Envy (Gucci)
"Nas asas do tempo, a tristeza voa."
(Jean de La Fontaine)
Paramos em:
“O loiro piscou entediado, suspirando logo depois.
- Francesco Favalli.”
Capítulo Dezessete: Envy (Inveja)
Kahlen soltou um xingamento enquanto observava de relance Rachel cobrir a boca com as mãos.
- Você é irmão de Nash e Tati? – perguntou a ruiva com a voz esganiçada.
O loiro assentiu.
- Mais velho.
- Você o conhece? – perguntou a auror baixa, parecendo levemente interessada.
- Conheço o sobrenome. – respondeu Kahlen cerrando os olhos. Não sentia vontade de explicar nada, falar nada. Não conseguia imaginar como uma mente perturbada poderia fazer algo como aquilo. Como Francesco teve coragem de arquitetar o seqüestro de Olívio, ou de Mia... Ou dos dois, como foi o ocorrido no fim das contas.
- Eu... eu estou te reconhecendo. – Kahlen escutou Rachel sussurrar com um fio de voz e virou-se para ela. A loira mantinha as orbes verdes grudadas em Francesco e suspirou fracamente – Vo-você é o rapaz do Aeroporto dos bruxos... Aquele que falou com Emma...
Francesco abriu um sorriso desdenhoso.
- Sou ele, e muitos outros mais que você conheceu.
- O que você quer dizer com isso? – questionou Kahlen com ferocidade. Mas antes que o loiro tivesse a chance de responder, a porta de metal pesado se escancarou com violência, mostrando três figuras altas e imponentes.
- Vejamos... – uma voz grave se fez presente enquanto o primeiro homem adentrava mancando levemente na pequena sala, já relativamente lotada pelos quatro aurores, Rachel e Jean.
- Sr. Scrimgeour. – gemeu a auror baixa com a voz mais aguda do que nunca – Nó-nós só... Culpa Reed... Eu...
O Chefe dos Aurores lançou um olhar arrogante à mulher encolhida nas sombras enquanto caminhava decidido ao loiro imóvel no chão.
- Hm... Uso não-autorizado do Veritaserum... – murmurou Scrimgeour analisando o rosto de Francesco – Provavelmente uma captura irregular e uso de poções do estoque raro... – ele voltou-se para os quatro aurores, a capa esvoaçante acertou o rosto do loiro paralisado no chão. – Hernandez, Vestergard e Kotler, para o quartel. Vocês receberão advertência e suspensão do trabalho por uma semana.
Os dois aurores, Hernandez e Kotler, apenas assentiram e saíram do recinto, acompanhados pela auror baixa que resmungava e bufava, lançando um último olhar raivoso a Kahlen antes de desaparecer pelo corredor.
- Beuren! Lakatos! Levem esse infeliz para o calabouço das masmorras. – ordenou Scrimgeour para os dois homens que permaneceram parados à porta, que imediatamente obedeceram, carregando um Francesco flutuante às suas costas.
- Sr. Scrimgeour, eu – começou Kahlen, mas ele ergueu uma mão fazendo sinal para ela se calar.
- Você já está encrencada o suficiente para o resto de sua vida profissional no Ministério, Reed. – cortou Scrimgeour com sua voz autoritária – Agora, quero que você suba até minha sala. Vocês dois – ele acrescentou, fitando Jean e Rachel pelo canto dos olhos – Sumam daqui se não quiserem ser presos por invasão de propriedade do Ministério.
Scrimgeour saiu da cela a tempo de escapar de um feitiço não-verbal que Jean lançou nele, e que acabou ricocheteando a porta de ferro.
- Que prrepoten! – exclamou o loiro furioso – Quem el´ pense que é...?
- Calma Jean. – Kahlen segurou seu braço firmemente – Ele é meu chefe... Vou ter que lhe explicar tudo o que fizemos. Enquanto isso, acho que seria bom se você fosse para o St. Mungus e levasse algumas roupas para Mia e Olívio. Se Mia não estiver muito alterada, aproveite e lhe conte tudo o que conseguimos descobrir aqui.
- Eu vou também. – respondeu Rachel prontamente – Vou passar no hotel e avisar o Sr. e a Sra. Chang que achamos Mia, aproveito e pego umas mudas de roupa para ela.
- Faça isso, sim? – pediu Kahlen com um brilho de gratidão no olhar – Agora eu preciso ir, antes que Scrimgeour me mande um daqueles memorandos irritantes. Tchau, Rachel. Até mais Amor. – acenou para a loira e deu um beijo rápido nos lábios de Jean antes de desaparecer pela porta da cela.
Rachel apenas esperou a ruiva desaparecer pelo corredor e voltou-se para Jean:
- Você que é o noivo da Kahlen?
Jean sorriu.
- Oui.
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Sentiu o chão gelado do St. Mungus chocar com seus joelhos que vacilaram por um instante. Os dedos pequenos estavam firmes envolvendo o pulso fraco de Olívio. Ela tentou se levantar e erguer o rapaz junto, mas sentia que sua força fora esgotada.
Os olhos, negros como uma noite sem luar e estrelas, se encheram de lágrimas. Lágrimas de preocupação, de raiva, de exaustão, de impotência.
Escutou dois baques atrás de si e imediatamente Emma e o ruivo vieram ao seu auxílio. O rapaz forte segurou Olívio pelo braço e se encaminhou para a recepção, enquanto Emma ajudava Mia a se sentar em uma das cadeiras acolchoadas da sala de espera.
- Mia, está louca? – ralhou Emma com a voz esganiçada – Pára de querer bancar a heroína! Olhe para você! Está quase tão mal quanto meu irmão!
Mia inspirou profundamente, sentindo o ar hospitalar inundar seus pulmões. Sentia seus músculos doloridos. Seu estômago ardia por dentro, provavelmente em protesto às péssimas refeições que os seqüestradores lhe deram. Fechou os olhos por um breve instante, enquanto algumas cenas de Hogwarts lhe vinham à mente. Sorriu quase imperceptivelmente, quando escutou a voz cansada do ruivo.
- Eles levaram Olívio para um quarto particular no décimo andar. Mia vai ficar no quarto ao lado. – Mia observou pelo canto do olho Emma assentir com a cabeça – Você consegue andar? – o ruivo voltou-se para ela.
- Consigo. – respondeu ela sorvando mais uma grande quantidade ar. Sentia-se exausta. Não apenas seu corpo clamava por uma cama confortável, mas sua cabeça girava velozmente em busca de respostas.
Fechou os olhos novamente, mas não tinha força para reabri-los. Sentiu dois braços a erguendo do chão e o movimento de alguém que a carregava.
- Tome cuidado Carlinhos. – a voz de Emma soou próxima ao seu ouvido antes de ela perder a consciência.
....
- Não acredito! Eu... eu... Como ele pôde?
- Mas é a purra verrdade Emm... Nós demos a el´ o Verritasserrum...
- E-eu o reconheci da vez que você o encontrou na plataforma de aparatação, se lembra? Era ele mesmo.
- E-eu sempre soube que ele tinha inveja de Olívio, desde criança, mas fazer uma coisa dessas é demais!
Mia sentia sua cabeça zunir, e pescava palavras aleatórias. Reconheceu as vozes de Emma, Jean e Rachel, mas não conseguia absorver a conversa por inteiro. Arriscou abrir um olho vagarosamente, encontrando o quarto do hospital na penumbra da noite que caíra horas atrás.
- Focê acha melhorr contarr a ela? – Mia escutou a voz de Jean, que estava sentado em sua cama virado de costas para ela.
- Cedo ou tarde ela ia perguntar. – Emma suspirou – Temos que tomar cuidado é pra contar pro Olívio. Do jeito que ele é estourado, não duvido nada que ele faça uma besteira.
- À prroposite... Como está seu irrmon?
- Dr. Lakhani disse que ele ficará bom. Ele tomou uma poção revigorante e agora está descansando. As enfermeiras fizeram vários testes pra ver se ele não está sob efeito de nenhum encantamento ou alguma poção, e deu tudo certo. Agora é só esperar.
- Fico content. – respondeu Jean.
Mia permaneceu imóvel, apenas escutando a conversa dos presentes. Não sentia a mínima vontade de ser o centro da conversa. Só queria ficar ali, quieta, sentindo a brisa morna de verão sacudindo as cortinas do quarto e empurrando o ar abafado para fora.
Suspirou involuntariamente, e Jean pulou da cama com o susto.
- Mi-Mia! Focê estarr bem?
- Querida! Como está?
- Mia, é melhor você não se levantar!
Seus amigos bombardeavam-na com perguntas e exclamações, e ela agradeceu internamente o ruivo que se sobrepôs:
- Deixem ela descansar em paz. Acho que tem muito o que pensar. Vamos, vamos sair. – e com um movimento das mãos, expulsou Rachel, Emma e Jean do quarto e saiu juntamente com os três, que resmungavam e protestavam.
Mia sorriu, inspirando profundamente. Parecia-lhe que o ar custava a ser absorvido por seus pulmões. Sentou-se lentamente na cama, esperando a balbúrdia dos amigos cessar no corredor, vestiu seu robe que milagrosamente se encontrava na cadeira ao lado de sua cama, e com passos silenciosos, saiu do quarto.
Caminhou três passos e abriu a porta ao lado. Observou o vento brincar com a cortina de seda do quarto, enquanto a luz do luar marcava uma silhueta masculina adormecida na cama.
Com o coração palpitando ferozmente ela se aproximou do homem. Seus joelhos hesitavam e suas mãos estavam trêmulas quando ela afastou o lençol do rosto dele.
Reprimiu um soluço, aproximando seu rosto a fim de sentir a respiração de Olívio. Com cuidado, ela afastou o lençol de linho e se deitou ao lado do rapaz, abraçando-o com um braço e apoiando a cabeça em seu ombro. Algumas lágrimas escorreram pelas orbes negras da morena enquanto ela fechava os olhos e inspirava rapidamente, a fim de sentir o cheiro de Olívio que sempre a tranqüilizava.
- Acorde porquinho. – ela sussurrou, ainda de olhos fechados – Nem se for pra ficar com outra, eu quero que você acorde. – ela reprimiu um soluço, enquanto apertava os olhos com força, sentindo suas lágrimas umedecerem o ombro nu de Olívio.
Uma brisa morna de verão balançou as cortinas delicadamente enquanto Mia escondia seu rosto na curva do pescoço de Olívio. Ficou ali, apenas sentindo aquele cheiro maravilhoso que lhe proporcionou tantas saudades enquanto estava longe.
A porta rangiu de leve enquanto a silhueta de uma mulher esbelta se aproximava do leito onde Mia abraçava o rapaz. A morena não se importou e continuou imóvel, torcendo para quem quer que fosse, pensasse que os dois estavam adormecidos e fosse embora.
- Emma me disse o número do seu quarto, mas eu nem me dei o trabalho de te procurar lá. Quando eu soube que você tinha acordado, sabia que a primeira coisa que faria seria procurar Olívio. – a voz de Kahlen era indecifrável: estava firme, não continha nenhum tom de mágoa, tampouco de contentamento.
Mia continuou parada na mesma posição. Não sabia direito se sentia vergonha por estar agarrada ao noivo inconsciente da amiga, ou se sentia raiva por Kahlen ter-lhe tomado seu Porquinho.
- Pode continuar fingindo que está dormindo. – continuou Kahlen parando ao pé do leito – Só quero que me escute.
Mia remexeu-se levemente, mantendo o rosto escondido no pescoço de Olívio.
- Eu entendo muito bem do porquê você pensar que eu estou noiva de Olívio, mas você está enganada. – a voz da ruiva tremeu levemente, fazendo Mia voltar seu rosto para encarar a amiga – Jean não queria ir ao casamento das gêmeas e bolou um plano idiota de tentar te fazer ciúmes, fazendo eu e Olívio irmos como um casal. Eu discordei, mas Olívio insistiu.
- Talvez ele tenha insistido porque queria ir com você. – retrucou Mia com a voz amarga, fazendo lágrimas brotarem nos olhos de Kahlen – E o que Jean tem a ver com toda essa história?
- Mia, você foi uma corvinal. – retorquiu Kahlen com a voz trêmula – Não me venha com essas teorias idiotas e sem sentido que isso não é de você. O que eu estou tentando dizer aqui, é que eu não estou noiva do seu “Porquinho”... Eu... Eu me apaixonei por Jean. – ela completou, hesitante, enquanto Mia se sentava com esforço na cama.
- Jean?!
Kahlen apenas assentiu com a cabeça.
- Como... Como isso aconteceu? – interrogou a morena sentindo a cabeça zunir. Ao mesmo tempo em que sentia o peso que esmagava seu coração sumir, uma parte dela alfinetava-a para saber mais.
Kahlen manteve seus olhos fixos nas mãos enquanto falava.
- Três meses atrás, Dumbledore me deu inúmeras indiretas para que eu chamasse você para integrar a Ordem da Fênix, mas Emma e eu sabíamos que você não voltaria por causa de Olívio. Então, nós duas decidimos na sorte, e eu que acabei tendo que procurar Olívio do Centro de Treinamento do Puddlemere para pedir a ele que fosse buscar você na América. Eu sabia que seria difícil, afinal, ele tão cabeça-dura quanto você...
Mia sorriu levemente.
- Bem, eu cheguei no Centro de Treinamento e encontrei Jean. Ele me perguntou o que eu fazia lá e eu lhe contei tudo, inclusive sobre a Ordem, da qual ele participa também, e ele se desesperou. Disse que de jeito nenhum Olívio poderia encontrar você naquele momento, e que você ia achar que fora ele quem mandara Olívio. Bem, sem mais balelas, Jean me contou o que aconteceu em Nova York.
Mia passou a mão levemente pela barriga sentindo seu ventre se contrair.
- E-ele... contou? – ela murmurou com lágrimas nos olhos.
Kahlen assentiu, fazendo uma careta de choro enquanto se esquivava da cama e abraçava fortemente a morena.
- Eu quis ir pra lá... Queria te ajudar, queria contar a Emma.. mas... m-mas Je-Jean me f-fez prometer que eu não diria a ninguém...
Mia apenas assentia a cabeça em sinal de compreensão enquanto se soltava da ruiva.
- Então – começou, com um sorriso triste – Foi assim que você e Jean começaram seu romance? Fico feliz que eu tenha sido o pivô disso tudo...
- Mia, sua boba! – soluçou Kahlen abraçando a amiga com força – E-eu si-sinto muito pelo seu beb –
- Tudo bem. – cortou Mia com a voz firme – Me desculpe, mas não quero mais falar sobre isso.
Ainda com os olhos marejados, Kahlen assentiu, se afastando levemente da morena e retomando com a voz firme:
- Sabemos quem seqüestrou vocês.
Mia sentiu um choque elétrico percorrer seu corpo. Inspirou profundamente, esperando Kahlen prosseguir.
- Foi o primo de Olívio, Francesco Favalli, quem arquitetou tudo. Ele é um metamorfamago homem.
Mia fez uma careta.
- Metamorfamago?!
Kahlen assentiu.
- O julgamento dele será amanhã de manhã. E... e Scrimgeour exigiu sua presença caso precisemos de um testemunho de acusação. Eu entendo se você não estiver em condições, mas –
- Eu estarei lá.
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- Francesco Leonardo Favalli, você está sendo julgado hoje sob a acusação de seqüestro, tortura e formação de quadrilha. O uso do soro da verdade Veritaserum foi autorizado pelo Ministro da Magia Cornélio Fidelius Fudge, e eu, Rufo Demetrius Scrimgeour, Chefe do Departamento de Aurores do Ministério da Magia da Grã-Bretanha, serei o juiz desse caso. Está consciente disso?
Francesco afirmou molemente com a cabeça, as luzes da câmara refletiam seu olhar vago como naquela noite em que ele fora capturado.
Na arquibancada, vários pergaminhos flutuavam para cima e para baixo enquanto penas escreviam rapidamente o que os jornalistas ditavam.
Mia, Kahlen, Emma, Rachel, Jean e o ruivo que Mia descobrira no dia anterior ser um dos mais velhos dos irmãos Weasley, Carlinhos, assistiam ao julgamento da segunda fileira, atrás da bancada do júri e do próprio Scrimgeour. Olívio ainda estava inconsciente quando Mia deixara o St. Mungus, e ela pensou por um momento que talvez fosse melhor que ele não assistisse o julgamento.
Olhou de relance para as últimas fileiras mergulhadas na sombra quando houve um burbúrio de bruxos reclamando de certo espectador que provavelmente se atrasara. Voltou sua atenção para Francesco quando escutou a voz de Scrimgeour cortar o ambiente.
- Conte-nos como foi que armou o seqüestro de Amélia Chang e Olívio Wood. – ordenou Scrimgeour.
Francesco sorriu.
- Desde o primeiro dia que eu vi Mia naquela cafeteria em Nova York, eu sabia que ela era especial. Ela tinha alguma coisa que eu procurava desesperadamente...
- Eu nunca tinha visto ele antes de você o encontrar na plataforma! – Mia sussurrou para Emma, que fez sinal para ela se calar.
- Lembre-se que ele é um metamorfamago. Mesmo que eu nunca tenha sabido disso. – acrescentou Emma contrariada – Ele pode ter sido qualquer pessoa que passou pela sua vida.
- Eu trabalhava sob outra forma naquela Casa de Cafés – continuou Francesco, quando Scrimgeour o cortou:
- Mostre-nos essa forma.
Imediatamente, Francesco obedeceu. Seus cabelos dourados escureceram, adotando um tom castanho, e seu corpo inchou levemente.
- Dean. – Mia murmurou, reconhecendo o atendente da Casa de Cafés de Nova York que sempre sabia o que ela gostava de tomar.
- Eu sabia a hora exata que ela vinha, o que ela gostava de tomar; o que ela vestia às segundas-feiras, que estranhamente é o dia que ela mais gosta da semana... – continuou Francesco, ainda sob a forma do atendente – Decorei o perfume dela, comprava o Nova York Bruxa só pra ler sua coluna...
Mia abria a boca, horrorizada.
- Às vezes eu ficava do outro lado da rua onde ela morava, olhando para a janela do seu apartamento, esperando ela fechar as cortinas, só pra poder ver ela de camisola.
- Que tarado! – Mia escutou Kahlen exclamar em um tom mais alto do que o pretendido. Scrimgeour lhe lançou um olhar feio antes de retomar as perguntas.
- E foi por isso que você resolveu seqüestrar Chang? Por que estava apaixonado?
Francesco meneou a cabeça.
- Uns dois meses depois que Mia tinha chegado à Nova York eu comecei a reparar que ela estava engordando, no entanto, diferente da maioria das mulheres, que começam a se descabelar, ela estava cada vez mais radiante. Ela trocou seu tradicional café preto por um cappuccino descafeinado, e eu comecei a suspeitar.
- Suspeitar de quê? – cortou Scrimgeour, enquanto Mia se encolhia na cadeira, sentindo suas mãos trêmulas e um calafrio percorrer sua espinha.
- Suspeitar que ela estava grávida.
Houve uma agitação no ambiente. Mia apenas encarava o réu e não desviava os olhos dele por nada. Emma voltou-se para ela com indagações, enquanto Kahlen e Jean apenas lhe lançavam um olhar de apoio.
- Grávida de Wood? – uma jornalista perguntou, não se contendo.
Scrimgeour fitou a mulher com desprezo, e com um sinal de cabeça, a jornalista foi levada da câmara de julgamento por dois capangas.
- Continue. – ordenou Scrimgeour para o réu.
- No começo eu fiquei furioso porque alguém tinha tomado meu lugar na vida de Mia. Tinha ficado com ela, seria o pai de seu filho... – retomou Francesco – Mas depois descobri que Mia não queria contar ao pai da criança sobre a gravidez, ela ia criar seu filho sozinha. Fiquei muito feliz. Aquela era minha deixa. Ficaria com Mia e criaria aquela criança como se fosse minha.
Mia bufou, sentindo até certa graça nas fantasias de Francesco.
- Mas então, eu escutei uma conversa dela com aquela sua amiga loira e descobri que o homem que engravidara “minha” Mia não era ninguém mais, ninguém menos, que meu odiado priminho, Olívio Wood. Perdi a cabeça. Meus planos foram por água a baixo. Não conseguiria criar aquela criança sabendo que ela tinha uma parte de Olívio. Simplesmente odiaria ela. Foi então... que eu tive uma idéia.
- Seqüestrar Amélia? – perguntou Scrimgeour, que parecia levemente entediado.
- Não. – respondeu Francesco com um sorriso demoníaco – Matar seu filho.
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N/A: Penúltimo capítulo! Espero que vocês tenham gostado!! Muito obrigada pelos comentários! Eles me ajudam demais!
Meus sinceros agradecimentos à:
Thata (lindaa): Sexta furei, mas a gente tem q combinar alguma coisa né?! Saudadonas das Minhas queridíssimas! ^^
Thássia; ●: Como sempre digo... Comigo desde os primeiros capítulos! Muito obrigada pelo apoio durante todo esse tempo! Saiba que sua personagem, apesar de ser como ela é... (hehehehe) é uma das que eu mais gosto na fic! ^^ hahahaha Te adoruu Tha! Beijããoo
Tammie: Queridaaa!! Como já disse uma vez, e volto a repetir: Você nunca me pentelha viu! Espero que sua pergunta tenha sido respondida nesse capítulo! Não sei se consegui esclarecer direitinho a história, qualquer coisa vc me d[á um sinal por email, orkut, comentário... hahah q eu te explico melhor okz? Ah nossa.. esse cap ficou confuso mesmo! Hahaha agora eu reli, e na parte da Kahlen tem uns flashbacks não-mencionados que dá um nó na cabeça neh... hehehe Obrigada por ter tido paciência de ler de novo! Hahaha Obrigadão mesmo pelo apoioo! Beijãão^^
Emmy Black ~¤: Emmy! Em tão pouco tempo vc cativou toda a minha simpatia!!! Obrigada por ser esse leitora maravilhosa, que sempre me incentiva a escrever, a criar! Saiba que seus comentários são muito importantes pra mim viu!!! Te adoro moçaaaaaaaa!!!! Beijoooooooos
Ligia Melo: Atualizaaaadaa!! Obrigada por ler e comentar queridaa! Reta final! Espero q vc goste do fim que levará a fic! ^^ Hahahah beijão
Lunny: Hahahah postei rapidinho dessa vez né?! ^^ Hehehe nesse capitulo cada vez mais revelações!! O___O obrigada mesmo por ter comentado! Isso significa muito pra mim! Obrigada por ler minha fic! ^^ Super beijos!
Mih: Obrigada pelos parabéns! ^^ hehehe Q bom q vc gostou da Kahlen e o Jean juntos... fiquei com receio que ficasse um casal meio estranho, mas vejo q o pessoal gostou! Obrigada pelo apoio viu! Agora, nessa reta final ta me dando um aperrrto no coração... chuif...! Beijoos queridaa!
Tati ~*: Pois eh... Chegamos ao penúltimo capítulo. Sinceramente, quando comecei esse projeto tinha quase certeza que não chegaria a concluí-lo, pq eu sou do tipo de pessoa que começa a fazer um monte de coisa ao mesmo tempo e nunca termina nenhuma, sabe?! O que me impulsionou a continuar foram os comentários, sugestões e criticas maravilhosas que eu recebi ao longo da criação da fic... Obrigada mesmo por colaborar comigo!! Espero que vc tenha gostado do capitulo! Beijooos!
Tati: Ta lendo que eu viii!! Hahahahahahah pouxa, me de um sinal de vida! To com saudades dos seus comentários! Hahaha bjão queridaaa
Agradecimentos à: Ligia Melo, Luisa ( _-_-_ )... Que sempre me apoiaram durante a fic! Não chegaria até aqui sem o apoio de vocês garotas!! Obrigada!
Um beijo enorme à todos que leram e comentaram! Desculpem se esqueci de alguém!
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