Pombinhas Mágicas
- É sempre a mesma coisa! - Hermione reclamava ao abrir a carta que recebera de sua mãe.
- O que houve? - Harry estava reencostado na cama da namorada. A neve caía lá fora, deixando um frio congelante entrar pelo quarto. Lindsay, ao acordar e dar de cara com Harry deu um leve, mas sonoro “bom dia”, e saiu rapidamente do quarto.
- Vou ter que passar o natal com meus pais. O ano passado não deu... Você sabe... Voldemort! Mas agora? Depois das férias que eu quis voltar por que não queria esquiar, ela ficou me enchendo o saco pra eu passar esse ano com “toda a família reunida”. - de repente, seus olhos se arregalaram e ela deu um grande sorriso. - Já sei! Você, Rony, Gina e Vicky vêm comigo.
- Por mim. Vou adorar passar o natal agarradinho com você em qualquer lugar. - ele a agarrou por trás e deu um beijo em seu ombro descoberto pela camisola.
Era sete e meia da manhã e ela tinha acabado de acordar. Estava um pouco atrasada para as aulas, mas parecia não se importar. Harry tinha ido acorda-la, uma vez que Vicky não o fez, por que fora parar na enfermaria. Estava passando mal desde madrugada, e Hermione a levara para a enfermeira vê-la.
Faltava apenas uns três dias para as férias de natal, e no dia seguinte, seria o sábado que iriam para Hogsmead.
- Bem, se me der licença, agora eu vou trocar de roupa!
- Deixa que eu te ajudo. - disse em tom de brincadeira, dando uma piscadela.
- Ok.
- Sério? - ele achava que ela o fosse expulsar a tapas do quarto.
- Sim... mas é só trocar de roupa, viu?
- Que pena.
***
- Arrrgh! Madame Pomfrey! Quando esse enjôo vai passar? - Vicky estava deitada na cama. A pele do rosto parecia em um tom levemente esverdeado.
- Menina Hutingdon, seja paciente! - de repente, a enfermeira se aproximou de Vicky, como se fosse lhe contar um segredo. - Menina Hutingdon: Você ultimamente... hum... andou “saindo” com alguém?
- O que a senhora quer dizer com isso? Será que pode ser mais explícita? - a garota perguntou extremamente assustada.
- Quero saber se a Srta. está grávida!
O queixo da garota caiu.
- Não. Não pode ser! - estava trêmula.
- Tem ou não tem?
- O quê?
- Teve relações ultimamente?
- É proibido? - perguntou displicente e em tom de desacato.
- Pelo amor de Merlin! Responda-me!
- Tive sim. Mas garanto que não estou grávida.
- Como pode ter certeza?
- Ora essa! Eu sei que não estou.
- Vamos ver.
A enfermeira encostou a varinha no pulso da garota, e de repente, uma luz azul, estendeu-se pelo corpo de Vicky, tornando possível ver os órgãos internos.
Era uma sensação realmente estranha. Parecia que a garota tinha tomado um banho de neve. Cada órgão piscava em uma cor diferente.
- Parece que não há nada aqui.
- Mas como você poderia ver algo aqui? Agora se engravida apenas pelo “toque”? - a enfermeira abriu e fechou a boca escandalizada.
- Bom... pelo menos deu pra descobrir algo.
- O quê?
- Você não pode engravidar. - o fez em tom sério.
- É claro que não posso! Isso arruinaria a minha vida!
- Não é disso que eu estou falando menina!
Uma ruga de compreensão perpassou a testa de Victorya.
- Sério? - ela sorriu como uma maníaca. - Como pode saber disso?
- Este exame é extremamente detalhado em seu diagnóstico. - Ela observou a expressão de felicidade no rosto da garota, que agora parecia até mais corada. - Você acha isso bom?
- É claro que sim!
Madame Pomfrey apoiou a testa com as mãos, murmurando algo como “Esses jovens!”, e saiu em direção à prateleira mais próxima.
Hermione e Gina entraram pela porta no mesmo instante.
- Garotas, garotas! Dêem uma luz a essa transviada!
As duas se assustaram. A enfermeira estava extremamente enérgica.
- O que houve? - Gina se aproximou da cama.
- Nada. Esqueçam. Como vão vocês?
- Bem. Mas, e você? Está melhor?
- Acho que sim!
- Como “acho que sim”? Levante dessa cama e vamos nos arrumar para uma tarde linda e congelante lá fora.
- Como? Não temos aula não?
- O Dumbledore liberou todo mundo agora a tarde.
- Mas por quê?
- Reunião dos professores. Acho que é alguma coisa urgente.
- Então tecnicamente já estamos de férias?
- Sim.
- Eu queria falar com vocês! - Hermione e Vicky disseram ao mesmo tempo. - Você primeiro! - as duas sorriram, e Gina, para acabar com a confusão disse...
- A Vicky primeiro.
- Sobre? - Hermione perguntou entusiasmada.
- Gostaria de saber o que irão fazer nessas férias.
- Humm.
- Era sobre isso o que eu ia falar. Queria convidar vocês pra passarem o Natal comigo e com a minha família. - nessa última parte ela falou um pouco desanimada.
Victorya deu um sorrisinho meio amarelado.
- E eu ia convidar vocês pra irem pra Miami comigo.
- O QUÊ? - Gina e Hermione ficaram com os olhos brilhando, e com sorrisos enormes que iam de orelha à orelha.
- É que eu to com saudades de casa e faz um tempo que eu não vou pra lá. Queria passar um natal diferente. Um natal com meus amigos. Eu já estava planejando isso, até minha mãe me enviar uma carta, falando que um afilhado dela vai se hospedar lá em casa, só que meu pai não vai poder ir, e sem ele ela não vai a lugar algum, e a Bree, bom... não sei se sabem mas agora ela começou a namorar o Sean - as três fizeram cara de nojo - e garanto que ela não vai querer ir mesmo! Vai aproveitar as férias com o namoradinho dela, e minha avó também não vai. Parece que vai se casar... já é o 11º marido dela, depois que meu avô morreu. - Gina e Hermione se acabaram de rir.
- Miami? - os cantos da boca de Mione começaram a tremer. - Tchauzinho mamy e papy!
Gina fechou um pouco a cara.
- Acho que não vai dar pra eu ir.
- Mas não vamos gastar com nada! A gente só vai ficar em casa. O que era pra ser uma recepção ao drogado do sobrinho da minha mãe, vai ser a nossa viagem!
Gina se animou um pouco, mas ainda estava um pouco cabisbaixa.
- Então! Vamos falar com os garotos! O que foi Gina? - Hermione também notou.
- Minha mãe com certeza vai querer que eu e o Rony passemos o natal em casa.
- Ahh... Eu também não tenho muita certeza se meus pais vão deixar, mas... espere! Sou maior de idade! Faço o que eu quero!! Não tinha pensado nisso...
- Mesmo assim Mione. Quero que tenham a certeza logo amanhã de manhã, combinado?
- Ok.
- Certo...
- Quando você vai sair dessa cama?
Madame Pomfrey prestava atenção na conversa.
- Você já se sente bem menina?
- Bem melhor!
- Então pode ir...
As três garotas saíram animadas da enfermaria. Era incrível como o clima de férias tinha se expandido pela escola. Já era hora do almoço, e ao virarem no corredor, esbarraram com Fionna.
Gina bateu a testa contra a cabeça de Fionna, e a mesma, deu um grito assustado e ensurdecedor. Hermione e Victorya se entreolharam, enquanto Gina esfregava a cabeça com força.
Fionna pareceu se assustar...
- O que foi isso garota? - Hermione exclamou assustada.
- Fionna apenas firmou um olhar arregalado de medo, e saiu correndo.
- Vamos sair daqui. Garota esquisita! - Gina saiu à frente, enquanto as outras duas iam devagar, olhando para trás e observando o cocuruto da cabeça encoberta com os curtos cabelos negros de Fionna.
Estavam descendo as escadas, quando, muito pálido, um garoto lhes chamou a atenção. Ele ofegava...
- Eii... esperem! Vicky! - era Malfoy.
- Draco?!
- Você não deveria estar descansando? - Gina soou preocupada.
Já Hermione, não falou nada, e Draco ignorou as perguntas...
- Não confiem... Não...
- Se acalma!
- Em quem não devemos confiar Malfoy? - Hermione sustentava um olhar sério.
- Na Bass. - ela parecia ter corrido muito.
- O que sabe sobre ela? O que ela te fez? - Gina olhava pra ele com ternura.
- Foi ela... eu sei! Foi ela... que... quis me... envenenar! - ele falava com dificuldades.
- Como??? - as três exclamaram juntas, chamando a atenção do pessoal à volta.
- E tem mais. Ela não é muda coisíssima nenhuma!
- Dissimulada.
- Falsa.
- Filha da p... - Gina foi interrompida.
- Agora não é hora disso. Eu falei com Dumbledore sobre tudo o que eu sei, e ele disse que falou com avó dela, e que ela confirmou que a neta é muda. Mas é mentira. Eu a escutei murmurando algo, quando bateu na minha cabeça pra me envenenar e me deixar desacordado.
- Mas como sabe que era ela? - Hermione mantinha os braços cruzados q fazia cara de descrente, mas por dentro começava a ficar desconfiada.
- Eu vi.
- Viu? O rosto?
- Não... não o rosto... estava coberto por uma capa.
- Então?
- O amuleto!
Gina e Hermione olharam pra Vicky.
- Ora. Ele é meu amigo!
- Eu não contei pra ninguém... mas agora eu to tendo que me esconder... ela sabe que eu sei, e agora, provavelmente sabe que vocês sabem.
- Mas... por quê?
- Não sei ainda. Mas acho que ela ta tramando alguma...
- O que está acontecendo aqui? - era Harry e Rony que chegavam. Estava, acompanhados de Shane Depp, o segundo batedor do time da Grifinória.
Draco revirou os olhos sem paciência, mas ignorando os outros dois.
- Nada Harry... só estávamos conversando sobre Fionna.
- Com esse aí? - Rony olhou desconfiado.
- Eii... esse aí tem nome viu Rony? - Vicky defendeu Draco.
- O que ta pegando? - Harry resolveu ir direto à história.
Hermione explicou rapidamente o que acabara de acontecer.
- Então é provável que ela tenha matado a grifinória lá na floresta!? - Harry apontou uma hipótese na qual ninguém ainda tinha pensado.
- Bom. - Draco estava sério e parecia constrangido. Era muito estranho estar em uma rodinha que envolvesse dois Weasleys, o Potter e a Granger... - Depois a gente se fala - disse em um murmúrio pra Victorya.
- Tudo bem... Se cuida! - ela deu um beijo na bochecha dele, e se não estivesse tão interessada na discussão da escadaria, poderia jurar que vira Gina ficar vermelha de raiva.
***
O dia se seguiu tranqüilamente; todos estavam excitados para as férias, e principalmente, para o passeio em Hogsmead no dia seguinte.
Na hora do jantar...
- Hahaha! Você é realmente muito engraçado Harry. - Vicky soou sarcástica.
Eles estavam voltando de uma guerra de bolas de neve, no jardim da escola. Deixaram marcados no chão coberto de neve também, uma fileira de anjinhos e desenhos obscenos. Filch, ao passar pelos alunos, olhava com cara de reprovação, e ao observar o que o grupo estava fazendo, começou a ralhar e os expulsar de lá.
- Obrigado, mas esqueceu de dizer que eu também sou lindo, inteligente, gostoso, corajoso...
- Aff...
- Essa parte deixa pra mim. Hehehe. - era Hermione.
Gina aproximou-se de Victorya e pediu para ela entrar no armário de vassouras mais próximo com ela, enquanto Rony conversava absorto com Neville e Shane, e Hermione discutia com Harry sobre Lindsay ter que passar o natal com ele e Sírius...
- O que houve?
- Queria lhe falar sobre Draco.
- Ahh... é isso! Que bom!
- “Que bom”?
- Poderia ser algo mais sério, não?
- Bom... queria saber se vocês continuam mantendo alguma relação além da amizade.
- Eu acho que você realmente não me conhece. Não sou mulher de duas palavras. Você acha que eu ficaria com um cara que só tem olhos pra minha melhor amiga? Se liga garota! - ela disse sorridente.
Gina ficou meio constrangida.
- Fui muito idiota?
- O amor não é idiota. Quer dizer... Você sabe o que eu quero dizer! Pelo menos o seu amor por ele, não é idiota.
- Você não acredita em amor mesmo, né?
- Não é isso... é que tudo fica um pouco bobo depois que a gente começa a gostar de alguém, né?
- Hehe... E você?
- Eu?
- É, você! O Olívio...
- Ele não dá a mínima pra mim.
- Você é que pensa! Ele caiu da vassoura hoje à tarde, só de olhar pra você! Ele é realmente lindo e...
- Eii! Ta louca garota? Ele é meu! - a garota disse entre um forte ataque de risadas.
- Desculpe a desconfiança, ta? - Gina a abraçou fortemente.
- Claro que sim! - e a outra a retribuiu.
Uns cinco minutos depois delas entrarem no armário, elas saíram cantarolando uma musiquinha natalina, e foram diretamente para o Salão Principal.
Ao chegarem lá, vários casais pareciam brigar: Bree brigava com Sean; Harry discutia com Hermione; Norah brigava com Kitty; Lilá olhava toda hora de cara feia pra Simas, e fez questão de mudar de lugar na mesa. E até mesmo Sibila e Snape não pareciam tão apaixonados. (Que eca! Sibila e Snape??? Mas eles se merecem msm!!).
- Mas o que está acontecendo aqui? Epidemia? - Gina chegou por trás de Neville, o assustando.
- Acho que eles não se conformaram em se separar pelo natal... É nessas horas que eu digo que o bom é não ter namorada... - disse, mas com um certo pesar na voz. Vicky olhou pra Gina, que retribuiu com um outro, mas de pena.
- Mas a Sibila e o Snape também vão se separar?
- Isso eu não sei... Vocês já estão sabendo? O Dumbledore pretende dar um baile, depois que terminarmos os N.I.E.M’s... Dizem que é por causa do Harry...
- Já está pensando em junho? Não sei nem se vou repetir o ano! - Vicky resmungara, mas parou ao ver Hermione sair correndo pela porta do salão.
Ela, que tinha acabado de se sentar, levantou devagar, e foi até Harry.
- O que houve?
- Ciúme! - disse carrancudo.
- De quem?
- Eu não vou poder ir com vocês porque o Sírius insistiu que tenho que ir passar o natal em casa, e Lindsay vai estar lá também...
- Entendo. - Vicky fez cara de compreensão, e em um gesto inesperado, colocou sua mão esquerda do ombro do garoto.
- O que significa isso? - perguntou assustado.
- Que quero trepar com você!!! Mas o que você acha seu energúmeno? Só estou tentando te ajudar! - as pessoas ao redor, deram risadas abafadas. - Ao contrário do que você acha, eu só quero o seu bem e o bem de uma das minhas melhores amigas. Quero que ela seja feliz com o traste que ela ama! Olha Harry: aproveite esse tempo, pra conversar com Lindsay! Dá um fim nessa história!
- Eu sei! Concordo com você em tudo o que disse, menos na parte em que me chamou de energúmeno e traste... Ela não entendeu nada do que eu disse pra ela...
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Gina, ao ver que Hermione saíra correndo, foi atrás dela. Ela demorou, mas encontrou a amiga, chorando descontrolavelmente, entre dois grandes arbustos.
- Mione? O que aconteceu?
- O Ha- Harry! - disse entre soluços.
- O que tem ele?
- Ficou com ciúmes, quando eu disse que não ia passar o natal com os meus pais, mas sim com a Vicky e com o afilhado da mãe dela, que também vai levar alguns amigos dele...
- E você não acha isso bom? Significa que ele gosta mesmo de você.
- Não é isso! Ele quis brigar comigo por causa disso!
- Tem certeza que não é por outra coisa? Não tem mais nada?
- Sim... Ele não entendeu nada do que eu disse!
- Não fica assim! Vem, vamos limpar esse rostinho lindo e vamos jantar... Espere! Está escutando?
- O Quê? - Hermione limpava as lágrimas, com as costas das mãos. Estava se levantando.
- Meu estomago roncou! Estou com uma fome de leão! - Hermione deu um risinho. Agora caminhavam de volta ao castelo...
- Uma legítima grifinória!
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- E aí Rony? É amanhã que você vai se encontrar com a mina, né?
- O grande dia! Estou me preparando desde o fim das férias...
- Se preparando como?
- Eu acho que sei como... - Victorya entrou na conversa. - Eu vi o livro na sua cabeceira, quando eu, Gina e Hermione invadimos o quarto de vocês! - Rony começara a ficar vermelho - Pode deixar... Não falo nada! - e ela o provocou com uma piscadela.
- Bom... - ele o fez, querendo mudar rapidamente de assunto. - mas o que aconteceu aqui? Vocês dois?
- Estávamos conversando sobre alguns assuntos importantes...
- Eu vi!
Vicky estava olhando para a comida na sua frente. Parecia desanimada e não tocara sequer um momento em seu garfo...
- O que há Victorya? - Rony a observava - Não vai jantar?
- Jantar? - ela fez uma careta e engoliu em seco - Eu acho que vou ao banheiro! - ela colocou a mão na barriga e com a outra, tampou a boca e saiu correndo.
- O que há com essa garota?
- Eu não sei, mas acho melhor a gente ver, não é? - Harry largou o garfo, e de relance viu Olívio, da mesa dos professores, olhar preocupado para a porta.
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Gina e Hermione estavam chegando ao pé da escada, quando viram Vicky correndo para o corredor à direita. Harry e Rony vieram logo em seguida...
- O que houve? - Hermione perguntou fria, e olhando pra baixo.
- Eu falei em comida e a garota passou mal! Correu direto pro banheiro... - Rony não entendera nada.
- Deixa com a gente! - Gina seguiu correndo, atrás da amiga. O banheiro mais próximo, era sem dúvida, o da Murta.
***
Ao chegarem no banheiro, Murta chorava descontrolada...
- Eu não disse? Vocês só vêm aqui pra me pedir ajuda, ou quando estão com algum problema! - ela abafava os barulhos vindos do box mais próximo...
- Vicky?
- Victorya?
- O que aconteceu?
- Rony disse que você saiu correndo e... - Hermione parou abruptamente, ao ver que Vicky estava realmente passando muito mal.
A garota levantara a cabeça do vaso sanitário... O tom de sua pele estava novamente levemente esverdeado. Estava muito pálida, e parecia fraca.
- Não sei... Ele falou de comida e eu comecei a passar mal...
- Calma! - fez Hermione, conjurando um copo d’água. - Toma isso.
A garota ia pegar o copo, quando afundou novamente a cabeça no vaso sanitário...
A porta do banheiro foi aberta com um estrondo. Olívio parecia assustado e tinha a impressão de ter corrido milhares e milhares de Km.
- O que aconteceu? - ele pediu licença para Gina, que estava sentada no chão, ao lado da amiga, e ajoelhou-se do lado de Vicky, a abraçando e confortando. Mas ao fazê-lo, ele sentiu o corpo da garota pesar sobre ele.
Ela estava desmaiada.
***
Era de manhã e estava um dia frio, porém claro, lá fora. Victorya estava com ima tremenda dor de cabeça, e ao olhar para o lado, havia uma cadeira vaga, e um rapaz estava de pé, em frente à janela e olhando através da vidraça.
- Olívio?
- Você acordou! - ele correu para a cama. - Como está?
- Ãhh? Feliz... - um soriso bobo aparecera em seu rosto.
- Mas está se sentindo melhor?
- Claro! Você ficou comigo a noite toda?
- Não saí do seu lado, nem por um décimo de segundo. Pelo menos o enjôo passou...
- É. - ela virou o rosto para o outro lado. Parecia envergonhada.
- Por que não disse que tinha anorexia, ou algo assim?
- Não tenho! Eu só passo mal de vez em quando.
- Mas isso pode ser um início... se não cuidar você pode... Não quero nem pensar no que pode acontecer.
- Por quê?
- Porque tem gente que precisa de você aqui! - ela novamente virou o rosto para ele.
- Quem?
- Seus amigos! Seus pais...
- Você? - o fez provocante.
- Sim... mas...
- Mas...?
- Eu não posso! - ele se repreendia. Estava se afastando cada vez mais da cama, e indo em direção à janela novamente.
- Por quê? - ela se levantava. Estava tentando uma aproximação. Ele não prestava atenção: estava observando o nada através da janela.
- Porque agora eu sou professor de Hogwarts!
- Você não é meu professor... - ela murmurou em seu ouvido, o deixando arrepiado.
Late last night I had a dream
And it was then I seen her
She didn’t need no diamond rings
Fancy cars, Versace things to please her
She’s my perfect girl
And I call her my imaginary diva
Ele virou-se para encara-la, pegou em sua cintura e a puxou para perto de seu corpo com firmeza e intensidade. Não podia mais fugir daquele sentimento que batia em seu peito todas as vezes que a via, que o fazia ruborizar e até cair da vassoura...
Just can’t deny that they would love to be her
All the guys comparing sizes
Tucking shirts and fixing ties to please her
Não estava se segurando. Aproveitou a abertura da boca da garota... Ela obviamente queria aquilo, e murmurou, um: “Uau! Por que nunca me pegou desse jeito antes?”. Sua respiração era morna, e não se igualava ao fogo de seus lábios sedutores...
Exclusive to my world
No you can’t get her
She’s my imaginary diva
Uma troca de desejo inigualável. Sua língua quente transpassava o que queria. Queria ele. Pra sempre...
Shine on into this world
Join us in your imagination
Help yourself believe in all you have heard
All you have to do is close your eyes
Forget your life and fantasise
Erase bad thoughts start you replace
Create your own amazing place
She’s a real time girl
In my imaginary world
Take a good look at her
She’s my imaginary diva
Shine on imaginary diva
Shine on into this world
Join us in your imagination
Help yourself believe in all you have heard
So listen up this so called classy lady’s
Sipping fizz in VIP bars
She could teach a thing or two
To you, your outfit, attitude and visa
She’s my imaginary Diva
Shine on imaginary diva
Shine on into this world
Join us in your imagination
Help yourself believe in all you have heard
Pra sempre enquanto durasse…
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No salão de entrada...
Hermione já tinha feito as pazes com Harry. Agora, os dois caminhavam entre a multidão, bem agarradinhos, enquanto Gina conversava com Bree. Quando ela soube da irmã, fora visitá-la, mas não pôde entrar na casa, e até se ofereceu pra mandar uma carta para sua mãe. Ela também já tinha voltado às boas com o namorado, e Rony, bom... Rony olhava desesperado para todos os lados. Queria encontrar sua “musa” ali mesmo, mas não havia nenhum sinal dela...
Victorya e Olívio desciam juntos a escada. Havia um brilho diferente em ambos os olhares. Se despedindo um do outro; ele com um carregado sorriso significativo saiu pelo corredor à direta, e indo em direção à Gina, Victorya se surpreendera ao ver quem conversava com a amiga.
- Olá Gina! - cumprimentou a amiga, a agarrando por trás, e dando um susto. As duas riram juntas, e Bree pareceu sem graça. - Oi Bree. - o fez em tom monótono.
- Oi. Você está melhor? - o fez em tom formal.
- Ah! Estou ótima!
- E O Wood? - perguntou cheia de segundas intenções.
- Melhor ainda. - a garota mudou para um expressão sarcástica - E o seu namoro com Sean? Mais enjoativo impossível, não? - provocou.
- Está com ciúme?
- Não, sabe... - Ela chegou perto do ouvido da irmã, mas falou em um tom que Gina poderia escutar - Eu já tive a minha cota com ele, mas deixei de fazer caridade... E então? Ele não é tão bom de cama como você esperava? Eu adorava quando ele pedia pra eu chu...
- Não quero ouvir isso! - Bree estava começando a se irritar, e Gina estava passando mal de tanto rir.
- Aliás, você gosta de tudo o que é meu, não é?
- E você nem se esforça pra disfarçar o caso com o “professor”. Alías, esse carinha que você esta namorando também já foi meu!
- Tsk-tsk-tsk! - Victorya balançou a cabeça negativamente. - Acho que não foi eu quem engravidou pra chamar a atenção e prender o namorado... Tem gente que não sabe segurar um homem mesmo, não é Gina?
- Gente! - Gina estava entre fogo cruzado. - Humm... Vamos? O Filch já está liberando! Tchau Bree. - e assim ela foi empurrando Vicky até a saída. - Você não presta mesmo, não é? Coitada, deu até pena.
- Bem que você gostou!
- Você está diferente. Mais corada... não sei!
- Diferente?
- Mais perversa. Coitada da Bree!
- Coitada nada, ou você não a viu me provocando?
- Eu sei, eu sei... mas, o que aconteceu entre você e Olívio? Quero dizer... eu o vi olhando de um jeito pra você!
- Digamos que você estava certa.
- Sério? - ela ficou realmente feliz. - Que bom!
- Ótimo.
- Vicky?
- Oi.
- O que você acha de eu comprar um presente pro Draco? Sei lá! Quero tentar me aproximar dele.
- Humm... Tinha esquecido dele também... Mais um pra lista!
- Lista?
- É! Uma lista enorme...
- Eu to nela, né?
- Mas é claro que sim!
- E então? O que acha?
- Boa idéia... E quem sabe, você não pode aproveitar e dizer que quer ficar com ele pra sempre, e que...
- Ficou melosa desde que começou a namorar o Olívio, enh?
- Shh...! Ninguém pode saber! - Vicky olhou assustada e apreensiva para os lados para saber se tinha alguém bisbilhotando segredos alheios à sua volta, mas todos pareciam em demasia absortos e entretidos, para tal coisa...
- E não é verdade?
- Não! Nunca fui melosa, e nunca vou ser.
- Ok, Ok... Vamos procurar o pessoal...
As duas seguiram caminhando, para pegarem uma carruagem que estivesse um pouco mais vazia. Havia uma mais adiante, que só tinha um ocupante, e essa, não parecia ser ninguém que conhecessem. Era uma garota de cabelos negros bem compridos, e olhos também, muito escuros. Ela lia absorta, um exemplar do Profeta de duas semanas atrás... O mais estranho, é que o jornal estava virado de cabeça pra baixo. Agora a garota parecia um pouco mais familiar... Mas de onde será que conheciam aquela garota, e o que ela fazia em Hogwarts...?
- Olá. Podemos ocupar esses lugares?
Uma voz embargada saiu da boca da garota: - Claro que podem...
Uns cinco minutos se passaram, e a carruagem ainda não começara a andar. Havia dois lugares para serem ocupados, e talvez, por sorte, Hermione e Harry bateram na porta da carruagem pedindo para serem abrigados. Caía uma forte chuva de neve densa e muito clara.
- Ufa! Estávamos procurando lugares! É impressionante como o pessoal gosta de ir à Hogsmead.
Harry fez um sinal com a cabeça em direção à garota estranha, e perguntou fazendo mímicas discretas, para Gina, quem era ela. Ao baixar o jornal, a garota respondeu sua pergunta...
- Você? Nossa... Nunca tínhamos nos esbarrado pela escola!
- Pois é! - disse com um sorriso afetado.
- Está indo se encontrar com Rony?
- Sim. - ela coçou a cabeça rapidamente.
Hermione, ao olhar pro lado, teve a leve impressão de ver o cabelo da garota se mexer e mudar de lugar, mas ao piscar, viu que ele estava no lugar.
- Qual é o seu nome, mesmo? - Harry perguntou sem jeito. Não tinha a mínima idéia de qual era o nome da garota.
Ela pareceu pensar um pouco, antes de responder.
- Sharon. Sharon O’ Brien.
- Prazer Sharon. Sou...
- Hermione Granger. Sei muito bem quem são vocês. - e no que pareceu um segundo, a carruagem tinha começado a andar, e parou logo. Já tinham chegado em Hogsmead, e imediatamente, Sharon voou, indo em direção ao ponto de encontro dela com Rony.
- Harry! - Harry virou imediatamente. Já tinha algum tempo que não escutava aquela voz, mas com certeza, era muito bom vê-lo novamente...
- Sírius? O que você ta fazendo aqui?
- Eu estava passando por aqui, e como sabia que hoje era dia de compras em Hogsmead, resolvi fazer uma surpresa. - Sírius olhou mais adiante. - Ah, olá Hermione! Gina. E quem é essa linda moça? - Vicky se animou toda. Estava de boca aberta.
- Essa é a Victorya... Vicky.
- Aluna nova?
- Vim de Nolux. Prazer. Victorya Hutingdon.
- Hutingdon... - fez Sírius pensativo. - Neta de Robert?
- Sim.
- Prazer. Sou Sírius Black, padrinho do Harry. - ele estendeu a mão pra garota. Com o toque, ela pareceu tremer por inteira. - Bom. Eu e você podemos conversar um pouquinho Harry?
- Ok. Mione... depois a gente se fala. - ele se despediu da namorada com um beijo, e logo os dois seguiram em direções opostas...
- Vicky você está bem?
- Não vai dizer que vai passar mal de novo?
- Que homem é aquele? - ela estava de boca aberta.
- Ahh, é isso. Você não está namorando o Olívio?
- Namorando? Não sei do que você está falando... Ele é lindo. Vocês viram aquilo? O que eu não faria pra um homem daquele ficar doidinho por mim?!
Ela só conseguiu arrancar risadas de Hermione e Gina, e continuava com uma expressão anormalmente boba...
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- Como vai o namoro com Hermione?
- Ok. - Harry andava com a mão no bolso. Estava fazendo um frio extremo.
- Você sabe onde está a Lind...? - Sírius não conseguiu terminar a frase. Uma pessoa veio por trás dele, e tampou seus olhos, querendo fazer surpresa. (Ai q idiota! Dã!!!).
- Adivinha quem é?
- Minha filha... - Sírius se virou e pegou a filha no colo, a balançando no ar. - Minha filha. Há quanto tempo eu não queria te chamar de filha... - ele olhava para a garota com admiração e carinho. (Mal sabe ele a peste que essa coisa é.).
- Tudo bem? O que está fazendo aqui? Cadê a mamãe?
- ‘Falar com vocês dois... Christine está em casa. Eu estava indo tomar uma cerveja amanteigada com Harry. Você não quer ir com a gente?
Harry pigarreou alto. Sírius notou o incômodo.
- Se não quiserem, por mim, tudo bem...
- Não. Ok. Sem problemas. Mas depois eu tenho que comprar o presente da Hermione...
- Por mim pai... tudo bem! - ela deu um sorriso malicioso quando Sírius virou pro outro lado.
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- Bom dia. Em que posso ajudar o Sr.? - Draco Malfoy entrara em uma loja de jóias. Estava praticamente vazia, e eram poucos os alunos de Hogwarts que freqüentavam a loja. Uma senhora de cabelos curtos louros e de pele rosada o atendeu. - Procurando algo especial?
- Talvez.
- Uma garota? - sorriu espontaneamente.
- Duas. - A mulher arregalou os olhos, mas ele não percebeu. - Na verdade... Acho que são três mesmo! - disse pensativo. A vendedora colocou uma das mãos sobre a boca escancarada. Com certeza aquilo deveria ser um engano.
- Como? (Mas o quem ela tem a ver com isso? Ele não vai pagar naum?’).
- Minha mãe, e humm... duas amigas.
- Ahh... Então é bem especial. Vejamos... - ela abaixou-se atrás do balcão. - O que procura? Brincos, colares, pulseiras, pingentes?
- Pingentes... Posso dar uma olhada nos pingentes?
- Mas é claro. Quer pingentes encantados ou simples?
- Gostaria de ver tudo.
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- Não sei o que dou pro Draco. - Gina estava reclamando desde que começaram a subir a lareira de uma ruela estreita.
- Tenho uma sugestão. - disse Hermione dando risada.
As outras duas também começaram a gargalhar, chamando a atenção das pessoas que passavam.
- Isso eu dou depois. Vicky, o que acha que ele gostaria de ganhar?
- Não sei. Um livro... Ele gosta muito de ler.
- Um livro?
- Malfoy gosta de ler? Isso é novidade pra mim! - Hermione arregalou os olhos, mas não foi nem pela resposta de Victorya, mas sim pelo colar de ouro branco que brilhava na vitrine de uma loja de jóias.
- Engraçado. Madame Parker... Nunca tinha visto essa loja por aqui. - era Gina quem falava. - Vamos entrar?
Não fazendo objeção, as outras duas entraram. Não havia praticamente ninguém na loja, apenas um homem encapuzado de preto da cabeça aos pés, conversava com uma senhora loira sentada em um banco alto, logo atrás do balcão.
- Mas que lindas essas pombinhas brancas! - Gina se apaixonou por uns pingentes de pombinhas brancas que estavam voando juntos pela vitrine. Eram pingentes encantados.
- Com licença. Em que posso ajudá-las? - a senhora que estava atrás do balcão, deixara o rapaz encapuzado, para atender as três garotas. Ela sorriu ao ver um anel no dedo de Victorya. - Esse era um dos meus! Foi a única peça que veio dele. Realmente muito caro... Ficou muito bem em você.
- Obrigada. Ele foi comprado aqui?
- Sim. Uma coruja trouxe a mim o pedido. Devia ser um rapaz muito apaixonado. - Gina parou de prestar atenção nas pombinhas.
- Garanto que sim, mas não por mim. - Vicky sorriu.
- O que desejam? Ahh sim Srta.?
- Granger. Se não se importa, eu gostaria de saber o preço desse lindo colar.
- Uma peça raríssima também. Vejo que as Srtas. têm bom gosto.
- Vejamos... Novecentos e noventa e nove galeões.
- Desculpe? - Hermione se engasgou.
- Mas pra vocês eu faria por novecentos. - a vendedora deu uma piscadela. (Nossa, como adiantou!!!).
- Bom... E quanto está uma dessas pombinhas mágicas? - Levemente a cabeça do rapaz encapuzado foi-se levantando. Era Gina quem chamava a atenção da vendedora.
- Quinhentos e cinqüenta e cinco galeões e vinte e sete nuques.
- Ahh... Bom. Muito obrigada pela atenção, mas acho que vamos embora.
As três saíram absortas da loja...
- Não gosto quando essas meninas vêm na loja, se apaixonam pelas peças, mas não têm como pagarem... É uma tristeza. - ela voltou para trás do balcão. - Desculpe. Decidiu?
- Vou querer esse pingente de coruja.
- Esse de diamantes?
- Sim, mas é a corujinha que está piscando.
- Sim, e o que mais?
- Vou querer uma daquelas pombinhas brancas, da qual a garota que acabou de sair da loja gostou.
- Conhece as mocinhas?
- Sim. E agradeço por falar que eu tenho bom gosto. - ele sorriu de forma simpática.
- Como?
- Fui eu quem deu aquele anel pra Vicky.
- Ahh... - nos olhos da mulher, brilhavam vários galeões. - Deseja mais alguma coisa?
- Um relógio... Não sei. O que a senhora me indica para dar de natal pra minha mãe?
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- Pede pro Harry o colar Mione. - Victorya disse olhando para os lados. Queria encontrar Sírius de qualquer maneira.
- Você está louca? Nunca eu faria isso!
- Eu só sugeri. Calma amiga...
- Vamos à Hrano & Bray? - Hermione apontou pra livraria mais próxima. - Quero comprar pros meus pais, um livro de tratamentos medicinais mágicos. Mostrar que são tão eficientes quanto a metodologia trouxa.
- Ok. Assim eu também compro pra Bree um livro de como conquistar um homem em um segundo... Qual é o nome dele mesmo... Humm. Já sei! É O toque sedutor da mágica.
- Você vai gastar dinheiro pra provocar a sua irmã? - Gina perguntou escandalizada.
- Mas é claro que não sua boba! Vou te ajudar a comprar algo pro Draco. - Victorya olhou para trás. Logo ali, saindo da loja de jóias, estava Draco Malfoy, totalmente encapuzado.
- Mas o que ele gostaria que eu desse pra ele?
- Humm... Um livro não. Mione, eu e Gina vamos ali na Artigos Diversos, e já voltamos.
- Ok.
A loja estava apinhada de gente. Era engraçado como ainda havia pessoas que se interessassem em ler alguma coisa. Ao virar pelo estreito corredor, que dava acesso a uma área mais sossegada da loja, Mione levou um susto. Ela tinha acabado de pisar no pé de alguém...
- Mione?
- Harry! O que faz aqui? Cadê o Sírius?
- Está com a Lindsay.
- E o que você está escondendo ai atrás que eu não posso ver? - ela começou a fazer cócegas na barriga dele.
- Surpresa.
- É pra mim? - ela deu um sorriso meloso.
- Talvez. - ele deu um beijo em sua boca, a pegando de surpresa.
- Espertinho hoje, não?
- Espere aí. Eu vou pagar o seu presente e já volto.
Uns três minutos depois, ele voltou com um grande e bonito embrulho nas mãos.
- Eu ainda não comprei o seu.
- Não precisa. O que eu queria mesmo eu já tenho.
- O quê? - ela sorria tolamente.
- Você.
- Não por completo... - ela disse segura.
- Como? - agora os dois andavam pela calçada, de mãos dadas. Ele reduziu o pacote, e colocou no bolso.
- Isso mesmo. Eu decidi que eu quero ficar com você no natal. Nas férias. Vai ser melhor assim.
- Poxa, mas... a sua viagem, a Vicky?
- Ela vai entender. Aliás, ela vai estar muito bem acompanhada... - ela se abanou como se tivesse um calor de quarenta graus.
- Não sei o porquê, mas acho que esse natal vai ser ótimo...
- Aquele ali não é o Rony?
Rony estava vindo em direção aos amigos. Parecia extremamente desanimado.
- Oi. Vamos à Dedosdemel?
- O que aconteceu?
- Rony? Você está bem? - Há muito, que não viam Rony tão chateado.
- Não foi. Ela falou que estava com pressa e não podia ficar.
- E onde vocês foram?
- No Cabeça de Javali. Logo depois que o tal Macnair entraram lá... Eles pareciam estar procurando alguém, e ela saiu correndo.
- Engraçado... Ela não estava com uniforme, né? - Hermione observara.
- Mas isso não tem problema, não é mesmo? - Harry indagou - Isso não é importante. O importante é que ela nem falou direto com o Rony...
- Olha. Parem de falar nessa vaca, está bem? - sua voz parecia afetada - Vamos comprar alguns doces. Estou morrendo de fome.
Ele saiu descontrolado pela rua. Hermione olhava preocupada para Harry. Ela sabia que quando Rony se entupia de doces, era porque estava muito ansioso ou nervoso.
- Acho que é hoje que ele vai dar um desfalque na Dedosdemel!
- Não tem graça, sabia? Vamos lá! Ele vai precisar da gente...
Ao chegarem na loja, viram Rony em frente ao balcão. Havia uma grande pilha de picolés ácidos em sua mão. Hermione correu até ele.
- Você quer morrer? Quer se furar todo pra quê? Isso faz mal! Larga isso! - ela puxou os picolés e os largou em cima da bancada.
- Hermione, não enche o saco porra!
Os presentes na loja olharam assustados.
- Porra eu já fui um dia e eu acho que todos vocês também, então O QUE ESTÃO OLHANDO??? - ela gritou nervosa para os presentes. - Eu quero o seu bem seu idiota! E larga essas balas de bosta de besouro! Rony! Acorda. - ela começou a sacudir o amigo, que pareceu nem escutar o que ela guinchava, e continuava andando pela loja e recolhendo os piores doces possíveis.
Ela se voltou para Harry...
- Eu desisto.
Agora era a vez de Harry falar com o amigo.
- Rony... vamos tomar um uísque? - O garoto pareceu pensar.
- Prefiro Vodca.
- Ok! Mas não vamos falar com a Mione, ta? Ela não gosta de bebidas...
- Certo. - O garoto largou os doces de imediato.
- Mione querida... Será que eu posso ficar um pouco sozinho com o Rony? - Ele chegou colocando os braços em volta da namorada.
- Mas, por favor, Harry: cuida dele! E vê se não faz nenhuma besteira.
O dia passou como num “passe de mágica”, e no final da congelante tarde, os alunos foram ocupando as carruagens e voltando para a escola. A única carruagem restante estava ocupada por dois garotos totalmente bêbados.
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Na sala do diretor...
- Professor Dumbledore! Estou ficando realmente preocupada. Onde será que os dois se meteram? - Hermione exclamava aflita, andando de um lado para o outro na sala de Dumbledore.
- Sente-se Hermione... A Profesora Minerva, vem nos avisar quando eles chegarem...
Mal essas palavras saíram da boca do diretor, quando a Professora entrou rapidamente pela sala, trazendo dois indivíduos absolutamente embreagados...
- Estavam dormindo na carruagem, diretor. - A Professora fazia bico. - Desmaiados.
- Enervate. - o diretor murmurou diretamente de sua cadeira.
- VOCÊS FICARAM MALUCOS? EU SABIA QUE EU NÃO PODIA CONFIAR EM VOCÊS! COMO EU PUDE SER TÃO IDIOTA?!
- Hermione. Acalme-se... - disse o diretor tranqüilamente.
- Desculpe Professor... - disse de recompondo.
- Eu só gostaria de saber uma única coisa: Encontraram com alguém, ou notaram algo diferente no povoado? - ele mantia um ar sereno, totalmente o contrário de Hermione.
- Não... - Harry disse um pouco absorto. - Nossa, to com uma baita dor de cabeça.
- Você vai ficar com outras dores se não me explicar direitinho o que aconteceu! - Hermione esfregava as mãos no rosto toda hora.
- A gente só bebeu um pouquinho. - Rony apertava os olhos.
- A Srta. Granger me disse que vocês se separaram, pois queriam ficar sozinhos... Será que eu posso saber por que beberam?
- Sharon... idiota! - Rony começou a bater no próprio rosto.
- Sharon?
- Sim professor... A garota que eu te falei: Sharon O’Brien...
- E de onde conhecem essa moça?
- Da escola... - Rony disse quase em um rosnado.
- Mas não há nenhuma aluna chamada Sharon O’Brien nessa escola. Não estou certa diretor? - Minerva o fez em tom sério.
- Com certeza que sim... Ronald, o que aconteceu no encontro de vocês? Se é que me permite... - O diretor se posicionou ereto na cadeira. (Uiii... nop pensem besteira...^_^).
- Não teve encontro. - ele disse um pouco envergonhado - A gente ia ao Cabeça de Javali, só que quando a gente chegou, o tal do MacNair tava lá... parecia estar procurando alguém. Aí ela ficou nervosa, e saiu correndo...
- Certo. Vocês estão liberados. - O diretor assumiu um ar sério. - Pode voltar ao jantar Hermione, e leve os dois com você. Não desgrude os olhos...
- Obrigada professor... E desculpe qualquer coisa.
- Esqueça Hermione...
Ela saiu empurrando os amigos pela porta.
Ao chegarem ao pé da escada...
- Agora vamos ter uma conversinha Sr.Potter.
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Ela segurava um embrulho grande entre as mãos. Estava realmente muito nervosa. Ao passar pelos corredores subterrâneos e nada convidativos de Hogwarts, recebia vários olhares raivosos e de pouca importância. Uma grifinória indo em direção às masmorras sonserinas? Era realmente uma piada.
Ela não precisou nem chegar perto da gárgula que guardava a casa. Ao virar o corredor, ela o viu... Estava sozinho.
- Draco?
Ele parecia um pouco surpreso.
- Virgínia? O que faz aqui?
- Desculpe, mas... - ela olhou para os lados. - Gostaria de falar com você em particular.
- Acho que não temos o que falar. - Ele falou em um tom incerto. Estava apertando o bolso da veste. - Eu estava indo jantar...
- Então...
- Venha. Eu também preciso falar com você.
Os dois seguiram em silêncio, a um corredor mais a fundo. Entraram em uma sala escura e fria.
- Eu...
- Bem...
- Queria pedir para que você me escutasse... - ela começou, mas agora já que estava ali, não fracassaria. Seria bem direta. - Eu... amei você. - “Aliás,... Eu amo.” - pensou. - E não quero que fique assim comigo. Estou triste... Fui injusta com a pessoa que mais amo no mundo... Eu agradeço a Vicky por abrir os meus olhos e fazer eu enxergar o quanto fui idiota. - lágrimas escorriam por seu rosto pálido. Por que chorar? Nem ela mesma sabia. Eram lágrimas involuntárias. Aliás... Tudo acontecia involuntariamente quando se estava perto de Draco Malfoy.
- Você não é idiota... - ele segurou o queixo dela, admirando sua beleza. - Eu devia ter dito tudo desde o começo... Eu nunca gostei daquela garota. E também fui um estúpido no dia do baile.
- Você me desculpa?
- Por que isso agora?
- Eu quero cuidar de você. Você está mal... E eu finalmente tomei coragem pra dizer que eu quero você comigo.
- Você nunca disse essas coisas pra mim... Sempre foi tímida. - Ele deu um sorriso. O primeiro que dava em semanas.
Ela não respondeu...
- Bom... Eu vim pra te entregar isso. Presente de natal... - ela entregou o embrulho - A Vicky que disse que você ia gostar... Ela falou que você faz coleção.
- Uau... Sempre gostei de espadas. Obrigado... - ele o fez admirando a bela peça que segurava em suas mãos. Ela mandou gravar o nome do rapaz na lâmina da espada. - Mas... Eu também tenho um presente pra você. - ele tirou um pequeno, mas volumoso embrulho do bolso, e o colocou nas finas e pálidas mãos de Gina. Ela parecia surpresa...
- Pombas... As pombinhas! Eu não posso acreditar... Como você? Eu não posso aceitar... Isso foi muito caro. Eu não...
- Você não merece? Merece muito mais que isso. - ele se aproximou mais dela. - Posso? - ele passou o polegar pela boca fina e avermelhada da garota.
- Nunca te disseram que um beijo roubado é muito melhor? - ela sorriu maliciosa - Deve.
Foi um beijo terno e profundo. Gracioso e delicado. Com certeza veio muito mais do que o esperado...
Entrem: www.bjuxforall.weblogger.com.br ... é o meu blogger! :* Love ya! Bjux
M@ddie
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