Na Terra dos Gigantes
Narcisa Malfoy e Severo Snape estavam em uma caverna gelada, no sul da França. Tremiam de frio envoltos em suas capas pretas. Era a primeira vez que ficavam a sós desde do ocorrido no castelo de Hogwarts a um mês atrás. Narcisa resolveu falar-lhe:
- Vou lhe ser eternamente grata, Severo – sussurrou Narcisa Malfoy com um meio sorriso.
- Não se preocupe em me agradecer, Narcisa. Draco sempre foi um excelente aluno, um sonserino nato e sem dúvida será um grande servidor do Lord. Embora o Senhor não tenha ficado muito satisfeito, sei que fiz a coisa certa. Dumbledore quase convenceu o garoto...
- Quem não temeria matar um bruxo como aquele Severo? Você estava sob efeito do Juramento Perpétuo quando agiu, e Dumbledore estava sem varinha. Até o Lord das Trevas teria medo...
- Não diga isso, Narcisa! – disse Snape repentinamente, se afastando dela com um olhar de censura. – O Lord não teme nada. Ele é invencível. – disse com os olhos vidrados, com paixão fanática. – Eu só ajudei o seu filho porque sabia que ele seria muito útil para o Lord no futuro... e porque acabar com um grande inimigo do Lord deveria ser tarefa para um bruxo como eu, não para um aprendiz. – disse com desprezo.
Baixando o olhar tristemente Narcisa limpou a neve que caíra em sua capa. Desde que seu marido fora preso no Ministério da Magia, há mais de um ano atrás, as coisas andavam muito mal. Quase perdera seu único filho, se não fosse por Snape. Ele é um rabugento fanático, às vezes parecia não ter coração, mas ainda assim ajudara Draco em sua missão. E no final o Lord, feliz da vida com a morte do Grande Mago, não se importou muito em como aconteceu.
Aguardavam Belatriz e McNair, que foram entregar um último presente para o Líder dos Gigantes para tentar finalmente convencê-lo a se unir definitivamente a Lord Voldemort.
A única luz presente era do caldeirão de Snape que borbulhava uma poção avermelhada que iria impedí-los de morrer de fome e frio naquele inferno gelado.
Duas horas depois, quando já estava muito escuro, McNair apareceu sozinho, ofegante, branco, com cara de quem vira um fantasma.
- Temos um problema Snape.
- O que houve, eles não aceitaram todos aqueles objetos? Onde está Bela?
- Sim, eles aceitaram – hesitou a falar quando percebeu que Narcisa se aproximava – Mas querem ficar com Bela.
- Como assim?
- Eles disseram que ficarão com ela, oras – disse enfurecido e contrariado. O que iriam fazer agora? Era a serva preferida do Senhor das Trevas mas como iriam encarar uma briga com os gigantes e pôr tudo a perder?
- O que faremos??? – disse Narcisa como se não acreditasse naquilo. – Não vamos deixá-la aqui!!!
- Não temos escolha, Narcisa – disse Snape com uma voz metálica. – Vamos avisar o Lord. Se ele nos autorizar iremos embora.
Dizendo isso ele empunhou sua varinha e apertou a caveira negra que possuía tatuada no braço esquerdo.
- Senhor?
Alguns segundos depois a caveira moveu-se:
- O que é Snape? Disse uma voz bem conhecida dos três, com um toque de “S” exagerado. Voldemort assumia cada vez mais características ofídicas. – É um problema grande o bastante para me incomodarem? – disse em tom ameaçador.
- Senhor, os Gigantes desejam ficar com Belatriz.
- Na verdade eles simplesmente a levaram aos gritos, Senhor, como se fosse uma parte dos presentes... eu não puder fazer nada.
Voldemort deu-lhes um segundo de silêncio, mas logo confirmou.
- Voltem o mais rápido que puderem. Vocês precisam terminar a missão, a outras coisas a se fazer.
Dizendo isso a caveira negra do braço de Snape não mais se moveu. Narcisa olhava incrédula, com cara de horror. – Ela ficou anos em Azkaban por ele! – Pensou mas não disse nada. Engoliu o choro, fechando os olhos por um momento. Nunca aprovou sangues-ruins no mundo dos bruxos, era a favor da purificação da raça, mas seu marido fora longe demais. E agora sua prima... Mas não poderiam fazer nada, sabia disso.
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