Dia que começa mal, acaba mal



N/A: Bem , eu não devia estar fazendo isso, porque o capítulo ainda não foi betado /mana, me perdoa/, mas eu tinha que atulizar, a pedido dos leitores.

Então...

Olá!!! Desculpem a demora para atualizar esse capítulo, mas é que as aulas aqui, em Portugal, começaram em Setembro, e eu fiquei muito atarefada. Também demorei porque esse foi o capítulo mais difícil de escrever. Tive que apagar e reescrever várias cenas. u.u. Mas, como eu já havia mencionado lá em cima, o capítulo ainda não foi betado, então, daqui à uns dias eu voltarei aqui para postá-lo, já devidamente pronto, mas se mesmo assim alguém quiser ir lendo...

Agradecimentos:
paty: Obrigada pelo elogio! XD Er... eu tento escrever bem, só não sei se consigo, mas... u.u. Ah, e eu procurei a sua fic mas não consegui encontrá-la. Não tem como você me passar a URL dela?
Nicolэ Radcliffэ: 100000000000?? Nossa, isso tudo! O.O Assim eu fico sem graça... Mas que bom que você está amando minha fic, e sorry sorry sorry pela demora!

Ah, e eu queria dizer mais uma coisa. Eu, ao reler os capítulos anteriores, vi que havia dado uma informação errada. O Alex Madisom, que estava na mesma cabine que o Pettigrew, não é do 6º ano da Grifinória, e sim do 5º ano.

Ah, e fizeram uma comunidade para mim no Orkut. o.O
Quem quiser participar:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23624488

Beijocas para todos aqueles que estão lendo. E comentando!




Capítulo 5 - Dia que começa mal, acaba mal



Lílian virou-se assustada, e deu de caras com uma garota de cabelos castanhos, ondulados até as costas e olhos castanhos. Essa garota era Leonor Booth, que estava no mesmo ano que Lílian, só que na casa da Corvinal.

- Ah, é você – exclamou Lílian menos assustada. – Você me assustou, sabia?

- Desculpa, não era essa a minha intenção – respondeu Leonor. – Mas antes de qualquer coisa, olá! – e aproximou-se de Lílian cumprimentando-a com dois beijinhos nas bochechas – tudo bem?

- Sim, e contigo?

- Também vou bem, obrigada – respondeu ela com um enorme sorriso.

Lílian ergueu ligeiramente uma sobrancelha e fitou Leonor desconfiada.

- Você não veio aqui só para me perguntar se eu estou bem, pois não?

- Também foi por isso.

- Também? Eu sabia que você não tinha vindo aqui só para me cumprimentar...

- Nossa Lílian, eu não acredito que você esteja a insinuar que eu não me preocupe contigo – disse Leonor em tom de falsa indignação.

- ... e se fosse apenas para me cumprimentar, você esperaria pela próxima aula, que nós teremos em conjunto.

- Ok, ok – ela deu-se por vencida. – Sim, eu preciso falar contigo, em particular e fora da aula - acrescentou ao ver que Lílian ia abrir a boca para dizer algo.

- Falar sobre o quê? – perguntou Lílian.

- Calma, eu já te falo. Vem comigo.


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Lílian e Leonor foram para a sala em que elas teriam Transfiguração no próximo horário. A sala estava vazia. Elas entraram e se sentaram nos dois primeiros lugares das filas da frente, uma diante a outra.

- Então, o que você queria me dizer? – perguntou Lílian.

Leonor olhou para Lílian um pouco hesitante, e Lílian reparou que ela torcia as mãos no colo.

- Bom, eu não sei por onde começar – disse Leonor balançando-se ligeiramente para frente e para trás na cadeira.

- Que tal pelo começo? – sugeriu Lílian que estava a achar estranho o nervosismo da garota.

- Claro, pelo começo – repetiu Leonor baixinho.

Lílian franziu o sobrolho.

- Leonor, você fez alguma coisa errada e agora veio me procurar porque eu sou monitora, foi?

- Claro que não! – exclamou Leonor.

- Então por que está tão nervosa?

- Eu não estou nervosa. E o que eu queria te dizer está relacionado a uma ideia que eu tive.

- Ideia? – repetiu Lílian confusa. – O que eu tenho haver com essa ideia?

- Bom, eu vou te contar o que é.

- Ok, eu sou toda ouvidos – disse Lílian.


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- O quê, ela te disse isso? – perguntou Inês para Lílian.

Elas estavam no Salão Principal a almoçar. Lílian, depois de ouvir o que Leonor a tinha para dizer, ficaram a espera de que o restante dos alunos chegassem para a aula, e agora, na hora do almoço, contava a Inês e Emily porque ela havia faltado a aula de Herbologia.

- Disse – respondeu Lílian, agarrando em uma colher e servindo-se de um pouco de sopa. - Dá para acreditar?

- Acreditar eu acredito – respondeu Inês a rir-se. – Vindo da Leonor eu não duvido de nada, mas confesso que essa ideia dela é, digamos, demasiado... criativa.

- Eu achei engraçada – opinou Emily um pouco entusiasmada.

Inês e Lílian olharam para ela um pouco incrêdulas.

- Mimi, pelo amor de Merlim! Essa é a ideia mais absurda que eu já ouvi – disse Lílian bem alto. – E olha que eu conheço um monte de gente meio maluca.

- Mas seria interessante esse tipo de acontecimentos novo aqui na escola – defendeu Emily.

- A escola já tem demasiados acontecimentos, acho que não precisamos de mais – disse Inês, tentando dar fim a este assunto.

Nesse momento, Tiago, Sirius, Remo e Pedro chegaram ao Salão e sentaram-se diante das garotas para se servirem da refeição. Tiago serviu-se de sopa, pegou em uma pãozinho, tirou um pedaço, molhou-o na sopa e levou até a boca e comeu-o. Depois, olhou para Lílian e disse:

- Eu senti a sua falta na aula de Herbologia, Evans.

- Felizmente, eu não posso dizer o mesmo, Potter – disse Lílian com um falso sorriso.

Tiago encenou uma careta de falso sofrimento e bateu com a mão direita sobre o peito.

- Ai Evans, não fala assim que você magoa o meu pobre coração – e depois, parou com a sua encenação, inclinou-se um pouco para a frente, segurou em uma mão de Lílian que estava sobre a mesa e acrescentou com um tom de voz ligeiramente mais sedutor. - Mas sabe, se você saísse comigo, assim, uma encontro talvez, eu acho que o meu coração ainda conseguiria suportar essa dor.

Lílian soltou a sua mão da de Tiago rapidamente.

- Por mim, Potter, você pode sofrer tanto, até ficar tal e qual algumas garotas que se oferecem para cuidar do seu coração.

- Com medo de sofrer como eu sofro por ti, Evans? – perguntou Tiago com um sorriso malicioso nos lábios.

- Não Potter, eu não pretendo sofrer por você algum dia – ela disse, também se aproximando um pouco mais do maroto. – Em mim, a única coisa que você me faz sentir é uma imensa raiva.

Ele sorriu triunfante.

- Então você admiti que eu desperte algo em ti? – questionou ele e passou a mão no cabelo dela, mas Lílian afastou-lhe a mão.

- Potter, faz-me um favor?

- Até mais que um, é só você pedir – disse Tiago e fingiu uma reverência com a mão.

Ela primeiro sorriu pelo canto dos lábios e depois ficou mais séria.

- Me esquece. Ah, e já que eu posso pedir mais que um favor, vê se desaparece da minha vida também – e dizendo isto, ela voltou-se para trás, levantou-se da cadeira e foi-se embora.

Inês e Emily entreolharam-se e acharam melhor irem atrás da amiga. Tiago voltou a se sentar em sua cadeira, passou a mão pelo cabelo e deu um suspiro cansado. Remo, que estava sentado do seu lado esquerdo, deu-lhe dois tapinhas no ombro dele.

- Desiste Pontas, isso é um caso perdido – disse Remo, meneando a cabeça.

Tiago apenas sorriu marotamente.

- Desistir? O que é isso?

Remo revirou os olhos.

- Tudo bem, mas depois não diga que eu não avisei. Você ainda vai acabar como o Almofadinhas, olha? – e apontou para Sirius com o queixo.

Tiago olhou para o amigo ao seu lado e viu que ele não tirava os olhos de qualquer lugar algures na mesa da Corvinal.

- Almofadinhas? – chamou Tiago.

Sirius continuou concentrado.

- Sirius? – insistiu , mas ele novamente não ouviu. – Sirius? Sirius?! – e Tiago deu-lhe uma cotovelada. Sirius Black, hello!!

Sirius olhou feio para Tiago.

- O que foi? – perguntou irritado.

- Não foi nada. Apenas você, que parecia estar treinando para aparatar, e eu sei bem aonde – respondeu Tiago com um sorriso maroto nos lábios.

- Ha, ha, ha, que engraçadinho! - disse Sirius e depois se levantou.- Eu vou ali resolver um assunto pendente.

- Ah, finalmente decidiu desistir da aparatação e usar as próprias pernas – comentou Pontas, no que Remo riu e Sirius fechou mais a cara.

- Pontas, me faz um favor?

- Bem, isso já está ficando repetitivo – segredou Tiago para Remo. – Eu tenho cara de Elfo Doméstico e não sei?

Sirius revirou os olhos.

- Ah, cala essa boca Pontas – disse Sirius e saiu em direção a mesa da Corvinal.

Ao se aproximar da mesa, ele encontrou Melanie a almoçar ao lado de uma garota de cabelos louros, a lisos com algumas ondulações nas pontas, que caiam-lhe até as suas costas e olhos castanhos.
Sirius pigarreou e Melanie não olhou para trás, mas sabia que Sirius estava lá.

- Será que nós podemos falar? – perguntou Sirius.

- Não vê que agora eu vou almoçar – respondeu Melanie sem olhar para trás.

- Então nós podemos almoçar juntos.

- Não, não podemos. Eu não tenciono sair daqui, e, caso não tenha reparado, não a lugar para você aqui nessa mesa.

A garota ao lado dela pousou os talheres sobre o prato e olhou para Sirius.

- Pode ficar com o meu lugar, Black.

Sirius sorriu e Melanie virou-se para a garota, olhando para ela com um olhar suplicante.

- Susana, não.

- Mas Melanie, eu já acabei de almoçar – contrapôs Susana com um meio sorriso.

- Susana Keys, por favor, não faça isso – implorou Melanie, segurando no braço da amiga.

- Melanie, vocês precisam conversar – e soltou o seu braço da mão de Melanie, se levantando do seu lugar e saindo de lá, deixando um lugar vago, onde Sirius não demorou muito a se sentar.

- Pronto, agora nós já podemos conversar – disse Sirius, enquanto o prato a sua frente ficava magicamente limpo.

Irritada, Melanie olhou para Sirius.

- Posso saber o que é que você está a fazer aqui?

- É assim tão difícil de perceber? – perguntou Sirius. – Eu vim almoçar com você.

O tom de voz de Sirius era um pouco sedutor e isso mexeu com Melanie. O seu coração acelerou um bocado, mas ela cruzou os braços, tentando aparentar uma frieza que não sentia. Encarou-o, de nariz empinado.

- Olha, o que foi? Eu não sou tão boa companhia - ironizou ela, tentando desesperadamente evitar o assunto principal.

Sirius suspirou.

- Não seja irônica comigo, Melanie. Eu vim para conversar a sério contigo e resolver as coisas.

- Resolver as coisas? – repetiu ela e olhou-o com desprezo. – Eu não tenho nada para resolver contigo.

Dizendo isto, ela se levantou bruscamente e foi-se embora, deixando Sirius na mesa sozinho, sem outra opção senão almoçar ali mesmo.


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Beatriz caminhava por um dos corredores do 1º andar, distraidamente, a pensar em sua vida, muito revoltada, até que ela se esbarra em uma pessoa que surgira no virar de um outro corredor.

- Não olha por onde anda não, idiota? – gritou essa pessoa. – Ah, mas olha quem é... é a Beatriz-sem-família-Potter.

Beatriz olhou para essa pessoa. Era Monica McKeough.

- Como é que você tem passado? – perguntou Monica com uma falsa simpatia. – E o seu irmão, está bem? Ah, eu havia me esquecido... os eu irmão morreu!

Monica começou a gargalhar maldosamente. Beatriz fechou os punhos e começou a tremer levemente, colérica. Não iria permitir que gozassem com a morte do irmão dela. Olhou para Monica com um olhar mortífero. Ergueu o dedo na direção do nariz dela e deixou-lhe uma ameaça.

- Você vai se arrepender do que acabou de dizer! – e começou a afastar-se, decidida.

- A sério? Huuu... estou cheia de medo! – riu Monica, fingindo que tremia. – O que você vai fazer? Chamar o seu irmãozinho para te defender?

Beatriz voltou para trás. Algumas pessoas que iam passando por lá, paravam para ver o que estava a acontecer.

- Pára com isso! – disse Beatriz furiosa. – Não fale do meu irmão!

- Por quê? Você vai me matar se eu continuar a falar?

De repente, Lílian aproxima-se da pequena multidão que se formara em torno das duas.

- McKeough, o que você está fazendo?- perguntou Lílian, com uma evidente raiva.

- Isso não é da sua conta, Evans! – atirou-lhe Monica com um ar superior.

Uma garota de cabelos lisos, castanho-escuros e que Lílian sabia 4º ano da Grifinória, aproximou-se delas.

- A McKeough estava a provocar a Bia, Evans – disse Melissa Madisom, que era irmã de Alex Madisom.

Lílian olhou feio para Monica e meneou a cabeça.

- Quem você pensa que é, McKeough? Não consegue perceber que você não pode se aproveitar da dor dos outros em benefícios dos seus divertimentos doentios.

Monica manteve o seu ar superior e sorriu cinicamente.

- Gente, para quem não sabe, essa daqui é a Evans – e apontou com a mão para Lílian. – Diz olá para as pessoas Evans. A Evans é a defensora dos pobres, oprimidos, sanguem ruins e agora a sua nova linhagem de defesa são os problemáticos sem família.

Lílian ergueu a sua mão, pronta para dar um forte tapa na cara de Monica, mas alguém segurou no seu braço e a deteve. Era Emily. Todos olharam para ela.

- Não faça isso, Lily.

- Atitude sensata, Madley – disse Monica, um pouco desconcertada, porque a ‘quase’ atitude de Lílian a assustara um pouco. – Foi para isso que você se juntou aos sangue-ruins, para lhes ensinar alguma coisa?

- Cala-te, McKeough – disse Emily com desprezo.

- O que foi, também está triste com a morte do Potterzinho? – desdenhou Monica. – Vocês eram amiguinhos, não eram? Mas olha, não se perdeu muito com a morte dele... é um Potter a menos.

Nesse momento, Beatriz passou-se completamente e avançou contra Monica, apontou-lhe a sua varinha e disse ”Denapneo”. O rosto de Monica começou a adquirir um tom purpura e o seu sorriso cínico desvaneceu completamente, dando lugar a uma expressão de pleno apuro e desespero. Ela tinha as suas vias respiratórias obstruídas. Beatriz possuía um brilho estranho no olhar, uma mescla de satisfação e loucura. Se a professora McGonagall não tivesse aparecido naquele exato momento, Lílian não saberia o que fazer. Não que ela gostasse de Monica, mas disso a fazer-lhe algum mal físico eram situações completamente diferentes.

- O que se passa aqui? – perguntou a professora, mas o seu olhar logo se focalizou em Monica, que estava de joelhos sobre o chão tentando desesperadamente conseguir respirar. – Por Merlim! O que aconteceu a Srta. McKeough?

- Foi a maluca da Potter, professora! – acusou Lindsey, que fazia parte da multidão, com lágrimas nos olhos e a apontar o dedo para Beatriz. – Ela obstruiu as vias respiratórias da Monica.

Beatriz sorriu sarcasticamente.

- Olhem, a sombra da Mckeough consegue falar! Realmente, eu estou surpreendida – completou irônica.

- Basta! – ordenou a professora e virou-se para Monica apontando-lhe a varinha e no momento seguinte a respiração da garota ia, aos poucos, voltando ao normal.

Monica, ainda com a respiração descompassada, lançou um olhar mortífero a Beatriz.

- Você vai pagar caro por isso, sua idiota – ameaçou enquanto se levantava.

- Agora é a minha vez de ter medo? – retrucou Beatriz dando um passo para frente.

- Eu já disse BASTA! – bradou a professora McGonagall, um pouco fora de si.- Vocês as duas, venham comigo, agora.

- Mas professora, foi a McKeough que provocou a Bia!

- Foi tudo culpa da Potter!

Disseram Melissa e Lindsey, respectivamente, ao mesmo tempo, cada uma tentando defender a sua melhor amiga.

- Não interessa quem começou ou o porque dessa confusão – redarguiu a professora muito séria. – E você, todos imediatamente para as vossas aulas, já!

Alguns alunos foram dispersando calmamente, outros curiosos. Beatriz e Monica foram à contragosto atrás da professora. Lindsey foi a passos lentos atrás delas e Melissa aproximou-se de Lílian e Emily.

- Obrigada pelo que vocês fizeram pela Bia – ela agradeceu. – Sabem, eu estou um pouco preocupada com ela. Sei que não é por mal, mas a Bia está a passar por uma fase muito difícil e age sem pensar.

- Não precisa nos agradecer, nós apenas fizemos o que foi certo – disse Lílian. – Aquilo que os sonserinos fazem também tira qualquer um do sério.

- Bem, eu acho que os primos dela deviam saber disso – opinou Melissa. – De qualquer maneira, eu vou já ver a Diana, ela é da minha turma, mas – e olhou um pouco hesitante para Lílian -, você não se importa de dizer o que aconteceu ao Tiago, Evans?

- Me importar? – repetiu Lílian confusa.

- Mas se você eu peço para o meu irmão falar para ele – acrescentou Melissa rapidamente. – O Alex me disse que vocês não se entendem muito bem.

- Ah, é isso – Lílian prendeu o riso. – Não, pode deixar que eu – e fez um careta - aviso ao Potter sobre o que se passou, Madisom.

- Melissa, pode me tratar por Melissa – ela disse a rir-se da careta de Lílian.
- Tudo bem, Melissa, e você também pode me tratar apenas por Lílian.

- Ok então. Mas agora eu tenho que ir. Mais uma vez obrigada. Tchau Lílian, tchau Emily – despediu Melissa e seguiu em frente pelo corredor.

- A Melissa sempre foi uma boa menina – comentou Emily, enquanto as duas iam a caminho do Salão Comunal. – Tenho a certeza de que ela vai ajudar muito a Bia a tentar ultrapassar esta fase.

- Eu às vezes fico espantada com a quantidade de pessoas aqui da escola que você conhece – observou Lílian um pouco admirada.

- Sim, mas às vezes se conhece pessoas à mais – confessou Emily num tom mais sério.

- Você está falando da McKeough, não é?

- Sim.

- Vocês já foram amigas?

- Não, mas eu posso dizer que a conheço praticamente desde que nasci. O mesmo se passa com o Sirius, ambos já nos conhecemos a imenso tempo, mas família dela se dá melhor com a família da Monica do que com a minha. Sabe, se fosse em tempos antigos, eu não tenho dúvidas de que talvez fizessem o Sirius e a Monica se casarem para unir as famílias.

Lílian começou a rir ao pensar quão engraçado seria essa situação.

- Eu não estou a brincar – continuou Emily, mas também estava a rir. – Até poderia ser eu a “prometida”.

Ao dizer isso, ela fez com que Lílian começasse a gargalhar.

- Você e o Black?! – indagou a ruiva a meio de seus risos. – Não dá mesmo para imaginar. É o mesmo que dizer que eu teria que me casar com o Po... – mas de repente ficou mais séria e hesitou em terminar sua frase.

Emily ficou a espera de que ela terminasse o que ia dizer, mas Lílian desviou o olhar para o chão, depois voltou a encarar a amiga. Colocou o cabelo detrás das orelhas com as mãos e disse:

- Olha, obrigada por aquilo de a bocado.

- Aquilo o quê? – perguntou Emily estranhando a mudança repentina de Lílian sobre o assunto.

- De me ter segurado quando eu ia bater na McKeough.

- Ah, aquilo. Não foi nada – respondeu a loira com um sorriso sincero. – Eu sei que na hora a Monica ficaria possessa, mas acho que nós não devemos perder a cabeça por causa do que os sonserinos fazem, não vale a pena.

- Tem razão – concordou Lílian.

De repente aparece Inês. Sabe-se lá de onde, e aproxima-se delas.

- Onde é que vocês estiveram? Sabiam que nós estamos atrasadas!

- Hei, essa frase é da monitora aqui ao nosso lado, não sua – brincou Emily.

- Eu não estou a brincar, Mimi – disse Inês séria. – Nós temos que ir, estamos atrasadas para feitiços.

- Espera, eu tenho que dar um recado ao Potter - disse Lílian, mas Inês segurou em sua mão direita e na mão esquerda de Emily e começou a puxá-las.

- Depois você dá esse recado… ou melhor, dá-lhe o recado durante a aula.

Mas isso não foi possível, uma vez que Tiago não aparecera durante a aula de Feitiços e como a aula à seguir seria Runas Antigas, disciplina a qual Tiago não estava a cursar, Lílian sabia que ela provavelmente só o veria agora durante o jantar.

_________________________________________________________

Da Grifinória, a penas Lílian e Inês matriculadas na disciplina de Runas antigas. Ao saírem da sala no termino da aula, elas viram que Sirius as esperava no corredor. Sirius aproximou-se de Lílian.

- Evans, você viu o Tiago por aí?

- Não – respondeu ela e ergueu levemente uma sobrancelha. – Aliás, não é você o amiguinho inseparável dele?

Sirius deu de ombros.

- Sim, mas eu já não o vejo desde a hora do almoço.

- Hnft... a pessoas com sorte – comentou Lílian baixinho, para si mesma.

- Bom, eu vou ver se ele está no salão comunal então.

- Olha, se você o encontrar então, diz que eu preciso falar com ele – informou Lílian, mas depois se arrependeu de ter dito aquilo para Sirius, porque o mesmo a encarava agora com um ar desconfiado – é só um recado, acrescentou rapidamente.

- Eu não disse nada – defendeu Sirius com um sorriso maroto nos lábios. – Mas eu digo-lhe que você está a procura dele - e o maroto virou-lhes as costas e saiu.

- Não, espera, não diga assim. Diz que...

- Acho que ele não te ouviu – comentou Inês a rir.

- Bolas! Agora o Potter vai ficar pensando que eu quero falar com ele – praguejou Lílian irritada.

- E não quer? – Indagou Inês.

- Não, não quero – respondeu de imediato. – Eu apenas fui encarregue de lhe dar um recado.

- Ok. Então vamos a procura dele, antes que o Black o encontre.

E as duas seguiram em direção ao salão comunal. Ao chegarem lá, encontraram Emily sentada em uma poltrona a espera delas. Assim que as viu entrar, levantou-se e foi ter com elas.

- Então, como é que correu a aula? - perguntou Emily.

- Foi boa – respondeu Lílian enquanto olhava o salão a procura de algo. – Você não viu o Potter por aí, Mimi?

Emily fitou-a da mesma forma que Sirius havia feito e abriu a boca para dizer algo, mas Lílian adiantou-se.

- Eu só estou a procura dele porque ainda não lhe dei o recado sobre a prima dela.

- Eu não disse nada – defendeu Emily com as mãos erguidas, num gesto de defesa. – Mas se você quer saber, eu não vi o Tiago e sei que ele não esteve aqui e não está no dormitório.

Foi a vez de Lílian a olhar desconfiada.

- Eu sei porque o Sirius acabou de sair de lá e me perguntou também se eu sabia do Tiago.

- Eu não disse nada – falou Lílian no que Inês revirou os olhos.

- Olha, eu sei que a conversa está muito animada, mas eu preciso que alguém venha comigo até a biblioteca buscar um livro – disse Inês olhando para Emily.

- Eu vou contigo – ofereceu Emily e as duas saíram pelo buraco do retrato.

Lílian pensou em ir para o dormitório, mas depois achou melhor esperar por Tiago para lhe dar o recado. Pouco tempo depois, o buraco do retrato abre-se e Tiago entra para o salão. Ao avistar Lílian sentada em uma poltrona, um sorriso radiante formou-se em seus lábios. Ele se aproximou lentamente de Lílian, sem que ela percebesse, e sussurou ao pé do seu ouvido:

- Me disseram que você queria falar comigo, Evans – e contornou a poltrona, agachando-se diante de Lílian e colocando as mãos da garota entre as suas. – Eu sabia, agora foi a sua vez de confessar que sentiu a minha falta durante as aulas.

Lílian revirou os olhos.

- Não precisa ficar com vergonha de admitir isso – continuou Tiago. – Eu sei que as garotas me adoram, estão sempre querendo estar comigo.

- Isso é até você abrir a boca. Depois elas fogem a sete pés juntos.

- Mas não é o que parece – constatou Tiago, passando a mão pelo cabelo. – Você ainda está aqui.

- Pois, deve ser o meu lado masoquista a manifestar-se.

Tiago sorriu maliciosamente.

- Não invente desculpas e confesse Evans, o que você queria era matar as suas saudades – ele afirmou marotamente.

- Potter, como você é...

Mas Lílian não pode completar o que ia dizer, porque, de repente, Tiago se levanta e olha para a entrada do salão, com uma expressão muito séria no rosto. Lílian levanta-se também e vê que Beatriz havia entrado no salão e agora se encaminhava para a escada de acesso aos dormitórios femininos. Tiago foi atrás da prima e colocou-se de frente as escadas, diante de Beatriz.

- Sai da minha frente – disse Beatriz, com ar de desprezo.

- Bia, você tem que parar de agir assim – censurou Tiago.

Beatriz sorriu sarcasticamente.

- E eu tenho que agir como? Igual à você? – indagou com ironia.

Tiago meneou a cabeça.

- Você não consegue perceber que eu estou preocupado contigo.

- Mas não precisa! Aliás, preocupe-se mais com a sua vida, herdeiro dos Potter – disse Bia, dando muito ênfase a palavra herdeiro.

- O que você quer dizer com “herdeiro dos Potter”? – perguntou Tiago, receando a resposta da prima.

Beatriz tornou a sorrir com sarcasmo.

- Não se finja de desentendido – e ela encheu-se de raiva. – Você sabe muito bem do que eu estou a falar! Agora você é o único herdeiro dos Potter, e...

- Não termine essa frase, Bia – pediu Tiago, lançando um olhar incrédulo para a prima. – Você não está querendo insinuar que eu gostei do que... – mas ele não conseguiu terminar o que ia dizer.

Nesse momento, o buraco do retrato abre-se novamente e Diana passa por ele, indo em direção dos primos. Tiago olhou para ela e percebeu que Diana estava muito séria.

- Eu já sei o que você fez hoje a tarde, Bia – e lançou um olhar de reprovação para a prima. – Como é que você foi capaz de fazer uma coisa dessas? – inquiriu, aturdida.

- O que foi que a Bia fez? – quis saber Tiago.

- Azarou a McKeoug depois do almoço – anunciou Diana, com um tom de voz repreendedor.

Beatriz olhou para o chão. Não muito longa dali, Lílian começou a se sentir um pouco incomodada com essa situação. Já não era a primeira vez, naquele mesmo dia, em que ela estava tão alheia e tão presente ao mesmo tempo em uma cena familiar que não lhe dizia respeito. O mais discretamente possível, ela se levantou da poltrona, encaminhou-se até o retrato da mulher gorda e conseguiu sair de lá sem que eles dessem por isso.
Tiago, cansado de esperar que Beatriz se manifestasse, disse por fim:

- Você não devia ter feito isso.

- Quem é você para me dizer isso, Tiago – debochou Beatriz. – Você vive azarando os outros por aí, e sem motivo algum.

O maroto não soube o que responder. Felizmente, Diana tentou auxiliá-lo.

- Isso não é bem assim, Bia – ela esclareceu. – O que o Tiago e seus amigos fazem não passam de brincadeiras, que até agora não expuseram ninguém que fosse a um grande perigo; mas o que você fez sim, foi muito errado, porque tinha más intenções.

- Mas é claro! O Tiago, menino perfeito, faz tudo certo – ironizou Beatriz. – Ele é rapaz, é mais velho, é agora o único que pode continuar com a família Potter... pode deixar que eu já fiquei farta de ouvir essa treta durante as férias. Preocupem-se com as vossas vidinhas perfeitas e deixem que da minha cuido eu – e virou-lhes as costas e subiu as escadas dos dormitórios a correr. Diana apressou-se a seguir a prima. Tiago ficou uns instantes a ver suas primas se afastarem, depois, passou as mãos pelo cabelo, nervoso, e só então se lembrou de uma coisa. Olhou para trás e viu que Lílian já não se encontrava mais no salão.

- Droga! – ele exclamou, se aproximando do lugar onde Lílian estivera, para pegar na sua mochila. – Agora ela se foi embora e eu não fiquei sabendo o que ela queria comigo.

Pegou na sua mochila com brusquidão e seguiu caminho para o seu dormitório, para ver de descansava, na esperança de que os próximos dias não fossem tão maus como esse. Nem tão longos.




N/A: Bem, eu, com toda a minha sinceridade, não gostei muito deste capítulo /quer dizer, não foi assim de tudo/ por exemplo, eu gostei da parte em que a Emily e a Lily falam das pessoas que a Emily conhece na escola, da parte em que o Lupin aconselha o Tiago a desistir da Lílian. Não, espera, eu também gostei de colocar mais 3 personagens nessa fic e adorei escrever as falas e atitudes da Bia, que foram assim, mais fortinhas. Huasuhahahaha! É, talvez eu tenha gostado um pouquinho desse capítulo /mas foi só um pouquinho, hehehe/. Mas o que interessa é que vocês gostem. Então, comentem, please! E até a próxima!
Beijocas,
July Evans

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