CAPÍTULO 4 – O atestado de óbi

CAPÍTULO 4 – O atestado de óbi



NA: Pessoas queridas do FeB: mil desculpas!!! Eu simplesmente esqueci de atualizar aqui... a fic já está no penúltimo capítulo no fanfiction e no 3v. Vou me redimir postando agora os seis capítulos existentes de uma só vez, okay? Não me matem... mil desculpas mesmo!
Um beijão! Boa leitura!!!

CAPÍTULO 4 – O atestado de óbito

O quase absoluto silêncio do lugar só era interrompido pelas páginas de livros sendo viradas. O ar de seriedade dava a Hermione uma sensação boa. Há meses não tinha tempo de ir a uma biblioteca.

A biblioteca do Ministério da Magia possuía o maior acervo de toda Inglaterra. Livros de todas nacionalidades, culturas e assuntos podiam ser encontrados lá. Estantes enormes, dispostas umas ao lado das outras, davam a impressão de imensidão ao lugar.

Hermione estava sentada em uma mesa perto da entrada principal. Chegara há horas, embora nem percebera, pois ficava em estado de completo transe quando entrava naquele lugar.

Lembrava-se muito bem da primeira vez que fora àquela biblioteca com Rony. Ainda era na antiga sede do Ministério, muito antes do atentado. Fora uma surpresa feita por Rony no seu aniversário de 1 ano de namoro. Ficara encantada com o lugar. Um verdadeiro paraíso, pouco conhecido pelos bruxos (incultos em sua opinião)!

Quando Rony morreu, Hermione parou de freqüentar a biblioteca, já que ela lhe trazia muitas recordações nostálgicas. Tentara aparecer lá dois meses depois da morte de seu noivo, mas não conseguiu conter as lágrimas, então foi embora.

Sete anos depois do atentado, Hermione teve coragem e voltou a freqüentar o lugar. Precisava ler! O empasse agora era a correria que sua vida se transformara por causa do F.A.L.E.

Estava ladeada de jornais antigos, espalhados na mesa de mogno bem polida na qual estava sentada. Profeta's Diário datados no período que variava entre o dia do atentado ao Ministério da Magia – dez anos atrás – até pelo menos cinco anos depois.

Desde que tivera aquela conversa com Harry em sua casa não conseguira tirar da cabeça que precisava voltar a investigar o atentado que matara Rony. Ela sempre soube que fora Lúcio Malfoy o responsável pelo ocorrido, mas após a invasão ao F.A.L.E. ela teve a certeza.

- Aqui está, senhorita, os jornais que pediu. – disse a baixinha bibliotecária.

- Obrigada. – Hermione mal olhou a bruxa. Estava completamente concentrada. De certo modo não se conformara com o fato de ter abandonado as investigações por tantos anos. Quem sabe o que poderia ter descoberto se não tivesse parado de procurar evidências?

- A senhorita está pesquisando sobre o Atentado ao Ministério, não?

- Sim. – a bibliotecária parecia estar puxando conversa e a coisa que Hermione menos queria no momento era conversar.

- Foi um dia terrível aquele. Achei que morreria. – dizia a senhora com um tom dramático na voz. Hermione continuou compenetrada, não ouvindo (ou fingindo não ouvir) o que a bruxa falava. – Bom, vou deixá-la pesquisando em paz.

Mione agradeceu mentalmente aos céus por isso. A bibliotecária até que era simpática, mas Hermione detestava ler com alguém falando ao seu lado.

- Estranho... – a bruxa resmungava enquanto se afastava – Há anos ninguém pede materiais sobre o Atentado e, de repente, todo mundo quer saber! Vou ter que deixar estes jornais numa estante mais baixa...

Definitivamente aquilo a interessava! Hermione teve sua atenção atraída às palavras da senhora rapidamente.

- Do que a senhora está falando?

- Hãm...? – a bibliotecária fingiu que não ouvira a pergunta de Hermione. – Ah, sobre todo mundo querer saber sobre o atentado? Então... – ela se sentou animadamente ao lado de Hermione, como quem conta uma fofoca a uma amiga íntima – Esta semana vieram dois bruxos pedindo este mesmo acervo que você está olhando agora.

- Os dois juntos?

- Não, vieram separados. Muito bem afeiçoado o bruxo mais moço, sabe? Quem dera eu fosse uns anos mais nova. – disse ela após um suspiro.

Instintivamente, ou por mera coincidência, a primeira pessoa que veio na cabeça de Hermione foi o estranho que a salvara na sede de sua ONG há semanas atrás. Ele se envolvera em sua vida de uma maneira que levantava suspeitas nos mínimos detalhes.

- A senhora sabe me dizer como ele aparentava?

- Ah, ele era bonito... Bonito mesmo!

- Tá, isso a senhora já disse. Eu quero saber como ele era: gordo, magro, alto, baixo?

A bruxa ficou pensativa por alguns segundos antes de voltar a falar.

- Bem alto, cabelos castanhos, olhos claros e tinha um corpo... Hum, se eu fosse uns poucos anos mais nova... Ai, ai, ai.

Então era ele. Hermione estava certa em pensar que o bruxo misterioso estava realmente muito obstinado em sua vida. Passara noites pensando na promessa de proteção que ele lhe fez. Não entendia o porquê daquela dedicação, mas não gostava do sentimento que estava sentindo. Até sabia que sentimento era aquele, mas não gostava e nunca admitiria.

- Então esse bruxo veio aqui e mexeu nestes mesmos livros que estou olhando agora...

- Não disse que foram somente esses. – disse a bruxa voltando ao tom de voz sério.

- Mas então, o que mais ele olhou?

- Ele consultou muitos materiais, não me lembro exatamente todos. Mas teve um que eu achei extremamente estranho.

A bruxa queria deixar Hermione ansiosa com certeza, pois a cada frase ela fazia uma pausa longa, talvez esperando que Mione perguntasse algo.

- O que você achou estranho? – perguntou ela, totalmente sem paciência.

- Ele ficou horas na seção de Obituário. – disse a bibliotecária quase num sussurro, como se quisesse fazer um tom de mistério – Não que não vá ninguém lá, mas ele estava muito concentrado e ficou muito tempo lá, entendeu? Não é realmente estranho?

Estranhíssimo, na opinião de Hermione. O que seu salvador queria com os registros do atentado ao Ministério há dez anos e também com o Obituário? Aquela história estava ficando cada vez mais intrigante e Hermione precisava descobrir o que estava acontecendo.

- Onde fica esta seção? – Hermione perguntou antes que a bibliotecária pudesse voltar a falar.

O Obituário bruxo ficava na biblioteca do Ministério há séculos. Era um material de pesquisa pouco usado e precisava da autorização da bibliotecária para poder ser consultado. Hermione caminhou até a coluna de prateleiras compridas onde ficavam as inúmeras pastas plásticas datadas pelos atestados de óbito.

Hermione pensou em como acharia alguma evidência no meio daqueles inúmeros papéis. Começou a procurar, assim que a bibliotecária se afastou, pelas datas nas pastas.

Os atestados de óbito eram separados por épocas, alguns por famílias e outros por acontecimentos. Hermione encontrou os óbitos de pessoas mortas em guerras ocorridas há séculos e encontrou até os óbitos dos Potter's e Longbottom's. Procurando entre as datas mais recentes, ela se deparou com um armário inteiro somente com a data do atentado ao ministério da magia. Se o bruxo, que a salvara, esteve consultando os documentos e reportagens sobre o atentado de dez anos atrás, é claro que os óbitos consultados foram os desta mesma data.

Hermione puxou com dificuldade uma das pastas do armário. Havia muitos documentos, seria uma tarefa para a tarde inteira. Datas, laudas e descrições davam páginas e páginas guardadas nas pastas, mas eram as fotos que traziam lágrimas aos olhos de Hermione. Aquela noite fora, sem dúvida, a pior de toda sua vida. Lembrava-se muito bem de ter quase implorado para Dumbledore a levar até o Ministério aquela noite, pois queria ver Rony. Infelizmente nunca tivera a oportunidade de ver o corpo do noivo pela última vez.

Os óbitos deste armário eram organizados em ordem alfabética crescente. Passando o dedo indicador pelas etiquetas das pastas, Hermione se deparou com a letra W. Pensou muito se estaria realmente preparada para ver o obituário de Rony. Olhar fotos e descrições seria horrível, mas precisava encarar o passado e ver Rony em seu último momento.

Tomou coragem e começou a procurar por entre a letra W o sobrenome "Weasley". Passou o dedo indicador pelos rótulos novamente: "Waffing, Adalberto", "Wandlless, Emilia" e muitos outros nomes de bruxos que trabalhavam no Ministério naquela época. O que chamou a atenção de Hermione foi ao passar pelo nomes "Wealling, Josy" e "Weshy, Linda"... Onde estava o óbito de Ronald Weasley? Hermione olhou óbito por óbito naquela prateleira no caso de as pastas estarem fora de ordem, mas somente a pasta com os documentos de Rony estava faltando.

Hermione caminhou até o balcão onde a bibliotecária estava encostada, aparentemente lixando as unhas.

- Por favor, será que a senhora poderia me dar uma informação? – Hermione tentou ser o mais natural possível.

- Sim, claro.

- O que eu preciso fazer para retirar um destes óbitos? É que eu preciso fotocopiar um para fazer um trabalho.

- Impossível. Nenhum óbito pode ser tirado da biblioteca, infelizmente. – disse a bruxa amavelmente – Mas se você quiser eu lhe ajudo a procurar algum livro que possa lhe servir de fonte.

- Não, obrigada. Não há necessidade.

Se nenhum óbito podia ser tirado da biblioteca, como o de Rony era o único faltando? Não era possível alguém ter retirado ele sem ser barrado pela segurança do lugar. Nenhum livro ou qualquer material passava pelos detectores, que ficavam na entrada da biblioteca, sem terem sido liberados antes pelos funcionários do lugar.



Hermione nunca fora de freqüentar o Ministério da Magia em seus tempos antigos e muito menos nos dias atuais, mas sabia bem como funcionava um. A sede precisava ser no subsolo de um bairro pouco movimentado para evitar problemas com os trouxas. Na antiga sede e também na atual era assim. Poucas coisas foram mudadas de dez anos até o dia atual.

Saindo da biblioteca, Hermione precisava pegar o elevador para ir embora. Como o Ministério era no subsolo, ela precisava subir para sair do lugar.

Apertou um botão dourado que havia ao lado da enorme grade dourada do elevador e com um ruído estridente o elevador chegou. Estava vazio. A grade fechou-se ruidosamente logo depois que Hermione entrou. O elevador começou a subir devagar, com as correntes rangendo, enquanto uma voz feminina indicava os andares que passava.

No terceiro andar a porta do elevador se abriu após ser anunciado pela voz. Hermione quase não acreditou ao ver quem estava entrando no mesmo elevador que ela no momento.

- Hermione Granger? Que prazer revê-la. – disse um bruxo loiro pouco depois do elevador voltar a se movimentar – A última vez que a vi você estudava com meu filho.

- Lucio Malfoy. – disse ela firmemente – Pena que não posso dizer que seja um prazer revê-lo.

- Que agressividade. – Lucio falava com uma voz arrastada que lembrava muito Draco – Soube que você é uma bruxa bem sucedida, apesar de estar por um triz de perder sua ONG.

- Não estou mais.

- Ah, é. – Lucio Malfoy agora falava com autentico e deslavado deboche – E posso saber como você pretende salvar aquela espelunca?

Hermione sabia que se arrependeria amargamente disso depois, mas não se conteve:

- Não terei problemas em salvar minha ONG, que você chama de espelunca, quando eu ganhar as eleições para Ministra da Magia.

O sorrisinho de Malfoy sumiu de seu rosto. Hermione notou a mudança brusca no semblante do bruxo, que ficou muito sério de repente.

- Já tinha ouvido falar alguma coisa sobre isso, mas não pensei que fosse verdade. Espero que você não esteja pensando em seguir em frente com isso.

- E se eu estiver?

- Pode ser perigoso. Eu li no Profeta Diário semana passada que tentaram invadir sua ONG para te matar. – e olhando muito firmemente para ela, completou – Eu se fosse você tomaria cuidado.

“Sétimo Andar, Departamento de Jogos e Desportos Mágicos, incluindo a Sede das Confederações Britânica e Irlandesa de Quadribol, o Clube Oficial de Pedra Pesada e o Escritório de Patentes Ridículas", disse a voz feminina do elevador antes de abrir a porta.

- Meu andar. – disse Lucio com uma voz arrogante e arrastada – Até breve, Granger.

- Estarei esperando. – disse Mione pouco antes da porta se fechar.



O vento gelado estava bagunçando seus cabelos encaracolados, então fechou o vidro do carro. Não gostava de aparatar para lugares longe, principalmente quando não sabia ao certo o caminho. Estava dirigindo há horas. O cemitério Sant' Ângelo ficava a quilômetros de Londres, numa cidade já no interior da Inglaterra.

Se fosse há tempos atrás, Hermione jamais passaria perto daquele lugar. Nunca tivera coragem de ir até o túmulo de Rony. Nem se quer apareceu no enterro e velório dele. Mas nas últimas semanas sentia uma necessidade de encarar seus problemas, de deixar o "fantasma" do atentado há dez anos ir embora.

A estrada era praticamente deserta, desde que entrara nela havia passado por apenas um carro. A paisagem era feita de planícies amarronzadas pelo outono, junto com poucas árvores imponentes que perdiam aos poucos suas folhas.

O carro passou rente a um lago escuro, aparentemente muito fundo. Hermione ergueu os olhos e viu o quão bonito ele era. Uma beleza perigosa naquela estrada estreita.

Hermione estava indo por impulso. Não estava ainda muito consciente do que estava fazendo. Sabia que no momento em que visse o epitáfio do túmulo de Rony ela desmoronaria, mas não queria desistir. Precisava ser forte.

Ao longe avistou as paredes brancas do cemitério. Eram muros altos no final de um descampado onde estavam alguns poucos carros trouxas estacionados.

Ela desceu do carro e caminhou até a entrada do lugar. Sentia um frio na barriga. Estava com medo, não podia negar que estava a um triz de desistir. Uma vontade quase incontrolável de sair daquele lugar, correr para o mais longe possível estava quase a dominando. Mas Hermione sabia que se não encarasse seu passado naquele momento, nunca mais conseguiria.

Na entrada, Hermione pediu informação a um funcionário sobre a localização do túmulo de Rony. Quando os bruxos morriam, eram enterrados em cemitérios trouxas, mas numa área separada para evitar problemas com os familiares. No caso dos mortos no atentado ao Ministério, além da área reservada para bruxos, havia também uma área em homenagem especial a eles.

Hermione passou por uma senhora que chorava descompassadamente. Sentia-se como ela por dentro. Estava em ruínas. A morte de Rony, e tudo que fizesse lembrá-la, lhe proporcionava um dor que se superava a simples dor física. Mione amou e perdeu... Sentia-se condenada a solidão enquanto vivesse.

O chão do cemitério não parecia as planícies do caminho, era arenoso e irregular. O odor adocicado das inúmeras flores, espalhadas pelo lugar, se misturava com o ar pesado de tristeza.

Ela caminhava devagar pelos corredores de areia que separavam os túmulos. Passou o cercado baixo de ferro que separava um pedaço do cemitério e respirou fundo; estava na área reservada ao atentado.

O Cemitério Sant Ângelo era dividido em blocos e cada um deles era dividido por letras. Hermione caminhava procurando com um certo receio o bloco 3C. Mais uns passos lentos depois, ela avistou um epitáfio em mármore vinho, com um vasinho de flores murchas ao lado.

"Ronald Weasley - Eternamente Rony", Hermione não conteve as lágrimas ao ler estas inscrições no túmulo do homem que tanto amou. Não tinha controle sobre suas pernas, então ajoelhou-se no chão. Como a pessoa que mais amou em vida podia estar ali, debaixo da terra, com o corpo em decomposição?

Hermione passou as mãos demoradamente na pedra onde estava o epitáfio de Rony. Sempre tivera medo de sua reação quando enfim tivesse coragem de ir ao cemitério, mas agora, ali, ela mesma estranhava a sensação que sentia. Era como se sentisse Rony junto de si, como se ele estivesse com ela, vivo.

Ela pensou nesta possibilidade com uma ponta de esperança, mas sabia que era loucura. Esta sensação só se agravava por pensar que infelizmente não tivera a oportunidade de vê-lo pela última vez; de se despedir.

Hermione se levantou devagar, olhou ao redor e se viu sozinha naquele mar de túmulos. Num momento de impulsividade ela tirou sua varinha das vestes e encarou o chão onde o corpo de Rony fora enterrado há dez anos. Um último adeus, era isso que Hermione precisava. Prometia-se que enfim deixaria sua vida seguir em frente, mas antes precisava vencer seus medos e deixar o passado enterrado, se assim fosse possível. Apontou a varinha para o chão e proferiu o feitiço de transparência.

O chão, onde Hermione pisava, começou a se remexer, como se estivesse sendo misturado. Segundos depois o verde da rala grama foi se apagando sendo seguido logo depois pela madeira do caixão antigo e imponente. Hermione estava com medo de olhar, mas, cinco segundos depois, onde antes era chão agora dava lugar a visão de um caixão de madeira completamente vazio.



Ela de súbito se assustou, quase caindo para trás. Não estava entendendo nada. O que afinal estava acontecendo? Hermione guardou sua varinha no bolso novamente e saiu correndo. Precisava entender... Precisava de ajuda... Precisava sair dali.

Passou pela entrada do cemitério rapidamente, nem dando atenção ao funcionário que perguntava aos berros o que estava acontecendo. Hermione entrou no carro depressa. Precisava procurar Harry, ele saberia o que fazer, já que ela estava em verdadeiro ataque de nervos para pensar em alguma coisa.

Ligou o carro e imprudentemente partiu em alta velocidade. O que afinal era tudo aquilo? Aquela sensação de esperança, o túmulo vazio, o atestado de óbito faltando... Quem, afinal, tinha interesse em roubar o corpo de Rony do cemitério. Por que isso?

Hermione estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu que dois carros estavam perseguindo-a desde o cemitério. Ela só se deu conta de que não estava sozinha quando um deles bateu fortemente na sua traseira.

- Ei... O que é isso?! – Hermione perdeu um pouco a direção, desviando rapidamente de uma árvore.

Insistidas batidas sofreu pelos dois outros carros. Já estava quase chegando na parte mais estreita da estrada quando o carro maior a empurrou para a esquerda, impulsionando-a em direção ao lago escuro.

Hermione só sentiu um tranco muito grande antes de ver o carro todo ser tragado por água. O cinto de segurança estava emperrado, não conseguia respirar. Tentou derradeiramente abrir a porta do carro, já coberto de água, pouco antes de perder por completo a consciência.

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