É o começo do fim
Cap. 28 – É o começo do fim
Draco voltou só no outro dia após o almoço e Pansy aguardava Harry, ele iria buscá-la. Pensou em contar tudo para Draco, mas ao acordar de manhã ele ainda não tinha voltado e logo após o almoço ela acabou dormindo de novo e só acordou quase ao anoitecer com um barulho estranho vindo da sala.
Quando Draco chegou, ele subiu para falar com Pansy, mas ela estava adormecida. Nem a acordou, sabia que ela tinha passado a noite em claro e ela precisava descansar. Pegou um livro de magias antigas no escritório e desceu, iria lê–lo na sala. As primeiras horas de leitura foram tranqüilas, mas com tudo em total silencio não foi difícil ouvir um crepitar diferente vindo da lareira acesa. Acabou ignorando, ouviu um segundo estado, sua atenção saiu do livro, mas não seus olhos. Tudo ficou em silencio, mas não por muito tempo. Os crepitares aumentaram, “alguém está chegando”, Draco pensou. Não demorou muito e quatro pessoas estavam em sua sala. Jogou o livro no chão e se levantou com a varinha em punhos.
- O que vocês querem na minha casa? – ele perguntou ameaçador.
- Calma Draco! – Harry disse.
Ele olhou para os outros que eram, Hermione Granger, Remus Lupin e Olho-Tonto Moody.
- O que o grupo de heróis, faz na minha casa? – ele cuspiu as palavras.
Ficaram em silencio por um minuto e puderam ouvir alguém descer as escadas rapidamente. Pansy entrou na sala ofegante.
- Volte para o quarto Pansy, eu cuido deles... – Draco disse.
Ela olhou de Draco para os outros, respirou fundo caminhou até o marido e abaixou a mão dele com a varinha, que estava apontada para o “grupo” de heróis.
- O que você está fazendo? – Draco perguntou sério. – Você está louca? – Ele se desvencilhou dos braços da mulher e ergueu a varinha novamente.
- Draco eu preciso te contar uma coisa... – Pansy disse calma baixando o braço de Draco novamente. – Vem comigo, a gente precisa conversar.
Pansy puxou Draco para a entrada da sala e se virou para os recém chegados.
- Me dêem 10 minutos tudo bem? – Harry acentiu com a cabeça. – Fiquem a vontade, qualquer coisa chamem a Fibby.
- Com assim fiquem a vontade? – Draco estava incrédulo e ao mesmo tempo confuso com a situação e as atitudes de Pansy.
- Sobe e a gente conversa...
A calma dela atiçava a raiva dele. Subiram as escadas e foram para o escritório. Pansy se sentou, estava um pouco cansada pela gravidez. Draco ficou em pé olhando para ela atrás de respostas.
- Você se lembra do dia do Crucio, não se lembra? – ela começou.
- O que você acha? – ele perguntou nervoso andando de um lado para o outro, mas mantendo o olhar em Pansy.
- Mas na hora... – Pansy sussurrou e Draco parou de andar. – Bom, você disse que me procurou por toda a Londres, mas você não procurou em um lugar.
Draco começou a pensar em todos os lugares que ele não havia procurado e lhe veio à mente um lugar, em que ele nunca procuraria.
- Na casa dos traidores do sangue? – ele sussurrou perigosamente.
Se Draco falou perigosamente, o sorriso que Pansy deu não tinha palavras para ser descrito. Nele estava toda a sua vontade de vingança.
- Você não contou para ele o paradeiro do...
- Voldemort? – Pansy cortou ele – Sim querido, eu contei!
Draco deixou o queixo cair, não acreditava no que ela tinha feito.
- Pansy... Você fez a pior besteira que você poderia fazer em toda a sua vida! – agora ele estava começando a se desesperar.
- Eu disse que me vingaria Draco e não menti. Hoje uma tropa de aurores vai até Little Hangleton, quase que sob minhas ordens e eu estarei lá e lutarei contra todos...
- Que um dia foram seus amigos! – Draco disse apoiando as duas mãos na mesa.
Pansy riu forçadamente.
- Conte-me Draco, que amigos são esses que ainda não descobri... Você deve estar confundindo amizade com inveja!
Ele passou a mão na cabeça em sinal de desespero.
- Você não sabe a confusão em que você nos meteu...
Pansy deu um soco na mesa se levantando.
- Ponha uma coisa na sua cabeça Draco Malfoy, eu amo você e jamais iria te prejudicar.
- Mas é o que você está fazendo, levando nosso filho pra essa merda dessa guerra! Você que dizia que o manteria o mais longe possível disso tudo!
- E é o que eu estou fazendo Draco! Eu vou até lá, mostro o covil das cobras e então tudo irá se resolver. Por que se alguém vai morrer hoje é o Voldemort...
Draco voltou a andar de um lado para o outro e passava freqüentemente a mão na cabeça.
- Agora só mais uma coisa... – Pansy disse caminhando até ele e fazendo-o parar de andar. – Você vai comigo e se vinga Dele ou você vai lutar contra mim?
Draco não respondeu.
- Ou vai se acovardar e ficar em casa? – Pansy pareceu mais ameaçadora ainda. – Já está mais do que na hora de você fazer alguma coisa por mim Draco Malfoy, apesar de tudo você precisa enxergar o que realmente irá te fazer subir na vida!
Pansy saiu do escritório batendo a porta, foi rapidamente ao próprio quarto e pegou sua capa e desceu para a sala. Aparentemente Draco ainda estava no escritório.
- Vamos então? – ela chegou e todos os quatro se levantaram.
- Vamos... – Harry disse.
Moody se aproximou da lareira, pegou um pouco de Pó de Flú, jogou na lareira e as chamas ficaram verdes ele entrou na lareira e disse `Ministério da Magia – Seção dos Aurores`. Lupin foi logo em seguida.
- Pansy está tudo bem? – Harry perguntou.
- Tudo ótimo... – ela respondeu sorrindo.
Hermione foi a próxima e depois Pansy e Harry.
No Ministério, a levaram para uma grande sala. Todos que participariam da `batalha final` estavam lá, não era uma sala pequena. Até Rufo Scrimgeour estava presente.
Deram as últimas ultimas coordenadas e então todos aparatariam em uma floresta em Little Hangleton.
Era uma clareira escura e fria, não havia nenhum sinal de vida, só as ruínas de uma casa banhada a luz do luar. De repente muitas pessoas começaram a aparatar, todas de preto e encapuzadas. Depois de um tempo tudo se silenciou novamente, todas as figuras começaram a seguir um grupo de seis pessoas. Ganharam as ruas do povoado, que estava totalmente silencioso pelo fato de ser quase de madrugada. Chegaram à encosta da montanha, que no alto tinha a sombra de uma casa, aparentemente abandonada. Todos se puseram à subir, cinco pessoas ficaram no povoado para uma espécie de segurança contra trouxas.
Do lado esquerdo era possível se ver um cemitério, Pansy olhou para ele e se lembrou das reuniões, estava tudo vazio. Pansy tirou os olhos do cemitério e olhou para Harry, ele olhava para lá e tinha a mão sob a sua cicatriz.
Não demorou muito e eles chegaram ao destino, ficaram uns 10 metros de distancia da Mansão. A porta não demorou a se abrir, assim como os aurores estavam todos de preto e encapuzados e com mascaras em forma de caveiras. Não eram poucos, ficaram na frente da casa e finalmente Voldemort saiu de dentro da casa. Os aurores tiraram os capuzes...
- Muito bem sincronizado Potter, quanto tempo levaram para fazer isso? – uma voz feminina ecoou pelo local.
- Você não imagina o que nos temos bem sincronizado Bellatrix, vai muito além de capuzes! – Harry respondeu.
- Você continua muito atiradinho bebê Potter, está mais do que na hora de você aprender a ser um bom bebê!
Harry sorriu desafiador.
- Tente se puder!
Bellatrix começou a cochichar com Voldemort, pedia para acabar com Potter.
- Chega Bellatrix! – ouviu-se a voz de Voldemort.
Ele olhou para todos os aurores e deixou seus olhos caírem demoradamente em Pansy.
- Até a traidora está presente! Cuidado com a criança...
Pansy não respondeu...
- A muito eu esperava por isso! – Harry disse caminhando lentamente até os Comensais, varinha em punho. – Chegou a sua hora Voldemort...
Voldemort deu dois passos à frente.
- É o que veremos! – disse pegando a própria varinha.
Estavam caminhando lentamente quando ouviram um `crac` à direita, todos olharam quem tinha aparatado ali, naquele momento.
***
Draco não sabia o que fazer estava perdido. Não podia deixar Pansy fazer uma besteira para ela e para o filho deles. Saiu do escritório e quando começou a descer as escadas, pode ouvir a voz do Potter.
- Ministério da Magia – Seção dos Aurores!
Quando chegou na sala não havia mais ninguém. Ficou mais impaciente do que antes. Subiu as escadas novamente, ia para o próprio quarto, mas ao ver a porta do quarto do bebe não se conteve, teve que entrar.
Mal havia posto a mão na maçaneta e lagrimas, involuntárias começaram à correr de seus olhos. Entrou, acendeu a luz, observou tudo por um instante e se sentou na poltrona segurando o ursinho que estava lá. Não segurou o choro, mais e mais lágrimas caiam de seus olhos. Estava confuso e não sabia o que fazer, colocou o ursinho no colo e apoiou os cotovelos nas pernas e a cabeça nas mãos. Ficou assim por uns minutos... Pensava...
- Está mais que na hora deu fazer alguma coisa realmente certa... – disse se levantando, o ursinho caiu no chão e ele saiu do quarto.
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