como reféns, estamos onde aquele nasceu, ele não tem piedade, ele não tem coração, ele irá nos matar em dias, necessito da ajuda, já sei mais ou menos quem receberá essa carta, mas não citarei nomes por motivo de segurança.
Vão ao Expresso de Hogwarts, entreguem a carta ao maquinista, ele irá guiar vocês ao devido lugar, e irá mostrar o lugar. Mandarei ajuda, mas nem todos irão concordar.

... ..........

Todos ficaram calados por um instante, relendo a carta, vendo a caligrafia, nada era familiar, nenhuma pista, nada. As perguntas era muitas: quem mandara a carta? Poderiam eles seguir as instruções? Quem estava fazendo o remetente de refém?
- Cadê o Harry? – Indagou Rony olhando para o andar de cima.
A resposta fora respondida logo, Harry estava descendo a escada carregando sua mala, e sua gaiola vazia de Edwiges.
- Onde você vai? – Indagou Hänz, se aproximando da escada – Você não vai fazer o que diz na carta, vai?
- Sim eu vou! Quem quiser vir comigo, então vamos agora! – Ninguém se propôs a acompanha-lo, mas depois, Rony, Hänz e Sr e Sra Cutör também.
Sabrina, Anne, e seus pais também foram, depois de leram a carta. Em questão de minutos, o carro já estava estacionando no estacionamento da King Cross. Mas o que não era bom era que, naquele horário da noite, a estação estava fechada, todos deram com a cara na parede.
- Droga! Quando abre? – Indagou Harry
- Amanhã as cinco acho, podemos vir aqui bem cedinho, mas agora, vamos voltar, porque eu estou bem cansado, e quero muito dormir – Disse o Sr Button.
O animo de Harry desmoronou, da euforia para a frustração, mas ele tinha que aceitar.
A volta para casa fora tranqüila, mas quando estavam perto de adormecerem um grito assustado ecoou pela rua, uma luz laranja vinha da janela, provavelmente alguma casa estava pegando fogo. Sete minutos depois tudo já estava normalizado.
Harry como já era de se esperar não conseguiu pregar os olhos, sua ansiedade era doentia, ao ponto de ele tremer. O relógio parecia estar infinitas vezes mais lento, um minutos era como se fosse um dia. Eram uma e quarenta e sete quando Harry decidiu ir até o cozinha, comer alguma coisa, para tentar se controlar, mas a tentativa fora inútil, e todas as outra que Harry tentara. Quando o seu relógio de pulso marcou quatro e meia, Hänz acordou assustado, provavelmente estava tendo um pesadelo, pois logo voltou a dormir. Cinco para as seis da manhã, o pai de Hänz acorda,para se arrumar para ir ao trabalho, Harry levanta, da uma olhada em sua mala pra ver se não estava faltando nada, mas tudo estava certo. Depois de vistoriar a sua mala, Harry desceu a escada, e pediu uma carona até o centro de Londres. A carona não fora concebida, pois para Karl, era muito perigoso Harry ir sozinho para um lugar onde ninguém sabia onde ficava.
Harry estava subindo a escada quando viu Hänz, que estava ouvindo a conversa de Harry e o Sr Cutör. Hänz trazia em seu rosto um sorriso malicioso, Harry olhou a expressão de Hänz e na hora pôde perceber o que ele estava pensando.
Os dois estavam esperando dar a hora do almoço, e irem para a casa de Sabrina, pois o plano que os dois haviam bolado necessitava de Sabrina e Anne.
Os ponteiros do relógio na parede custavam a se mover, o mostrador digital de seu relógio também não se mexia, parecia que tudo havia ficado mais devagar, mas isso era a ânsia de executarem o plano rapidamente.
10:00 a m, foi o horário que Rony acordou. Harry e Hänz logo contaram a plano, que foi ouvido com entusiasmo, e foi aguardado com ansiedade. Enfim, meio dia e quarenta e cinco. Os três partiram para a casa de Sabrina, tocaram a campainha, contaram o plano, e logo o executaram.
Eles pegaram o metro até o centro da cidade, bem embaixo da estação King Cross. Chegando lá, os cinco obtiveram os bilhetes. O próximo trem sairia em cinqüenta minutos, mas logo que o trem chegou na estação 9 ½ . Harry entrou correndo trem adentro, foi até a cabine do maquinista, enquanto isso, os outros quatro ficaram do lado de fora do trem. Harry mostrou o bilhete ao maquinista que se assustou com o bilhete, mas prometeu a ele que os levaria até o destino. Harry deu o sinal, e seus amigos entraram no trem que partiu imediatamente. Os passageiros que estavam ainda na estação ficaram revoltados, dando murros no trem, na tentativa de fazer o maquinista parar o Expresso de Hogwarts.
O destino deles era muito longe. Já era noite quando era possível ver o incrível castelo de Hogwarts. Apenas umas poucas janelas estavam acesas. O trem passou sem parar pela estação, estava indo a um lugar onde nenhum dos cinco haviam passado antes. Olhando pela janela, Rony viu o sim da ferrovia. Ela acabava num precipício, mas o trem não estava com cara de que ia parar, alias, estava aumentando de velocidade, Harry achou que o maquinista havia dormido, então ele correu até a cabine do maquinista, e viu que ele estava concentrado, Harry chegou perto para ter certeza de que ele estava acordado, ai chegou o fim do trilho, Harry e os outros quatro deram gritos de pavor, pois era evidente que eles iriam despencar, e morrer, mas não fora isso que aconteceu, o trem simplesmente começou a flutuar, o som das rodas de metal ainda soavam no assoalho do trem, o maquinista deu um sorrisinho, deu uma piscadela para Harry, e voltou sua atenção a ferrovia.
A Lua e as estrelas não eram possíveis de se ver, pois uma densa nevoa encobria o trem, instantes depois do trem começar a flutuar, o outro lado do precipício estava bem debaixo deles, aliviando todos.
Nunca ninguém tivera um viagem tão exaustiva quanto aquela. Já era madrugada, e todos dormiam, quando os freios do trem foram acionados. O barulho acordou todos, o trem estremeceu, e as malas de todos caíram do bagageiro.
O lugar que eles estavam era aparentemente uma cidade abandonada, e esquecida no tempo, pois as construções eram antigas, as ruas de pedra, casas humildes, e a única luz que era possível de se ver era do único poste de luz que ainda funcionava, pois todos já estavam quebrados. A vila era assustadora. O maquinista foi até onde os cinco estavam, e disse onde ficava o lugar que eles deviam ir.
- Vocês devem seguir em direção ao bar, entrem no bar, e depois vão ao segundo lugar, vão ao banheiro, lá, vai ter um pequeno espelho no chão, perto do sanitário, peguem o espelho e digam os seguintes números, é melhor vocês anotarem, pois será útil – Disse o maquinista entregando-lhes um caderneta e uma caneta – 8,4,16,15,42,23, nessa ordem, cada um deve dizer ao espelho claramente esses números, pode ir uma pessoas de cada vez, então, quando ouvirem o espelho cair, o outro entra no banheiro e faça a mesma coisa, entendido?
Ninguém respondeu, mas todos haviam entendido. Era impossível esconder o pavor.
- Desejo boa sorte a vocês. Peguem a caneta, para me chamarem, escrevam “expresso”, e depois queimem o papel, eu virei imediatamente. Até logo – Se despediu o maquinista entrando novamente no trem.
Os cinco estavam bem juntos um dos outros, quase colados, o frio e o medo piorava ainda mais a sensação de alguém os vigiando. Anne estava quase chorando, Rony estava apavorado com algumas aranhas que estava andando pelo chão. Sete minutos depois de caminhada pela rua principal, eles encontraram o bar. Ele estava deserto, mas algumas cadeiras se movimentavam. Eles subiram a escada bem lentamente e cautelosamente. Quando chegaram ao segundo andar, viram um escritório um abajur aceso, mas o abajur era tão fraco que quase não emitia luz. Perto da janela para a rua, Harry viu a porta, que se lia oirátinas, a primeira vista não era nada, mas era “sanitário” escrito ao contrario. Todos pararam a frente da porta esperando alguém se oferecer a ser o primeiro, mas ninguém se dispôs e entrar naquele banheiro. Hänz abriu lentamente a porta, e realmente o banheiro estava vazio, e havia um espelho de mão encostado no vaso sanitário.
- Harry, você que nos trouxe para cá, você primeiro – murmurou Hänz
- Que exemplo de coragem – resmungou Sabrina
- Ahh, então vai lá, machona
- Não vou por qu...
- Parem de reclamar, eu vou – encerrou a discussão Harry
Ele entrou, fechou a porta, pegou o espelho, depois pegou o papelzinho no bolso, e sussurrou os números. Nada aconteceu, Harry tentou novamente, nada. Outra vez, nada novamente. Harry já estava na sua sétima tentativa quando já estava muito bravo, ele falou o números em alto e bom som, o espelho ficou branco, um pequeno ponto vermelho apareceu no meio. O som de algo metálico caindo pôde-se ouvir do outro lado da porta, onde todos estavam com seus ouvidos colados.
Hänz respirou fundo, entrou no banheiro, e fez a mesma coisa, e viu a mesma coisa que Harry. Todos fizeram isso, sucessivamente, até que quando Anne foi dizer os números, a porta se escancarou, uma figura alta e severa apareceu, era um homem com cabelos um tanto compridos e oleosos. Severo Snape estava encarando Anne profundamente. Anne deu um grito e as lagrimas de medo foram inevitáveis.
- Vamos juntos! – Disse Snape agarrando Anne pelo braço
- Mas o maquinista disse que só pode ir um de cada vez – retrucou Anne
- O maquinista não sabe nada – Snape falou os números e o espelho caiu.

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