Máscaras, vidros e um pouco de

Máscaras, vidros e um pouco de



Vontades VI. Máscaras, vidros e um pouco de angústia - Metrô? – perguntei a Bellatriz. - Sim, metrô. Aqueles trens trouxas que andam deb... - Eu sei o que é metrô. – interrompi impaciente. – Quero saber o que vamos fazer lá! - Uma missão bem divertida. – seus olhos faiscaram maldosamente. – Milorde me mandou reunir de dez a quinze Comensais – disse com um quê de importância. – para cumprir o que ele prometeu... - Prometeu? – perguntei sem entender. – Vamos fazer trabalho voluntário? - Exatamente! – ironizou impacientemente. – TRABALHO VOLUNTÁRIO. Isso realmente combina com o tipo de trabalho que nós fazemos com os trouxas. - Eu estava brincando... – menti. - É claro que estava! Nenhum traidor do sangue daria uma resposta tão estúpida! – eu pigarreei sem graça – Ouça, e ouça bem porque é a última vez que eu tolero um comentário tão estúpido; Lord das Trevas propôs um acordo ao Ministro da Magia: se ele entregasse o cargo ao Milorde, Milorde deixaria os trouxas em paz... Bom, Fudge não entregou o cargo e Milorde quer que se concretize a outra parte do acordo: caos no mundo trouxa. - Ah, agora faz mais sentido. – disse. - Não entendo como Milorde pode confiar tanto em uma pessoa tão obtusa como você. - Lúcio estará lá? – desconversei. - Lógico que sim. Ele é um tarado. Matar trouxas e sexo, para ele, estão no mesmo patamar. – ela abafou uma risadinha. – Que interesse repentino em Lúcio é esse? - Repentino não é. – disse. – Já te disse que só está mais intenso depois que sua irmã me mandou ficar longe dele. **** Próximo às cinco horas da tarde, aparatamos na estação de metrô de Londres. Estava abarrotada de trouxas indo, vindo, fazendo baldeação. Todos preocupados demais para perceberem nossa presença. Bella estava à frente do grupo, empolgada e excessivamente risonha. - Crucio! – gritou em direção a uma mulher de aparentemente seus quarenta e poucos anos. Em poucos instantes o mesmo grito ecoou por todo o salão de embarque e desembarque. Durante um bom tempo, apenas observei a cena. Uma tremenda balbúrdia! Um misto excêntrico de risadas, choros, gritos de pânico e de dor. Chame-me do que quiser, caro leitor, porque tenho certeza que meu comportamento foi tão brutal quanto o da morte de Régulo. - Sectumsempra! – gritei em direção a um trouxa de aparência jovial que corria em direção a porta. Em seguida ele parou e imediatamente caiu. Em poucos segundos estava ilhado em seu próprio sangue. Não senti piedade, muito menos arrependimento. Senti apenas uma louca vontade de repetir o feito, imediatamente. Meu próximo alvo foi uma mulher de seus trinta e poucos anos, de aliança dourada e reluzente na mão esquerda. Cabelos castanhos claros e um corpo digno de quem já tinha tido filhos. - Crucio! – berrei, ela urrou de dor. Perdi o ar de tanto rir. Afinal, eu estava cumprindo uma tarefa para Meu Mestre e, ao contrário do normal, eu estava me saindo bem e não sentia nem um pouco de culpa nisso. Era divertido... e necessário. Se uma ordem de Mestre fora rejeitada, nada melhor do que apaziguar sua ira. Após quinze minutos de terror e mais de vinte vítimas (das quais duas eu matei, oito eu torturei e as outras dez lancei azarações que causam dor, e depois de algum tempo morte) ouvi um de meus companheiros conjurar nossa marca no teto da estação. - MOSMORDRE! Sinal para pararmos e irmos embora. Em poucos minutos o Ministério estaria ali com muitos aurores e um esquadrão de obliviadores... É. Obliviadores. Aparatei para minha casa o mais rápido que pude, despi-me da capa e segui para o Ministério com o chamado urgente em mãos: “Loraine Lestrange, Compareça URGENTEMENTE ao Ministério da Margia. Henri Pasegood Escritório de Reversão de Feitiços/ Esquadrão de Obliviadores Ministério da Magia.” Estava escrito com uma caligrafia apressada e “URGENTEMENTE” destacado com letras garrafais. - Desculpe-me o atraso. – disse apressada, fingindo ofegar. – Estava em casa tentando cozinhar alguma coisa quando recebi bicadas insistentes em minha cabeça. - Um grupo saiu há dez minutos. – disse-me Henri Pasegood. – Beba café porque a noite será longa. – coçou a cabeça, apreensivo. – Ande, Lestrange. Quero você na estação em cinco minutos! Bebi o tal do café. Não que precisasse para me manter acordada, porque a adrenalina ainda fluía ferozmente e eu estava a ponto de êxtase. Quando cheguei à estação a conjuntura era totalmente diferente, embora alguns trouxas ainda insistissem em gritar. Bruxos por todos os lados, com testas franzidas e varinhas em punho. - O feitiço da memória não reage. – disse-me uma das bruxas que passava por mim correndo. – Estão apavorados! Use uma dose realmente forte ou encaminhe-os logo ao St. Mungus! – assenti com a cabeça sem dizer nada. Acho que não conseguiria disfarçar na voz, tão bem quanto na expressão facial, minha pontinha de satisfação ao ouvir isso. Embora não quisesse estar ali, voltei-me a uma senhora de cinqüenta e poucos anos e cabelos grisalhos arrepiados. - Mascarados! – berrou ela. – Cobertos por capas! Queriam nos matar! – não pude deixar de soltar uma risadinha em frente ao apavoramento dela. - Do que você está rindo? – perguntou-me um dos bruxos que passava por mim. – Há muito trabalho por aqui! Temos que ser rápidos! - Ela me perguntou aonde eu iria enfiar minha varinha... – ele me censurou com um olhar e saiu correndo em direção ao outro extremo da estação. – Obliviate! – gritei em direção a velha. - Mascarados...! - Obliviate! - Gritos... por todos os lados! - Obliviate! - Dor! Senti muita dor! - Obliviate! - Eu...eu... - Obliviate! - Me leve para casa, menina loura! - Obliviate! - Por favor, pode me dizer onde fica o banheiro? – perguntou-me alegremente. - A senhora volte, por favor, à sua casa e use o banheiro de lá! - Grossa! – resmungou enquanto levantava-se e seguia em direção a saída. Respirei fundo. A noite seria longa mesmo se precisássemos usar seis feitiços em cada pessoa. Dei um giro pelo salão, agora restavam poucos trouxas. O corpo do primeiro rapaz que eu ataquei havia sido recolhido, porém a poça de sangue ainda estava lá. - Vamos lá. – estalei o pescoço e me virei para um garoto de seus dezesseis anos de olhos muito vermelhos e inchados, talvez de chorar, cabelos castanhos escuros e pele demasiadamente branca. - Saia de perto de mim! – ele gritou. - Obliviate! - Foi você! Você atacou meu irmão! Você o matou! Nunca vou esquecer da sua voz! Você, você... - O que você disse? – perguntei. - Reconheço a sua voz! Você estava ali, há poucos minutos, mascarada e coberta por uma capa preta! Eu reconheço sua voz! Gritou algo como setusem... – a ponta da minha varinha estremeceu por um instante. - Cale a boca, você não sabe o que está falando. Estou aqui para te aju... - Estou certo, não estou? – interrompeu-me nervoso. – Foi você... é. Você. Uma voz suave, porém sem um pingo de compaixão! Você matou meu irmão e voltou para me ajudar? - Eu não matei seu irmão, idiota. – disse nervosa. - Matou! Matou! – berrou, cada vez mais alto. - Obliviate! Obliviate! Obliviate!– gritei nervosa, dez vezes. Na décima vez, o garoto empalideceu repentinamente e desmaiou. - Alterar memórias, Lestrange! Não estuporar! – gritou um dos bruxos atrás de mim. Com o rosto muito vermelho conjurei uma maca e encaminhei-o para a tenda dos curandeiros de St. Mungus. Quantos mais reconheceriam minha voz? Respirei fundo, e voltei-me até um outro rapaz que deveria ter minha idade, senão mais moço. Com a esperança de que ele não tivesse um primo, irmão, filha, tia ou sei lá o quê atacado, apontei a varinha. - Obli...! - Poxa, você é bonita mesmo. – disse, embasbacado. - Obrigada. – agradeci desconcertada. – Obliviate! – pestanejou diversas vezes, parecendo ainda mais bobo. – O que você está fazendo aqui? - Eu... pretendia ir para casa. – disse-me olhando para os lados. – Mas de repente eu acordo aqui sentado e... - Ótimo, vá para casa. – ele me fitou, mais uma vez, e saiu. Quinze casos depois, um mais estranho que o outro, eu me sentia cansada. Minhas pernas estavam doloridas e meus braços dormentes. Sentei num dos bancos da estação lutando contra o sono e recostei, apreciando a nossa Marca que ainda pairava no teto. Tão grandiosa, bonita. Despertava tanto medo aos outros quanto despertava em mim um prazer tão intenso... uma vontade de servir ao meu mestre, somente ser leal a ele. Prestar seus serviços, fazê-lo satisfeito. Eu seria capaz do impossível para que a nossa Marca pudesse erguer-se imponente e inabalável... - Como eles conseguem fazer tudo isso numa noite só? – ouvi uma voz feminina angustiada perguntar, afastando os meus pensamentos de adoração. Sem me virar para o local de onde as vozes vinham, acompanhei a conversa. - O pior ainda está por vir, Lily. – disse uma voz masculina. - Pelos relatos das vítimas – disse uma terceira voz, familiar aos meus ouvidos. Por um instante arrepiei-me ao confundir essa voz com a de Régulo, no entanto, era Sirius. – eles fizeram disso uma brincadeira, bastante engraçada por sinal. - Só de pensar que muitos deles estudaram conosco. Ah! Isso é horrível! - Infelizmente, Lily. – a primeira voz masculina soltou um muxoxo cansado. – Um dos curandeiros me disse que esses trouxas, os que sobreviveram é claro, vão sofrer com essas memórias para sempre. Mas não serão encarados como memórias passadas, mas como devaneios, pesadelos. - Pelo menos serão apenas pesadelos. – disse a moça, Lily. – Ayako me disse que é muito prejudicial à mente desses trouxas receber tantos feitiços seguidos. - Falando nela, onde ela se meteu? – perguntou Sirius. - Voltou para o Ministério para pegar alguma coisa, não entendi o que ela disse. – respondeu Lily. - Ela anda me evitando... – disse Sirius em voz baixa. Baixei os olhos discretamente para o chão e apurei os ouvidos. - O que você andou aprontando, Almofadinhas? – perguntou o primeiro rapaz, que eu tinha quase certeza ser Tiago Potter. - Acreditem se quiserem, não fiz nada. Ela te disse algo, Lily? - Ah, não me envolva nos problemas de vocês. - Isso quer dizer que você sabe alguma coisa? – insistiu Sirius. - Não, eu não sei de nada. – mentiu Lily, num tom pouquíssimo convincente. - Tiago! Obrigue sua mulher falar! - Me poupe, Sirus. – disse Lily. – Estou muito cansada. Essa barriga pesa toneladas, vamos para casa, Tiago? - Não tente desviar o assunto, Lílian! – exclamou Sirius, chateado. – Você só está de sete meses, não deve estar tão pesada assim... - AH, NÃO? – exclamou indignada. – Experimente ficar grávido Sirius, experimente! - Está bem, desculpe-me. Mas, por favor, me diz o que está acontecendo com Ayako. - Ótimo. Mas não fui eu que disse. – disse vencida. – Bellatriz Black a procurou, disse algumas coisas sobre vocês dois e ela ficou muito chateada! - Mas... - Também pudera, Sirius! Bellatriz ameaçou-a naquele dia no Cabeça de Javali, lembra-se? - Eu lembro, mas... - Me surpreendo cada dia mais com sua insensibilidade, viu? Tem horas em que eu acho inadequado você ser o padrinho de Harry... - Não! Não! – exclamou chateado. – Não meta Harry nessa história toda. - Você disse que não fez nada, Sirius. – falou Tiago, rindo. - Bom, Bellatriz... – ele sufocou uma risada. – Estava apenas... investigando. – Sirius e Tiago riram. - Eu diria que estava se aproveitando da situação... – disse Lílian. - Loraine! – exclamou Sirius. Levantei-me num sobressalto. - Sirius! O que está fazendo aqui? – perguntei, como se tivesse acabado de acordar. - Como você, também trabalho para o Ministério, Loraine. – ele sorriu. - Tive uma noite longa. – espreguicei-me. – Se não se importa eu vou indo embora. - Para que a pressa, Lore. – Sirius passou o braço pela minha cintura. – Estive com saudades, onde andou se escondendo? - Trabalhando, onde mais poderia? – disse apressada tirando sua mão de minha cintura. – Com esses ataques eu quase não paro mais em casa, nem nas folgas! Acredita? - Ah, acredito sim. – ele sorriu. Senti provocação em seu sorriso, como de quem esconde um trunfo na manga. Bom, nesse caso, de quem sabe o trunfo que eu escondo. – E como você está depois da morte de meu querido irmão? - É preciso recomeçar, não é? Não posso ficar chorando pelo resto da vida. – soltei um falso suspiro. - Ouvi dizer que minha estimada mãe sofreu muito com a morte de seu único filho... – Sirius sufocou uma risadinha. – Não a culpo. Muito talentoso meu irmão. No que ele trabalhava mesmo? - Ele estava tentando um cargo em Hogwarts. – respondi com irritação. “Sirius não é tão bom assim. Certamente sempre foi um bom aluno em todas as matérias, mas ele não podia menosprezar Régulo, não tem esse direito! Por mais que ele e Régulo tivessem seus problemas, coisas que toda família tem, ele não pode insultá-lo desse jeito! Principalmente agora que Régulo está morto...”. Pensei em insultar Sirius de todas as formas, azará-lo. Uma vontade louca de fazê-lo parar de falar de Régulo com aquele tom irônico. Porém, não fiz nada. - Hogwarts? – indagou surpreso. - É, Sirius. Hogwarts. - Mas ele não conseguiu, suponho. - É claro que não, ele está morto! – disse-lhe nervosa. - Ah, e este foi o único empecilho? - Foi, Sirius. – disse rispidamente. – E ele também era muito no... aaah ...vo. – disse em meio a um bocejo. – Me desculpe, mas estou morta de sono. - Claro, claro. Estou também. – disse desconcertado. – Escute, e a que cargo ele se ofereceu? - História da Magia. – disse imediatamente. – Você sabe o quanto ele gostava dessas coisas... – pedi licença e desaparatei. **** Esse foi um péssimo dia para mim, acreditem. Nunca estive tão cansada. Também, pudera, fazer e desfazer não é tão simples, é cansativo, desgastante! Voltei para casa com a intenção de dormir e acordar muito tempo depois. Mas, ao contrário da minha vontade, não consegui dormir. Virei, revirei. Fechei e abri os olhos diversas vezes, mas pela primeira vez em quase três meses o rosto de Régulo parecia ter sido marcado como ferro em brasa em minha cabeça. Lembrei de todos os momentos que passamos juntos, desde o dia que o vi pela primeira vez (eu com cinco, ele com quatro), quando o cumprimentei por entrar na Sonserina. Depois disso, quase nunca conversamos. Ele sempre esteve atrás de Lúcio e de meu irmão, ambos mais velhos que ele, querendo parecer respeitável e popular. Não vou culpá-lo por isso, pois sempre esteve dentro do sonserino a vontade de receber muito prestígio. No meu sexto ano, começamos a conversar mais. As reuniões do pessoal “legal” da Sonserina nos aproximou. Aproximou tanto que deu no que deu. Lembrei-me também do dia que passamos a primeira noite juntos (nesse dia prometi a mim mesma que deveria parar de compará-lo a Lúcio, e como podem ver eu ainda não consegui cumprir essa promessa.), foi puro e delicado, coisa que eu não estava acostumada. Régulo parecia um iniciante, se é que não fosse um. Enfim, noivamos. E com o passar do tempo Régulo demonstrou-se muito apaixonado e compreensivo, pois tolerou minhas traições várias vezes. Pelo jeito que descrevo, pareço uma tarada sem compaixão. Não é bem assim... é muito difícil manter um relacionamento quando o seu parceiro não está por perto, principalmente se você não corresponde à mesma altura os sentimentos dele. A presença não-constante de Régulo me fez esquecer o quão bom ele era comigo, esquecer também como suas palavras doces e apaixonadas me deixavam feliz. É, o tempo aliado a distância é capaz de desmascarar nossos próprios sentimentos e esclarecer dúvidas, ou até nos abrir os olhos para nossas reais vontades. Apesar de meus confusos sentimentos sobre nossa relação, compramos uma casa. Concordamos em eu pagar o imóvel e ele mobiliaria e decoraria. Saí lucrando, pois nunca tive muita paciência para essas coisas; e tantos objetos novos, móveis, decoração sairia bem mais caro do que o imóvel em si. Mas como ele estava em Hogwarts, a difícil e monótona tarefa de escolher móveis, objetos de decoração ficou comigo. Eu e sua mãe terminamos a casa em pouco menos de um mês. Quando ele terminou Hogwarts, passamos a morar juntos. Eu saía cedo de manhã para trabalhar, e ele ficava em casa, limpando, cozinhando e estudando. Ele sempre reclamou de ser a “dona da casa” porque, afinal, tradicionalmente, ele estava sendo a mulher da relação. - Você vai ver. – dizia-me empolgado. – Dumbledore não vai pensar duas vezes quando eu me candidatar! História da Magia é uma matéria fascinante demais para ser ensinada por aquele fantasma... - É claro que é. – disse-lhe sem muita emoção. – O que tem pra jantar, Régulo? Marcamos o casamento. Ele não cabia em si de tanta felicidade. Eu, pelo contrário, refugiava-me no Ministério e na sede. Uma semana antes de nosso casamento ele recebeu um chamado, ficou extremamente nervoso e disse-me para fazer o que me mandassem fazer. Eu o fiz. Mandaram-me matá-lo, e eu matei. Senti um aperto em meu peito, uma angústia. Uma vontade de tirar todas essas lembranças da minha cabeça e recomeçar. Recomeçar de verdade, não simplesmente dizer que recomecei. Mas antes de recomeçar eu precisava entender, mas como entender algo que morreu junto com ele? Disseram-me que ele se meteu aonde não devia, pensou ser mais forte que Milorde. Não acredito nisso, na verdade recrimino quem pensa assim. Ao contrário do que dizem, Régulo não era tão burro e fraco de pensamento. Ele sempre soube que não deveria abocanhar um pedaço maior que a boca. É nesse ponto que eu me enrosco. Nesse ponto eu paro, e percebo que não há mais para onde seguir, Régulo falhou em algum plano que eu não qual é. Se eu soubesse o que ele queria... Soubesse o que ele sabia a respeito de Milorde a ponto de frustrá-lo tanto... As Horcruxes, outro ponto que eu não entedia. Eu sempre dominei essas artes muito melhor que ele, tanto na teoria como na prática. Se tinha tanto interesse nessas artes não há nem um motivo plausível para que ele não me deixasse a par de suas curiosidades, eu poderia ajudá-lo! Mas agora minha indignação por ter sido excluída de suas pesquisas não vale de nada. A única coisa que posso fazer é relembrar os bons momentos, e esquecer as dúvidas que talvez nunca sejam esclarecidas. [N/a= Máscaras, vidros e um pouco de angústia é o nome de uma música do Glória que eu gosto muito, a letra não tem muito a ver com o capítulo, mas eu achei o título adequado pelo que a Loraine está sentindo.


Tenho em mim a pior dor Tenho a dor da decepção Tenho a dor e carrego e sou punido E o que eu sonhei não pode ser em vão Tentar fingir, não ter rancor! Então venha a dor, me faça sofrer NUNCA MAIS Então venha a dor que faz sentir, tudo que importa NUNCA MAIS E nunca mais eu viverei em paz NUNCA MAIS E nunca mais eu viverei em paz NUNCA MAIS Sentir o gosto e eu sofro Sentir o amargo, que nunca vai passar Queimei minhas mãos e sangro De um sorriso falso que nunca vai mudar Outro meio de sorrir Mais uma máscara caída no chão Rasgo todas palavras, corto com vidro minhas mãos Sentindo, o mais forte, só pra tentar

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