Feliz Aniversário!



Capítulo 2

Feliz Aniversário!

A manhã seguinte foi diferente para Harry. Era seu aniversário e conseqüentemente era o dia em que iria embora da casa dos Dursley. Sua ânsia era tão grande que nem dava idéia ao fato de estar fazendo 17 anos, ou seja, tornando-se um maior de idade no mundo bruxo. Agora finalmente poderia lançar seus feitiços como bem entender – claro que na ausência de trouxas.
Hermione e Rony passaram toda a manhã se amassando no quintal, enquanto tia Petúnia a passou na cozinha, preparando pela primeira vez na vida de Harry, um delicioso bolo para comemorar seu aniversário.
Todos passaram o resto do dia muito alegres, com a exceção de Duda, o primo possessivo e brigão o qual tinha ciúmes da atenção dos pais doada toda a Harry, o que era estranho.
Ao som do sino do relógio tocar, indicando as 22:00 horas. Harry respirou fundo e criou coragem para perguntar o porque de toda aquela atenção. Seria porque ele ia embora? Afinal os Dursley nunca gostaram de ter sua companhia junto deles. Seria porque eles sentiam medo, pois agora Harry poderia lançar-lhes feitiços quando bem quisesse – isso na cabeça deles, pois como consta no artigo nº257 da Constituição Bruxa Mundial, bruxo algum pode lançar feitiço algum na presença de algum trouxa.
- Tio Valter. – disse Harry, chamando atenção de todos os outros para si mesmo
- Sim, Harry. – respondeu o gordo barbudo
- É... não quero parecer abusado, nem mal-agradecido ou coisa qualquer... Mas não consigo compreender o motivo dessa alegria toda no meu aniversário. Vocês sempre passaram esse dia como se fosse um dia qualquer!
- Bom, Harry querido. – disse tia Petúnia, não permitindo a Valter a palavra. – Nós, estamos muito arrependidos por ter te tratado mal. Por isso resolvemos fazer uma despedida agradável, para que não crie uma péssima visão de nós, pois nós gostamos muito de você. Porém tínhamos medo do bruxo Voldemort nos visitar. Por isso nós o proibíamos de sair ou fazer qualquer coisa. Pois tínhamos medo de que atraísse a atenção desse bruxo mal para nossa casa.
- Ah, sim! – respondeu Harry – Não digo que esse ato de vocês seja compreendível... Mas mesmo com todas as ignorâncias, foras e tudo mais, eu gostaria de agradece-los por terem me dado um lar, comida, roupas... por mais que sejem das mais furrecas. E pedir desculpas por todos os transtornos que os causei.
- Claro, Harry. Estaria mentindo se não te dissesse que você não nos deu trabalho algum – disse tio Valter educadamente – pois você nos deu muitos trabalhos. – concluiu o gordo bigodudo rindo suavemente
- Ah gente! – disse Rony – Vamos parar com esse papo sem graça. Vamos animar! – fez um gesto com a varinha e ligou o som.
Duda, irritado, pois não conseguia ouvir o que se passava na televisão. Levantou-se, direcionou-se ao som e o desligou.
Rony, instantaneamente ligava o som, forçando o menino a voltar ao local para desliga-lo. E por aí foi-se a noite toda.
Quando de repente, ao som da 00:00 ouviram-se alguns barulhinhos.
- Devem ser eles! – disse Hermione
- Eles quem? – perguntou tia Petúnia muito interessada
- O pessoal da Ordem. – respondeu Rony
- Ordem? Que Ordem? – perguntou tio Valter também interessadíssimo
- Ah! Depois...num a outra oportunidade nós os explicaremos.
Os jovens colocaram a cabeça para fora da janela e viram 5 pontinhos virem se aproximando no céu. Definitivamente eram eles.
Correram ao armário embaixo da escada. Pegaram suas malas e vassouras e saíram andando para o quintal.
Quando abriam a porta:
- Harry! – chamou tia Petúnia receante
- Sim. – parou Harry, olhando para a mulher
- Me dê um abraço?! – pediu a mulher com uma cara triste
- Claro. – disse ele abraçando-a
- E me promete uma coisa?!
- Prometo.
- Que você virá nos visitar assim que puder!
- Venho sim. Afinal... fui criado aqui, não?! – disse ele sorrindo para a mulher
- E leva isto contigo. – disse ela saindo do abraço e colocando a mão esquerda no bolso do avental para pegar alguma coisa – Eu demorei muito a te entregar... desculpe-me... – ela colocou o objeto na mão direita de Harry e a fechou. – Não o abra! Somente quando estiver em local seguro. E também tem essa carta. – disse ela pegando um envelope no bolso direito e entregando-a a Harry - Lembre-se: Só os abra em um lugar seguro.
- Claro... – Harry sentiu a palavra na ponta da língua... Devia ou não devia falar? Decidiu-se e – tia Petúnia.- Abraçou-a forte e despediu-se de um emburrado Duda e do tio Valter, direcionando-se ao jardim, onde os esperavam Minerva, Olho-Tonto Moody, Tonks (já com seus cabelos cor de rosa-choque), Lupin e...alguém que ele não conseguia identificar.
Estava de costas a pessoa. Não reconhecia. Possuía cabelos nos ombros. Negros os cabelos. Bagunçados. Aproximou-se. Quando ia tocar a pessoa para ver melhor quem era. Esta virou o rosto, olhando nos olhos de Harry. Era ele. Aquela pessoa tão querida. Tão amada. A única pessoa que ele já sentiu algo diferente. Um afeto. Quase um pai. Era ele. Mas como podia ser? Não estaria morto? Quando saiu uma voz de sua boca:
- Oi, Harry! – Harry chegou a conclusão óbvia, porém louca.
- Sirius! – disse ele pulando nos braços do padrinho e o apertando forte. Lágrimas escorriam de seu rosto
- Eu mesmo, Harry! – disse o padrinho, abraçando-o mais forte ainda e deixando uma lágrima cair do olho.
- Eu pensei que...
- Que eu tivesse morto... Haha! – riu Sirius deboxado – Todos pensaram!
- Mas...como?? – perguntou Harry
- Conversaremos em casa... ou melhor... na sua casa!! – disse ele dando um sorriso – Aqui é perigoso. Voldemort possui servos agora espalhado por todos os lugares.
Harry montou então em sua Firebolt e no momento seguinte todos deram impulso para cima, voando pelos céus.... Sobrevoando o bairro Saint Frederic montados em vassouras. Quem os visse pensaria ser um avião, pois voavam em alta velocidade.
O vento batia no rosto de Harry com muita força, o que fazia com que seus cabelos rebeldes se sacudissem loucamente.
Nada como finalmente voar em uma vassoura. Certamente não havia muito tempo que Harry voara em uma vassoura, pois a última vez em que havia voado, foi também um dos últimos momentos na companhia de Dumbledore. Uma lágrima desceu do olho direito ao lembrar do diretor valente de barba longa prateada.
De repente, começou a chover.
- Como!? – disse Lupin indignado – O canal de tempo trouxa dizia que hoje não choveria.
As gotas de chuva impediam que Harry pudesse enxergar coisa alguma. Então, inteligentemente, ele sacou a varinha do bolso e murmurou apontando para o óculos:
- Impervius!
Como um pára-brisa de carro, os óculos de Harry agora, empurravam toda a água que encostasse na superfície do objeto.
Num intervalo de um minuto voando tranqüilamente apesar da chuva, a cicatriz de Harry começou a doer. Doía muito. Ele, quase que instantaneamente reclamou da dor. A reclamação foi ouvida por Hermione, que espertamente e com medo voou desastradamente em direção a Sirius e o avisou do ocorrido.
Sirius, direcionou-se a Harry e perguntou-o se sentia alguma coisa. O garoto confirmou o que Hermione dissera, gritando de dor. A dor acentuava-se cada vez mais.
Algo de ruim estava para acontecer. Sirius correu para a frente do “batalhão” e os avisou da dor de Harry. Com medo, todos aceleraram as vassouras, formando também um círculo em volta de Harry, Rony e Hermione.
Harry sabia. Voldemort estava perto. Se não era ele, era algo de muito ruim.
Harry olhou para trás, e viu atrás de Lupin a famosa “assassina” de Sirius, Belatriz Lestrange. Acompanhavam-na, Lúcio Malfoy - o qual não se sabia como havia fugido de Azkaban -, Narcisa Malfoy – mãe de Malfoy -, E mais três bruxos, os quais Harry lembrava de ter visto no dia da batalha em Hogwarts, porém não se lembrava do nome.
Gritou para todos que estavam sendo seguidos. Todos olharam para trás e viram quem os perseguia.
Belatriz pegou maior velocidade e passou Lupin, esticando a mão para tentar alcançar Harry. Este desviou da mão de Belatriz e sacou a varinha. Quando ia lançar o feitiço, Belatriz deu um rasante em direção ao chão. Não entendeu a razão daquele rasante. Alguma coisa ela iria aprontar.
Lúcio e Narcisa continuaram firmes voando, com a companhia dos outros três. Separaram-se, acelerando mais as vassouras. Lúcio apontou a varinha para Sirius e berrou:
- Entregue-me o garoto!
- Nunca! – respondeu Sirius ignorante e berrando – Petrificus Totalus!
Lúcio petrificou-se e caiu em direção à uma casa grande branca. Narcisa, enraivecida, passou por baixo de Tonks e subiu em direção à Harry. Assumiu o lado do menino e pegou sua mão. Harry, acidentalmente deixou sua varinha cair.
Hermione sacou a varinha e gritou:
- Incendium!
Narcisa virou-se em chamas. E pulou da vassoura. Dois já se foram. Belatriz ainda estava lá embaixo. Olho-Tonto conseguiu avista-la com seu olho mágico.
Quando esta começou a subir, os outros três que os perseguiam, aceleraram também e prepararam-se para lançar um feitiço em Harry. Quando de repente ouviu-se um canto. Um canto muito alto. Um sinal de longe. Belatriz pausou o vôo surpresa. Seria mais algum aliado de Voldemort?
Hermione convocou a varinha de Harry com o feitiço Accio, a qual foi parar na mão direita do garoto. Estavam todos preparados para um novo ataque. Quando conseguiram identificar quem ou o que vinha. Era Fawkes, a linda fênix de Dumbledore que vinha seguida de Bicuço, ou melhor, Azafugaz.
Ambos os dois avançaram encima dos Comensais da Morte, que caíram, provavelmente machucando-se muito.
Todos sorriram ao ver o feito dos dois animais. Alegres, acariciaram ambos os dois animais. Foram grandes heróis. Estavam todos perto do fim. Graças a Fawkes e Azafugaz eles conseguiram um meio de traçar um novo fim.
Continuaram a voar por cima da Inglaterra. Até que chegaram no lugar da atual casa de Harry e sede da Ordem da Fênix. O Largo Grimmauld parecia igual. Andaram por toda a rua, quando chegaram a um espaço vazio, no qual surgiu após algum tempo uma casa. Era ela... a casa que Harry herdara de Sirius, seu padrinho, o qual não estava morto.
Todos entraram e acomodaram-se na sala de estar, festejando a vitória.
Quando de repente, Harry interrompeu toda a festança e falou em alto e bom som:
- Gente! Está tudo muito bom por enquanto, mas eu gostaria de saber o que afinal de tão importante vocês têm para nos falar?!
- Harry...acalme-se... esse não é o momento. – disse Sirius tranqüilo
- Mas qual será o momento?
- Você saberá! – respondeu Sirius alegre, abandonando o jovem menino e indo em direção a Lupin, o qual estava aos amassos com Tonks.
E por aí se seguiu todo o resto da noite. Eles todos festejando. Até mesmo Minerva McGonnagal estava solta, dançando e bebendo cerveja amanteigada. Isso não fazia sentido. O mundo corria perigo, ameaçado pelo maior bruxo de todos os tempo, Voldemort. E os grandes responsáveis pelo salvamento desse mundo estavam festejando, dançando e embebedando-se.
Harry foi dormir aquela noite indignado. Assim como Hermione. Aquele foi um dia cansativo. Principalmente uma noite cansativa. Antes de apagar em sono profundo, Harry ficava tentando imaginar qual seria o momento. Até que cansou-se de se indagar, fechou os olhos e dormiu.

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