Perdendo o Rumo
Cap. 29 – Perdendo o Rumo
Draco colocou sua capa e aparatou na Mansão dos Riddle, já com varinha em punhos.
Olhou para frente e Harry e Voldemort se aproximavam de um lado todos os comensais do outro todos os aurores. Ele ergueu a varinha, foi o momento perfeito. Ronald Weasley sacou a varinha e antes que Pansy pudesse detê-lo ele gritou:
- SECTUSEMPRA!
Draco fora atingido e caiu no chão. Ao seu corpo inerte bater no chão feitiços saíram dos dois lados. Foi como se a largada tivesse sido dada. Pansy estava longe dele e tudo virou uma bagunça.
- Draco! – Ela gritou.
Ia começar a correr atrás dele, mas Bellatrix apareceu na sua frente.
- Não antes de acertamos nossas contas Parkinson! – Ela disse com varinha em punhos.
Pansy não tinha escolha. Rapidamente pegou a varinha dela e gritou.
- Expeliarmus!
- Protego! – Bellatrix disse e feitiço voou em outra direção.
- Lute direto garota! Sei que você pode muito mais!
Pansy a olhou, Bellatrix lançaria uma maldição imperdoável a qualquer momento.
- Avada ... – Bellatrix começou.
- Avada Kedrava! – Pansy foi mais rápida.
Certeiro. Um jato de luz verde saiu da ponta da varinha de Pansy e bateu exatamente no coração de Bellatrix, que caiu como uma grande pedra no chão, os olhos negros cheio de ódio abertos. Pansy parou por um momento, ela fora a primeira pessoa que Pansy teve que matar. Já tinha torturado, dominado mentes, mas nunca matado....
Draco veio a sua cabeça novamente e ela correu pelo campo de batalha, se desviava de feitiços e as vezes precisava parar para tirar algum comensal do caminho dela. `Ele fora atingido a um bom tempo ele ainda estaria vivo?`, pensou. Ela viu Harry e Voldemort lutando, Voldemort a olhou e a voz dele sussurrou em sua cabeça “Se eu sobreviver, você me paga!” Pansy fez cara de quem não se importava e continuou correndo. Achou Draco deitado no chão um pouco longe da luta. Ajoelhou-se ao lado dele o rosto e o peitoral dele estavam cheio de cortes ele sagrava, a grama ao lado de sua cabeça já não eram mais verde e sim vermelha, pintada com o sangue dele. Assim como os cabelos dele e as vestes. Pansy colocou a mão no rosto dele delicadamente.
- Draco? – Ela sorriu ao ver ele abrindo os olhos, mas as lagrimas começaram a rolar teimosamente.
Ele sorriu.
- Oi querido! Como você está se sentido?
- Não muito bem! – Ele disse rouco.
As lagrimas começaram a rolar mais intensamente dos olhos de Pansy. Escorrendo por seu rosto, pingando no rosto de Draco e limpado o sangue.
- Você disse que já sofreu esse feitiço em Hogwarts! Quem te salvou? – ela perguntou aflita, eram muitos cortes para ela curar...
- Snape! – Draco respondeu num sussurro.
Pansy olhou para trás desesperada atrás de Snape o encontrou deitado no chão, não sabia se ele estava morto ou não.
- Ele está ocupado no momento querido. Você agüenta mais um pouquinho?
Draco sorriu.
-Ele não ia chegar a tempo mesmo!
Pansy olhava para o rosto de Draco em meio de todo aquele sangue, todos aqueles corte. Quase não suportava olhar para ele. Doía ver ele daquele jeito, doía muito. Ela deitou a cabeça no peito de Draco. Ficaram assim por um tempo, ela chorava intensamente. Toda sua vida com Draco passava em sua cabeça, desde quando haviam se conhecido, o primeiro beijo deles, ele a pedindo em namoro, o casamento, os momentos felizes. Tudo passava em sua cabeça naquele momento, não poderia perdê-lo.
- Pansy! – Draco chamou.
Ela se levantou e olhou para ele. Ela estava se odiando naquele momento tinha que salvar o marido e não conseguia.
- Promete pra mim que vai por o nome do garoto de Alexander, como no seu sonho? – Ele disse como num pedido final.
- Vamos ter muito tempo para decidir isso, juntos. – ela sorriu.
- Pansy promete que o garoto vai chamar Alexander? – Ele pediu serio.
Ela desviou o olhar dele.
- Por que você fala assim? – ela teimou em não responder.
Draco ergueu o braço e limpou algumas lagrimas que corriam do rosto alvo de Pansy.
- Nós dois sabemos muito bem que eu não vou conhecer nosso filho! Que tudo acaba hoje...
- Não diga isso Draco! – Pansy disse nervosa – Você não vai me deixar, não vai!
Draco a olhava com uma felicidade nos olhos, como se estivesse feliz por morrer. Pansy desviou o olhar novamente, ele não podia deixá-la.
- Saiba que eu sem você hoje eu não seria nada. Que eu te amo muito e que me arrependo amargamente de cada momento que fui grosso com você. Mas sou o homem mais feliz do mundo por ter uma pessoa que nem vocêem minha vida... Saiba que você fez a diferença, na vida de uma pessoa que já não tinha mais para onde ir. Você acendeu a luz no fim do túnel pra mim e ainda me ajudou a sair dele. Sinto-me orgulhoso de ter passado cada momento ao seu lado, se algum dia eu não os valorizei agora os valorizo mais do que qualquer coisa!
Mais lagrimas começaram a correr dos olhos de Pansy, que agora estava visivelmente desesperada.
- Por favor, Draco, não me deixa. Não me deixa aqui sozinha! – ela suplicava
- Você não está sozinha! Tem o nosso filhinho.
Ele colocou a mão na barriga de Pansy.
- Ele é o símbolo do nosso amor. O nosso símbolo, de amor eterno...
Draco passou a língua nos lábios e pode sentir somente o gosto acre do sangue. Ele olhou para o céu, estava cheio de estrelas e sem nuvens. Era como um manto negro com pedrinhas brilhantes.
- Há muito tempo não admiro as estrelas.
- Elas me lembram você... Brilhantes, lindas, estonteantes... A única diferença é que você é único e elas não...
Draco sorriu agradecido pelo elogio. Pansy deitou novamente no peito de Draco, podia sentir ele respirando pausadamente, mas ainda respirava. Ela simplesmente não conseguia para de chorar e começou a repetir novamente.
- Não me deixe, por favor! Fica aqui comigo. Fica aqui...
Ela dizia isso, enquanto soluçava de tanto chorar. Draco a abraçou e com um grande esforço beijou a cabeça dela deitada em seu peito.
Em uma de suas pausas na respiração, ela não conseguiu sentir ele respirar novamente, se levantou rapidamente. Segurou o rosto dele, e começou a chamá-lo. Draco estava totalmente inerte, os olhos fechados e para ajudar a situação Pansy começara a se sentir mal. Ele abriu os olhos novamente, olhou para Pansy e colocou a mão dele sobre a dela que estava no rosto dele.
- Não se esqueça... Eu amo você, sempre amei e me não me sinto muito bem te deixando, mas eu não vou agüentar muito mais...
- Eu também te amo... – ela deu um selinho. – Te amo muito, muito...
Ela começou a dar vários beijos nele, estava ficando toda suja de sangue.
- Eu sempre vou estar contigo, não se esqueça... Sempre!
A mão dele escorregou lentamente e caiu no chão. Pansy sentiu o mundo em sua volta ruir, ela havia perdido o rumo de sua vida, pois se ela tirou Draco do túnel era ele que a ensinava o rumo fora dele. Estava se sentindo cada vez pior, queria ir junto com ele... Ela não agüentou por muito tempo e sua visão ficou embaçada e depois tudo escureceu.
***
Pansy abriu os olhos, mas logo da primeira vez, não tinha uma visão nítida do lugar onde estava. Era tudo muito claro e irritante, ela simplesmente odiava a claridade depois de muito tempo de olhos fechados. Tudo tomou foco e ela se lembrou de tudo que havia acontecido. Olhou para o lado e lá estava sua mãe, seu pai e a mãe de Draco. Depois ela olhou e direção à porta e lá tinha um homem, vestido de negro. Tinha um `A` vermelho em sua roupa, era um Auror.
- Pansy? – a mãe chamou.
Ela voltou a olhar para os pais e a sogra.
- Com você está se sentindo? – o pai perguntou.
- Não estou em um dos meus melhores dias... Como está o bebê? – perguntou colocando a mão na barriga, que estava estranha.
- Ele já nasceu...
Pansy arregalou os olhos.
- Tiveram que tirá-lo filha. – A mãe disse pegando na mão da filha.
- Mas ele está bem?
- Está muito bem! É um menino enorme e apesar de ter nascido um pouco antes do previsto, ele está muito bem.
- Eu quero vê-lo... – Pansy disse.
- Eu vou pedir para a enfermeira trazer ele... – Narcisa disse saindo do quarto.
Ela observou a sogra sair do quarto, estava receosa de perguntar sobre Draco e ouvir o que não queria admitir. Pansy olhou para o Auror e depois para os pais...
- Quem é ele? – perguntou apontando para ele.
A mãe começou a chorar e saiu de perto.
- Um Auror Pansy, assim que você receber alta, ele vai ter que levá-la para Azkaban... – O pai respondeu receoso.
- Azkaban?
- Sim, você terá que pagar uma pena de 3 meses...
Pansy aceitou aquela noticia muito bem. Três meses seriam o suficiente para tirar o maior problema de suas costas.
Logo Narcisa e a enfermeira entraram no quarto. A mulher entregou o bebe para Pansy, que se emocionou desde o momento que ele tinha entrado no quarto. Ela segurou a criança e logo as palavras de Draco surgiram em sua mente ` Ele é o símbolo do nosso amor. O nosso símbolo, de amor eterno`. Começou a chorar desenfreada mente, queria tanto que Draco estivesse ali com ela a abraçando e dizendo o quanto o filho se parece com ele...
- Que nome vai dar? – Narcisa perguntou.
Pansy pensou um pouco.
- Se você me permitir Narcisa, eu adoraria chamá-lo de Draco! – Pansy disse olhando para ela.
- Será um prazer Pansy. – Ela respondeu dando um primeiro sorriso.
- Então ele se chamará Draco Alexander Malfoy. – Pansy disse sorridente.
`Draco Alexander Malfoy` ela pensou, será tão perfeito quanto o pai. É uma pena não tê-lo com um exemplo vivo...
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