A Invasão de Darigan



HP e a Primeira Edição



CAPÍTULO QUATRO
A INVASÃO DE DARIGAN



Momentos seguintes eles estavam no céu flutuando. A nuvem tinha desaparecido, mas nada do que eles faziam os impediam de continuar flutuando. Era como se eles estivessem sendo conduzidos para algum lugar.
Eles continuaram sobrevoando Meridell durante vários minutos. Depois, passaram por um lugar que lembrava uma grande fazenda, e então Harry viu. Logo em frente tinha uma ilha flutuante e negra, que escurecia tudo o que tinha em volta. Era a cidade da qual viera Darigan.
Na Cidadela de Darigan, havia também jogos e lojas, mas Harry achou que aquilo seriam apenas convidativos por quem fosse amante das Artes das Trevas. Tinha os Brinquedos de Darigan, Cellblock e a Arena dos Petpets. Mas eles foram conduzidos para dentro do castelo.
O Castelo de Darigan não se parecia nada com o castelo de Meridell. Era todo cinza e azul escuro, com um ar doentio, e as torres pareciam deformadas. Dentro do castelo, guardas já estavam esperando. Os guardas os conduziram pelo castelo, descendo e descendo as escadas até chegar ao andar mais baixo. O lugar era um calabouço um pouco menor que a sala de Illusen, e todos os prisioneiros foram espremidos ali dentro. Alguns neopets crianças estavam chorando, outros não conseguiam dizer somente uma palavra.
Rony e Hermione olhavam para Harry com mesmo tipo de pensamento que ele estava tendo agora: E Agora?


Skarl ainda estava desacordado na torre mais alta de seu castelo. Repentinamente, ele acordou com a cabeça muito dolorida. E então ele percebeu que estava sozinho na torre. Não havia mais gritos vindos da cidade. Um silêncio doentio reinava agora por todos os lados. Skarl tremia de preocupação. Ele desceu as escadas. Tudo no castelo estava destruído. E então, quando ele desceu do castelo, teve uma imagem horrenda.
A cidade de Meridell estava destruída. Tudo estava quieto. As barracas que foram saqueadas agora estavam em chamas. As pequenas casas estavam com as portas e janelas quebradas, os telhados arrancados. O jardim estava destruído.
Mesmo assim, Skarl correu pela cidade. Parece que ainda havia esperanças. Ele ia buscar ajuda. Uniria forças e tentaria derrubar Darigan, como antes conseguira.
A cada passo que ele dava, a situação se piorava. Nenhum canto da cidade parecia não ter sido prejudicado com o ataque do Lorde Darigan. Ele continuava a percorrer pela cidade com desespero no rosto. Ele chegou até as placas que Harry, Rony e Hermione viram quando avistaram Meridell pela primeira vez. Uma placa apontava ao nordeste a Cidadela de Darigan. Outra placa apontava para o norte a Fazenda Meri Acres. Outra placa apontada para o sul dizia que para lá estava o Castelo de Meridell. Uma placa a leste, onde estava a floresta, indicava a Clareira de Illusen.
Skarl seguiu pela floresta, em direção à Clareira de Illusen. Ele correu pela floresta o mais rapidamente que pôde, mesmo sendo grande e pesado. Ele parecia ficar cada vez mais desesperado. A floresta, que antes era bonita e tinha um ar bem convidativo, agora parecia sombria e perigosa. Mesmo assim, Skarl correu.
Ele continuou seguindo reto por um bom tempo, então repentinamente virou à esquerda, saindo da trilha que estava percorrendo. Ele continuou correndo, desviando diversas árvores que estavam pelo caminho. Parecia saber onde estava indo. E então, ele parou. Pareceu mais aliviado. Ele retirou uma varinha do bolso, que era grande e se parecia com um bastão, e apontou para uma árvore maior que as demais. Na raiz da árvore, abriu-se um buraco grande o suficiente para ele pudesse entrar nele. Skarl entrou no buraco, agitou a varinha e a abertura no chão se fechou novamente.
Ele desceu as escadas durante alguns minutos e então percorreu por um túnel estreito até chegar num grande salão cavernoso que estava cheio de moradores de Meridell. Muitos deles estavam machucados, outros choravam porque tinham perdido tudo durante a invasão dos habitantes da Cidadela de Darigan.
Era uma das piores cenas que Skarl já vira antes. Desta vez, parece que definitivamente eles iriam perder a batalha. A inimizade entre Meridell e Darigan já existe há muito tempo. Darigan criara um orbe para que o povo de sua cidadela prosperasse, mas, sedento por poder, Darigan ousou possuir o reino de Meridell. Então Skarl roubara o orbe e afugentara Darigan em sua própria cidadela, que mergulhou num mar de fome e miséria. Enquanto isso, Meridell permaneceu em paz, mesmo que tendo sido esquecida do restante de Neopia.
No entanto, Darigan reencontrou o seu orbe nas proximidades da Fazenda Meri Acres, e agora, não apenas sedento por poder, mas também por vingança, Darigan atacou Meridell com todas as suas forças.
A derrota estava estampada no rosto de cada habitante de Meridell que sobrevivera ao ataque, mesmo que Skarl não quisesse admitir isso.
Ao subir num palanque que ficava logo a entrada, o salão se silenciou. Era um silêncio frio e ansioso, como se esperasse que o rei dissesse que tudo já fora resolvido, que podiam retornar e reconstruir a cidade, mas todos sabiam que nada disso era verdade, e pela expressão no rosto de Skarl, as coisas poderiam tornar a ficar muito piores.
Skarl inspirou profundamente e disse:
- Cidadãos de Meridell. Darigan deixou a cidade. Está tudo destruído. Perdemos quase tudo. Mas ainda não é nada. Ele vai voltar.
E então os neopianos começaram uma agitação, o pânico começou a tomar conta do salão.
- Voltar? Mas ele ainda não ficou satisfeito?
- O que vamos fazer?
- Ainda temos esperança?
- Eu estou com medo!
- SILÊNCIO! – Skarl gritou. – Sim, ainda temos esperança! Vamos reunir nossas forças e fazer o contra-ataque antes que Darigan volte! Não podemos falhar! Se Darigan tomar conta de Meridell, ele partirá imediatamente para a Central de Neopia e assim Neopia inteira estará em risco!
- Mas o que podemos fazer?
- Muitos de nós estamos contundidos.
- Nós não somos muitos!
- Darigan está realmente poderoso...
- TENHAM CALMA! – Skarl procurou manter a ordem – Nós não precisamos lutar contra o exército de Darigan! Apenas precisamos tomar o orbe dele! É o orbe que o torna poderoso! Sem o orbe, ele não é nada! Onde está Jeran Borodere?
E todos se viraram para que o Sir. Jeran Borodere pudesse passar. Era o Lupe tentando tirar a espada da pedra que Harry, Rony e Hermione encontraram antes de chegar à Meridell. Jeran era todo azul, com olhos castanhos e pêlos cor de creme no focinho e nas orelhas. Jeran caminhou entre os neopianos, que o miravam como se fosse a última esperança deles. Ao se aproximar do rei, Jeran fez uma reverência, ao que o rei disse:
- Meu fiel campeão de Meridell. Quantos da Armada de Meridell ainda temos?
- Muito poucos, Majestade. A maioria foi levada pelos capangas de Darigan. Eles estão ainda mais poderosos.
- Não por muito tempo, não por muito tempo!
- Quando devemos atacar?
- Não Jeran – Skarl fez um aceno com a mão -, nós não iremos atacar. É inútil. Darigan está muito forte e não resistiremos por muito tempo. Reúna seus soldados, iremos à Clareira de Illusen.
- Não há sinal de Illusen desde o ataque, senhor. – informou Jeran
- Temos de encontrá-la!
Depois de alguns minutos, todos os soldados de Meridell que ainda restavam estavam prontos para partir. Eram ao todo seis. Os seis soldados, Jeran Borodere e o Rei Skarl saíram do esconderijo da floresta e caminharam até a trilha, de onde seguiram até chegar na Clareira de Illusen.
- Será que aconteceu alguma coisa a Illusen? – perguntou Jeran nervoso
- Não sei, é melhor termos cuidado. – alertou Skarl – Darigan não parava de se gabar dizendo que o seu orbe era mais poderoso do que a mágica de Jerdana. Isso não é nada bom.
Eles continuaram o caminho pela trilha e chegaram na Clareira de Illusen, onde a cabana, que agora parecia estar menor do que antes, estava com as luzes apagadas e a porta aberta.
- Fiquem alerta! Pode ter alguém na cabana.
Eles entraram sorrateiramente na cabana e encontraram um Lupe como Jeran, mas este parecia ser velho, tinha dentes enormes, e era de uma coloração azul-púrpura. O Lupe carregava uma garrafa de poções com alguma coisa verde que brilhava dentro dela: era Illusen.
- Balthazar! Eu devia saber que você viria! – urrou Skarl
- Darigan me chamou. Disse que estava dando uma festinha. – Balthazar riu com gosto, não era como a risada de Darigan, mas ainda assim era cortante e fria.
- Volte para os Bosques Mal-Assombrados onde é o seu lugar! – Skarl ordenou – Ou nós iremos atacar!
- Skarl, você está velho e pançudo. – Balthazar riu, a garrafa dançando em suas mãos – Depois que eu entregar esta queridinha a Darigan, eu receberei muito, muito dinheiro!
E Skarl puxou a varinha que lembrava um bastão e tacou-a na cabeça de Balthazar. Este soltou um grito muito alto e derrubou a garrafa no chão, que se partiu. No segundo seguinte, Illusen aparecera em sua forma normal ao lado de Skarl. Ela não parecia como antes. Agora estava incrivelmente nervosa e mostrava um ar superior.
- Balthazar, esta foi a última vez que você colocou esses seus pés imundos em minha clareira. Dê o fora daqui!
E com um gesto com a mão, ela lançou raios em Balthazar que começaram a queimar sua pele. O Lupe correu para fora da cabana e fugiu em direção às colinas até desaparecer de vista.
Illusen soltou um longo suspiro.
- As coisas não parecem estar nada boas...
- Você está bem, Illusen? – perguntou Skarl
- Estou melhor. Não gosto de ficar muito tempo naquela forma pequena. Me deixa cansada. Mas o pior é ter que pensar por quanto tempo eu teria que permanecer assim, até que Balthazar me vendesse para um neopiano.
- Ele iria entregá-la para Darigan. – disse Skarl – Ele voltou Illusen, recuperou o orbe. Deve tê-lo encontrado outra vez.
- O orbe é a única coisa que o deixa forte. – disse Illusen – Precisamos roubar o orbe e escondê-lo. Eu poderia levá-lo para a Cidade das Fadas. Lá o orbe permaneceria seguro.
- Não podemos simplesmente destruir o orbe? – sugeriu Jeran
- O orbe é muito poderoso, não temos poder para destruí-lo. Nem Fyora é capaz disto. Os únicos que podem extinguir o orbe são Darigan e Jerdana.
- Então poderíamos falar com Jerdana. – disse Skarl – Avisá-la do perigo.
- Há muitos anos que eu não tenho contato com Jerdana, e eu não sei se ela iria querer nos ajudar. Está muito ocupada em Altador. Aquele lugar não me agrada nem um pouco.
- Nesse caso, não temos outra escolha. – disse Skarl – Jeran, você e seus soldados precisam se infiltrar no castelo. Illusen irá ajudá-los.
- Certamente que vou. – Illusen disse – Imagino que o orbe esteja com o seu dono nas Câmaras de Darigan. Nós não precisamos lutar. Somente precisamos encontrar um jeito de roubar o orbe. No momento em que Darigan perder o orbe, ele estará fraco e não terá condições de fazer nada.
- Depois que conseguirmos roubar o orbe... o que faremos? – perguntou Jeran
- Isso vai depender das circunstâncias. – respondeu Skarl arrogante.
Illusen foi até a portinhola onde guarda suas bugigangas e voltou com um bastão e um bracelete de folhas. A varinha estava guardada no bolso.
- Vamos, nós não temos muito tempo. Darigan poderá voltar em qualquer momento. – alertou Skarl.
Eles saíram da cabana de Illusen e caminharam em direção a floresta. Mas antes que chegassem na floresta, eles pararam. Illusen pegou o seu bastão, que parecia um graveto grande com algumas folhinhas, e apontou para a ilhota no céu escuro que era a Cidadela de Darigan.
- Segurem-se em mim. – disse Illusen.
Ela fez um aceno com o bastão, e eles voaram até a ilhota.
A ilhota era rochosa e ainda mais escura do que estava Meridell encoberto por todas aquelas nuvens negras. Ao longe, eles podiam ver vários casebres por volta de uma montanha que devia ser onde a maioria da população se concentrava. Ao leste dos casebres estava o Castelo de Darigan, que era feio e lembrava um castelo mal-assombrado. A lua cheia brilhava no céu intensamente.
- Darigan levou prisioneiros. – disse Skarl – Eu e mais dois guardas iremos descer para libertá-los. Vocês deverão seguir para as Câmaras de Darigan.
Eles caminharam de maneira que não pudessem ser percebidos até o castelo. Era perceptível que mesmo com Darigan tendo recuperado o seu orbe, a cidade continuava infestada de miséria. Ao chegar no castelo, Illusen usou mais uma vez o seu bastão para adormecer dois guardiões que estavam à entrada, e o grupo se separou.


No calabouço, os prisioneiros reclamavam de fome. Harry, Rony e Hermione miravam as grades chateados. Certamente não esperavam que um maluco aparecesse bem na hora em que eles iriam partir para causar tanto tumulto.
- O que faremos agora? Por quanto tempo ficaremos presos? – Hermione parecia desesperada.
- Eu não sei, eu não sei... – disse Harry
- E se ficarmos aqui para sempre?
- Será que vão aceitar nossas passagens? – disse Rony. Ele estava segurando os três tíquetes cor-de-rosa que eram a passagem deles para Cidade das Fadas.
- O que isso importa agora? – disse Harry.
Eles já haviam tentado lançar diversos feitiços nas grades da janelinha da porta, mas nada adiantara. A porta do calabouço era de um material que eles não sabiam dizer se era pedra ou concreto. De qualquer forma, os feitiços eram impenetráveis nela.
Então eles puderam ouvir vários barulhos vindos do lado de fora e baques surdos no chão. A porta magicamente se abriu e o rei Skarl apareceu na abertura. Os prisioneiros de Meridell ficaram contentes e começaram a fazer um grande vozerio, quando o Skeith pediu por silêncio.
- Por favor, não podemos chamar atenção! Não podemos voltar enquanto Darigan continuar com o seu orbe. Precisamos nos infiltrar nas Câmaras de Darigan e tentar ver o que é possível fazer. Illusen e Jeran foram na frente.
Os prisioneiros ficaram animados. O rei ordenou para que os homens o acompanhassem, enquanto as mulheres e as crianças neopianas deveriam se esconder para fora do castelo.
Harry, Rony e Hermione optaram por seguir Skarl. Eles subiram as escadas e penetraram por corredores sujos e mal iluminados. Havia um cheiro acre de podre que causava náuseas neles. Por todo o caminho, eles encontravam guardas desmaiados; o que significava que Jeran e Illusen já passaram por ali.


Mais a frente, Illusen e Jeran penetravam nas Câmaras de Darigan, imobilizando os guardas que encontravam em seu caminho. Eles passavam por várias salas, cheias de neopets lilás sentados em mesas bebendo e jogando cartas. Havia uma grande algazarra e eles riam alta e maldosamente.
- Darigan não deve estar muito longe agora. – murmurou Illusen.
Mal ela disse isso, e eles encontraram Darigan sentado a uma mesa olhando vários rolos pergaminhos que aparentemente eram os seus planos escritos para dominar Meridell.
Illusen e Jeran se abaixaram e se esconderam nas trevas que banhavam a sala. A respiração ofegando, Illusen disse:
- Você está pronto, Jeran?
Jeran assentiu.
Illusen levantou o seu bastão mais uma vez. Ela o apontou para Darigan, fez um acendo, e repentinamente, Darigan fora lançado para a parede do outro lado da sala, a mesa fora quebrada e os pergaminhos foram espalhados pelo chão.
Illusen e Jeran correram até o alto de uma das torres, Darigan ao pé deles. Ao ar livre, eles pararam e esperaram por Darigan, mas tiveram que esperar apenas por alguns segundos. Darigan parecia estar muito nervoso, mas quando percebeu que se tratava de Jeran e Illusen, soltou uma gargalhada gostosa.
- Então vocês, crianças, acharam que poderiam me desafiar? Isso vai ser mesmo muito interessante...
Darigan segurou o seu orbe e soltou fogo pelos olhos em direção a Jeran, Illusen e os guardas que os acompanhavam. Illusen levantou o braço com o bracelete como para se proteger, e um globo de luz os envolvera, de modo que o fogo não pôde atingi-los.
Foi a vez de Jeran atacar com sua espada. Ele tentava penetrar a lâmina em Darigan, mas a sua pele parecia ser feita de pedra. Skarl e alguns prisioneiros, seguidos de Harry, Rony e Hermione, chegaram na torre, mas nada podiam fazer além de assistir à incansável luta entre Jeran e Darigan.
- Desista, seu tolo. – disse Darigan – Isso não é brincadeira de criança.
Mas Jeran não parecia querer desistir de jeito nenhum. Ele continuava tentar atacar Darigan com sua espada, mas ele parecia ser impenetrável.
- Jeran, enquanto Darigan possuir o orbe, você não poderá fazer nada! – gritou Skarl de onde ele estava.
- Cale a boca, seu patife! – Darigan fizera um gesto com a mão para lançar bolas de fogo em direção a Skarl, que ricochetearam nas paredes.
Nesse momento, então, Jeran agira. Ele usara sua espada para arrancar o colar de Darigan que continha o orbe. O colar com o orbe ficou enlaçado na lâmina da espada. Uma porção de nuvens negras encobrira o lugar, enquanto Darigan gritava de horror. Trovões prateados como os que apareceram no castelo de Meridell infestaram a torre. Jeran lançara o braço com a espada para cima, e o colar com o orbe saiu voando metros acima numa velocidade muito rápida, e desapareceu de vista.
Momentos depois, as nuvens negras se dissiparam, inclusive as que cobriam Meridell. A população de Darigan se retirava em suas casas e os guardas se encolhiam no castelo. Na torre, Darigan desaparecera.
- Ele fugiu. – disse Skarl – Ficou fraco sem o orbe e agora vai vagar por aí novamente, tentando encontrar o seu orbe. Não acredito que ele conseguirá encontrar desta vez.
Os prisioneiros que estavam escondidos num lugar próximo ao castelo saíram e acenaram para a torre.
- Vamos voltar para a nossa casa. – disse o rei
No entanto, Skarl voltara para as câmaras de Darigan onde havia uma pequena parcela dos neopets roxos e negros reunidos. Skarl dissera:
- Quem assume o comando quando Darigan se ausenta?
Um neopet grande que lembrava uma águia lulas de bico negro e olhos amarelos se adiantara.
- Sou eu, Lorde Kass.
- Muito bem, Lorde Kass. Amanhã nos encontraremos no meu castelo às onze e meia se você quiser organizar essa baderna aqui.
E o rei saíra com o restante da população de Meridell.


Harry, Rony e Hermione mal puderam acreditar no que acontecera. Eles acompanharam a batalha travada entre Darigan e Jeran durante todo o tempo e Hermione vira o orbe sobrevoar o castelo até desaparecer de vista.
- O mar fica a cinco quilômetros daqui. – ela disse – Acho que o orbe deve ter caído no mar.
Eles foram informados de que o balão partiria amanhã novamente, e que as passagens que haviam comprado continuavam valendo. Mesmo assim, receberiam todo o dinheiro de volta como presente. Todas as atividades de Meridell voltariam ao normal no dia seguinte.
Eles se hospedaram durante a noite no Castelo de Meridell, a convite do Rei Skarl para todos os estrangeiros que viajariam no balão. Os aposentos do castelo eram muito aconchegantes. Cada quarto tinha uma lareira enorme, embora no momento fosse verão, portanto elas permaneciam apagadas. As camas eram fofas e tinham edredons vermelhos e azuis, as cores de Meridell.
Às onze horas do dia seguinte, Lorde Kass aparecera em frente ao castelo de Meridell. Skarl já o aguardava. Eles entraram e se instalaram numa das salas do castelo, onde já aguardavam diversos conselheiros reais. Eles assinaram um tratado de paz, que fora chamado de Tratado de Darigan.
De acordo com o tratado, Lorde Kass assumiria o governo da Cidadela de Darigan. Darigan e Meridell conviveriam em perfeita harmonia desde então.
Jeran Borodere, que era o campeão de Meridell, fora presenteado por serviços prestados ao reino. Ele recebeu uma enorme medalha de ouro, uma espada dourada e um escudo com o desenho do brasão de Meridell. O brasão era vermelho e azul com uma coroa dourada no centro. As bordas do brasão também eram douradas.
Aos poucos, as barracas foram sendo remontadas, e na altura da hora do almoço, o comércio já estava funcionando outra vez. Os jogos no entanto, só passariam a funcionar dali a uma semana, pois ainda estavam sendo organizados.
De fato, o único que parecia ter se saído ileso da invasão de Darigan, fora Turmaculus, um neopet enorme que lembrava um dinossauro gordo laranja, roxo e amarelo esverdeado que permanecia sempre dormindo. Ele era considerado o rei dos petpets, neopets minúsculos que lembravam os animais de estimação das pessoas. Todos os dias, os neopets e seus petpets tentavam acordar o Turmaculus, mas era muito difícil, pois ele permanecia sempre num sono profundo. O que conseguisse acordá-lo, pelo que diziam, recebia muitos prêmios.
Illusen voltara para sua clareira, onde quem quisesse poderia visitá-la e realizar uma de suas buscas. Quanto a Darigan, este realmente desaparecera e ninguém imaginava onde ele poderia estar.
Às três e vinte, Harry, Rony e Hermione subiram as escadas do castelo até a torre mais alta, onde a fila de passageiros para embarcar no enorme balão já estava cheia.
Quando a fila começou a andar, os três olharam ansiosos para o céu à espera de mais um ataque surpresa, mas nada acontecera. Ao entrar no enorme balão, eles entregaram as suas passagens e receberam o dinheiro de volta como presente. Os três também ganharam um petpet. Era um Kadoatie, e lembrava um gato lilás muito bonito, mas o petpet cabia na palma da mão deles.
O balão era branco, vermelho e azul e havia assentos para uns duzentos passageiros. Eles sentaram ao fundo, e esperaram o balão lançar vôo.
Às três e meia o balão levantou vôo conforme a Zafara dissera. O comandante do transporte era um Kacheek cinza claro.
- Nós chegaremos na Cidade das Fadas às quatro e meia. – ele informou – De lá, o balão partirá para a Ilha do Mistério.
Harry mal pode esperar para eles chegarem na cidade. Enquanto isso, ficava imaginando como era o tal País das Fadas e que outras surpresas ainda estavam por vir.

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