Bruxarias no número 4



Capítulo 1

Bruxarias no número 4

Rua dos Alfeneiros... são exatamente 7:00 horas da noite... não está tão escuro assim. A rua estava como sempre... silenciosa...com algumas luzes de janelas acesas...um estalo foi ouvido... na esquina da pequena rua... dois vultos. Ambos adentraram a rua, seguindo em frente logo após a esquina.
De repente... “Stap!”...outro estalo... esse foi mais alto que o outro. Os dois vultos pararam instantaneamente...como se esperassem o que vinha...como se soubessem o que os aguardava...Ouviam-se passos.... Um vulto apareceu na esquina e a contornou... veio andando rua adentro...parecia determinado...um vulto gritou:
- Ande, Harry! Sabe que não pode andar por aí sozinho!
- Acalme-se! Sabe que ainda não estou acostumado com a aparatação! – respondeu o vulto atrasado e começou a correr o mais rápido que podia a fim de alcançar os outros dois vultos.
Após Harry ter alcançado os primeiros vultos, os três continuaram andando...em direção a uma casa... a pequena e bonita casa dos tios de Harry... os Dursley.
- É ali! – apontou Harry
- Bonita, Harry! Achei que as casas dos trouxas fossem mais...digamos...simples! – a voz bobalhona era fácil de reconhecer... Rony acompanhava o amigo à casa dos tios, pois Molly e Arthur o despacharam para lá, pois estavam muito ocupados com os preparativos do casamento de Gui com Fleur.
- É bonita mesmo, Harry. – dizia a bonita menina Hermione Granger.
- Está bem... – disse Harry com sua mania de vergonha - mas vamos entrar!
Em frente à casa dos Dursley havia um poste de luz. O único que funcionava da rua. A prefeitura estava tendo problemas com os moradores da Rua dos Alfeneiros e por isso cortou a luz de vários postes, deixando assim grande parte da rua na penumbra.
Aproximando-se da casa dos Dursley, os três vultos alcançaram a luz. Fazendo com que assim seus rostos e corpos fossem iluminados pela forte luz que iluminava somente a casa dos Dursley.
Harry aproximou-se do baixo portão e o abriu, segurando-o para permitir que os amigos passassem. Estes atravessaram o portal e esperaram por Harry, que tomou frente na caminhada até a porta.
Pararam na porta. Harry virou-se para os amigos e disse:
- Eles não gostam de bruxos, mas sabem que vocês já possuem maioridade bruxa e que podem enfeitiça-los como bem quiserem. Portanto, eles vão trata-los bem. Mas tentem não usar feitiços aqui dentro!
- Está bem! – concordaram os dois, e quase que instintivamente, deram as mãos. Num momento de aflição. Porém pequeno, pois Hermione rapidamente se deu conta do ato e soltou a mão de Rony, fazendo cara feia.
Harry tocou a campainha. Na mesma hora ouviu-se a voz de taquara rachada de tia Petúnia gritando:
- Duda, querido! Atenda a porta!
E na mesma hora um “não” bem alto e sonoro.
Então, tia Petúnia parou de lavar sua louça das 7:00 e de ver sua novela para ir até a sala de estar abrir a porta.
Alguns segundos depois do sonoro “não” vindo de Duda, a porta se abriu. E através dela, foi vista a cara de cavalo de tia Petúnia. Quando - ainda sem se dar conta de quem eram as pessoas que a aguardavam do lado de fora - tia Petúnia lhes deu um “olá” tão sorridente e falso, Harry imediatamente disse um “olá” frio a mulher e entrou na casa, empurrando-a com rispidez.
A mulher, indignada, falou:
- Harry! Vai subir sem ir à cozinha para ver quem espera tão ansiosamente por você?
Harry automaticamente parou irritado e disse aos amigos que entrassem. Subiu batendo os pés com força nos degraus e disse:
- Não! Muito obrigado! Eu sei que é a Guida! – e continuou subindo, seguido dos amigos.
Guiou-os até seu quarto.
Ao entrarem, Harry viu que não havia mais cama alguma e que no lugar de sua cama, havia um cachorro. Um cachorro bem grande. Tinha três cabeças. Era aquele que ele tinha visto a seis anos atrás. Fofuxo.
Horrorizado, não conseguiu se mover. O cachorro, deitado no chão de olhos abertos, abriu os olhos e viu que tinha visita. Instantaneamente levantou-se e começou a rosnar, direcionando-se a Harry.
Hermione, juntamente de sua ótima habilidade com feitiço, entrou na frente de Harry e gritou:
- Estupefaça!
E o cachorro, após uma ricocheteada causada pelo feitiço, recuou, dando assim, tempo para que Harry pudesse se recuperar do choque e sair correndo do quarto, trancando a porta.
Os três saíram pelo corredor correndo, até chegar às escadas e deparar com um homem alto, gordo e com uma enorme barba, a qual tampava quase toda sua cara.
- Hagrid! – gritaram os três abraçando o meio gigante
- Olá, meninos! – respondeu o gordo barbudo – Vim aqui para deixar um animalzinho pra vocês tomarem conta.
- Mas... Hagrid – dizia Harry
- Ordens expressas de Minerva McGonnagal! – dizia Hagrid – Tenho que cumpri-las! E achamos também que não é bom que saia da casa dos Dursley antes de completar os 17 anos!
- Sim! – disse Harry – Isso é óbvio! Mas aquilo vai ficar aqui durante quanto tempo?
- Ah, Harry! Trouxe Fofuxo para ficar aqui só durante uns dois ou três dias, pois estamos desocupando Hogwarts! A escola será fechada!
- Fechada!? – berrou Hermione, desmaiando e caindo encima de Rony.
- Isso mesmo! – disse Hagrid triste. De repente uma lágrima caiu dos olhos do grande bobalhão.
- Hagrid! – consolava Harry – Não chore! Já estava previsto!
- É, Hagrid. – dizia Rony, com a cara vermelha pois fazia muita força para agüentar o peso de Hermione – Todos nós sabíamos que a escola ia fechar!
- É verdade! – disse o homem enxugando as lágrimas – Agora, dê-me a Hermione que vou carrega-la para você. Onde que eles vão ficar, Sra. Petúnia? – perguntou ele virando-se para a mulher com cara de nojo
- Bom... eu planejei deixar Harry aqui, no armário da escada, mas aqui não cabem todos!
- Ah! Cabem sim! – disse Hagrid – Sra. Petúnia. Pode retirar-se um minuto?
A mulher comcara de cavalo dirigiu-se à cozinha, com medo, pois não sabia o que o tremendi homem iria fazer.
Hagrid colocou sua cabeçorra dentro do armário da escada e o observou.Após isso, retirou a cabeça, colocou o braço e murmurou um feitiço o qual não foi audível.
- Entrem agora! – disse o gordo meio gigante
Harry sabia perfeitamente o que ele tinha feito. Ao entrar no armário, viu um enorme cômodo com três camas.
- Hagrid! Não acredito nisso! – disse Harry entusiasmado – Que máximo!
- Não é nada, Harry! Mas agora vamos dar um jeito na menina Hermione! – ele levou-a até a cozinha, deitou-a na mesa e murmurou – Enervate!
Hermione instantaneamente despertou. Olhando à sua volta e parecendo assustada, pois não reconhecia o lugar. Levantou-se gritando.
- Não me matem! Não me matem!
- Acalme-se, menina! – disse tia Petúnia irritada – Quer acordar a vizinhança inteira?!
- Mione! Acalme-se! Sou eu, Rony! Estamos na casa do Harry!
- Ah, sim! – disse a menina tranqüilizando-se – Casa...Harry...Fofuxo!
- É! Isso mesmo!- disse Harry – O Fofuxo está lá encima!
- Não! Fofuxo! – disse Hermione, apontando para as costas de Harry
Harry virou-se e deu de cara com o grande cachorro de três cabeças. Sentiu a baba de Fofuxo caindo em sua cabeça.
Rony instantaneamente berrou:
- Accio Varinha!
Após alguns segundos, Rony já estava em posse de sua varinha. Não sabia que feitiço usar. Olhou para Hermione e disse:
- Qual feitiço?
Hermione, sempre mais esperta, usou o feitiço convocatório para convocar a varinha, apontou para o bicho e berrou:
- Também não sei que feitiço usar!
- Ele tem medo de cobras! – disse Hagrid
Hermione e Rony berraram juntos:
- Serpensortia!
Na mesma hora em que as cobras foram conjuradas, o valente cachorro de três cabeças teve sua identidade destruída. Saiu correndo rua afora.
- Corre atrás dele, Hagrid! – berrou Hermione
- Não tem problema! Eu acho ele depois! – respondeu Hagrid
- Mas ele pode ferir alguém! – disse Hermione preocupada
- Não! Fofuxo é um cachorro muito bobo! – disse Hagrid debochado – Só faz pose! Na verdade ele é muito bobalhão!
Todos riram. Hermione ainda preocupada, não parava de avisa-los que o cachorro iria ferir alguém.
Harry, após ter esquecido a situação com Fofuxo, virou-se para Hagrid e disse:
- Hagrid, você não veio aqui só para deixar o Fofuxo, não é?
- Sim, Harry! Lhe trago notícias da Ordem e principalmente da profa. Mc Gonnagal
- E quais são essas notícias? – perguntou o garoto animado
- Bom, ambos são para que você fique aqui na casa de sua tia Petúnia até completar os 17 anos. Nessa data, viremos buscar a todos vocês. Por isso, preparem suas vassouras, pois o aniversário de Harry se aproxima.
- Mas eu não tenho vassoura! – disse Hermione
- Não tinha, você quer dizer. – disse Hagrid estendendo a mão para frente e dizendo – Accio Firebolt!
E uma Firebolt veio voando da sala em direção à cozinha. Rony ficou indignado, pois Hermione havia ganhado uma Firebolt e ele nada!
- Hagrid?! E eu? Não ganho nada? – perguntou Rony indignado
- Acalme-se, Rony! – respondeu Hagrid – Esta vassoura é um presente da professora Minerva pelas notas de Hermione nos N.O.M.s. Não sei se vocês sabem, mas Hermione foi a mais bem colocada de Hogwarts, com a maior média. E como vocês sabem também, Minerva adora que alunos bons sejam da casa a qual ela é diretora. Então decidiu fazer esse pequeno agrado.
- Eu?! A mais bem colocada?! – perguntou Hermione, pulando de alegria – Meus pais não vão acreditar nisso! Uau!
- Parabéns, Mione! – disse Harry feliz
- É... parabéns. – disse Rony desanimado
- Ora, Rony... Não fique assim! – consolava Hagrid – Você também é um bom aluno... pelo menos era na minha matéria. E você já tem uma vassoura. E para você ficar mais feliz, a Firebolt baixou o preço lá no Beco Diagonal. Está com desconto de 40% no preço.
- Sério!? – disse o menino escandalizado – De repente o dinheiro que eu venho juntando dê para comprar uma. Vamos um dia desses no Beco Diagonal?
- Não, Rony! Ainda não! Lembre-se, Harry! – disse Hermione séria virando-se para Harry – Você só pode sair daqui após completar 17 anos... portanto...
- Isso mesmo, Hermione! – disse Hagrid tranqüilo pois foi poupado de ter que lembrar o menino do pequeno recadinho de Minerva – Agora vejo que posso ficar tranqüilo, pois Hermione tem noção do perigo e vejo que ela conseguirá controlar vocês dois.
- Eu?! – disse ela indignada – Controlar os dois?! Isso é impossível, Hagrid. Ninguém os segura. – continuou ela, soltando uma pequena risadinha
De repente, tia Petúnia olhou o relógio. Já eram quase 22:00. Estava na hora de ir para a cama.
- Bom, gente... A conversa está boa, porém creio que nosso amigo gigante tenha que ir, não? – disse ela com um olhar repressor a Hagrid
- É. Está certa, Sra. Petúnia. – respondeu Hagrid – Tenho que ir para encontrar-me com Minerva. Temos uma reunião com toda a Ordem hoje.
- Toda? – perguntou Harry feliz – Então mande um abraço para todos lá e diga que esperem por nós.
- Claro, Harry. – disse Hagrid – Não posso esquecer-me também de procurar por Fofuxo. Ele deve estar correndo pelo quarteirão. Então... – disse ele saindo da cozinha e indo em direção à porta na sala – Tenho que ir, meninos. Cuidem-se, sim? – pôs a mão na maçaneta e rodou-a, quebrando acidentalmente. Então, abriu a porta e seguiu rumo, acenando para um Harry, uma Hermione e um Rony felizes... e para uma tia Petúnia aborrecida e indignada.
Após Hagrid sumir no meio do escuro, Harry virou-se para os amigos e os levou até o quarto. Lá dentro eles conversavam:
- Que será que a Ordem quer com a gente? – perguntou Rony
- Não sei... mas acho que eles devem ter algo de muito importante. – disse Hermione
- Mas...porquê você acha isso, Mione? – perguntou Harry curioso
- Não sei... simplesmente acho, pois eles nunca nos chamaram para ir lá. Creio que deve ser algo muito importante para eles chegarem ao ponto de vim nos buscar aqui.
- É verdade. – disse Rony ajeitando-se para dormir
- Mas e o Fofuxo? – disse Harry sarcástico
- Humpf! Ainda acho que ele vai ferir alguém pela rua. – bufou ela
- Ah, Hermione! O Hagrid disse que ele é inofensivo! – disse Rony virando-se para dormir
- É, Mione! Não se preocupe! A essa hora o Hagrid já deve ter achado ele! – disse Harry
- É... mas agora...onde que o Fofuxo vai ficar? – disse Hermione preocupada
- Não sei. Verdade. O Hagrid não deve traze-lo aqui de volta. Depois do estrago que ele fez... Isso sem contar que meu quarto era pequeno pra ele. O pobre do cachorro ficou todo espremido lá.
Hermione riu.
- Que foi? – perguntou Harry
- Ah, Harry! A cara que você fez quando viu aquela coisa enorme no seu quarto! Foi muito engraçada! – disse ela sarcástica
- Ah, Hermione! Não exagera! – Harry soltou uma gargalhada
- Que foi, Harry? – disse Hermione, virando-se para trás, vendo um Rony bobo imitando a garota – Ah, Uon-uon! – disse ela indo pra cima do menino – Você vai ver! – ela pulou encima do garoto, fazendo-o cair deitado no chão... mas foi levada junto.
Ela olhou nos olhos de Rony. Estes estavam espantados. Seus rostos a apenas dez centímetros de distância. Quando de repente, Rony avançou a cabeça para a frente e a beijou. Aquele foi um dos momentos mais engraçados e algres que Harry já teve.
Finalmente não teria que aturar mais as briguinhas dos dois. Após algum tempo, as bocas se desgrudaram e Hermione olhou nos olhos de Rony, com vergonha, e disse:
- Eu te amo!
- Ahmm... – disse Rony
- Ahmm!? – disse Hermione, levantando-se indignada – Como assim!? Quer dizer que você se aproveitou dos meus sentimentos para me beijar!? Seu canalha! Nunca imaginei que você fosse tão canalha, Rony. – e saiu correndo do quarto. Abriu a porta com raiva e a bateu na hora em que saiu.
Harry, aborrecido disse:
- Rony! Porque você não falou o mesmo?
- Ah, Harry! Eu a amo, mas eu tenho vergonha de dizer! – respondeu o menino envergonhado
- Pois vá lá dizer isso para ela! – disse Harry aborrecido
- Não! Eu tenho vergonha!
- Rony... se você não for lá agora, ela vai ficar magoada com você.
- Ah... está bem! – disse ele, levantando-se e indo em direção à porta – Deseje-me sorte! – disse ele passando pela porta
- Toda, Rony...Toda... – disse Harry, falando baixo...e lembrando-se de quando namorava a Gina. Ele com certeza a amava. Estava óbvio. Sentia algo por ela que era incomparável ao que sentiu por Cho.
Após algum tempo, ouviu as finas risadinhas de Hermione. Percebeu que estava tudo bem. Eles tinham se desculpado. Decidiu então dormir, pois não havia mais o que fazer, senão conformar-se que Gina não estava lá e que ele tinha que dormir para acordar em no dia seguinte.
Ele fechou os olhos. Na mesma hora veio a imagem da querida Gina. Lembrou de quando estavam sentados nos jardins da escola conversando sobre a partida de quadribol. Lembrou-se de quando ele terminou. Uma lágrima escorreu. E então, caiu em sono profundo.

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