Planos dentro de Planos

Planos dentro de Planos



Ele precisava derrotar Voldemort, mas sabia que não era páreo para ele mais todo os seus Comensais da Morte. Em seu raciocínio lógico e frio, concluiu o óbvio, embora isso em nada lhe agradasse: tinha que ajudar aquele idiota do Potter a encontrar todos os Horcruxes de Voldemort de modo que esse não pudesse mais ser imortal. E então... dar o golpe final! Mas até lá...

Lembrou-se então de Hermione. Sim, ela seria capaz de entender alguma coisa! Sabia que Potter contaria puramente com a sorte, porém Hermione seria capaz de pesquisar e executar qualquer feitiço que fosse necessário. Mas antes de tudo, precisaria convencê-la que estava do seu lado... Isso sim seria difícil...

Uma idéia brilhante passou por sua cabeça. “Muito engenhoso!” pensou de si para si. Sim... Seria perfeito!

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Rabicho observava Snape com rancor. Mesmo quando insinuara ao Lord que Snape poderia ser um traidor, este rira dele e lhe dissera: De todos, Snape é sem dúvida alguma o único que posso “confiar”! Declarou, os olhos vermelhos brilhando de ironia. “ Ele me odeia mas ele precisa de mim.”Pensara Voldemort com certo desgosto, lembrando que ele precisava de Snape pois ele era o único que podia realizar certos feitos...

Voldemort achava que sabia tudo sobre Severo Snape. Mas ele não contava com aquilo que ele sempre desprezara e que Dumbledore sempre enfatizara em vida aos seus pupilos: a força dos sentimentos, principalmente do amor...

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Snape sabia que a única que conseguiria convencer Potter de fazer alguma coisa razoável a respeito das horcruxes era a impertinente Srta. Granger. Ele sabia que ela mantinha contatos com o Vítor Krum, de Durmstrang. Voldemort tinha alguns aliados a serem inspecionados para aqueles lados. Severo não sabia se os Krum estavam ou não do lado das trevas, mas decidiu arriscar. Afinal, ele também era um Legilimens habilidoso, o próprio Dumbledore lhe ensinara. Tinha duas alternativas: pensou em convencer pessoalmente a menina Granger, se utilizando da poção polissuco ou polidamente obter a ajuda de Krum ( claro que se fosse necessário, utilizaria argumentos mais... Convincentes). De qualquer maneira, Voldemort o enviara para lá em uma “missão secreta”. Ele não entendeu muito bem o que o Lord queria, mas supôs que ou seria uma cilada ou então o Mestre achara o ingrediente misterioso de uma poção que eles estavam estudando.

Snape se preparava para a viagem, quando Voldemort o convocou. Aparentemente agora o quartel-general do Senhor das Trevas tinha se mudado e ele queria mostrá-lo pessoalmente aos seus súditos.
Snape imediatamente aparatou em direção ao chamado. Um enorme portão de ferro meio carcomido pelo tempo, com guardas gárgulas em cima de duas colunas era a entrada da nova morada do Lord. O portão se entreabrira lentamente. Snape o empurrou e entrou rapidamente, impaciente e um pouco nervoso. Pelo jeito, era o último a chegar.

Ao longe, pensou ter visto o vulto de Bellatrix entrando ao longe por uma grande porta dupla que era a entrada principal da casa. Rapidamente atravessou o curto caminho entre o portão de entrada e alcançou a grande porta que mais parecia uma bocarra, pronta a engolir quem quer que entrasse.

Sem hesitar, Snape empurrou a porta e entrou. Imediatamente, com um baque surdo, ela se fechou. Apenas uma luz tênue de velas iluminava um pouco o saguão de entrada, em um enorme lustre de cristal negro. Snape ouviu uma musica sendo tocada em um piano. Era ora baixa e melancólica, ora rápida e violenta. Não sabia quem estava tocando mas por um momento aquilo o distraiu.

Um vulto se dirigia para o circulo de luz das velas. Era Bellatrix, seus cabelos negros novamente bem cuidados. A não ser pelo olhar meio ensandecido e o rosto marcado pelos horrores dos dementadores, ainda parecia a Bellatrix orgulhosa e altiva de anos atrás. Seu sorriso era cruel, isso deixou Snape desconfiado.

“O que achou da música de minha pupila, Snape?” disse ela cruzando os braços, as longas mangas do vestido preto arrastando no chão. Snape se absteve de responder. Apenas continuou parado, impassível. “Venha minha querida, deixe –me mostra-la ao nosso convidado de honra.”

Uma garota esguia, também vestida de negro, saiu das sombras. Seus cabelos eram ruivos e sua pele cheia de sardas.
“Gina Weasley...” disse Severo bastante surpreso. “ O que significa isso, Bellatrix?” questionou secamente. Enquanto o sorriso maldoso de Bellatrix se estendia mais ainda, com o canto do olho Snape percebeu algo muito estranho: Gina olhava fixamente para frente mas não parecia olhar para lugar nenhum! Seus olhos sem brilho, era como se fosse apenas um boneco, parecia mais com algum zumbi! Snape não soube reconhecer o que acontecera com a garota, nunca vira nada igual. Isso fez com que ficasse temeroso. Mas nada disso trespassou seu semblante.

O fato de nada mudar no rosto de Snape deixou Bellatrix um pouco desapontada. Pensou que ele se assustaria ao ver uma de suas ex–alunas assim, daquela maneira. Lançou um olhar calculista ao homem que sempre considerara um traidor e um sangue-ruim, e sussurrou para si mesma: “ Sangue frio, ele tem...” Sempre achou que Snape era mais humano do que a maioria, seja lá o que ser “mais humano” significasse para essa mulher cruel.

“ E então?” repetiu ele, se aproximando. “Isso não é da sua conta se você não sabe! Agora ela é minha.” E Bellatrix se virou, dizendo a ambos: - Vamos, o grande Lord nos espera.

O que significava aquilo?! Pensava Snape alarmado. Será que algum dementador teria dado o Beijo em Gina? O que o Lorde pretendia com aquilo? Pela primeira vez em sua vida Severa Snape realmente sentiu medo de verdade, medo de morrer...

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