O Verdadeiro Pai de Severo
Capítulo 2 –O Verdadeiro Pai de Severo Snape
Aparatou em frente a bela propriedade que fora sua um dia. O jardim estava um pouco diferente,adornado com aqueles horríveis papais noeis que os trouxas pensavam ser gnomos. Diante dessa visão ele fez um muxoxo de desprezo. Pulou a cerca e estuporou um grande cachorro da raça pastor belga que veio correndo em sua direção, pronto para mordê-lo.
Rodeou a casa e por fim localizou um brilho de luz vermelha piscando lá dentro na cozinha. Proferiu o feitiço apropriado e entrou, o alarme anti-furto dos trouxas neutralizado. Aparatou e atravessou a cozinha rapidamente. Logo saiu na sala de estar, mas não prestou atenção neste cômodo. Subiu rapidamente as escadas e entrou na primeira porta a sua esquerda no corredor escuro. Lá dentro, acendeu uma luz na ponta de sua varinha. Examinou o quarto que um dia fora de sua mãe. Agora parecia pertencer a alguma menina boba, que possuía centenas de ursos de pelúcia, todos alinhados em prateleiras instaladas nas paredes.
Andou um pouco pelo quarto, até parar de repente em uma parte lisa da parede.”Aqui está” disse. Ao tocar na parede, um buraco foi se abrindo até revelar um pequeno nicho escondido. Ali estava um pequeno caderno com capa azul, escrito na capa com letras prateadas o nome Eileen Prince.
Tendo conseguido o que procurava, Severo rapidamente se retirou. Já em sua casa, colocou o caderno em cima de sua mesinha bamba e o transfigurou em um livro de capa de couro preto, semelhante aos tantos que havia na sala de visitas. O segundo passo foi enfeitiçá-lo de modo que outra pessoa que não ele não pudesse lê-lo. E por último, sentou-se em sua poltrona puída e começou a procurar o que queria. Depois de muitas poesias e declarações apaixonadas, feitiços para bolo, poções de amor e inclusive algumas anotações em outras línguas, encontrou o que procurava:
“Eu sei que não devia ter me envolvido com aquele sujeito, mas ele foi tão simpático, tão amável! Me conquistou imediatamente! Mas fui imprudente...Tenho sorte de ter Tomas Snape ao meu lado. Nem precisei utilizar alguma poção de amor ou feitiço de sedução ou algo assim. Eu gosto do Ted mas ele não é nem de longe tão encantador quanto Samuel Potter! Mas Samuel é casado e tudo o mais e...”
Severo parou de ler. Suas mãos tremiam. Fechou com força o diário e o escondeu entre os outros livros. Apontou sua varinha para a prateleira quebrada e pronunciou:
-Reparo!
Em seguida, passou por uma porta escondida e entrou em um amplo banheiro. Uma banheira branca antiquada, porém incrivelmente limpa se comparada ao resto da casa, dominava o aposento. Apontou a varinha e a banheira imediatamente se encheu com água morna. Tirou suas vestes e entrou no calor relaxante da banheira. Ao lado, havia uma pequena mesinha onde deixou sua varinha.
Sempre utilizava esse artifício quando alguma emoção que não o ódio fugia de seu controle. Não podia deixar Voldemort ou qualquer outro Comensal perceber quem era o verdadeiro Severo Snape. Não gostava da situação em que se encontrava mas tinha que seguir com o plano que ele e Alvo Dumbledore bolaram. Mas agora o grande Dumbledore estava morto... E tudo isso para salvar aquele fedelho inútil do Potter.
Fechou os olhos e mergulhou na água. Não, ele tinha que se controlar! Se Voldemort descobrisse que ele encobrira Harry Potter de propósito naquela noite... “É, mantenha a calma!”disse de si para si. Um sorriso amargurado surgiu em sua boca. Imaginou se todos descobrissem que, em parte, aquele ódio todo era direcionado a Voldemort por ele ter acabado com sua amada Lílian... Um nó parecia ter se feito em seu coração. E pensar que se ele não tivesse contado sobre a maldita profecia, talvez ela estivesse viva agora...
“Mas ele teria descoberto, e se eu não tivesse feito o que ele queria ela morreria do mesmo jeito.” Uma onda de ódio novamente se manifestou ao pensar naquele traidor do Rabicho. Assim estava melhor, conclui Severo. Sim, o ódio a Tiago Potter e Rabicho era a melhor forma de esconder seus outros pensamentos, os seus verdadeiros pensamentos.
Um relógio de pendulo tocou as horas em algum lugar distante da casa.Só então ele se deu conta de quão tarde já era.Já tinha se acalmado o suficiente. Saiu da banheira e se secou com uma toalha branca manchada. Imediatamente após retirar o excesso de água de seus cabelos eles começaram a se rebelar.
-Isso é que não. –falou suavemente para o espelho em cima da pia que refletia sua imagem. Pegou o frasquinho com óleo anti-volume que ele mesmo criara e começou a espalhar em seu cabelo revoltado. Ninguém podia descobrir seu parentesco com os Potter...
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