Vivian Winter
PELO AMOR DE MERLIM OU DE DEUS DE QM SEJA COMENTEM !!!!(Cláu, Kah, Faih, Figh)
Capítulo 2
VIVIAN WINTER
Gina revirou-se na cama. Estranhamente aquela noite de inverno parecia mais quente do que uma noite de julho. O calor tornava-se quase que palpável. Sem perder mais de seu tempo, Gina levantou-se, pois sabia que seria impossível continuar ali.
Caminhou até a porta, porem deteve-se em seu espelho, que mostrava-a de corpo inteiro. Deteve-se na sua camisola de flanela que usava, com o comprimento até os joelhos. Olhando para seu próprio rosto, sentiu não reconhecer sua imagem. Ela parecia uma estranha para ela mesma. Durante os 5 anos de pesquisa, ela não tivera nem ao menos um tempo para cuidar de si mesma e olhar-se no espelho.
Fitou os cabelos, que cascateavam até a cintura, num véu vermelho e brilhante, sob a tênue luz que passava pelas gretas da porta. Os cabelos precisavam de um corte.
Gina sentiu uma estranha ânsia por se redescobrir. Então olhou mais atentamente para si. Realmente não era a mesma garota de tantos anos atrás. O rosto era o mesmo, o corpo mudara, pois agora Gina era mais magra e muitas de suas roupas estavam largas, porque durante as pesquisas, Gina não se alimentou bem. Porém agora estava mais bonita, devido ao ar de satisfação permanente em seu rosto. Afinal de contas, Gina era uma mulher realizada profissionalmente. Porém lembrava-se que nem sempre fora assim… Ela já fora uma garota com baixa auto-estima, que achava uma porta mais atraente que a si. Porém sabia que nunca havia valorizado seus atributos físicos.
Ela buscou em sua memória alguma vez que tivesse usado uma roupa que lhe valorizasse fisicamente, porém não conseguiu lembrar-se de nenhum momento. Lembrou-se que sempre fora uma menina tímida e recatada.
Agora, no entanto, Gina sentia vontade de sair e se arrumar. Era tempo de mudar e viver. As pesquisas já haviam privado-a dos grandes prazeres da vida. Felizmente o trabalho havia dado resultado e agora Virginia Weasley era um nome sinônimo de gênio. Porém ela sempre soube que falta algo…
Falta alguém que comemore com ela as descobertas e progressos em experiências, falta uma pessoa ao seus lado para incentivar a continuar quando tudo parecer não dar certo, falta a emoção de amar e se dedicar a uma pessoa em especial.
E Gina era sempre privada de sair com alguém por causa do bendito trabalho.
Mas… Ela não havia terminado a pesquisa? É, talvez até Virginia Weasley mereça férias. E certamente, na segunda-feira, ela a pediria.
Com esse pensamento animou-se e um grito no seu íntimo, pediu que nessa noite ela se esquecesse de quem era e de suas responsabilidades. Imediatamente Gina olhou para um livro trouxa que estava em sua cabeceira "Conte-me Seus Sonhos, Sidney Sheldom". No livro a personagem principal tinha outras personalidades distintas, que foram criadas por ela mesma, para se proteger. E se Gina Weasley inventasse uma personalidade diferente dela, para sair e se divertir sem remorso algum? Só que a diferença seria que Gina estaria consciente de tudo, porém agiria como se não fosse ela e sim outra pessoa.
Gina sacudiu a cabeça, tentando afastar esse pensamento. Porém sem poder se controlar pegou sua varinha e mudou a cor dos cabelos. Agora possuía os cabelos tão brilhantes quanto o sol, o que contrastava com a cor alva de sua pele, depois de tanto tempo sem sair ao sol.
Agora ela já começara a transformação, e estaria se tornando outra pessoa em pouco tempo.
"Será só por essa noite! Eu prometo! Eu vou agir como jamais antes tive coragem."
Neste momento, Gina estava determinada a se arrumar e se divertir como nunca em alguma boate por aí. Não queria saber das conseqüências, apenas queria aproveitar o momento de loucura.
Correu até o armário e pegou um de seus vestidos conservadores. Com um feitiço de corte, deu bom acabamento de decote em "V", cortou as barras fazendo-o diminuir até as coxas. Vestiu-o e transfigurou-o de um azul-claro sóbrio, para um vermelho intenso e extremamente chamativo.
Com grande destreza, aplicou a uma maquilagem forte nos olhos, que era a parte que mais queria ressaltar, por achar que era o seu melhor atributo. Passou uma batom mais claro, porém.
Ao final, consultou o espelho e viu que aquela não era Gina Weasley. Era como se mudasse da água para o vinho. Gina realmente surpreendeu-se com o que se tornara. Mas não podia esquecer que jurara-se que seria somente por essa noite. E que essa idéia de álter-ego era ridícula, principalmente porque, na verdade isso era um distúrbio psicológico que algumas pessoas tinha, e ela não deveria brincar com algo tão sério, como fazia no momento.
Contudo, ela não pôde deixar de sorrir. Ninguém associaria sua figura discreta àquela outra mulher diante do espelho.
Ela pegou a blusa negra de veludo e o sobretudo e aparatou até a badalada boate bruxa "Witchs's Night".
Entrou em um lugar que parecia ser um velho galpão abandonado. Todo ele era empoeirado, cheio de teia de aranhas e até mesmo mesas quebradas a um canto, estava completamente escuro, exceto pelas nesgas de luz que adentravam o lugar pelas vidraças quebradas. No fundo do galpão, havia uma bancada, onde um homem com a aparência de mendigo estava deitado, parecendo estar dormindo. Era um negro, bastante forte, porém aparentando estar pessimamente tratado.
Gina seguiu em frente, até o homem, que levantou-se e passou a observa-la.
-Olá! -Gina disse tentando parecer simpática.
-Boa Noite! -Ele disse bastante interessado, porém depois pareceu se recompor- Identidade, por favor.
-Ora, eu não pareço ter mais de 17 anos? -Gina disse num sorriso, tentando não parecer preocupada, pois a única identidade que tinha era a de Gina Weasley, com a foto de uma jovem ruiva e de óculos (ela apenas os usava para leitura), e não loira, aparentemente sem nenhum problema ocular.
-Sim, você parece, mas eu não posso deixa-la passar sem ver sua identidade. -O homem disse num sorriso paciente e amistoso- Sabe, são ordens da Casa…
-Tudo bem, ela está comigo! -Um homem que se aproximava disse. Ele possuía uma voz grave e ressonante. Era loiro, tinha um porte atlético, o rosto anguloso, intrigantes olhos acinzentados, devia medir 1,85m, pelo que Gina deduziu. Tinha um ar misterioso. Sua beleza parecia malévola e perigosa, parecendo algum anjo mau, sempre a espreita de mais uma vítima. O enigmático anjo negro, passou seu braço pelos meus ombros, obviamente com outras intenções além de ajuda-la. Ele esbanjava o charme perigoso que sempre atraiu Gina, apesar de sempre ter sabido que esse tipo de homem era capaz de magoar.
-Desculpe-me senhor Carter, isso não irá mais ocorrer… -o homem emanava apreensão ao desculpar-se.
-Ok! -Ele disse dando pouco atenção ao homem, conduzindo-a por um corredor estreito e empoeirado. Depois baixou os lábios até os ouvidos da jovem, onde ela pôde ouvir a respiração leve e inspiradora dele, bem junto a si. Estremeceu bem de leve, porém ele não deixaria passar esse sutil movimento. -Então, você é menor de idade?
-Não! -Gina disse provocativa num sussurro sensual- Tenho 23, e sou bastante crescida para fazer várias coisas…
-Não me provoque, menina! -O loiro chamado Carter advertiu-a em tom de divertimento- Eu posso iludir uma garota que acredite em contos de fadas!
-Deixei de acreditar em contos de fadas há muito tempo… -Ela disse olhando a porta rústica de madeira, na qual ele abria e oferecia passagem. Ao entraram ela sentiu que o clima ali era bem agitado. E logo deduziu que não ouvira nada do lado de fora, por que aquilo devia ter isolamento acústico. Ele ajudou-a a tirar o sobretudo e entregar a um homem que o pegaria e guardaria.
-Qual é seu nome, criança? -Ele perguntou a ela junto ao ouvido novamente, para que pudessem se entender melhor.
-Ahn, é… -Gina imaginou que fora muito tonta ao esquecer um detalhe tão importante. O nome deveria estar de acordo com as suas iniciais V. W. , porém que nome poderia usar? Vivian era legal, mas precisava pensar em um sobrenome. West? Não! Wanderson? Certamente não! Winter? Sim, esse parecia legal. Ela estendeu a mão e disse displicente- Vivian. Vivian Winter.
-Não me importo se não quiser me dizer o seu nome verdadeiro! -ele disse num sorriso, ao notar a hesitação dela- Meu nome mesmo não é Mark Carter, digamos que eu não queira ser reconhecido por outro nome.
-Eu entendo! -Gina disse sorrindo- Minha situação é a mesma.
-Parece que você não tem muita diversão na sua vida, menina! -Carter disse fitando-a com uma malícia explicita emanando dos intrigantes olhos acinzentados.
-Minha ingenuidade é tão evidente? -Gina perguntou fitando-o com seriedade.
-Não a sua ingenuidade, mas a sua inexperiência em esconder os seus sentimentos! -Carter disse puxando-a para mais perto de si, enquanto começava uma música lenta. Por sua vez, ela passou os braços pelo pescoço dele. Gina lembrava de ter ouvido aquela música em algum lugar, mas sua atenção estava voltada para o corpo do homem. Pode sentir o tórax definido debaixo da camiseta negra. E um calor estranho vinha de dentro dele, no qual ela não podia se esconder, e nem negar que gostaria de continuar sentindo-o em tal intensidade eternamente.
-Você deve ser escolado em esconder os seus. -Gina disse olhando para cima.
-Confesso que sempre tive essa facilidade. -Ele disse abaixando sua cabeça e falando bem próximo ao rosto da jovem.
-Você é um homem bastante misterioso e acho que isso me intriga. -Ela confessou esse sentimento com uma espantosa naturalidade, para a tímida Weasley. Depois desculpou-se consigo mesma, dizendo-se que aquela era Vivian Winter.
-Uma vida sem mistérios e sem aventuras pode ser bastante entediante. -Ele disse naquela voz bastante grossa e ressonante, e aquilo parecia ter efeito em Gina, pois aquilo ressonou por todo seu ser até perceber que talvez ele fosse igual a ela, ou pelo menos tenha sido.
-Interessante esse seu ponto de vista! -Gina disse num sussurro sedutor- Talvez eu deva até concordar.
-Gosto de meninas espertas! -Carter disse aproximando seus lábios dos dela. Sentiu os lábios dele tomando os seus com uma estranha voracidade, algum sentimento forte que nenhum dos dois poderia explicar e talvez, jamais sentissem isso com outras pessoas, apoderava-se deles. Era incrível a forma com que Gina correspondia, ela não conseguia pensar em nada além de ficar ali, agarrada ao homem desconhecido. Na verdade, eles não pareciam ser completos estranhos um para o outro. Ela gostava disso cada vez mais, sentia uma sensação única dentro de si. Havia muito mais do que atração ali, mas Gina não pôde julgar o que era. Ele tentava puxa-la ainda para mais perto, porém isso já era quase impossível, pois seus corpos já estavam tão colados, que dava-se para ouvir as batidas descompassadas, porém uníssonas, de ambos corações. Gina pode sentir o algo avolumando-se por dentro da calça de brim negro dele, isso a deixou contento, pois de alguma forma, ele a desejava tanto quanto ela o desejava. Os joelhos de Gina pareciam manteigas, de tão trêmulos e moles, percebendo que se ele não a estivesse segurando tão firmemente, eles já teriam cedido ao peso do seu corpo.
Eles interromperam o beijo, apenas por estarem ofegantes. Entretanto, não se soltaram. Uma nova atmosfera havia se formado entre os dois. Havia ternura e uma reunião de bons sentimentos. O salão parecia ter se dissolvido e ambos apenas enxergavam um ao outro.
-Viu como eu sou uma mulher de mente aberta? - Gina disse ressaltando oralmente a palavra "mulher", pois não queria mais ser chamada de menina ou criança por ele- Posso até mesmo tornar seu ponto de vista como uma filosofia de vida temporária.
-É, você é mesmo uma mulher aberta a novas perspectivas! -Ele disse puxando-a para uma mesinha próxima ao balcão do bar. Ele chamou o garçom. -Eu quero uísque e você?
-Acho que um suco de limão está ótimo! -Ela disse ao garçom. Este se foi.
-Não bebe, estou certo? -Carter disse fitando-a num sorriso levemente sarcástico.
-Sim. -Gina disse devolvendo um olhar ferino, mudando depois para uma expressão risonha- A ultima vez que tentei beber algo alcoólico, lembro-me de ter feito muitas bobagens.
-O que você fez? -Ele perguntou parecendo interessado.
-Nada muito grave! -Ela disse começando a corar- Foi em uma festa familiar. Disse algumas verdades para o melhor amigo de meu irmão. E disse coisas imperdoáveis ao meu irmão. E no dia seguinte tive uma grande ressaca.
Carter riu. Parecia ter achado isso sem importância, ou que poderia ter desconsiderado.
-Não parece muita coisa! -Ele disse ainda rindo. Gina não pôde deixar de reparar que a risada dele era deliciosa de se escutar.
-Ah, mas para mim foi! -Gina disse olhando-o com súbita seriedade- Tanto é, que meu irmão não fala mais comigo.
-Isso é triste! -Carter disse parecendo condolente.
-É, mas eu acho que vim me divertir, e se não se importar, não quero falar da minha família! -Gina disse balançando a cabeça para afastar aqueles pensamentos.
-Por mim tudo bem. -Carter disse sorrindo de forma doce- Você me parece trabalhar em alguma loja de vestimenta, como modelo.
-Porquê? -Ela quis saber, achando o comentário engraçado.
-Você me parece uma mulher muito bela para fazer outra coisa. -Ele disse com um sorriso encantador. Ela riu.
-Obrigada! -Ela disse um pouco sem-graça com o súbito elogio- Mas eu sou uma mulher da ciência, não tão bem sucedida igual a Weasley, mas acredito me esforçar tanto quanto ela.
Ele assumiu uma súbita expressão de desgosto ao ouvir o nome Weasley, mas logo sorriu.
-Não sabia que a ciência podia atrair mulheres tão bonitas! -Ele disse aproximando sua cadeira para junto da cadeira Gina. Carter passou seu braço pelos ombros dela, e Gina não pôde deixar de estremecer com as emoções novas as quais fora apresentada pelo misteriosos homem. Mais uma vez beijaram-se. Era como uma fogueira sendo acesa dentro de seus seres. De uma forma, quase tão súbita e bonita quanto o aparecimento de uma nova estrela no céu. O movimento ávido da boca dele levava-a ao delírio. Coisas sobrecomuns ocorriam dentro de ambos os seres. Pareciam feitos um para o outro.
Ambos continuaram assim, ora conversavam, ora dançavam e sempre se beijando. Com uma conversa um tanto informal que talvez não convenha contar, era apenas o desejo se manifestando em palavras, eles chegaram ao triste momento de se despedir.
Já eram quase 3 da manhã. Gina e Carter estavam dançando.
-Carter, tenho que ir! -Ela disse fitando-o com pesar.
-Fique comigo, esta noite! -Ele pediu apertando-a contra seu corpo para que ela pudesse sentir o seu desejo e as sensações únicas.
-Não sei se posso e nem se devo. -Ela disse um pouco nervosa.
"Será que ele desconfia eu nunca…?"
-Venha comigo e dê um pouco de emoção à sua vida. -Ele sussurrou no ouvido dela- Aventure-se um pouco.
-Eu não sei… -Gina estava indecisa. Sim, ela queria, porém sabia que não o veria novamente depois dessa noite.
-Torne essa noite a melhor de todas! -Carter disse beijando-lhe a pele sensível do pescoço, provocando nela essas fortes sensações, das quais ela não podia escapar.
-Carter, isso é jogo sujo! -Ela disse sorrindo e arrepiando-se.
-Vamos, Vivian! -Ele disse subindo sus beijos ao rosto- Você quer, eu também quero. E sei que jamais desejei alguém desse jeito.
Gina sorriu, decidiu que iria a qualquer lugar com ele naquela noite.
-Sim, Carter! -Ela disse procurando pelos lábios dele- Essa noite, eu serei sua!
Carter levou-a para o apartamento dele e lá se descobriram. Ambos tiveram a melhor noite de suas vidas.
Entretanto, sabiam que jamais se encontrariam de novo!
Será? O destino pode ser surpreendente para todos.
Freedom Fighter: Gente, a Fairy abusou! Isso é para mim aprender a não confiar na outra personalidade.
Faithful Fairy: Eu só dei um charme na história. E eu tenho um plano! Chega aí para mim te contar! E se a Gina…
Freedom Fighter: Em quanto eu ouço essa destrambelhada, vocês podem mandar e-mails e dizer o que estão achando. Desculpem-me as crianças, mas a Fairy tornou isso inaceitável para vocês.
Cláudia: Tah gnt é sempre assim elas vivem brigadu...Como to animada vo posta 2 caps hj...
Kah: mais elas se amam...
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