A Taça de Hufflepuff
A Taça de Hufflepuff
- Harry não é um Horcrux. – Rony abrira a boca para falar pela primeira vez desde que souberam do pergaminho e falou bem sério.
- Como você sabe? – perguntou Hermione
- Sabendo, ora! Analise os encontros anteriores de Harry e Voldemort!
Harry e Hermione ficaram um tempo pensando, mas foi Harry quem abriu a boca agora:
- Você tem razão.
- Eu ainda não entendi da onde vocês tiraram esta conclusão!
- Hermione! Logo você! Pense! Na primeira vez que os dois se encontraram, Voldemort tentou matar Harry, mas não conseguiu e perdeu os seus poderes... Na segunda, ele tentou matar Harry novamente junto com Quirrel, mas não conseguiu. Já na terceira, ele recuperou o próprio corpo e uma das primeiras coisa que tentou fazer foi? Matar Harry! Mas novamente ele falhou...
- É Hermione... Na quarta vez que nos encontramos, ele, por incrível que pareça, tentou me matar! Mas Dumbledore estava lá no Ministério e Voldemort não conseguiu... Hoje ele apagou aquele fogo todo e já foi direto tentar me matar! Você acha que se eu fosse uma Horcrux dele ele tentaria me matar? Destruiria uma parte da própria alma? Arriscaria perder os seus poderes novamente sem saber quando os conseguiria pela segunda vez? Não, eu acho que não... Eu não sou uma Horcrux!
Hermione olhou os dois por um minuto, e então se levantou e beijou Rony. Rony foi pego de surpresa, e Harry ficou de boca aberta com o ato de Mione. Uns dez segundos depois, Hermione soltou Rony e correu para sua cadeira tapando o rosto com as mãos. Rony e Harry se olharam e depois olharam para Hermione, que soluçava agoniada.
- Eu... O que eu fiz? Desculpe... Eu só... Eu só queria agradecer por Rony ter desvendado que Harry não é um Horcrux! Eu fiquei tão feliz que Rony... Que R-Rony tenha encontrado a solução para o problema... Fiquei alegre com Rony porque ele salvou Harry dessa enrasca... – e então deitou a cabeça na mesa e caiu no choro.
Rony deitou a cabeça no ombro de Hermione e sussurrou em seus ouvidos:
- Mione... Mione, não fique assim...
- Estou envergonhada!
- Pois não devia estar!
Hermione levantou um mínimo da sua cabeça de modo que pudesse ficar observando o olhar de Rony:
- Como?
- Eu... Eu... Errr...
- Ele também gosta de você, Mione!
- EU NÃO DISSE ISSO!
- Ah, Rony, não finja que estou errado! Convivo com vocês dois a sete anos e você é o meu melhor amigo! Você acha que nem mesmo no dia do Baile de Inverno em Hogwarts alguém descobriria isso? Ah, Rony!
- Ro...Rony... É verdade? É por isso que você ficou bravo comigo por eu ter ido com o Vítor? É por isso que você fica irritado sempre que tocamos naquele assunto? Rony, você gosta de mim?
- S-Sim...
- Uau! A revelação do ano! – Harry brincou com Rony antes que os dois se agarrassem novamente e dessem beijos barulhentos e nada escondidos dos bruxos que estavam no Três Vassouras.
Depois de longos minutos, como Gina costumava falar, “em uma espécie de luta livre vertical”, Os dois pombinhos apaixonados se separaram e, de mãos dadas, olharam para Harry.
- E agora?
- Bem, vocês precisam de uma boa lua de mel...
- Não estou dizendo de nós, estamos dizendo e agora, o que faremos em relação às Horcruxes?
- Ah, bom... Eu pensei em algo, olhem... DOBBY!
- O generoso e melhor Mestre de todos Mestre Harry Potter chamou Dobby? – O minúsculo Elfo Doméstico apareceu do nada no centro da mesa circular em que os três estavam.
- Sim, Dobby. Quero que você vá até o cemitério e verifique se a barra está limpa para nós voltarmos.
- Sim senhor... – E desapareceu com um estalo dos dedos e um largo sorriso fitando Rony e Hermione de mãos dadas.
- VOLTAR? VOCÊ FICOU MALUCO? E SE MAIS COMENSAIS ESTIVEREM LÁ ESPERANDO PARA DAR O BOTE COMO CO...
- Calma, nós não iremos até o cemitério, a nossa parada agora é a casa dos meus pais.
- Quer dizer...
- Sim, eu acho muito provável que haja uma Horcrux lá. Pensem, Voldemort escolhe os objetos e os locais que tenham alguma história para ele guardar suas Horcruxes. E acho que ele guardaria uma Horcruxes no local onde ele perdeu os seus poderes e desgraçou a sua vida por quatorze anos. Isso sim é uma bela história...
- Boa dedução, Cicatriz!
- Hehehe, Obrigado Neurose!
O trio riu como nunca, divertidos pelo fato de Rony e Hermione estarem finalmente namorando. Minutos depois, Dobby reapareceu avisando que tudo estava O.K e eles poderiam voltar. O trio saiu do bar e caminhou uns dois metros pela rua e desaparataram ao mesmo tempo. A sensação da passagem por uma mangueira não foi tão dolorosa para Rony e Hermione, mas Harry continuava a sentir as fortes dores de ser pressionado por dentro de uma mangueira muito fina. Finalmente a dor cessou e o trio se encontrava ao lado da árvore caída durante o combate anterior. O local estava deserto, e os outros estragos já haviam sido consertados. A árvore naturalmente daria mais trabalho para ser reposta, se pudesse ser reposta. Harry virou a cabeça rapidamente como se estivesse procurando alguma coisa importante. Finalmente seus olhos caíram sob a figura de uma casa semi-destruída à poucos metros do cemitério. Os três caminharam normalmente, como se estivessem aproveitando o visual. Finalmente chegaram aos pés de uma casa, ou pelo menos destroços de uma casa. Tijolos e telhas se encontravam atirados do chão. Harry caminhou sobre os destroços da antiga casa de seus pais até chegar em uma parede que estava totalmente destruída. Era o local mais destruído de toda a casa. Uma pilha de tijolos e telhas que começava no alto e parava no chão impedia a passagem para o aposento que havia depois da parede. Era impossível passar até mesmo pelo lado de fora, em que a mesma pilha de tijolos e telhas cercava o local. Hermione correu para a parede destruída e passou a mão sobre seus destroços. Harry sentiu um forte arrepio e um frio contínuo que aumentava a cada passo que ele dava em direção à pilha de tijolos e telhas. Ele então se lembrou do “Saguão de Entrada” da caverna onde ele e Dumbledore haviam encontrado a falsa Horcrux. Esse era mesmo frio que Harry não sabia ser de vestígios de magia ou do fato de estar totalmente encharcado na data.
- A Horcrux deve estar depois dessa pilha de tijolos que impede a nossa passagem. Aqui é só o Saguão de Entrada do esconderijo da Horcrux de Voldemort.
- Também acho Harry. Há vestígios de magia aqui. A magia sempre deixa vestígios. – Hermione falou como Dumbledore no dia da busca do medalhão de Slytherin.
- É, eu já percebi...
- Mas como iremos passar? – Rony perguntou levando a varinha até a cabeça e coçando-a.
- Simples... Speccialis Revelio!!!
Um brilho dourado saiu por entre os tijolos e telhas que impediam a passagem de qualquer pessoa. De repente, O desenho de uma cobra de pescoço levantado como se estivesse sendo ordenhada apareceu nos relevos dos tijolos. A imagem durou cinco segundos, e então se apagou e tudo voltou ao normal.
- Hummm... Eu acho que uma Horcrux está aí...
- Sério???
- O desenho... O que será?
- Acho que tem alguma coisa a ver com cobras obedecendo alguém... UM OFÍDIOGLOTA!!!
- É claro! Mas, não deve ser tão fácil... Lord Voldemort não se daria ao luxo de deixar que qualquer ofídioglota aparecesse aqui e destruísse sua Horcrux...
- É, deve ter alguma coisa que impeça que ninguém a não ser o próprio Voldemort passe...
- Mione, você acha que Voldemort escondeu esta Horcrux aqui antes ou depois de ter um corpo novamente?
- Acho que depois... Ele não iria se arriscar a sair da sua segurança antes que pudesse ter seu corpo novamente...
- Então, acha que só um ser com o próprio sangue dele poderá atravessar esta passagem?
- Certamente que sim... Onde quer chegar?
- Bem, Voldemort utilizou o meu sangue para recuperar o seu corpo... então...
- SIM! ACHO QUE VOCÊ PODE ATRAVESSAR! Mas... Sozinho não seria uma boa idéia...
- É Harry, não sabemos o que há depois desta parede...
- Temos que correr o risco, não? – e dizendo isso, apontou para um tijolo mentalizando “Bombastica!”. Pegou um pedaço do que antes fora um tijolo e agora era um simples pedaço de pedra afiada. Aproximou-se mais ainda do local onde antes aparecera o desenho e cortou a pele com a pedra afiada. Ele passou o seu sangue no local e em seguida apontou para o machucado e murmurou “Episkey!”. As luzes douradas apareceram novamente e o desenho da cobra apareceu depois de alguns lentos segundos. A parede tremeu e, com um forte estampido, um pequeno buraco em forma de tubo se revelou no centro do desenho. Harry olhou dentro do buraco. No fim do pequeno tubo, havia um outro buraco em forma de tubo na lateral direita. Harry imaginou que somente uma serpente conseguiria passar por aquele buraco. Se afastou um pouco, apontou a varinha para o chão e exclamou “SERPENSORTIA!!!”. Uma comprida serpente se materializou no local para onde Harry apontava. Ele fixou o olhar na serpente e, em idioma das cobras, ordenou:
- Abra!
A cobra deslizou até o buraco e por ele passou até chegar no outro buraco em forma de tubo. A serpente desapareceu deslizando entre o buraco, e em minuto em minuto, um som de chave girando para abrir uma porta ecoava na destruída casa. Quatorze minutos depois, a cobra reapareceu deslizando para fora do buraco e postando-se na frente de Harry. Um arco que envolvia o desenho da cobra na parede brilhou intensamente e após uma luz forte que ofuscou temporariamente a visão dos três, o arco e o desenho desapareceram, revelando uma grande passagem circular. Harry se virou para os dois amigos.
- Bem, até logo.
- Não Harry...
- O quê?
- Nós vamos com você!
- Como?
- Bem, parece que o seu sangue só era preciso para revelar o buraco da serpente, então podemos atravessar esta passagem circular aí...
- Bem, vamos tentar, mas cuidado1 Como vocês mesmos disseram: “Não sabemos o que há do outro lado”...
- Certo, agora vamos!
Os três atravessaram o círculo e se apavoraram com o ambiente que entraram. Um quarto totalmente preservado com nenhum destroço. Uma cama no centro estava ao lado de um círculo dourado e brilhante no chão. Harry se virou para os amigos:
- Vocês acham que...
- Achamos...
As suspeitas de Harry se comprovaram. Estavam no quarto onde Voldemort lançara a Maldição Imperdoável em Harry, que pelo sacrifício de sua mãe, sobrevivera e Voldemort perdera seus poderes. O quarto parecia normal, até que um som alto como de um tambor ecoou no quarto. A passagem circular desapareceu, e o quarto se transformou. Os móveis e objetos desapareceram, o piso se transformou em um chão arenoso. A areia no chão estava suja de sangue e ossos humanos e de ratos. O teto ficou repleto de pedras, como uma caverna, e as paredes se encheram de buracos mal feitos e o local onde antes brilhava um círculo se transformou em um imenso buraco. Certamente seria um buraco do tamanho de Grope – pensou Harry – Com certeza era uma passagem subterrânea para algum ser monstruoso. Harry entendeu que os únicos humanos que entraram naquele quarto no passado e permaneceram ali eram seus pais. Ele se apavorou com o fato de que algum ser comandado por Voldemort se alimentara dos corpos de seus pais mortos.
- A magia de Voldemort...
- Que?
- Sim, eu lembro que quando o barco que levou eu e Dumbledore para a falsa Horcrux não levava em conta o peso das pessoas que entrariam ali, mas sim o seu poder mágico, de modo que somente um bruxo muito poderoso como o próprio Voldemort poderia andar. Eu não contava pois era menor de idade, mas agora, nós três somos maiores de idade e o nosso poder com certeza não se compara ao de Voldemort...
- Então quer dizer que a magia de Voldemort descobriu que não somos ele e suas defesas se ativaram?
- Sim, nós enganamos a magia imposta por ele até o momento em que entramos neste maldito quarto...
Antes que mais alguém pudesse falar, centenas de serpentes desceram pelos buracos nas paredes. Quase mil serpentes envolveram o chão e avançaram contra o trio. Os três amigos se juntaram de costas e puxaram as varinhas:
- EVANESCA!!!
A serpente em que Rony mirou e lançou o feitiço apenas pulou como se uma roda de carro tivesse passado por cima do corpo ofídio, mas não teve o esperado poder de incendiar em chamas e morrer. Os três se apavoraram e começaram a lançar todo o tipo de feitiço.
- BOMBASTICA!
- ESTUPEFAÇA!
- IMOBILUS!
Nada funcionava. As serpentes pareciam ser indestrutíveis. Elas subiram pelo corpo dos três que estavam juntos pelas costas. Elas cobriram todo o corpo do trio até o peito, quando Harry teve a idéia:
- NOS SOLTEM!
As serpentes que se prendiam no corpo dos três deslizaram para o chão, mas continuaram cercando-os. Harry não sabia o que falar. O estado de pânico tomava conta dele e dos outros. Neste momento, o chão tremeu. As serpentes ficaram agitadas e deslizaram rapidamente até os buracos da onde saíram. No exato momento em que o trio se separou e fixou o olhar no buraco central, uma labareda fortíssima saiu deste mesmo buraco. O trio se juntou novamente apavorado. Garras se prenderam nas extremidades do buraco. Duas enormes asas se levantaram uma de cada vez para fora e uma grotesca fera apareceu. Olhos amarelos e malignos fixaram-se nos três. O gigantesco lagarto negro coberto de escamas balançava a cauda cheia de chifres no ar. Era um dragão Rabo Córneo Húngaro. Outra labareda imergiu da boca monstruosa do dragão. Os três apontaram a varinha para um mesmo ponto no centro da labareda e exclamaram “AGUAMENTI!!!”. Os três fortes jatos d’água competiam bem com a forte labareda. Mas antes que a situação piorasse, os três correram em direção ao canto do aposento. O dragão furioso mal se virou e bateu a cauda e raspou-a no teto até chegar no local onde os três estavam. Pedregulhos caíam rapidamente. O trio se encolheu e se defenderam.
- PROTEGO!!!
As pedras que caíam sobre eles eram rebatidas e jogadas contra o lagarto negro. O trio se desesperou e esqueceram que o corpo dos dragões é super rígido.
- ESTUPEFAÇA!!! – O ataque estuporante dos três juntos não afetou o dragão. Harry então lembrou-se da dica atrasada de Sirius e de Vítor Krum. Mirou a varinha nos olhos do monstro e gritou: “CONJUCVICTUS!!!”. O dragão deu dois passos largos para trás e começou a gritar. A cauda chifruda batia em todo o canto. O teto começou a desmoronar. Os três correram para o buraco da onde o dragão emergira e pularam para dentro. Não pensaram no fato do buraco ser fundo para caber um dragão e se estatelaram no chão. Muito dolorido. Harry avistou um intenso brilho dourado e prateado vindo do fundo do largo aposento.
- ACCIO HORCRUX!!! – O objeto brilhante voou em direção a Harry, antes que os três tentassem se levantar para aparatar, o teto deste aposento também começou a desmoronar. O corpo do inconsciente dragão caiu bem em cima do local onde estava a Horcrux. Harry apontou para uma pedra e a trouxe para perto mentalizando “ACCIO PEDRA!!”. Ele agora mentalizou o lado de fora da casa de seus pais e exclamou apontando para a pedra: “PORTUS!!!”. Os três simplesmente puseram as mãos na pedra e a sensação de ser puxado pelo umbigo apareceu. Eles rodopiaram pelo nada sentindo a enorme dor de ossos quebrados. Quando finalmente pararam de rodopiar, Harry segurou com mais firmeza a Horcrux que guardara na mão oposta a que estava segurando a Chave de Portal. Ele revirou o objeto brilhante. Finalmente conseguira a Quarta Horcrux de Lord Voldemort. Segurava a taça de Helga Hufflepuff.
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E ai galera! Viram que eu me esforcei e postei antes do esperado esse novo capítulo?! Eu tô com morrendo de dor com um torcicolo mas mesmo assim terminei o capítulo. Obrigado juca, TiF, ChampionBR, Scheil@_Potter e todos os outros que leram a fic e votaram! Flwsss!!!
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