O início das aulas



N/A: Olá!
Nossa, há quanto tempo, né?
Bem, eu não vou enrolar muito, já que eu demorei mais de um mês para atualizar.
Vou dedicar esse capítulo a minha filha Joana Woss, ou Joojo. Ela é minha filha em uma família da escola, As Possuidonas, e é filha do Sirius Black. Aí explica os olhos azuis lindos que ela tem. Nesse próximo domingo (30/07/06) ela completa 17 aninhos. Já é, maior de idade no mundo bruxo, hehehe! Sem falar que esse capítulo é 70% dela.
Beijos “filha”, adoro-te!


Capítulo 4 – O início das aulas


Na manhã seguinte, Lílian acordou mais cedo do que de costume. Estava muito ansiosa por ser o primeiro dia de aula. Além do mais, também não dormira bem a noite toda e já não tinha sono para permanecer deitada. Tomou um banho, vestiu o uniforme, penteou o cabelo, guardou os livros e materiais na mochila – tomando cuidado para não esquecer de absolutamente nada, ansiosa como estava - e saiu do dormitório.

***

Tiago estava sentado em uma poltrona do salão comunal. Havia se levantado muito cedo, antes dos seus companheiros de quarto; se arrumado e descido para o salão comunal. Queria falar com uma certa pessoa, antes que esta fosse tomar o café da manhã.
Passou as mãos pelo cabelo num gesto nervoso e começou a tamborilar com os dedos no braço da poltrona, com impaciência. Já estava ficando farto de esperar, quando um barulho de passos vindo da direção da escada dos dormitórios femininos chamou-lhe a atenção. Ele ergueu o olhar para o lugar de onde vinha o som e viu uma sombra se aproximando do salão.
"Talvez seja ela", pensou Tiago enquanto se levantava. Já podia ver a saia do uniforme da menina.
- Hum, ainda bem que... ah... bom dia Evans!
- Espero que sim, Potter - respondeu Lílian, um pouco surpresa por encontrar Tiago ali.
- Vejo que hoje você acordou cedo - observou Tiago enquanto se sentava novamente. - Isso tudo é vontade de me ver, cara Lily? – ele perguntou, com um sorriso maroto brincando em seus lábios.
- Isso é o que você queria, Potter. Felizmente, eu não deixei de lado a sanidade que me resta.
- Não, não, eu retiro o que disse. Não quero que você se irrite e implique comigo tão cedo, e logo no primeiro dia - disse ele, com um fraco sorriso. - Mas me arrisco a dizer que você fica muito bonita de uniforme e com o cabelo solto.
- Er...obrigada - respondeu a menina, corando sutilmente. Antigamente, se Tiago fizesse esse tipo de comentário, ou piores, Lílian ficaria com raiva e começaria a gritar com ele. Agora, no entanto, ela não o tinha feito, e nem sabia o porquê.
- Está à espera de alguém? - perguntou ele, ao ver que ela ainda se encontrava de pé em frente à escada.
- Não, só estava mesmo sem sono.
- Então por que não se senta?
- Ah... ah, sim - balbuciou a ruiva antes de se sentar em uma poltrona de frente para Tiago.
Ficaram uns instantes em silêncio. Tiago olhava para a escada dos dormitórios feminino, enquanto Lílian o observava de soslaio.
"Quem será que ele está esperando?", questionou-se Lílian, agora olhando diretamente para Tiago. "Não que eu tenha achado ruim, mas quando o vi aqui, pensei que ele estava a minha espera para começar o ano com as suas idiotices."
- Algum problema, Evans?
- Hã? Problema? - repetiu ela, confusa.
- Bem, é que você não pára de olhar para mim e, como eu já te conheço, não me arrisco a dizer que você esteja apaixonada por mim - disse ele, sorrindo pelo canto dos lábios. - Mas, se você quiser me perguntar alguma coisa...
- Perguntar? Não, eu não quero nã... – repentinamente, ela ficou um bocado pensativa - aliás, quero sim... não, é melhor não...
- E em quê ficamos? - perguntou ele, risonho.
- Sim. É que eu queria saber...
Mas Tiago não pode saber qual era a pergunta de Lílian, porque alguém chegara sorrateiramente no salão e, por trás de Tiago, tapara-lhe os olhos com as mãos.
- Adivinha quem é?
- Hum, deixe-me pensar bem... com essa mesma brincadeira sempre? Diana Potter Woss.
- Assim não tem graça! - exclamou a garota, tirando as mãos do rosto de Tiago. - Como é que você adivinhou?
- Digamos que é um instinto familiar - respondeu Tiago olhando para cima a fim de ver a garota. - E também porque você é a única pessoa que eu conheço que faz isso.
- Ah, engraçadinho! - ela disse, cruzando os braços e esboçando uma careta.
Diana (*N/A: Lê-se mesmo Diana e não Daiana*) era uma garota com pouco mais de um metro e cinqüenta e cinco. Seus cabelos lisos, num tom castanho-claro, lhe batiam um pouco abaixo da nuca, contrastando com a pele bem clarinha e os olhos verdes. Era magra e tinha umas feições muito delicadas, que lhe davam um ar de inocência.
- Eu preciso falar contigo - disse-lhe o primo, muito sério.
- Bom dia pra você também, priminho - disse Diana e sentou-se no colo de Tiago, abraçou-lhe e deu-lhe um beijo na bochecha. Depois virou-se para Lílian. - Bom dia... aã... Letícia Elkins?
- Não, é Lí...
- Lílian Evans, eu sei - disse Diana sorrindo. - Estava só brincando; até porque, não existe uma única pessoa na família Potter que não saiba quem é Lílian Evans.
Lílian ficou muito corada com o comentário e Tiago apenas sorriu amarelo. Diana olhou de Lílian para Tiago e depois voltou a olhar para ruiva e começou a gargalhar.
- Dianinha, pára com isso, ok? - sussurrou Tiago para a prima entredentes.
- Ok, então eu vou-me embora - disse Diana preparando-se para se levantar.
Mas Tiago segurou-lhe pelo braço, impedindo-a de se levantar.
- Então, o que é isso? - protestou a garota, agora sem aquele ar de brincalhona.
- Precisamos falar.
- Então diz!
- Por que você não ficou com a Bia durante a viagem ontem?
Diana primeiro olhou para a própria saia por uns instantes, para depois encarar o primo.
- Porque eu tinha umas coisas para fazer...
- Como por exemplo?
- A Rita queria falar comigo.
- Ah sim, a Rita, com certeza. Aposto que ela deve estar passando por um problema gravíssimo e necessitava mais da sua atenção do que a sua prima que acabou de perder o irmão - disse Tiago com um pouco de sarcasmo.
- É, então se você estava assim tão preocupado, por que você mesmo não foi ficar com ela durante a viagem? - replicou Diana.
- Porque você sabe que ela se sentiria melhor contigo.
- Pois eu discordo. Sabe, não foi a mim que ela foi procurar ontem. - disse ela com ironia. - E quer saber do quê mais?! Eu vou-me embora tomar o café.
E se levantou rapidamente e saiu, antes que Tiago pudesse segurá-la novamente. O maroto também se levantou e olhou para o buraco do retrato, por onde Diana passava. Depois passou a mão no cabelo e virou-se, olhando para a ruiva sentada a sua frente.
- Desculpa por essa cena - disse ele para Lílian. - Mas eu queria falar com a Diana antes do salão estar cheio.
- Ah, não faz mal. Eu é que não sabia que você queria falar com ela, se não teria saído.
- Não era preciso, eu já sabia que não adiantaria muito falar com ela - e pegou na sua mochila que estava em cima de uma poltrona e colocou nas costas. - Bem, eu já vou descer.
E, sem esperar que Lílian dissesse alguma coisa, saiu em direção do corredor após o retrato da mulher gorda, deixando a menina sozinha.

***

Pouco tempo depois, Inês, Emily, Claudia e Joana desceram para o salão comunal e encontraram lá Lílian extremamente chateada.
- Vocês demoraram tanto! - ela reclamou enquanto se levantava.
- Calma, Lily, ainda são 7:20h - disse Claudia apontando para um enorme relógio que havia na parede do salão.
- Sim, sim, mas caso vocês não saibam, nós ainda temos que tomar o café da manhã e receber os nossos novos horários, os quais esse ano são diferente, devido...
- Lily, nós já sabemos disso tudo, ok? - disse Joana.
- Não parece que saibam - retrucou Lílian, ironicamente.
- Bem meninas, é melhor nós descermos, antes que a Lily mate uma de nós - advertiu Inês, com um sorriso.
- Acho melhor mesmo - concordou Claudia.
- O que você está procurando, Mimi? - perguntou Lílian para a amiga que estava sentada em uma poltrona, com a mochila sobre o colo à procura de algo lá dentro.
- Eu não consigo encontrar a minha pena - respondeu ela. - Devo tê-la esquecido lá em cima.
- Se você quiser eu tenho uma para te emprestar - ofereceu Lílian.
- Obrigada, mas não é preciso. Eu vou lá em cima buscar. Vocês podem ir descendo.
- Tem a certeza? - insistiu Lílian.
- Tenho sim - respondeu Emily, fechando a mochila e se levantando. - Depois vocês ainda acabam se atrasando para a entrega dos novos horários, podem ir andando.
Então as outras quatro garotas saíram do salão comunal, enquanto Emily subia as escadas em direção ao dormitório feminino.

***

Sirius descia, atrasado, para o salão comunal, à procura dos amigos; mas não havia sinal de algum deles lá.
- Aqueles chatos desceram e nem esperaram por mim! - resmungou em voz alta e decidiu seguir também o caminho do Salão Principal, para tomar o café da manhã.
Ao atravessar o buraco do retrato da Mulher Gorda, encontrou uma garota parada a poucos metros dali, encostada em uma parede. A garota era muito bonita. Era possível perceber, mesmo ela estando de saia e com as meias-soquetes a chegar até os joelhos, que as suas pernas eram bem torneadas. Ela tinha uma cintura fina, as ancas ligeiramente alargadas; era magra e muito alta. Tinha olhos verdes e um cabelo de um tom castanho escuro, liso e muito comprido, chegando até um pouco abaixo da cintura. Ela estava a olhar para baixo, pensativa, e nem deu pela presença de Sirius.
Ele aproximou-se dela e disse-lhe ao pé do ouvido:
- Bom dia, McGuire. Então as férias foram boas?
A garota foi pega de surpresa. Levantou a cabeça e encarou os olhos azuis daquele garoto a sua frente.
- Bom dia, Black – ela respondeu automaticamente ao cumprimento dele.
- Será que eu posso saber o que você faz aqui a essa hora? - perguntou Sirius, com um sorriso maroto nos lábios. - Estava à minha espera por um acaso?
- Não, eu estou aqui à...
Mas Sirius não a deixou terminar. Começou a afagar-lhe o rosto e, de vez enquanto, passar os dedos passar os dedos entre a cascata de cabelo que lhe caíam sobre o rosto.
- Eu pensei em você durante as férias - confessou-lhe, e com a sua outra mão desocupada, segurou a mão dela.
- Sirius, eu acho melhor nós não...
- Não me diga que você não pensou em mim?
- Não é isso, eu só queria dizer que...
- Shiu, não diga nada - pediu Sirius, passando seu dedos pelos lábios dela, mas ela afastou-lhe a mão com a dela própria, que estava desocupada.
- Quer parar de me interromper?
- Ah, qual é Melanie, eu estava com saudades de você...- disse Sirius se aproximando dela, no que ela desviou o rosto para o lado.
- Não brinque comigo Black - disse Melanie muito séria.
- ...dos seus beijos... - continuou a sussurrar-lhe ao pé do ouvido.
- Sirius, pára, eu já te disse.
- ...dos nossos encontros...
- Eu sei que para você não passou de um divertimento.
- Não, foi mais sério do que você imagina - assegurou-lhe, e começou a roçar os seus lábios no rosto dela.
- Sirius, por favor...
E sem prestar atenção ao pedido, ele a enlaçou pela cintura e aproximou seu rosto ao dela unindo os lábios. Foi um beijo longo, onde seus lábios procuravam-se com uma intimidade absoluta. Ele abriu-lhe a boca com a língua, envolvendo a de Melanie. Ela entreabriu os olhos e viu uma parte do rosto e os olhos fechados de Sirius enquanto a beijava. Tornou a fechar os seus e rodeou o pescoço dele com os seus braços, segurando-lhe os cabelos. Esta cena só teve fim quando um som de passos no corredor se fez presente.
Era Emily, que saía do Salão Comunal, e estava completamente alheia da cena que iria presenciar do lado de fora do salão. Sirius e Melanie separaram-se. A segunda corou vivamente e ficou completamente constrangida. Emily também ficou muito sem graça.
- Ah, desculpa, eu não sabia que vocês estavam ocupados, quero dizer, que estavam aqui - disse Emily, estacando de repente, sem reação. - Eu não tinha intenção de atrapalhar.
- Não, você não atrapalhou nada. - justificou Melanie e olhou de soslaio para Sirius. - Eu só estou à espera da minha irmã mais nova, e o Black já estava até indo embora.
- Estava? - inquiriu Sirius olhando para Melanie.
- É claro que estava! E, olha – disse, apontando para o buraco do retrato -, a minha irmã já vem.
Sirius e Emily olharam simultaneamente para a entrada e viram aquela garotinha de cabelo liso e castanho-escuro que havia sido selecionada para a Grifinória.
"Então é mesmo irmã dela", pensou Sirius.
- Olá Mel! - cumprimentou a garotinha à irmã, feliz por encontrá-la.
- Bom dia Camila - respondeu Melanie e segurou na mão da irmã. - Vamos, então?
E, sem esperar que a menina respondesse, rapidamente puxou-a pelo braço e saiu apressadamente dali.
Sirius enfiou as mãos nos bolsos da calça e deu um suspiro. Emily ainda se sentia muito mal por tê-los atrapalhado.
- Olha, foi mal mesmo ter atrapalhado vocês... - disse Emily, olhando para o chão.
- Não faz mal - respondeu Sirius sem emoção. - Como ela já disse, não aconteceu nada aqui.
Emily olhou para ele, para ter mesmo a certeza de que ele não estava chateado, mas não conseguiu perceber; a face de Sirius estava inexpressiva.
Repentinamente Sirius olhou para Emily, parecendo ler seus pensamentos, já que não tardou em acrescentar:
- Não precisa ficar assim, sério, eu não fiquei chateado - disse ele com muita sinceridade. - Não é nada que eu não possa terminar depois - acrescentou com um sorriso maroto.
- Sim, mas...
- Vai, esquece isso. Vamos tomar café, se não ainda nos atrasamos.
Emily assentiu e eles seguiram o corredor para descerem para o Salão Principal.

***

A Professora McGonagall já tinha começado a distribuir os novos horários por entre os alunos. Para os sextanistas era mais complicado, pois nem todos os horários seriam iguais.
Quando Sirius e Emily terminaram de tomar o café da manhã, os amigos já tinham obtido os seus respectivos horários. Remo e Tiago iriam freqüentar as mesmas aulas (Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Feitiços, Poções, Herbologia e Aritmancia), Inês e Lílian também (e inscreveram-se ainda em Runas Antigas) e Pedro fora admitido apenas em Poções, Feitiços, Herbologia e Defesa Contra as Artes das Trevas. Sirius inscreveu-se nas mesmas matérias que Tiago e Remo e Emily também, acrescentando apenas Astronomia. Contudo, não ficaram tão felizes com os novos horários.
- Primeira aula com a Sonserina, já?! - exclamou Lílian, com o horário na mão, estupefata. - E ainda por cima é em poções
- - Depois, ainda hoje, temos Herbologia com a Corvinal, Aritmancia com a Lufa-Lufa - acrescentou Inês, olhando o seu horário -, almoço, Feitiços, novamente com a Corvinal e Runas Antigas por fim.
- Por favor, me digam que nós não temos mais aulas com aqueles imbecis - disse Lílian, entregando seu horário a Emily, como se tivesse receios de o consultar.
- Então eu sinto muito em lhe dizer, mas ainda teremos que dividir Defesa Contra as Artes das Trevas com eles - respondeu Emily, devolvendo o horário a Lílian. - Toma, veja você mesma.
- Ah, Defesa também não! Espero, ao menos, que nos ensinem umas boas maldições, aí desse jeito, eu não me importo de fazer dupla com a McKeough.
- Vamos, então? - sugeriu Inês.
As três garotas se dirigiram para as salas de aula. Os marotos não demoraram a seguir o exemplo, exceto Tiago, que foi perguntar a Nelson, capitão do time de Quadribol da Grifinória, quando é que seriam marcados os treinos para os jogos.
Depois de falar com Nelson, ele observou um menino se escondendo atrás de uma tapeçaria mais à frente, enquanto seguia por um corredor, ainda no primeiro andar. Tiago aproximou-se e tencionou afastar a tapeçaria, para ver o que estaria aquele menino a fazer; mas neste instante, a Professora McGonagall saiu de uma sala, e pela sua expressão e passos rápidos, aparentava estar possessa.
Ela olha para ambos os lados e viu Tiago. Aproximou-se.
- Foste tu, Potter, não foste? - atirou-lhe sem delongas.
- Eu o quê? - perguntou Tiago, totalmente surpreso, e, desta vez, inocente.
Ela olhou-o, como se estivesse a fazer-lhe um raio-x, meneou a cabeça e saiu a praguejar algo do gênero "Não me parece. Ah, mas se eu pego quem fez isso!".
Tiago ficou a vê-la afastar-se, muito confuso, receando pela saúde mental da professora, mas depois pareceu entender o que se passava. Afastou a tapeçaria e viu que o menino que lá estava ria-se à socapa. Tiago fitou-o. Era um menino louro, não muito alto para a sua suposta idade e tinha os olhos castanhos.
- Pirralho, eu não sei o que você fez, mas está de parabéns - e um sorriso maroto formou-se em seus lábios. - Eu nunca consegui fazê-la ficar assim no primeiro dia de aula.
O garoto observou Tiago por uns segundos, desconfiado.
- Você é monitor, por um acaso? - perguntou o garoto, seriamente.
- Acha mesmo? Claro que não! Assim você até me ofende.
Então o garoto também sorriu, marotamente.
Tiago estendeu-lhe a mão.
- Meu nome é Tiago Potter - e quando o menino ia apertar-lhe a mão, ele recuou-a, e passa a mão pelo cabelo - mas os meus amigos me chamam de Pontas.
O menino lançou-lhe um olhar desafiador. Tiago resolver estender-lhe novamente a mão.
- E o meu nome é Vítor Wilkinson - e ele ia novamente apertar a mão de Tiago, mas foi ele que recuou e passou a mão pelo cabelo agora -, mas os meus amigos me chamam de...Vítor
Tiago não pôde deixar de rir.
- Ah garoto, vejo que é dos meus. ‘Tá em que casa?
- Lufa-Lufa - respondeu ele.
- Então, Sr. "Meus-amigos-me-chamam-de-Vítor", depois a gente se cruza por aí, mas eu tenho que ir. E acho melhor você fazer o mesmo. Já fez que chega por hoje, não é?
O menino assentiu e saiu do seu esconderijo.
- Ok - e foi se afastando, mas parou poucos passos depois e virou-se para Tiago. - A gente se vê por aí... Pontas.
*****
A aula de Poções decorreu normalmente, ou seja, os Sonserinos provocando os Grifinórios. Lílian ficava extremamente irritada quando certas provocações vinham de uma morena do outro lado da sala, e destinavam-se à ela. O rapaz que se embatera nela, Ricardo Grenouille, estava muito estranho, mas ninguém quis saber. Isso era quase normal. Ele era alto, tinha o cabelo e os olhos castanhos escuros e era muito bonito. Pelo seu ar, parecia que não tinha muita vontade de estar ali.
No fim da aula, em que estiveram a trabalhar com seus caldeirões na criação de Poções, Tiago, sem ninguém saber como, acabou por deixar cair, sem querer, um pouco de uma poção que estava fumegante, na mão de Lílian. Era suposto ter servido para a avaliação do professor, mas só serviu para que Lílian desse um grito de dor.
- Evans, desculpa! Foi sem querer... ‘Tá doendo? - perguntou ele, um pouco desnorteado, sem saber o que fazer.
- Não estúpido, eu estou a gritar porque gosto! - retrucou ela ironicamente.
- Srta. Evans, é melhor a Srta. ir ver essa mão a enfermaria - sugeriu o Professor Slughorn, que aparecera para ver o que havia acontecido. – E quanto aos outros, estão todos dispensados por hoje.
Lílian tentou pegar suas coisas, mas estava tão irritada e com tantas dores que não conseguiu pegá-las, e sim deixá-las cair. Inês ajudou-a e disse que levava as suas coisas para a aula de Herbologia, que seria a próxima, enquanto Lílian ia até a Ala Hospitalar. Nem reparou que Monica sorria com evidente prazer, devido ao seu pequeno acidente.

***
Lílian demorou imenso tempo na Ala Hospitalar. Depois de tratar-lhe da mão, o que não demorou muito, Madame Pince ficou a recomendar-lhe os cuidados que ela tinha que ter com a mão que estava enfaixada, e a dar-lhe sermões sobre esses pequenos acidentes que acontecem quando se descuidam com pequenas coisas. Lílian saiu de lá, não sem antes lhe agradecer e ter dito que a culpa não era dela.
Quando ia a caminho da sala de aula, pelo corredor, alguém pousou a mão em seu ombro. Antes que ela pudesse virar-se para ver quem era, pôde ouvir:
- Posso falar contigo?


N/A: Então, gostaram? O próximo capítulo já está sendo preparado...
Comentem, please! Esse é o meu combustível.
Beijos,
July Evans

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