Attraction (Lâncome)
Capítulo Seis – “Dupla Declaração”
- Rogério, me solta! – Mia gritou com uma voz engasgada pelas lágrimas – Não quero falar... quero sair daqui!
- Então vamos. – disse Rogério prontamente, e puxou uma Mia chorosa pelo braço.
- Não! Quero ficar sozinha! – ela exclamava indignada enquanto se debatia e tentava enxugar as lágrimas com a manga do casaco – Pra onde você ta me arrastando? Rogério me solta!
Rogério continuou arrastando-a para uma trilha próxima à Casa dos Gritos e obrigou a garota a sentar em uma pedra.
- Agora, me conta. O que aconteceu? – ele perguntou preocupado, parecia um pouco tenso – Alguém tentou te azarar pro jogo de semana que vem?
- Claro... qu... não! – exclamou Mia soluçando, e começou a se irritar por Rogério estar insistindo tanto no assunto; doía demais.
- Então o que foi? – perguntou ele parecendo um pouco mais aliviado.
- Não quero falar com você sobre isso! – ela exclamou indignada. Seu capitão de quadribol podia não ser a última pessoa com quem ela falaria sobre sua decepção e dor por Olívio, mas com certeza não era uma das primeiras.
- Ta, ok. – ele disse, derrotado – Mas EU quero falar com você sobre uma coisa. – acrescentou Rogério, encarando a garota nos olhos.
- O que é? – perguntou Mia rispidamente, agora começando a se zangar; com certeza Rogério a pediria um favor, no que não deu outra.
- Preciso de sua ajuda. – falou ele ansioso. Mia sentiu a voz do rapaz tremer levemente, e encarou seus olhos extremamente negros: eles brilhavam de excitação.
- MIA?? MIAA!!! – Kahlen gritava ao redor do povoado, procurando pela garota, com Emma parecendo seu eco.
- Mia!!!! – chamava Emma, procurando a amiga perto da Dedosdemel.
- Onde será que ela se meteu? – perguntou Emma a Kahlen, quando as duas se encontraram.
- Não sei. – respondeu Kahlen tensa – Mas estou começando a ficar seriamente preocupada! Ela deve ter ficado realmente abalada depois de ter visto o Olívo com a Kate Bell.
- Ai, esse idiota do meu irmão! Criança! – bufou Emma irritada, começando a bater os pés no chão – Tenho CERTEZA que ele só está com a Bell pra atingir a Mia! Que retardado!
- Pois é, realmente muito infantil. – concordou Kahlen com a voz baixa.
- O que é infantil? – elas ouviram uma voz vinda de suas costas, e as duas se viraram bruscamente, deparando-se com uma Mia de olhos inchados e bochechas rosadas, mas parecendo estranhamente calma.
- Mia! – Kahlen deu um gritinho esganiçado, enquanto abraçava a amiga fortemente.
- Onde você se meteu? Estamos te procurando faz meia hora! – ralhou Emma irritada.
- Eu, estive conversando com – e Mia parou um instante, pensando melhor, e continuou – com um amigo.
- Amigo? – perguntou Emma desconfiada, erguendo uma sobrancelha – Que amigo?
- Ah, um amigo, oras. – respondeu Mia um pouco constrangida, e vendo que Emma ia abrir a boca para insistir, continuou – Mas eu não vou falar quem é, então, não adianta nem insistir!
- É isso que você recebe ao se preocupar tanto com ela! – reclamou Emma emburrada, enquanto Kahlen fitava Mia com um misto de desconfiança e apreensão.
- Que foi? – perguntou Mia se sentindo agora extremamente constrangida sob o olhar da amiga, que parecia querer ler seus pensamentos.
- Hm... nada não. – respondeu Kahlen abrindo um fraco sorriso – É que apenas... – a amiga suspirou, evitando o olhar de Mia e encarando o chão – Mia, você estava com o Rogério? – perguntou ela finalmente, erguendo os olhos para encarar Mia, que parecia estupefata. Balançou a cabeça levemente, ainda abobalhada, e fitou os olhos verde-esmeralda de Kahlen.
“Como ela sabe?”, Mia se perguntou, e sem que a pergunta saísse de seus pensamentos, foi respondida por Kahlen que deu de ombros e sorriu fracamente.
- Você está com o cheiro dele.
Mia fungou seu casaco uma, duas, três vezes. Não conseguia sentir cheiro algum. Sentiu uma pontada de culpa: Será que Kahlen a vira conversando com Rogério?
- Estou? – perguntou ela para Emma, erguendo uma sobrancelha.
- Eu não estou sentindo cheiro de nada! – respondeu a amiga impaciente
- Mas eu estou! – exclamou Kahlen, agora emburrada – Não estou pedindo uma explicação, Mia – disse ela, agora visivelmente irritada – Só queria que você me dissesse a verdade!
Mia encarou a amiga. As duas bolas de gude esverdeadas que eram os olhos de Kahlen começaram a marejar. Sentia uma luta travar em sua cabeça: tinha prometido a Rogério que não ia contar nada pra ninguém, mas Kahlen era uma de suas melhores amigas.
- Ta, eu tava com ele. – respondeu Mia cansada. Já não bastava ter que ver Olívio aos beijos com Kate, ainda era obrigada a se explicar por Rogério Davies e brigar com a amiga por causa dele – Mas prometi não contar o que a gente conversou, então, nem adianta pedir.
- Ninguém te pediu nada, Mia. – retrucou Kahlen com um tom de frieza que Mia nunca escutara a amiga usar nesses sete anos que a conhecia.
Mia fitou a amiga, seus próprios olhos já marejavam, mas tinha prometido a Rogério guardar segredo. E afinal de contas, o que seria UMA semana sem falar com Kahlen, se fosse pra ver a amiga feliz depois da surpresa que Rogério planejara?
Muito, Mia concluiu, na sexta-feira da semana seguinte, após seis dias sem que Kahlen a olhasse direito nos olhos, ou sequer pronunciasse seu nome. A amiga colocara na cabeça que Mia estava tendo um caso com Rogério e suas suspeitas não diminuíam em nada quando o rapaz chamava Mia para um canto no intervalo das aulas, ou cochichava em seu ouvido no meio da aula de Transfiguração.
Mia começara a se irritar profundamente com Rogério, quando ele avisou a garota que agora Cedrico também entrara no plano, o que significava que o “namorado” de Emma começara a seguir os passos de Rogério e a procurar Mia pelos corredores e mandar bilhetes com os planos da surpresa no meio das aulas, fazendo Emma desconfiar da garota e a ignorar profundamente também.
A sorte de Mia era que Rogério a deixara bastante ocupada para não precisar aturar os olhares fuziladores das amigas, marcando treinos de quadribol para todas as noites da semana, dando uma folga apenas na sexta-feira que antecederia o jogo contra a Lufa-Lufa, o que Mia observou ser uma folga para ele mesmo preparar “A Surpresa”, como ele e Cedrico a denominaram.
- Por acaso já ocorreu aos dois “gênios” – começava Mia no ápice de sua irritação, encarando os dois rapazes enquanto eles testavam a acústica do campo de quadribol, na sexta feira à noite – Que nem Emma, nem Kahlen não estando falando comigo nem com vocês dois, elas provavelmente não irão vir assistir o jogo amanhã?
Rogério encarou a garota com o cenho franzido, enquanto flutuava em sua vassoura perto da cabine em que Lino Jordan sempre narrava os jogos.
- Será que elas não viriam? – perguntou ele preocupado.
- Provavelmente não. – gritou Mia do chão – Elas sempre viam assistir aos jogos pra me ver jogar, ou provavelmente pra ver vocês jogarem. Se elas estão bravas com a gente, pra que viriam?
Rogério voou lentamente até o chão, e encarou Mia, uma expressão de quem considerava a possibilidade no rosto.
- Ced, desce aqui! – ele gritou para o outro rapaz que flutuava mais acima em sua vassoura e testava o feitiço Sonorus em sua própria voz – CEDRICO DESCE!
- O que foi? – perguntou Cedrico quando finalmente escutou os berros de Rogério e se juntou aos amigos.
- Mia está dizendo que tem uma chance de Emma e Kahlen não virem assistir o jogo amanhã. – disse Rogério tenso – O que você acha?
Cedrico fez um movimento com o lábio, como se pensasse emburrado.
- É, realmente, há uma chance. – disse ele finalmente, franzindo o cenho assim como Rogério.
- Eu sabia! – disse Mia extremamente nervosa – Não vai dar certo! Não acredito que dei atenção a esse plano maluco! Não acredito que minhas amigas ficaram bravas comigo uma semana inteira à toa!
- Calma, Mia. – pediu Cedrico, fitando a garota com um olhar apreensivo – A Surpresa VAI dar certo! E quando der, as duas vão te agradecer pro resto de suas vidas por você ter nos ajudado!
Mia encarou o rosto bonito do rapaz com ódio.
- Assim espero. – respondeu ela desgostosa, contorcendo o rosto involuntariamente ao ver a silhueta de um rapaz forte aparecer no outro lado do campo.
- Quem...? – começou Rogério, apertando os olhos para tentar enxergar na sombra quem caminhava pelo campo na direção deles.
Mia fez uma careta de raiva e murmurou “Olívio”, enquanto os dois rapazes a olhavam intrigados.
- Olívio? – indagou Cedrico encarando Mia, que não desgrudava o olhar da silhueta que caminhava em sua direção – Olívio Wood? – perguntou ele novamente, franzindo a testa.
Mia não precisou responder à pergunta de Cedrico, pois logo a silhueta se iluminou com a luz do luar, mostrando um Olívio extremamente irritado.
- Exatamente, Diggory. – disse ele com uma voz fria.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou Mia com rispidez. Seu rosto estava vermelho e contorcido de raiva.
- Não é da sua conta, Chang. – ele respondeu com desprezo, e embora sua voz soasse fria, Mia viu os olhos do rapaz brilharem. Seria de... ciúmes?
- Você está aqui, atrapalhando uma coisa que EU estou fazendo, portanto, é da minha conta sim! – retrucou Mia alterando sua voz.
- Pois não vim falar com você, muito menos quero saber o que você está fazendo no campo de quadribol à noite, sozinha com dois caras! – respondeu ele, seu rosto se torcendo de raiva.
- E quem disse que você quer saber? – retorquiu ela abrindo um sorriso desdenhoso e erguendo a sobrancelha. Olívio a fitou com os olhos apertados de raiva, e ela correspondeu o olhar com a mesma intensidade.
- Hm... Wood, o que você quer? – perguntou Cedrico cauteloso, olhando de uma Mia que bufava irritada para um Olívio que rangia os dentes.
- Quero falar com você, Diggory. – respondeu ele um tempo depois, encarando um Cedrico confuso.
- Comigo? – ele perguntou, balançando a cabeça.
- É. Com você mesmo. – respondeu Olívio com a voz cansada – Olha, eu não tenho nada a ver com o que você faz ou deixa de fazer com a Chang. – disse ele calmamente, apesar de sua voz ter tremido levemente – Mas ela é a melhor amiga da minha irmã, ou era, e eu simplesmente NÃO AGÜENTO MAIS MINHA IRMÃ CHORAMINGANDO PRA MINHA MÃE, E MINHA MÃE ME MANDANDO CARTAS E MAIS CARTAS DIZENDO PRA EU TE DAR UMA SURRA! – berrou ele de repente, o que fez com que Cedrico e Rogério se sobressaltassem; Mia já estava demasiada acostumada com o temperamento oscilante do rapaz pra se assustar. A garota, no entanto, sentiu seu estômago afundar com o que Olívio dissera. Emma estava chorando! Nunca vira a amiga chorar nesses anos todos de Hogwarts... ela havia feito a amiga chorar! Sentiu seu coração apertar como se uma mão de ferro o esmagasse.
- Olívio, calma. – pediu Cedrico apreensivo – Tudo isso vai acabar amanhã, você vai ver. Eu e o Rogério bolamos uma coisa genial e – foi interrompido pelo olhar fuzilador de Mia – Quer dizer, Mia eu e Rogério estamos bolando uma coisa genial – corrigiu ele – que vai fazer hm... sua irmã admitir finalmente que gosta de mim. – ele completou a frase lentamente. Realmente era estranho dizer para um colega que ia armar uma surpresa pra fazer sua irmã gêmea cair de amores por ele.
Olívio fitou de Cedrico para Rogério, e ergueu uma sobrancelha.
- E o quê exatamente, vocês bolaram? – perguntou ele com um “quê” inquisidor na voz.
- Hm... você vai ver amanhã. – respondeu Rogério antes que Cedrico falasse demais.
Olívio lançou um olhar superior à Rogério, levantando as sobrancelhas ao fitar o rapaz.
- É mesmo? – disse ele sarcástico, fingindo curiosidade.
- É. – respondeu Rogério ignorando o tom de sarcasmo na voz do rapaz da mesma altura que ele.
- Calma. – falou Cedrico de repente, ao ver que os dois se fuzilavam com o olhar – Wood pode ajudar! – exclamou ele de repente, sorrindo.
- Fazendo o quê, exatamente? – Mia finalmente falou, erguendo uma sobrancelha para Cedrico, como se dissesse “Ele não presta pra nada!”.
- Ele pode convencer a Emma a ir! – respondeu Cedrico como se uma luz iluminasse seus pensamentos – Conseqüentemente, Emma levaria a Kahlen!
- A ir onde? – perguntou Olívio impaciente.
- No jogo da Corvinal contra a Lufa-Lufa amanhã! – respondeu Cedrico – Você hm... faria esse favor, Wood? – perguntou ele ficando sério de repente.
- Ah, e me diz UMA boa razão pra eu ajudar vocês! – retrucou o garoto com raiva.
Rogério e Cedrico trocaram olhares significativos e logo o olhar de ambos caiu em sincronia em Mia.
- Que é? – disse a garota irritada, encarando os dois.
- Ah, a Mia te dá uma boa razão! – respondeu Rogério para Olívio, empurrando a garota que fazia uma careta horrorizada pra cima do rapaz espantado.
Mia trombou com Olívio, que a aparou com os braços fortes, sentindo novamente seus peitorais bem definidos que ela já conhecia tão bem, lembrando-se de quando ela estava enfeitiçada e os dois se beijaram loucamente; quando ele apareceu em seu dormitório no meio da noite, encharcado, e eles dormiram juntos, ela sentiu sua respiração, seu perfume amadeirado... uma mistura de grama molhada com chuva de verão... Mas logo as lembranças mais recentes foram tomando seus pensamentos; a discussão, Olívio aos beijos com Kate; e ela sentiu uma forte pontada no coração e empurrou Olívio para longe, seus olhos marejados.
Ela virou-se para Rogério, que fazia uma careta para não rir, e deu-lhe um chute na canela. O garoto soltou um gemido de dor, mas ela pouco se importou. Deu as costas para os três e dirigiu-se para o castelo, batendo os pés, furiosa.
“Por que?”, ela se perguntava, irritada consigo mesma, enquanto passava pelo Salão Principal, “Por que me sinto assim só de chegar perto dele? Por que fico com raiva e ao mesmo tempo vontade de grudar nele e nunca mais largar? Por que ele mexe tanto comigo? Por que...”, e ela hesitou, soltando um longo suspiro.
- Por que o AMO tanto? – ela sussurrou, enquanto algumas lágrimas rolavam por seu rosto.
Ela chegou à Torre da Corvinal, passou direto pelo salão comunal lotado de alunos que lhe desejavam boa sorte para o jogo de amanhã, e dirigiu-se ao dormitório, encontrando a porta entreaberta, e hesitou ao reparar que Emma conversava, com a voz soluçante, com Tatiana Perversa, uma colega de turma que ambas sempre repugnaram.
- Não... acre.. ic...dito.. q ela... fez ... issocomigo! – Emma soluçava, ofegante, enquanto Tatiana a consolava com sua voz desdenhosa:
- Ah, Emma, mas Mia NUNCA foi de confiança, eu sempre te dizia, lembra? Mas você nunca me dava ouvidos! Preferiu confiar cegamente nela, olha no que deu!
- Eu... Mia... nunca... me deu... motivos... ela sempre... foi amiga de confiança! – soluçou ela mais forte, e Mia pôde ver por uma fresta na porta que Emma lançava um olhar zangado à Tatiana.
- Bom, pode-se ver como ela é de confiança andando pra cima e pra baixo com o garoto que ela sabe que você ama! – atiçou Tatiana, abrindo um sorriso satisfeito ao ver que Emma soluçava mais forte.
Mia assistia a tudo com uma dor profunda no peito e uma raiva indescritível. Aquela vaca da Tatiana além de por Emma contra ela ainda estava fazendo sua amiga chorar mais ainda!
- Agora já chega! – Mia gritou, quando finalmente perdeu a pouca paciência que lhe restava, batendo a porta do dormitório com violência, no que Emma e Tatiana deram um pulo de susto – Emma, você quer REALMENTE saber o que ando falando com o Cedrico e com o Rogério? Então ta aí a sua chance de descobrir! É só você e a Kahlen irem assistir o jogo de quadribol a amanhã! – ela disse tudo muito rápido, ofegando de raiva, e atirou-se em sua cama, fechando o cortinado com violência, que logo foi aberto por Emma.
- Como assim, ir assistir o jogo? – gritava Emma indignada – É só isso que você tem a me dizer, depois de passar a semana inteira aos cochichos com Cedrico? Você tem idéia de como dói ver a sua melhor amiga aos flertes com o garoto que você gosta?
- Sim, eu tenho uma idéia! – respondeu Mia com raiva, os olhos marejados – E apesar de no meu caso não ter sido minha melhor amiga, foi o garoto que eu AMO, e a cena foi um “pouquinho” mais explícita do que meros flertes!
Emma encarou Mia com os olhos marejados. Provavelmente se esquecera de que Mia vira seu irmão aos beijos com Kate Bell logo após ter terminado o noivado, e como isso deve ter doído para amiga.
- Emma, por favor! – pediu Mia com a voz esganiçada, as lágrimas escorrendo pelo rosto, só de lembrar a cena de Olívio e Kate juntos – Estou fazendo o que acho melhor pra você e pra Kahlen! Por favor acredite em mim e vá no jogo amanhã!
- E o que esse jogo tem a ver? – perguntou Emma irritada.
- Tudo! – exclamou Mia – Absolutamente tudo! Você vai entender! Só me prometa que você vai assistir o jogo e depois a gente conversa de novo!
Emma encarou a amiga, soltou um longo suspiro e concordou com a cabeça.
- Tudo bem, Mia. – disse ela finalmente, no que Mia abriu um largo sorriso – Ainda confio em você!
- Ótimo! – exclamou Mia realmente feliz por ter falado com a amiga, mesmo que tenha sido uma discussão, e fechou o cortinado de sua cama, logo após Emma fechar o dela, e caiu em um sono profundo.
Acordou às oito da manhã do dia seguinte, olhou para a cama de Emma e viu que a amiga acordava também. Emma lançou um olhar preocupado a Mia, que sustentou seu olhar, e as duas, ao mesmo tempo, correram feito loucas em direção ao banheiro. Mia foi mais rápida, e trancou a porta logo em seguida.
- Mia, vê se não demora! – Emma gritava do outro lado da porta, enquanto bufava, e sentava em sua cama, derrotada.
Mia sentiu uma alegria inexplicável ao ver que as coisas voltaram ao normal com a amiga, pelo menos aparentemente. Tomou seu banho mais rápido que o normal, saindo vinte minutos depois, para a surpresa de Emma.
- Brigar faz bem! – exclamou a amiga rindo, enquanto entrava no banheiro – Se fez você tomar banho mais rápido!
Mia riu. Estava contente demais. Só faltava fazer as pazes definitivamente com Kahlen, e tudo voltaria ao normal. Com exceção – seu estômago deu uma cambalhota – “Com exceção de Olívio”, ela murmurou baixinho, enquanto acabava de calçar seu tênis roxo e púrpura.
- Mia! Café! Agora! – ela escutava uma voz a chamar do salão comunal. Reconheceu imediatamente – era Rogério.
- Emma, estou descendo! – ela gritou para amiga, que berrou um “Tá!” com a voz abafada pelo chuveiro. Mia viu Tatiana se revirar na cama e resmungar algo sobre a gritaria logo de manhã, e lançando um olhar de vingança para ela, chegou bem próxima ao ouvido da garota, e berrou, sem necessidade:
- JÁ TO DESCENDO!!! – Tatiana se assustou com um pulo, e logo rolou para o lado oposto onde Mia estava, e caiu com um baque no chão.
- Isso é pra você aprender a não jogar minhas amigas contra mim! – disse Mia desdenhosa, com um sorriso satisfeito no rosto, e deixando uma Tatiana furiosa e com o rosto inchado para trás, desceu as escadas alegremente soltando um muxoxo impaciente ao ouvir o resmungo do capitão: “Você demorou muito”.
Mia desceu para o salão Principal com Rogério, e Cedrico se juntou a eles no instante seguinte.
- Tudo pronto Rogério? – perguntou ele ansioso, enquanto suas mãos tremiam levemente.
- Da minha parte sim, e a sua? – ele respondeu, e lançou um olhar preocupado ao rapaz que começara a tremer mais forte.
- Também, só... estou um pouco nervoso, é só.
- Um pouco? – indagou Mia erguendo a sobrancelha enquanto se servia de um pedaço de torta – Você parece que está com Mal de Parkinson!
Rogério lançou um olhar de censura a Mia.
- Que é? – perguntou ela grosseiramente, enquanto se servia de um pedaço de pão. Mia parecia uma morta de fome. Entalava seu prato de frutas, tortas, pães, bolos.
Rogério e Cedrico ergueram as sobrancelhas em sincronia para o comportamento da garota.
- Mia, acho melhor você não comer tudo isso. – disse Cedrico sensatamente – Você vai acabar passando mal.
- Ou pior! Não vai conseguir voar na vassoura com o peso! – comentou Rogério, no que Cedrico riu, mas logo após parou, ao receber um olhar fuzilador de Mia.
- Na..op adi ..anta! – disse ela de boca cheia, ainda emburrada – Quando fico ansiosa me dá uma vontade louca de comer!
- Então pense em algo que te faça PARAR! – exclamou Rogério impaciente, arrancando de sua mão um pedaço de bolo e um de pão.
Mia nem precisou se esforçar muito; logo que vira Olívio entrando pelo corredor da Torre da Grifinória a fome se esvaiu de seu estômago dando lugar para uma cobra que dava cambalhotas, e expulsava toda a comida que Mia comera, deixando a garota com ânsias de vômito.
- Mia? Você está bem? – perguntava Cedrico preocupado – Você ficou pálida de repente...
- Não... só... – dizia ela fazendo caretas de náuseas, e elas pioravam a cada passo que Olívio dava, aproximando-o mais e mais do lugar onde estavam os três.
- Oi Djé! Ced! – cumprimentou Olívio acenando a cabeça para os rapazes – Boa sorte pra vocês! – e sorrindo, foi se acomodar ao lado de Kate Bell na mesa da Grifinória.
Os dois cumprimentaram Olívio com um aceno de cabeça, e evitaram encarar o olhar horrorizado de Mia.
- Djé?! Ced?! – ela repetia indignada – Que intimidade é essa?
- Ah – começou Rogério dando de ombros – Ontem, depois que você me chutou na canela que, aliás, ainda tá doendo, e foi embora, a gente ficou conversando...
- Mesmo?! – perguntou Mia sarcástica, erguendo as sobrancelhas até o máximo que podia – E sobre o quê, posso saber?
- Conversa de homens. – respondeu ele, encerrando o assunto.
Mia fez uma careta para Rogério e voltou seu olhar para a mesa da Grifinória. Kahlen e Emma cochichavam alguma coisa. Mal podia esperar pra estúpida A Surpresa acabar pra ela poder conversar com a amiga novamente. Seu olhar percorreu um pouco mais longe na mesa, encontrando, pra sua infelicidade, uma Kate Bell sorridente, acariciando as costas de Olívio, enquanto beijava sua face.
Mia fechou os olhos com força, e se levantou da mesa.
- Aonde você vai? – perguntou Rogério erguendo uma sobrancelha.
- Vou me trocar pro jogo. – respondeu ela, enquanto os dois se levantavam e a acompanhavam para os vestiários no campo de quadribol. Mia e Rogério foram para o vestiário na extrema direita do campo, enquanto Cedrico se dirigiu para o do outro lado, na extrema esquerda.
Mia foi para trás do biombo que havia no vestiário, colocou seu uniforme de quadribol azul e marrom, com um grande corvo na capa, e virou-se para Rogério, que estava muito bonito. Vestia uma calça jeans clara e uma camiseta preta um tanto apertada para os braços musculosos do rapaz, que estava escrito em letras prateadas “Eu pertenço a Kahlen Reed”. Mia riu. O que Rogério estava prestes a fazer era muito piega e sem contar extremamente embaraçoso. Mas Mia não pôde deixar de sentir uma pontada de inveja de Kahlen e Emma; quem dera ela se Olívio fizesse para ela o que Cedrico e Rogério estavam prestes a fazer pelas amigas.
- Então? – disse Rogério sorridente – Como estou?
- Lindo de morrer. – respondeu Mia sarcástica. Rogério riu.
- Mia, queria que você soubesse, que eu realmente agradeço muito por você estar fazendo tudo isso. – disse Rogério seriamente, fitando a garota – Sem a sua ajuda eu nunca ia conseguir, bem, você sabe... Saiba que eu te considero uma grande amiga. Obrigado por tudo mesmo.
Mia sorriu.
- Não tem o que agradecer, Djé. – disse ela, no que o amigo sorriu – Se for para o melhor da Kahlen e da Emma, eu estou aqui, para qualquer sacrifício!
Rogério sorriu de volta, e falou:
- É melhor irmos, Ced já deve estar nos esperando!
Os dois saíram para o campo, Rogério abraçando Mia pelos ombros, e encontraram Cedrico já no meio de campo, a camiseta branca um pouco apertada nos braços e no peitoral, com os dizeres “Eu pertenço a Emma Wood”, sorrindo para os dois.
- Ué? O que aconteceu com vocês? – perguntou ele confuso.
- Agradeci a Mia pela ajuda e apoio que ela tem nos dado. – respondeu Rogério, no que Cedrico concordou e agradeceu também. Mia se sentiu muito feliz ao saber que ambos a consideravam uma amiga tão importante.
- Bom, rapazes – disse Mia se desvencilhando de Rogério e encarando os dois – eu ensinei vocês a letra, o tom e a atitude. Agora estão em suas mãos! A oportunidade foi dada!
- Sim, professora. – disse Rogério com a voz entediada, revirando os olhos.
- Bom, só posso dizer... Boa sorte então! – ela disse sorridente, abraçando os dois de uma só vez, e correndo para a cabine de Lino Jordan, enquanto dezenas e mais dezenas de estudantes começavam a se acomodar nas arquibancadas, e a lançar olhares curiosos aos capitães da Corvinal e Lufa-Lufa que se encontravam bem no centro do campo, conversando nervosamente.
Cinco minutos depois, que pareceram horas, aparentemente todos os estudantes de Hogwarts já se apinhavam ao redor do campo. Mia combinou o resto dos detalhes com Lino antes da Professora McGonagall chegar, e depois se ocupou em procurar Kahlen e Emma pela arquibancada. Ela viu as amigas se sentarem próximas ao campo. Abriu um sorriso satisfeito e exclamou animada; viu também o resto de seu time e da Lufa-Lufa, já uniformizados, conversarem com seus capitães, e depois se afastaram, ambos com expressões confusas nos rostos.
A multidão de espectadores murmurava excitada nas arquibancadas. O que faziam Cedrico Diggory e Rogério Davies, ambos rapazes fortes, bonitos e conseqüentemente populares, ambos capitães do time de quadribol de sua respectiva Casa, ambos do sexto ano, ambos de calça jeans e camiseta apertada, um de preto e outro de branco (a frase fora apagada magicamente para a surpresa ser maior), parados no meio do campo de quadribol, sozinhos? Por que o resto do time se afastara do campo e onde diabos estaria Madame Hooch para dar início à partida?
A curiosidade de todos foi logo saciada quando Cedrico apontou sua varinha para a própria garganta, sendo logo seguido por Rogério. Os dois disseram “Sonorus”, suas vozes magicamente ampliadas fizeram com que a arquibancada se calasse.
Rogério pigarreou, olhou para a arquibancada, e descontraído, começou a falar, sua voz forte e ressoante.
- Bom, galera, como vocês devem saber, eu sou Rogério Davies, capitão da Corvinal. – e recebeu aplausos e mais aplausos da torcida da Corvinal, além de gritinhos histéricos de uma grande ala da torcida feminina. Mia, que estava na cabine de som junto com Lino Jordan, observou Kahlen abrir uma careta para as garotas.
- E eu sou Cedrico Diggory, capitão do time da Lufa-Lufa. – introduziu-se Cedrico timidamente, enquanto praticamente todas as garotas presentes o aplaudiam e gritavam com vozes irritantemente estridentes seu nome.
- Bom, o que viemos fazer aqui, hoje, antes da partida começar, provavelmente vai deixar muitas garotas decepcionadas, algumas com muita raiva, eu me arrisco em dizer. – começou Rogério sorrindo, e Cedrico lançou-lhe um olhar de censura – Mas fazer o que? Na vida se ganha e se perde, e infelizmente, para muitas garotas, eu e Cedrico já fomos ganhos! – ele exclamou animado, e se ouviu mais gritos femininos de “O quê?” “Como assim?” e “Quem é a vaca?”, enquanto muitos garotos na arquibancada observavam os dois coma testa franzida.
- Bom, creio que muitos vocês devem estar curiosos pra saber que garota faria todo esse mico que estamos pagando valer a pena não é? – foi a vez de Cedrico falar, e apesar de o garoto estar tremendo, sua voz saiu firme e confiante. Cedrico e Rogério se entreolharam sorrindo, apontando a varinha para suas próprias camisetas, e magicamente apareceram em letras ofuscantes “Emma Wood” na camiseta de Cedrico, e “Kahlen Reed”, na de Rogério; em seguida, as letras se contorceram e se embaralharam feito minhocas agitadas, e formaram as frases que Mia vira no começo, na camiseta dos dois “Eu pertenço a Emma Wood” e “Eu pertenço a Kahlen Reed”.
Mia observou Emma abrir a boca, visivelmente espantada. Parecia que a amiga estava em choque, enquanto suas colegas lhe davam cotoveladas de apoio, e algumas garotas lhe lançavam olhares invejosos. Já Kahlen estava radiante; abria um sorriso de orelha a orelha, enquanto alguns garotos da arquibancada lançavam comentários grosseiros e desdenhosos a Rogério, do tipo “Até parece que um dia ele vai conseguir a Reed!”.
Mia riu ao ver Kahlen virar-se para esses garotos e exclamar “Ele já conseguiu!”, enquanto voltava sua atenção novamente para o amado no meio de campo.
- Bom – começou Rogério, radiante após ver Kahlen o defendendo – vamos fazer o que viemos aqui fazer, não?
Cedrico sorriu e acenou com a cabeça.
- Mia, querida, por favor! – disse Cedrico fazendo um sinal para a garota na cabine, no que a arquibancada inteira fitou uma Mia um pouco constrangida, enquanto a garota ligava o que parecia ser um gramofone muito velho, daqueles que parecem ter uma tuba dourada saindo, e começara a ecoar pela arquibancada no mesmo volume que as vozes de Rogério e Cedrico uma música com algumas batidas agitadas, mas com um toque romântico, típica de uma daquelas boy bands trouxas.
Rogério segurou sua varinha como se fosse um microfone, e começou a cantar, olhando diretamente para Kahlen.
“Toda vez que te vejo, eu começo a me sentir deste jeito,
Você me faz imaginar se eu algum dia me sentirei deste jeito novamente...
Existe um quadro que está pendurado na parte de trás da minha cabeça.
Eu o vejo continuamente...
Eu quero te abraçar e te amar nos meus braços e então
Eu quero precisar de você,
porque eu preciso estar com você até o fim.
Então ouço a mim mesmo responder:
"Você tem de reprimir isso lá dentro"
Desta vez, esta noite...”
Cedrico segurou sua varinha como um microfone, assim como Rogério, e se juntou ao amigo no refrão, abrindo um largo sorriso enquanto Emma fitava-o com um sorriso de orelha a orelha, completamente encantada.
“Se apenas eu tivesse a coragem de me sentir deste jeito...
Se apenas você olhasse pra mim e desejasse ficar...
Se apenas eu te tomasse nos meus braços e dissesse:
´Eu não partirei porque eu preciso de você´
Porque eu preciso de você...”
Quando o refrão acabou, foi a vez de Cedrico de cantar seu solo, e ele berrou “Emma!” antes de começar a cantar:
“Eu sento aqui, aguardando, imaginando,
esperando fazer isso da forma correta.
Porque tudo que eu penso é em suas mãos,
Seu rosto e todas estas noites solitárias...
Existe um sentimento que está gritando na parte de trás da minha cabeça,
Dizendo continuamente:
Eu quero te abraçar e te amar nos meus braços e então
Eu quero precisar de você, porque eu preciso estar com você até o fim.
Então eu ouço a mim mesmo responder:
´Ela nunca vai te deixar entrar´
Desta vez, esta noite...”
Rogério se juntou a Cedrico no refrão novamente, e a música acabou. Ambos foram aplaudidos com frenesi por toda a torcida da Corvinal, da Lufa-Lufa, e até mesmo da Grifinória, por causa de Kahlen.
Mia desligou o gramofone e sorriu satisfeita ao observar Kahlen correndo pelo campo ao encontro de Rogério, abraçando-o, e tascando-lhe um beijo apaixonado, enquanto Emma timidamente puxava Cedrico para um canto, provavelmente para agradecer o gesto romântico de uma forma muito educada, enquanto o garoto sorria para ela e a calava com um beijo de tirar o fôlego de qualquer uma.
A torcida feminina que aplaudia e apoiava, encantada demais com as vozes magníficas dos rapazes para caírem em si de que a declaração apaixonada dos capitães era na verdade, pra outras garotas, começou a uivar e a pedir pelo início do jogo, que já atrasara meia hora.
Mia sorriu para as amigas antes de entrar em campo, e foi surpreendida quando elas sorriram radiante de volta e correram em sua direção e a abraçaram, tão empolgadas, que as três se desequilibraram e caíram no chão, rindo-se de acabar.
- Desculpa Mia! – dizia Kahlen com a voz engasgada, as lágrimas rolando de felicidade – Mil desculpas por ter desconfiado de você! E você ajudando eles a fazer essa surpresa maravilhosa! Ah, Mia! Te amo amiga! – e abraçou a amiga fortemente.
- Também te amo Mia, obrigada! – exclamou Emma, um pouco mais contida que Kahlen, mas abraçando Mia com a mesma força.
- Ui! Também amo vocês! – gemeu Mia abraçando as amigas – Mas... será que dá pra vocês me soltarem? Sabe como é... preciso jogar! – ela disse meio sem jeito, pois estava muito feliz com a reconciliação.
- Ah, certo! – exclamavam as duas soltando Mia e desejando um “Boa Sorte”, e enquanto a garota voava para o céu em sua Nimbus 2001 ela viu Kahlen e Emma dando um selinho em seus, agora namorados, Rogério e Cedrico, e voltando para a arquibancada, mais radiantes do que nunca.
Madame Hooch finalmente aparecera para apitar o jogo, cinco minutos depois, reclamando de uma torradeira enfeitiçada que lhe atirava torradas queimadas no rosto cada vez que ela tentava sair de sua sala.
O jogo começara mais animado do que nunca. Rogério e Cedrico, apesar de terem se tornado grandes amigos preparando A Surpresa, criaram um lema “Amigos, Amigos, Jogos à parte”, ou seja, qual for o resultado do jogo não poderia interferir na amizade dos dois; dos três, se contarem com Olívio, que se tornara tão íntimo a ponto de chamar Rogério de “Djé” e Cedrico de “Ced”.
Após meia hora de jogo, a Corvinal estava ganhando de lavada, por oitenta a dez, e a menos que Cedrico apanhasse o pomo, elas iriam ganhar com certeza.
- “E lá vai Mia Chang com a goles!”, narrava Lino Jordan, animado como sempre, “Ela passa por Harrison e Kelme, atira a goles... e é gol! Noventa a dez para a Corvinal!”. Mia sorriu para a torcida que gritava e vibrava, quando sentiu algo atingir sua nuca com uma força violenta. Foi se sentindo cada vez mais sonolenta, e de repente, caiu da vassoura e tudo virou um grande borrão preto.
Demorou a acordar. Piscou várias vezes para se acostumar à luz que entrava pela larga janela da enfermaria. Cobriu os olhos com as mãos e esfregou-os com força, como se isso fosse fazer seu sono passar. Soltou um demorado bocejo e espreguiçou-se, ainda deitada, quando sentiu seus pés chutarem algo estranhamente mole, mas imóvel. Franziu o cenho, confusa, e tornou a chutar o objeto, que soltou um resmungo logo seguido por um ronco nasal muito alto.
Mia tomou um susto, sentando-se na cama com um pulo, e um pouco receosa puxou o lençol que cobria o objeto roncador, soltando uma exclamação abafada logo em seguida:
- Olívio?!
N/A: que compriiiido esse capítulo! Foi mais dedicado a Emma e a Kahlen, mas EU PROMETO que o próximo vai ser MTO mais Olívio e Mia! Hehehehe
P/ Vani: ateh q enfim muié!!! Apareceu!!! Brigadão pelo comentário! Pra quem não sabe e está curioso, ela é a Emma da vida real!! ^_____________^ te amu amiga!
P/ Nash: desculpa ter feito a Kate virar peão, mas era o único jeito de colocar ela na estoria!! >___< brigadão mesmo pelo apoio e pelos comentários! Adoro sua fic, c tem q escrever maiiiss!! ^^
P/ Bia: Oiii!! Desculpinha,a inda não li sua fic, rtesolvi acabar esse cap primeiro, senão fico com uma preguiiiça de escrever! Ehehhe ^^ mas obrigada por ter postado! Vou ler a sua agora! bjuus
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