Potter, o Horcrux?



Potter, o Horcrux?






Harry desceu as escadas do Nôitibus e saiu a caminhar pela vila de Godric’s Hollow. Rony e Hermione seguiram-no a passos longos – igualmente como fazia Harry -. Harry andava e olhava para as casas. Todas estavam com as janelas fechadas e portas aparentemente trancadas. Por quê? Harry andou mais um pouco e avistou um grupo de homens velhos na porta de um bar. Harry se aproximou deles para perguntar o motivo das casas estarem trancadas e de janelas fechadas. Harry pigarreou baixo, interrompendo a conversa. Os cinco senhores olharam para o rosto de Harry apavorados e correram para dentro do bar. Quando Harry botou a mão na porta, uma placa avisando que o bar fechara se revelou. Harry não entendera. Ainda havia pessoas dentro do bar. E não entendera mais ainda a reação dos homens idosos. Harry encarou Rony e Hermione, que levantaram os ombros e baixaram as cabeças, mostrando-se estarem desconfiados. Harry olhou para a única casa no morro ao lado do cemitério. Harry deduziu que fosse aquela a antiga casa de seus pais e o local onde estavam enterrados.

- E então? – perguntou Rony

- Então o quê?

- Ora, então: onde vamos agora?

Harry fez cara de quem acabara de entender uma palavra desconhecida e então apontou para o cemitério. Rony encarou Harry com cara de medo e em seguida fitou Hermione, que amarrou a cara para o espanto de Rony e botou a mão sobre o ombro de Harry:

- Vamos Harry, se é o que você quer...

- Sim, é o que eu quero!

E saiu caminhando a passos largos em direção ao cemitério. Rony e Hermione o seguiram. Ao longo do caminho, olhos se viravam para Harry e vultos se moviam amedrontados. O trio subiu lentamente o morro no caminho do cemitério de Godric’s Hollow. Quando Harry se aproximou da entrada do cemitério repleto de lápides e árvores velhas, Harry avistou altas lápides em que se encontravam os nomes Tiago Potter e Lílian Potter. Harry correu ao encontro do local onde jaziam os corpos de seus pais. Rony e Hermione correram ao encalço de Harry. Os joelhos de Harry se dobraram no espaço que separava as duas lápides. Harry emocionou-se com o fato de estar entre seus pais falecidos. Lágrimas escorreram e pingaram na grama do cemitério. Rony e Hermione se aproximaram do amigo ajoelhado. Rony pôs sua mão sobre o ombro do amigo, enquanto Hermione lhe deu leves tapas nas costas. O ar se tornou frio e assustador. Os pêlos da nuca de Rony ficaram em pé. Hermione sentiu um frio na espinha quando uma voz conhecida ecoou sob o cemitério:

- Bombastica!!!

A lápide da mãe de Harry explodiu em milhares de pedaços no exato momento em que Harry passou as mãos no próprio corpo em menção de se esquentar. Todos se viraram e viram Severo Snape, o Comensal da Morte, com a varinha em riste.

- Podem ter certeza que da próxima vez eu acerto!

- SEU...

Antes que Harry terminasse de xingar o Comensal pela destruição da lápide de sua mãe, os três foram agarrados pelas costas por mais Comensais da Morte presentes. Harry se debateu para tentar se livrar do Comensal que o segurava. Rony esperneava para todo o lado tentando acertar quem o segurava pelos ombros. Hermione gritava sem parar. Um Comensal que aparatou atrasado ao lado de Snape apontou a varinha para Hermione e exclamou “Silencio!” para a garota agora muda. Hermione – que tinha as mãos livres ainda – estuporou Amico – o Comensal que segurava Harry – sem emitir um único som. Harry que agora se via livre, desaparatou com um estalo do local onde estava antes que Snape lhe petrificasse e aparatou bem atrás do Comensal mascarado que segurava Hermione pela cintura:

- Largue ela ou vai desejar receber a cólera de Voldemort mil vezes ao invés de ter seus miolos espalhados por todo o chão! – ameaçou Harry com a varinha encostada na nuca do Comensal, que largou Hermione e puxou a varinha rapidamente. Mas Harry já tinha uma carta na manga, e quando Hermione se soltou e dasaparatou, Harry petrificou o Comensal que caiu com um baque no chão duro do cemitério.

- Expelliarmus!!! – gritou Snape, fazendo a varinha de Harry voar três metros atrás de Rony.

Hermione reapareceu uns dois passos atrás do Comensal que aparatara atrasado e o levantou pelo calcanhar mentalizando “Levicorpus!”. Antes que Snape se virasse e derrubasse o Comensal devolta no chão, Harry correu para sua varinha e exclamou “Incendio!!!” apontando a varinha para o traseiro do Comensal que segurava Rony. O comensal largou Rony e apagou o fogo, mas se encolheu no chão quando Rony lhe acertara o calcanhar entre as pernas. Rony levantou a varinha e fez Hermione recuperar a voz. Snape apontou a varinha para o peito de Hermione com uma expressão maligna;

- Sua maldita Sangue-Ruim, seus dias de intrometida acabaram! Crucio!!!

Hemrione caiu no chão e começou a gritar e se contorcer. Rony correu ao amparo dela mas foi atingido por Amico, que já recuperara os sentidos. Rony ficou de braços e pernas juntos e caiu no chão com um baque surdo. Harry aparatou ao lado de Hermione, murmurando “Finite!” ele acabou com a dor de Hermione e desaparatou diante dos olhos de Snape. Ele reapareceu em cima de um velho carvalho com Hermione presa ao seu braço esquerdo. Hermione agradeceu aos céus pela dor ter cessado e exclamou:

- Accio Rony Weasley!

O corpo de Rony petrificado voou lentamente até Hermione, que lhe fez voltar ao normal murmurando “Finite”.

- Renervate! - Repetiu Snape apontando para os companheiros estuporados – Finite! – Snape finalmente cessara o feitiço Petrificus Totallus lançado por Harry – Agora, todos vocês pelo menos finjam que servem para alguma coisa e estuporem aqueles três!

- ESTUPEFAÇA!!!! – Um grito de várias vozes ecoou no local. Vários feixes de luz vermelha voaram em direção a árvore. A pontaria dos Comensais foi tão má que atingiu o longo tronco do carvalho. Mas embora tenham errado o alvo, a força de quatro feitiços estuporantes partiu a árvore no local atingido. A árvore já estava a meio caminho de colidir com o chão quando O trio girou nos calcanhares com deliberação e desapareceu. Quando a árvore atingiu o chão, Harry apareceu com um estalo bem ao lado de Amico. Hermione estava ao lado de Snape e Rony atrás do agora sem máscara Macnair – o ex-carrasco do Ministério -.

- INCENDIO!!! – Os três lançaram chamas quase ao mesmo tempo em volta dos Comensais, prendendo-os num arco de fogo.

- MORSMORDRE! - Macnair lançou a Marca Negra no céu e pensava agora (junto com os outros) em uma maneira de escapar do arco.

Em instantes, o céu escureceu, o ar congelou de vez, e a figura que fez Rony e Hermione cambalearem apareceu. Lord Voldemort apareceu com um estalo medonho diante do arco de fogo.

- DOBBY!!!

O Elfo orelhudo apareceu rapidamente ao lado de Harry. Dobby encolheu as orelhas e se arrepiou com o que via: Voldemort.

- Dobby, quero que chame todos da Ordem que conseguir! Traga toda a ajuda e só diga que estamos em perigo e Voldemort está aqui!

O Elfo Doméstico nem ao menos respondeu e já desapareceu estalando os dedos. Voldemort desfez o fogo com um rápido balanço da varinha e analisou o local e as pessoas que se encontravam nele. Sua face mudou bruscamente quando percebeu que estava ao lado do local onde perdera seus poderes. Ele se virou para Harry e caminhou lentamente para ele.

- Expelliarmus! – Voldemort desarmara Harry e agora se aproximava mais e mais – Pequeno Potter, o que faz no local onde seus podres e indignos pais morreram? Gostaria de se juntar a eles? Mas que lindo... Deixe que eu ajude...

Rony reuniu toda a sua coragem e partiu para cima de Voldemort pelas suas costas. Ele correu com o punho no ar metade do caminho; Voldemort girara na cintura teatralmente e com a varinha em riste, lançou Rony contra o carvalho caído. Voldemort soltou uma gargalhada fria e macabra e se virou lentamente para Harry, que tentara se arrastar até a própria varinha, mas fracassou, pois Voldemort usara Legilimência e fez a varinha de Harry voar mais uns cinco metros de distância.

- Tsc... Você acha que pode me enganar? Acha que conseguirá escapar mais uma vez das minhas mãos? NÃO! Eu lhe matarei lenta e dolorosamente e depois acabarei com esses seus insuportáveis amigos! – e dizendo isso, estendeu a varinha por trás do ombro e estuporou Hermione, que se preparava para azarar Voldemort mudamente – AVADA KEDAVRA!!!

O feixe de luz verde voou velozmente contra Harry, mas este já se acostumara a fugir de Voldemort e rolou para a lápide de seu pai. A Maldição Imperdoável de Voldemort atingiu em cheio a lápide de um trouxa chamado “Justino Markin”. A lápide explodiu em milhões e bilhões de pedaços, restando apenas pó. Harry ouviu de longe várias vozes gritando:

- IMPEDIMENTA!!!

Voldemort se escondeu em sua capa e desaparatou. Os diversos Comensais da Morte que estavam observando o Lord das Trevas tentar acabar com Harry, desapareceram também. Harry já ia se virando quando percebeu um pequeno pergaminho enrolado e amarrado ao lado da Lápide de seu pai. Harry pegou e guardou o misterioso pergaminho dentro das vestes e correu para pegar sua varinha. No caminho ele viu Alastor Moody, Remo Lupin, Arthur Weasley, Ninfadora Tonks, Minerva MacGonnagal e outros bruxos de uniforme que Harry concluiu serem do Ministério da Magia. Harry então agarrou sua varinha e apontou-a para Hermione:

- RENERVATE! – Hermione ficou consciente e Harry repetiu o feitiço apontando para Rony.

- Harry!

Os membros da Ordem da Fênix chamaram Harry em coro e correram ao seu encontro. Os diversos bruxos do Ministério, porém, seguraram todos e abriram caminho para o Ministro da Magia, Rufo Scrimgeour passar. Harry correu para junto de Rony e de Hermione. Scrimgeour agarrou Harry pelo braço e o olhou com um olhar severo:

- O que vocês três faziam aqui, em um cemitério, numa vila de trouxas e com um bando de Comensais da Morte e o próprio Lord das Trevas?

- Harry tentou se soltar, mas com isso fez que o pergaminho mal guardado caísse na grama. O Ministro rapidamente se abaixou e pegou o pergaminho. Abriu e leu em voz alta:

Ao plausível Harry Potter



Meus parabéns por ter realizado o feito de retirar Lord Voldemort de sua forma humana,
Mas sinto em lhe dizer que isso não fez com que o Lord das Trevas perecesse.
A vida de Voldemort está salva por seis Horcruxes, objetos que eu mesmo tive o talento
de criar. Possivelmente nós poderemos nos encontrar quando você estiver com seus
dezessete anos. Eu, porém, tenho uma pequena teoria sobre a criação de uma das seis
Horcruxes de Voldemort... Creio que Voldemort fez uma Horcrux proposital em você
mesmo. Sei que encontrará este bilhete quando já estiver adulto e com vontade de
se vingar de Voldemort, portanto, eu lhe encontrarei quando chegar a hora.


Feliz e contente com seu feito,

A Alma de Horcrux


Harry congelou com o que ouviu. Se virou para Rony e Hermione e estes estavam iguais. Harry era uma Horcrux? E se fosse, o que faria? Se mataria? Mas, se ele mesmo se matasse, quem mataria Voldemort? O Ministro e os outros bruxos presentes estavam com cara de quem não entendera nada. Harry cochichou para Rony e Hermione aparatarem com ele para Hogsmead, onde estariam longe e poderiam conversar sobre o que acabaram de ouvir. Segundos depois, o trio girou nos calcanhares e desapareceu com um estampido forte. A sensação de estar sendo espremido por uma mangueira não se comparava com o que Harry sentia pensando em ser uma Horcrux e ter que se matar. Quando os três apareceram em frente ao três vassouras lotado, eles hesitaram em entrar em um local cheio de gente que poderia ouvi-los, mas Harry se lembrou da dica de Sirius no seu quinto ano em Hogwarts, em que um local cheio e barulhento seria difícil de alguém escuta-los. Eles então entraram e se sentaram em uma mesa bem perto da porta. Eles mal sentaram e Hermione já começou a falar:

- Voldemort sabia que nasceria alguém que poderia matá-lo. Ele é totalmente perspicaz, então bola uma estratégia: Faz um Horcrux em você, naquele que poderá um dia o desafiar. Numa eventual possibilidade de você crescer e se tornar páreo, ele terá você mesmo como reserva.

- Mas Hemione, se ele fez um Horcrux em mim, eu...

“Mas aí perguntamos, porque Voldemort se daria ao trabalho de esperá-lo crescer? Ele não acredita completamente em magias antigas (assim como não acreditou na proteção de sua mãe), mas queria ver se realmente isso aconteceria, se isso é verdade; e ainda estaria precavido caso ela se confirmasse. É como você nos contou que Dumbledore disse; Voldemort não iria querer matar uma pessoa que tenha conseguido chegar até uma das suas Horcrux, e sim estudá-la, saber como a mesma chegou tão perto da verdade e de como destruiu seus feitiços. Lembra que Voldemort falou para sua mãe escapar? Lembra que ele disse que a morte da sua mãe foi desnecessária? Isso segue o mesmo parâmetro da suposição de que realmente Voldemort fez de você sua Horcrux: Ela não precisava ter morrido pelo simples fato de que uma morte já é mais que suficiente para se dividir uma parte de sua alma... e ela já tinha sido feita, ele já havia matado o seu pai, portanto ele já poderia fazer de você sua Horcrux. Ou seja, a morte do Thiago era fundamental... matar para dividir a alma, já a da Lilían, foi só mais uma, mesmo assim ela poderia ter escapado.”

Harry estava apavorado com a capacidade de Hermione concluir uma teoria sobre o que eles acabaram de ouvir, mas ficou mais apavorado ainda quando entendeu o que Hermione queria dizer. Ele poderia sim ser uma Horcrux.




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E ai, gostaram? Eu bolei um capítulo totalmente especial para vocês, e também segui a sugestão do genial TiF em colocar uma luta entre o trio e os Comensais. Bem, agora só deixo um recado: Só postarei o próximo capítulo quando a Fic receber mais comentários. São os comentários que dão inspiração ao autor. Por favor, comentem e votem na fic... Eu agradeço aos que leram, aos que votaram e aos que já comentaram a fic.

Flwssss!!!


P.S.: Assim que a fic receber comentários e eu terminar o capítulo, eu mandarei um e-mail para cada um dos que comentaram avisando que um novo capítulo está no ar! E farei assim sempre...

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