A ameaça e a morte



- Quem está aí? - Hermione perguntou temerosa - Saia daí imediatamente. Os alunos não podem ficar zanzando pela escola a esta hora da noite!

- É a Fionna. - Vicky sussurrou ao ouvido de Hermione.

As duas se aproximaram de Fionna devagar, para não assustá-la. Ao chegarem mais perto, puderam notar que ela estava mais pálida que o normal. Seus olhos estavam inchados e havia lágrimas grossas escorrendo por seu rosto. Ela apertava seu amuleto com uma força, aparentemente sobre-humana.

Hermione não sabia o que fazer. Talvez ficar fazendo gestos pareceria idiota, então conjurou uma folha e uma pena e pediu para a garota escrever o havia acontecido.

Fionna, ao olhar o papel, ficara estática, não reagira, mas após alguns segundos, pegou a folha e a pena e começara a escrever...

“Não se preocupem. Estou bem... não adianta disfarçarem... eu sei que sabem de tudo e que estão com meu diário.”...

- Olha Fionna, a gente só quer ajudar! - Vicky estava tentando amenizar a situação.

“Se querem ajudar, leiam todo o diário... Depois conversaremos... tchau!” - ao escrever isso, ela saiu correndo e seguira direto para a torre da Corvinal.

- Como ela sabe que não lemos todo o diário? - Hermione se perguntou intrigada.

- Isso é caso de biblioteca?

- Depois veremos isso... Vamos para a festa!

E dizendo isso, as duas apostaram uma corrida até o Salão Principal...

Na festa...

- As duas estão demorando... - era Harry preocupado.

- Fiquei sabendo que Vicky roubou um lugar no time... Mas vou avisar: - fez suspense por uns segundos - ela é ótima, eu te garanto...

- Então não é só papo?

- Não... desde que nos conhecemos, eu soube que era uma das melhores batedoras que existe...

- Vou confiar, enh! Mas, escuta... O Dumbledore te convidou para a festa?

- Vou dar aulas de vôo... Vou substituir a Madame Hooch... Ela teve que ir visitar uma sobrinha que está doente...

- Sério? E não vai ser problema encontrar a Bree todo dia?

- Não to nem ligando pra Bree...

- Mas ta amarradão na Vicky, eu sei disso... - Harry falou dando um sorrisinho.

- Acho que sempre estive... Sabe? Eu era amigo dela, quando conheci a Bree. Nossas famílias são bem amigas. Vim para cá porque meu pai foi transferido do emprego dele, mas sempre nossas famílias se encontravam... Aí em uma dessas vezes, a Bree começou a se insinuar, então, nós começamos a ficar, e logo... você sabe...

- Sei...

- Os pais delas descobriram que nós estávamos transando, mas até aí, tudo bem... Mas logo ela ficou grávida. - Harry arregalara os olhos. Olívio nunca tinha contado isso a ninguém, ou pelo menos, a ele - Mas ela não se cuidou. Perdeu o bebê... As duas são muito diferentes. A Bree gosta de fazer as coisas escondido e sabe mentir muito bem... Nunca fala o que quer diretamente. Já a Vicky, sempre é muito direta, um pouco tímida...

- Tímida? - perguntou Harry incrédulo e um pouco constrangido, querendo mudar logo de assunto.

- Parece ser tudo menos tímida né? Hehehe.

- Realmente... isso é novidade pra mim...

- O que é novidade? - era Hermione. Ela e Vicky tinham acabado de chegar.

- Que o Olívio vai ser o mais novo professor de vôo aqui em Hogwarts. - disse Harry esperto.

- Sério? Eu não acredito! - Vicky explodiu de alegria por dentro, mas teve que conter isso ao olhar para os garotos.

- Bom Hermione... - fez Harry sacando - Por que não damos uma volta?

- Ok! - e assim, os dois saíram andando até os jardins, deixando Wood e Vicky conversando sozinhos.

No saguão de entrada...

- Então Gina... - era Jerry, passando a mão delicadamente pelo rosto da garota - Não quer ir a um lugar mais reservado?

- Não, não quero transar com você, se é isso o que quer saber Jerry. - respondeu direta, mas suavemente.

- Mas eu nem...

- Shh... Não diga nada! - e assim ela o abraçou por trás e suspirou em sua nuca, fazendo ele virar pra ela e lhe dar um beijo.

Nesta hora, Draco estava passando e fez de tudo para olha-la com cara de desprezo, mas a única coisa que conseguiu, foi ferir-se mais e contorcer o rosto com uma careta de fúria. Ele estava acabado, estourando de dor de cabeça. Tomara um remédio para embriaguez, que sempre colocava nos bolsos das vestes que usava para ir a festas, mas o mesmo parecia não estar fazendo muito efeito...

- Você faz isso pra me provocar, ou é só impressão? - perguntou olhando de lado para Gina e Jerry. Jerry fez como se fosse partir para cima de Draco, só que Gina o segurou e o mandou ir embora...

- Vá Jerry... Eu e o Malfoy precisamos conversar...

- Mas... - disse relutante.

- Vai ficar tudo certo!

E assim os dois observaram Jerry entrar no Salão Principal...

- Não... eu não faço isso pra te provocar. Você é tão significante quanto uma fuinha. - quando o fez, ela olhava para baixo.

- Não parece. Você vive em minha função. Eu ando e você me segue. A sua vida é assim. - disse tonto.

- Cadê a sua namorada? Já se perguntou isso? Será que ela não está se agarrando com o novo professor? Seria bem feito para certas pessoas ver como é bom ser enganado e...

- Vicky não tem nada a ver com isso. Ela não tem nada a ver com a gente!

- Não existe a gente! - disse exasperada.

- Já existiu e foi você que quis terminar! Você não acreditou em mim. Não deixou eu explicar! Você sabe muito bem que a Kimmy dava em cima de mim e...

- Não vou cair na sua ladainha de que tava escuro e a Kimmy deu uma de bicho papão e foi te agarrar!

- É você que vive em um mundo de sonhos e não eu! Você sabe muito bem que as coisas não foram assim. Você quer dar uma de vítima, de boazinha, bobinha, mas você não é Gina Weasley! Você foi a pessoa que me deu mais força. Foi pessoa mais forte e decente que eu conheci. - Gina olhava firme para Draco, mas lágrimas e lágrimas escorriam pela sua bochecha. Ela sentia raiva, nojo dele. Repugnava tudo o que vinha dele. Ele o fizera sofrer, e ela não ia deixar um garoto mimado ficar falando dela daquele jeito...

- Você não presta! Como eu pude me deixar enganar por um Malfoy? Você inventa histórias e faz de tudo pra se aparecer! Você desfila com a Vicky como se ela fosse um brinquedo novo, como eu fui, pra depois você falar que ela era insignificante!

- Eu já disse pra você parar de colocar a Vicky nessa história! Ela não tem nada a ver com isso! E ela é bem diferente de você. Ela acreditou em mim! Ela me deu força, e mesmo sabendo que eu não a amo como deveria, está comigo e...

- Está com você por pena! Ela pode arranjar quantos ela quiser! Veja só você mesmo. Todos caem aos pés dela. Ela é linda, inteligente, rica! Por que ela estaria com você? Por que ela te ama? Huahuahuahua. Acho que não.

- Está comigo por que ela é muito mais do que você. Ela soube me entender, me escutar. Tem muito mais classe que você. - Draco tocara em um ponto muito vulnerável de Gina. Ela não queria mais continuar ali. Queria sumir, desaparecer, quando o assunto da conversa estava saindo do Salão Principal. Estava sozinha...

- O que está acontecendo aqui? - perguntou séria.

- Estávamos falando de você meu amor. - Draco foi em direção à Vicky para beija-la, mas ela não deixou que ele a tocasse.

- Gina? O que estava acontecendo aqui? Você está chorando? Draco Malfoy, o que você fez à Gina?

- Nada meu amor!

- Sai daqui com esse bafo! Que horror... Você bebeu muito! Vá já pro seu quarto! Aliás, vá tomar um banho bem gelado primeiro.

- Por que não vai comigo?

- Vai logo! Mira, mas vê se me erra! - e assim, Vicky puxou Gina, e as duas caminharam durante um bom tempo sem falar nada, em direção ao jardim.

- Por que fez isso? - Gina perguntou com voz reprimida de choro.

- Isso o que? Não notou que eu me preocupo com você? - Vicky abraçou Gina por um longo tempo. As duas sentaram em um banco, logo depois, para conversar.

- Não estou falando disso... mas... o Draco é seu namorado e...

- Sabe de uma coisa? Eu ia terminar com ele hoje, mas amanhã ele não me escapa... - disse dando um sorriso.

- Terminar?

- Namorar um amigo é tão monótono. Parece que você vai beijar um irmão. É estranho...

- Vocês não aparentam isso nos beijos em público! - Gina disse incrédula.

- Mas é o que eu estou te dizendo. Tudo teria mais graça se você estivesse com ele.

- Eu? Você não ouviu as insinuações horríveis que ele fez a mim!

- Ouvi sim, e eu sei que ele te ama muito e que está muito amargurado! Olha Gina, procure entender: há pouco tempo atrás ele tinha você, tinha um pai, tinha uma enorme fortuna e uma carreira promissora de Comensal da Morte.

“Ele mudou e eu tenho certeza disso! Sabe quem causou isso nele? Essa mudança?”.

- Eu que não fui!

- Foi você sim! Você o tornou humano! Olha só, não ligue para o que um garoto de dezessete anos e sonserino lhe diga! Ainda mais um Malfoy. Prometa-me uma coisa!

- O quê?

- Que vai fazer de tudo para ser feliz com ele de novo! Ele precisa de você e você dele! Você sabe muito bem que foi aquela vaca da Kimmy que armou tudo! Aliás, falando nela... Você viu a surra que ela levou? Hehehe. Eu me diverti muito chutando “aquelazinha”.

- Todo mundo riu ao ver o sutiã com enchimento dela!

- Nem pra colocar silicone!

- Colocar o quê? - perguntou Gina confusa.

- É uma coisa que os trouxas inventaram para dar um pouco mais de forma ao corpo... Acho que é isso! Não tenho muita certeza... veremos! Vamos perguntar o que é ao certo à Hermione...

- Aliás... Onde está aquela “sabe-tudo”? hehehe.

- Se agarrando com o Harry, no mínimo!

E assim, as duas continuaram conversando, e logo reingressaram ao castelo para aproveitar o resto da festa...

Com Harry e Hermione...

- O que foi aquilo quando estávamos dançando?

Hermione ficara pensando em responder: “A prova do quanto eu te amo seu burro! Será que você não entende isso?”, mas preferiu não falar nada. O silêncio responderia à altura...

- Enh? Mione? O que foi aquilo?

- Não sei ao certo... - respondeu temerosa.

- Era sério o que você havia me dito antes de eu começar a namorar a Lindsay? - perguntou olhando para o chão.

- Muito mais sério do que você pensa... Bom... vamos entrar. Está frio e... - ela ia dizendo enquanto levantava, mas o garoto a puxou e ela acabou caindo em seu colo...

- Eu te aqueço. - disse sério. E olhando profundamente em seus olhos, a beijou longamente...

Na festa...

- Olá Rony! Tava me procurando? - era Linday.

- Sim... onde você estava? - disse preocupado.

- Pra que você quer saber? Você não é meu namorado. Não é nada meu. - ela estava muito alterada com a bebida e sua maquiagem estava toda borrada.

- Vamos! Vou te levar para o quarto. Vem! - e assim, ele a pegou no colo e seguiu para a Torre da Grifinória.

- Você viu o que eu vi? - era Vicky perguntando para Gina - A Lind ta acabada coitada. Não sabe nem o que está fazendo...

- É verdade... deprimente, não? E...

Gina ia falando, mas foi interrompida por ninguém mais, ninguém menos que...

- Eu poderia falar com a senhorita um pouco? - as duas gelaram. Era Dumbledore.

- Claro! Ahh... Sobre? - Victorya gaguejou.

- Venha comigo! E.. Gina... fique aqui. Se lhe perguntarem, diga que já volto, sim?

- Claro professor, claro...

- Do que se trata Professor Dumbledore?

- Quero que veja com os próprios olhos. A Srta. será de muita utilidade neste momento. Veja...

Eles atravessaram o Salão e seguiram em direção às masmorras sonserinas, até que Victorya viu um corpo jogado ao chão...

- Draco! - ela saiu correndo em sua direção - O que aconteceu? Diretor?

- Foi encontrado com ele um vidrinho com uma poção muito forte que tem a função de envenenar. Digamos que não pode ser utilizada em humanos, e neste caso, foi...

- Ele vai ficar bem, não vai?

- Sim... ele vai ficar bem. Eu a chamei aqui porque pelo visto, é muito amiga dele. Será que a Srta. saberia explicar o motivo dele querer matar-se?

- Não! Nunca ele se mataria... deve ter sido outra coisa... - disse pensativa.

- A Srta. está querendo dizer que tentaram matá-lo? - Dumbledore ficou com uma expressão mais séria.

- Provavelmente. Não sei dizer ao certo, diretor...

- Certo. Obrigada por sua ajuda Srta. Hutingdon.

- Mas... não vão levá-lo para a ala hospitalar?

- Papoula já está vindo me ajudar. Acho que não será necessária a internação.

- Posso ficar com ele?

- Talvez não seja uma boa idéia... Não hoje. Mas a Srta. poderia enviar uma carta à mãe de Draco, por favor?

- Sim, diretor...

E assim ela seguiu para o Salão Principal rapidamente para falar com Gina, mas antes de sair correndo, deu um beijo na testa do rapaz...

- Gina! - chamou ofegante - Draco! Ele foi envenenado. Foi horrível, mas ele está bem. Dumbledore disse que talvez não será necessário interná-lo, mas acho que não vai fazer isso por outra razão...

- Qual?

- Talvez a pessoa que o atacou, vendo que não conseguiu o que queria, volte para matá-lo. E será muito fácil fazer isso durante a noite e com ele sozinho na enfermaria.

- Mas quem poderia ter feito isso?

- Não tenho a mínima idéia. Bom... não to com cabeça pra mais nada. Vamos pro quarto? Preciso despachar uma coruja pra mãe dele.

- Claro... - e assim, as duas seguiram para a Torre da Grifinória.

Ao chegarem no hall de entrada, elas esbarraram com Harry e Hermione, que pelo visto, estavam se entendendo muito bem, e logo foram contando o que acabara de acontecer...

- Mas ele está bem? - era Hermione.

- E quem se importa? - era Harry brincando, mas recebeu três pares de olhares raivosos e pediu desculpas... - To brincando! Calma.

- Há.Há.Há... seu senso de humor me comove! - era Vicky.

- Depois Olívio diz que você é tímida, boazinha.

- Olívio? O que Olívio falou de mim? - perguntou interessada, esquecendo-se de Draco.

- Nada demais... Nós só estávamos fazendo um estudo comportamental, relacionando alguns seres humanos com cobras, e o engraçado, é que chegamos a você. As duas têm muito em comum... - disse como se estivesse pensando.

- Nossa. Como você é engraçado. Juro que se não tivesse segurando meus sapatos, - ela e Gina tinham tirado os sapatos e pisavam descalças no chão frio - eu bateria palmas pra você.

- Não precisa... não se incomode de maneira nenhuma.

- Sem comentários...

E discutindo feito crianças, todos seguiram o caminho.

Ao chegarem na sala comunal, todos se despediram e foram para seus quartos, deixando Harry e Hermione sozinhos...

- Bom... - era Harry.

- É... Boa noite?

- Boa noite então... - ambos estavam muito sem graças.

- Ok! - então, quando Hermione virou-se e ia seguindo para a escada em forma de caracol, Harry a puxou e a tomou em seus braços.

Lá de cima...

- Eles não formam um casal bonitinho? - era Gina sussurrando para Victorya.

- Você vai ver... os dois vão ser muito felizes juntos, mas... a única coisa que me preocupa, é a reação de Lindsay...

- Shhh... - era Gina - Fica quieta! Fala baixo... - as duas estavam ajoelhadas e espiavam pelas frestinhas do pequeno murinho.

- Ok! Depois falamos disso... - e ao escutarem os passos vindo da escada, as duas correram, procurando não fazer barulho, para o quarto...

Hermione entrara no quarto rapidamente. Estava com um grande sorriso estampado no rosto, mas levara um susto ao ver Lindsay já deitada e Rony ao seu lado...

- O que você está fazendo aqui?

- Vim trazê-la... estava bêbada...

- Ahhh...

- E você e o Harry, onde estavam...?

- Eu e o Harry? Bem... Ele deve estar se agarrando com alguma garota... Não o vi mais esta noite...

- Mione? - era Vicky, que saía de trás das cortinas de sua cama. Gina também estava sentada na cama da garota, pigarreando alto. Havia uma coruja no ombro de Vicky.

- Ahh... Vocês estão ai... Gina? Não vai dormir no seu quarto?

- Não... Vou ficar aqui.

- Bom... - era Rony - Eu acho que vou indo... - e estava muito sem graça.

- Boa noite! - disseram as três em uníssono.

- Até amanhã... - e assim, dirigiu-se à porta e saiu do quarto.

- Bom... Boa noite meninas! - disse Hermione trocando de roupa com um leve toque da varinha e sem olhar para a cara das amigas.

- Como assim? “Boa noite meninas”? Vamos conversar! Temos muito que falar.

- Ok, mas pode ser lá embaixo? Sabe, Lindsay...

- Vamos então...

E assim as três seguiram para a sala comunal, que no momento estava vazia e muito silenciosa...

- Na verdade, Hermione, queria falar primeiramente sobre o que Fionna disse... - era Victorya aflita.

- Ela realmente quer que leiamos o diário. Isso tudo é muito estranho. - Hermione questionava.

- Talvez ela queira zombar com a nossa cara, ou simplismente quer que descubramos algo importante. - Gina falava pensativa.

- Hermione, tem como pegar agora o diário?

- Espere. Eu o deixei em cima da mesa da sala da Monitoria e no meio dos livros...

- Vamos pegar! - disse Vicky se levantando e indo direto para o buraco do retrato.

- Mas estamos de pijama! - era Hermione.

- E o que tem a ver?! Vamos!

E assim, as três saíram correndo pelo retrato da mulher gorda...

- Se o Filch nos pega assim estamos fritas!

As três agora andavam olhando para os lados, prestando muita atenção se havia sinal de vida pelos corredores. Ao chegarem em frente à sala da Monitoria, Hermione, com um leve toque da varinha, começou a lançar alguns feitiços na tranca da porta, e ao conseguir abri-la entrou e pegou rapidamente o diário. Lançando os feitiços novamente, elas saíram dali o mais rápido que puderam, mas ao entrar no corredor à direita, escutaram passos. Pensaram em se esconder, mas ao verem quem era, ficaram aliviadas...

- Luna! Nossa... nunca mais nos encontramos por aí... - era Hermione.

- Luna Lovegood? Uau priminha... como você está diferente! - era Vicky indo abraçar a garota.

- Vocês são primas? - perguntaram Gina e Hermione em uníssono.

- Sim... - era Luna com um grande sorriso - Meu pai é irmão da mãe dela!

- Você parece chateada... O que aconteceu? - era Gina.

- Uma garota chata do sexto ano! Faz-se de santinha só por causa que é muda! Mas eu conheço bem aquela dali... há anos... Ela me paga! Vou procurar um veneno bem forte pra matar aquele trasgo...

- Muda? - Hermione sobressaltou-se - Está falando de Fionna Bass?

- Parece incrível, não é? Mas eu vou acabar com aquela seguidora do coisa ruim!

- Seguidora do coisa ruim? Do que você está falando?

Gina e Vicky prenderam a respiração...

- Ela é uma Comensal da Morte... Não sabia? - para Hermione, Luna não estava falando coisa com coisa. Ta certo que Luna era gente fina e não parecia ser tão normal, mas agora, parecia estar ficando louca... Como Fionna podia ser Comensal da Morte, se em seu diário ela escrevia que era contra os próprios pais serem Comensais?

- Bom... Não. - respondeu ela confusa.

Luna olhou significativamente...

- O que vocês estão fazendo aqui de pijama? - parecia querer mudar de assunto.

- Pegando o diá... - Gina ia começar a falar, mas foi interrompida por Vicky...

- Nada!

E um pouco sem graça, Luna deu tchau e seguiu para a Torre da Corvinal...

- Por que... Hummm - ela pausou tampando a boca - ela disse estas coisas? - perguntou Gina, tirando um sapo de chocolate de um dos bolsos do pijama e começando a mastigar.

- Olha... a Luna não é uma pessoa que podemos dizer que é normal, não é?

- Coitado do meu tio... Tendo que criar a filha sozinho... Ta certo que a minha mãe e meu pai sempre ajudaram, mas...

- É... o Harry me disse o ano passado que ela contou pra ele que a mãe dela tinha morrido...

- O Harry, né? Hehehe…

- Então? Nos conte o que aconteceu!

E assim, as três seguiram para a torre da Grifinória, ambas dando muitas risadas, não encontrando maiores problemas pelo caminho...

Na manhã seguinte no Salão Principal...

- Oi! - era Harry vindo por trás de Hermione e dando um beijo leve em seu pescoço.

- Bom dia. - respondeu a garota dando um grande sorriso, mas logo fechando um pouco a cara. Seu pescoço, inclinado para baixo - Lemos ontem mais um trecho do diário...

- E o que acharam? - era Rony sentando entre Gina e Vicky, do outro lado da mesa.

- Bom... falamos pra vocês que encontramos com Fionna ontem no corredor?

- Não to lembrado. - disse Harry honestamente.

- Nem eu...

- Então! Ela sabe que estamos com o diário.

- E o que ela dische? - era Rony, que estava com a boca cheia de torrada.

- Que quer que leiamos o diário. - respondeu Vicky.

- Como? - disse Harry engasgando com suco de abóbora.

- Isso mesmo o que você escutou. - era Gina.

- Vocês não acham que essa história está muito estranha?

- E o mais estranho não é isso! - fez Hermione olhando concentrada para seu prato.

- Tem mais? - disse Rony estranhando.

- Encontramos com Luna pelos corredores ontem...

- Bom... Ela é esquisitona mesmo... - era Rony engolindo a torrada.

- Não é isso... Ela disse que Fionna é uma Comensal...

- O quê? Mas como? - era Harry.

- Bom... deve ter algum motivo pra ela achar isso, mas temos certeza de que ela odeia Fionna.

- Espere um momento... Eu acho que escutei minha prima falando uma vez, que era amiga de uma das Bass...
- Prima? - era Harry confuso com o que Vicky tinha acabado de falar...

- Sou prima de Luna...

- Então ta explicado porque é tão estranha! É de família! - disse Harry rindo e recebendo um chute na canela, por debaixo da mesa, de Vicky, que também ria.

Cessando os risos, eles continuaram discutindo...

- Mas... o que dizia nas páginas que leram?

- Leia você mesmo... - fez Hermione, entregando o diário aberto para Harry...

“Dia 4 de agosto, 4 h da tarde. Acabamos de nos mudar para a nova casa... Fionna está diferente e não tem ficado muito comigo. Vovó vai nos mandar para completar o curso, à Hogwarts... Vou confessar que estou muito ansiosa para conhecer os ingleses... fazer novos amigos.

Ouvi dizer que os Comensais estão atacando tanto aqui quanto lá na Irlanda, mas vovó diz que será muito mais seguro ficar perto de amigos... também acho. Amanhã vou me encontrar com Luna. Foi o pai dela que convenceu minha avó a vir pra cá...

Por falar em Fionna, descobri que ela anda se comunicando através do correio-coruja, mas não sei com quem... ela nunca foi de ter muitos amigos. Estou realmente preocupada com a minha irmã. Luna diz que nunca foi de gostar dela mesmo, então não é pra me preocupar com pouca coisa... ela é um pouco estranha e tal, mas acho que sabe de algo que eu não sei... não quer falar sobre o assunto...

Bom... tenho que ir... minha avó está chamando lá embaixo! Tchauzinho... Sarah.”

- Ela não sabia que a irmã dela ia ler o que ela escreveu? - Harry estava desconfiado.

- Acho que sim... - Hermione ainda estava concentrada em seu prato.

- Eu não confio nela! Tenham cuidado garotas... - e assim, ele e Rony levantaram-se para sair do Salão Principal.

- Esperem! Aonde vocês vão? - Vicky perguntou intrigada.

- Treinar para o jogo contra a Sonserina! - Rony gritara, já perto das portas de carvalho. Harry o fuzilou com o olhar.

- Ahh Sr. Potter! Tava querendo me esconder isso, não é? Pois muito bem!

- Bom... Agora que eu terminei com Lindsay, acho que não devo nada pra você! - fez forçando um sorriso. (msm assim continuou lindinho... heheh).

- Acho que você esqueceu de avisar pra ela! - fez a garota, apontando para Lindsay, que estava sentada isolada na ponta da mesa da casa. Como era sábado eles poderiam colocar qualquer roupa, e Lindsay usava uma que parecia ter sido tirado do guarda roupa da avó de Neville.

- Bom... - Harry estava muito nervoso - Veremos...

- Vou trocar de roupa! Aliás,... Coloquei meu uniforme no seu armário ontem à tarde! Vamos!

Harry revirou os olhos e Rony ria da situação...

- Vamos antes que eu desista! Espero que não me decepcione. Olívio disse que você é ótima.

- Humm... Ele falou de mim, é? - perguntou interessada.

- Falou! - Harry estava querendo manter a cara séria, mas não estava tendo muito êxito.

- E o que ele disse?

- Chega de conversa, sim?

- Não! Calma, me esperem droga! - Harry e Rony estavam andando tão depressa, que a garota não estava conseguindo acompanhá-los.

- Bom... Vamos fazer os testes amanhã, não é? - perguntou Rony.

- Quais as posições vagas? - finalmente a garota conseguira alcançá-los.

- Temos no time: um batedor, que é você; o goleiro, que é o Rony; o apanhador, que sou eu; e uma artilheira, que é a Gina. Aliás, cadê a sua irmã, Rony? Ela não deveria ter vindo com a gente?

- Eiii! Vocês! Esperem! - era Gina, que vinha correndo, seguida por Hermione.

Eles pararam bem em frente à porta do vestiário...

- Bom... Mione, você vai ficar pra ver o treino? - Harry quem perguntava. Ele estava preocupado com ela, pois na hora do café ela nem olhara pra ele.

- Pode ser. - ela disse olhando pra baixo. Segurava um grande livro em suas mãos.

- Então... Vamos nos trocar! - e assim, ele, Rony, Gina e Vicky entraram no vestiário. Os outros três bem animados...

- É o seguinte: Hoje começaremos só com um leve aquecimento, pois não estamos com o time completo. Iremos testar você Vicky. Ver se realmente é boa como andam dizendo! - terminou ele com um sorrisinho maroto.

- Vai ter que me engolir Potter! - Harry e Rony deram risadas - Sem sentido duplo seu tarado! - a garota também começou a rir. Gina aparentava estar muito nervosa para participar da brincadeira...

- Gina? - Vicky sentara ao lado dela - O que houve?

- Draco... - disse em um sussurro quase inaudível.

- O que tem ele?

- Eu o vi indo para a biblioteca... estava muito abatido.

- Ele melhorou? Rápido assim? Vá procurá-lo.

- Não acho que ele precise discutir agora. Acho que precisa de um amigo. Ainda mais agora, que tentaram matá-lo.

- Ok! Depois do treino irei vê-lo! - pausou respirando fundo - Dá pra vocês dois pararem de jogar água um no outro? Não tiveram infância não? - e assim as duas seguiram para um box, para se trocarem.

- Então Harry... O Sírius tem mandado notícias?

- Não... Anda trabalhando muito naquele maldito Departamento de Mistérios... Eu não o entendo...

- Ele ainda não contou a Lindsay que é o pai dela?

Os dois se assustaram, pois Vicky se engasgara dentro do box. Imediatamente, ela arrombou a porta...

- Eu escutei direito? Lindsay tem um pai e não sabe? COMO VOCÊS NÃO CONTARAM A ELA??? - Gina saíra assustada de seu box. Estava ainda terminando de fechar a roupa.

- Como poderíamos contar?

- Mas eu acho que ela já sabe, viu? - Gina disse calmamente, olhando para um ponto fixo no teto. - Eu a vi com uma carta logo após ela sair do banheiro, sabe? Quando tava tentando se matar?

- Tentando se matar?

- Sim! Tentando se matar por sua causa Potter!

- Vão começar de novo a brigar?

Quando Rony falara, já estava com a mão na maçaneta da porta, pronto pra sair.

- NÃO! - disseram os dois, carrancudos.

- Vicky! Escuta: O Sírius pediu pra não contar! Não fique assim; nós sabemos que você quer ajudá-la, mas...

- Ok... Também não tenho nada a ver com essas confusões de família e... - mas ela pausou. Harry estava sorrindo de forma demente.

- E pára de sorrir assim, porque eu nunca vou te pedir desculpas se é isto que você está esperando! - e dizendo isso, ela saiu logo atrás de Rony, batendo a porta com um grande estrondo.

- Nervosinha a sua amiga não? - Harry também saiu, mas esperou Gina para fechar a porta.

Ao chegarem no campo, Olívio esperava voando em círculos e com a goles na mão, e ao ver os amigos, fez um mergulho espetacular, desviando calmamente a poucos centímetros do chão.

- Oi Olívio... - Vicky estava vermelha e comportando-se bem diferentemente da noite anterior. Estava bem mais calma agora.

- Oi! - ele a abraçou, deixando-a muito surpresa.

- E aí Olívio, vamos começar o treino logo, ou não?

- É claro, bom... estava pensando...

- Você vai treinar todos os times? - Gina estava debruçada no ombro de Victorya.

- Não. Isto é só um favor que estou fazendo pro Harry... Então, vamos?

- É o seguinte: vou me aquecer com o pomo, Rony, treine com o Olívio, e Victorya, marque a Gina, que ficarei a observando.

Ao terminar, ele deu um sorriso sarcástico, e Vicky passou como se não tivesse o visto, pisando dolorosamente em seu pé.

Durante o treino, várias pessoas foram chegando para se aproximar. Alguns sonserinos ficaram esperando na arquibancada, pois o próximo tempo de treino seria o deles, e Hermione, ficara sentada no último banco, isolada, lendo fervorosamente seu livro. Harry a lançava de vez em quando olhares discretos, não querendo fazer muito farol; estava achando o comportamento dela estranho. Decidiu conversar com a garota logo após, quando poderiam ter um tempo sozinhos. Tivera a leve impressão de que o livro estava de cabeça pra baixo.

***

Duas horas depois...

- Ok! Harry! - gritou Olívio ao longe. Parecia estar extremamente exausto - Acho que já deu o tempo! Amanhã a gente treina um pouco mais...

- Certo. - Harry estava sentindo um certo alívio. Não estava em condições muito boas para treinar.

Ao chegarem ao chão, ele se dirigiu ao resto do time...

- Sou obrigado a concordar que você é boa Victorya. Só que da próxima vez, vê se não acerta a minha cabeça, certo?

- ‘Pensar no seu caso. - a garota o fez com um grande sorriso no rosto - Bom... vou tomar um banho! Tenho lição de Poções pra fazer... To muito mal nessa matéria...

- Quer ajuda? Era ótimo nessa matéria. - Olívio perguntou instantaneamente.

- Bom... Vamos Harry, Rony? - Gina ordenou empurrando os garotos para fora do campo.

- Não me espere Gin, Rony... vou falar com Hermione!

Harry saiu desatinado para a entrada que levava às arquibancadas. Estava extremamente nervoso e ansioso, quando ninguém mais, ninguém menos que Malfoy, Crabbe e Goyle cruzaram com ele. Ao contrário das outras vezes, Draco não reagiu e não falou nada; o ignorou completamente, o que foi um alívio e ao mesmo tempo, um espanto, tanto para Harry, quanto para Crabbe e Goyle, seus capangas. O garoto perecia estar muito abatido. Talvez fosse efeito do veneno - Harry pensou.

Ao chegar ao topo da escadaria esbarrou com Hermione, que levou um susto tão grande, que deixou cair seu livro com estrondo no chão...

- Desculpa... te machuquei? - perguntou preocupada.

- Acho que não... Mione? Posso fazer uma pergunta? - Harry estava se agachando pra pegar o livro, e ao levantar, viu que Hermione contorceu seu rosto em uma careta nervosa, como sempre fazia antes dos testes...

- Pode, claro, mas vamos sair daqui... Ta muito calor...

- Calor? Estamos quase no final do outono...

A garota ruborizou sem responder nada.

- Bom... Só queria saber por que você está me evitando...?

- Evitando? Ahh... não. O que é isso! Francamente... evitando não!

- Então o que é?

- Impressão sua? Não está vendo? Eu estou conversando com você agora e...

- E não olha pra mim desde o café da manhã.

- Claro que não Harry... Que coisa! Eu estou olhando pra você!

- Pediu emprestado pro Moddy o olho dele? Deve ser interessante ver os outros através da nuca, ou das orelhas, da testa! Me empresta depois.

Ela deu um risinho abafado, e bem devagar foi levantando os olhos pra ele.

- Muito melhor assim!

Os dois agora estavam atravessando o gramado. Durante um tempo preferiram ficar em silêncio; pelo menos até Hermione decidir falar alguma coisa...

- Falou com Lindsay?

- Sobre nós?

- Sobre tudo.

- Ainda não.

- Então vá falar! A coitada está desesperada pra ouvir alguma coisa da sua boca!

- Como sabe?

- Não precisa nem perguntar. Olhe pra ela e veja como está arrasada. Ela precisa de uma explicação.

- Mas... agora?

- Já! - ela parou abruptamente - Eu sei que nós não temos nada, mas eu estou falando como sua amiga!

- Quem disse que não temos nada? Hermione escute: Eu te amo. Nunca disse isso a ninguém. Eu te amo! Te amo, te amo! - Ele começou a pular feito bobo, fazendo as pessoas que estavam ao redor do casal se assustarem.

- Pára Harry! - a garota estava com mais vergonha do que alguns segundos atrás - Como pode ter certeza disso? Ficamos ontem!

- Olha, 1º: fiquei pensando o tempo todo e cheguei a essa conclusão. 2º: nunca gostei de ver você se agarrando com o tal Kian nem com cara nenhum. 3º: Nunca tirei aquele dia da minha cabeça, que você disse que me amava, e...

Uma voz cheia de ressentimento disse. Estava atrás de uma árvore próxima ao casal...

- 4º: foi realmente incrível enganar aquela idiota da Lindsay! - a garota de olhos extremamente inchados batia palmas.

- Lindsay, espere... - Harry assustou-se.

- Mas que cena comovente! E a idiota que sempre quis ouvir um eu te amo do famoso Harry Potter! Como você tem sorte sangue ruim.

- Você pode estar nervosa, mas não vou deixar que insulte Hermione. Ela não tem culpa!

- É claro que ela não tem culpa! A culpa é toda minha! - ela pausou despencando no chão. Várias pessoas estavam chegando perto da briga, para ver o que estava acontecendo - Eu sempre soube. Você nunca gostou de mim, não é Hermione? Sempre soube que eu era uma ameaça para o seu plano de conquistar o Harry! Sempre!

- Lindsay... - ia começar a garota, nervosa, mas Lindsay gritou:

- Cala a boca sua vadia! Você não tem o direito de se dirigir a mim! Traidores! Todos vocês! - ela as palmas das mãos dolorosamente pelo seu rosto. Estava completamente desequilibrada - E VOCÊ VICTORYA??? - Ela olhou com raiva para a amiga. Vicky e Olívio escutaram a discussão e logo foram ver o que era. - EU SEMPRE CONFIEI EM VOCÊ! VACA! SEMPRE. VOCE ME MANIPULOU! PASSOU PRO LADO DOS FRACOS. EU NÃO DISSE? VOCÊ SE DEU MAL, SABE POR QUÊ? PORQUE VOU ACABAR COM TODOS VOCÊS! EU VOU ME VINGAR! VOU ME VINGAARRRRR!!! - ela gritava descontrolada, até Vicky chegar perto dela, agarra-la pelos braços e bater com força em seu rosto. Victorya nunca demonstrara ter tanta raiva na vida...

- Eu tenho nojo e pena de você. - ela falava em tom monótono - Você vai morrer sozinha Lindsay. Nem as traças vão querer chegar perto de você. Derrotada. Mal amada quem sabe não vai terminar igual à Murta?...

- Vai pro inferno. - Lindsay estava sem ação, até que levantara o rosto, e vira muitos alunos olhando indignados para ela - O QUÊ ESTÃO OLHANDO? - agora estava levantando, passando pelos colegas. Vicky se afastara dela com cara de repugnância, puxando Hermione e Harry para fora dali.

- Mione, faça alguma coisa. Fala que descontará pontos de quem não sair daqui imediatamente.

- Certo... Sigam todos! Saiam daqui, antes que desconte uns 150 pontos de cada casa! - os alunos do primeiro ano saíram correndo desesperados. Se não fosse trágico seria bem cômico.

- Vocês estão bem? - Olívio se juntara ao trio.

- Sim! - Harry e Hermione responderam juntos.

- To péssima. Olha Olívio... depois a gente estuda, ta? Agora eu vou pro dormitório e...

- Vou ficar com você!

- Não se esqueça de que é um professor agora.

- Primeiramente sou seu amigo. Veremos isso depois... agora vamos! - e assim, ele passou os braços ao redor dela e a guiou para a torre da Grifinória. Harry e Hermione os seguiram. Ela deitou a cabeça no ombro do rapaz...

- Agora acho que ficará tudo bem... - Harry disse, dando um beijo na testa da namorada. (**Opps... vamos resolver essa história). - Posso te fazer uma pergunta?

- Pode. - respondeu Hermione com uma voz distante.

- Quer ser minha namorada?

- Humm... - fingiu pensar.

- Amante? Hehehe.

- O que ganharia com isso?

- O que você quiser! - o fez num tom malicioso.

- O que eu quiser? Bem... Primeiro eu quero tomar um banho, descansar e ficar na torre da Grifinória. Depois, quem sabe, a gente possa fazer algo mais interessante.

- Gostei do primeiro item... podemos no divertir muito!

- Eu não me divirto tomando banho sozinha! - Ela deu uma biliscada na barriga dele.

- Poxa! - fingiu-se de ofendido - Por isso mesmo. Podemos tomar banho juntinhos. Eu acho que vai ser muito mais interessante. - agora assumiu um tom mais sério.

- Depois conversaremos sobre isso. - ela o parou no meio do corredor e lhe tascou um beijo.

Quando iam seguindo pelo corredor, um garoto do sétimo ano da Lufa-lufa, falou zombeteiro para Hermione:

- Da próxima vez essa pode ser a minha detenção?

- Se liga garoto! - Harry fingiu-se aborrecido e logo falou com um sorriso no rosto - Nunca mais mexa com minha namorada!

E assim, os dois continuaram seguindo para a torre, bem abraçadinhos... (resolvido o problema!^_^).

****

No domingo seguinte no Salão Comunal da Grifinória, às seis e meia da manhã...

- Droga! Pesquisas e mais pesquisas. Por que esses malditos N.I.E.M’s? - Vicky e Hermione reclamavam. Estavam segurando pilhas e pilhas de livros, e os encaminhando para a mesa mais distante e isolada da sala.

- Vai ser importante pra você se quiser continuar aqui. - Hermione disse em tom monótono, enquanto esfregava os olhos com as mãos.

- Tenho que fazer minha unha mais tarde. Está um fiasco! Olha. - Ela mostrava as unhas com os dedos esticados para Hermione, logo depois de deixar a pilha de livros e pergaminhos em cima da mesa.

- Depois veremos isso. Agora, - disse desanimada, ao enterrar-se na cadeira - vamos estudar! - e fingiu um sorriso. Nunca ela teria feito isso, se não estivesse tão cansada.

Após umas duas horas de muita pesquisa sobre antídotos, para Poções; Animagia, para Transfiguração; Energia e cinética, para Estudo dos Trouxas; Grifos, para Trato das criaturas mágicas e enormes anotações e resumos para estudar pros N.I.E.M’s, as duas resolveram parar, sem nenhum esforço, para escutar a barulheira que vinha do andar superior...

- DÁ PRA CALAR A BOCA AÍ PO***, EU QUERO DORMIR! - a voz estrondosa era de uma das amigas de Gina, no quarto do sexto ano.

- Calma garota, to saindo! Que coisa... - vinha se aproximando a voz de Gina, que ao sair do quarto, não fez esforço algum para não deixar a porta bater. - Garota preguiçosa... Vou acordar Hermione Vicky.

- Não precisa!

- Estamos aqui embaixo!

- Já estão acordadas?

- Estudando.

- Fazendo resumos...

- Essas coisas.

Gina respondeu com um bocejo.

- Ahh... garota chata. Só porque o Rony deu um fora nela!

- O Rony o quê?

As duas pareciam estar realmente muito concentradas.

- Esquece. Aaahhh... - fez a garota com um leve bocejo novamente - N.I.E.M’s...

- Sorte sua que os seus são o ano que vêm... - Hermione parecia extremamente exausta.

- Quero colo! - Vicky fez com voz de choro. Estava debruçada displicentemente, sobre o pergaminho de Poções.

- Você precisa mesmo é de uma Poção Revitalizante, página 1.305. Vamos logo sua molenga! - Mione utilizara um tom autoritário. Talvez as amigas tivessem achado que era brincadeira, mas estava falando bem sério.

Gina já nem prestava atenção. Resolvera debruçar sua cabeça, em um dos braços da poltrona mais próxima. Precisava pensar em um jeito de falar com Draco, mas por outro lado, ela parecia bem feliz ao ver que o rapaz estava sofrendo. Esses pensamentos cruéis, ela sempre relacionava a Tom Riddle... Nunca mais tinha pensado em seu primeiro ano. De repente, ela estava novamente na câmara escura. Uma voz arrastada e fria ecoava atrás das pedras. Havia uma grande estátua de homem com a boca aberta... Ela não podia fazer nada, não podia ajudá-lo. O murmúrio rastejante da cobra pelo chão a estava atormentando. Sentia-se novamente fraca e incapaz. Ao perceber, havia passos vacilantes ecoando em sua direção. Tudo tão real e tão diferente... Era ele! - Gina, socorro! Eu preciso de ajuda... - ele ofegava ao fazê-lo.

- Draco? - ela levantou assustada. Sua cabeça estava girando.

Ao levantar os olhos, viu que Vicky e Mione não escutaram; estavam muitíssimo concentradas. No momento de distração, ela dirigiu-se devagar para o retrato da Mulher Gorda. Não interessava se estava de pijama, vestida para uma festa de gala, ou até mesmo nua. Ela precisava vê-lo...

Ao final do corredor, ocorreu-lhe que talvez ele deveria estar dormindo. Estranhamente, alguma coisa lhe disse que não, então, resolveu seguir inconscientemente para fora do castelo.

Não havia obstáculo algum. Não tinha Filch, nem Madame Norra. Não havia poltergeist, nem professores. Parecia ser muito cedo, e ao chegar aos gramados, o frio matinal do outono cortou seus pulmões. Alguma coisa a fez seguir mais rapidamente em direção a seu destino. Sem nem saber o que estava fazendo, ou o por quê, ela correu, e embrenhou-se na mata densa da Floresta Proibida. A cada passo que dava, ia ficando mais escuro. Se não chegasse lá a tempo, tudo estaria perdido.

Quando chegou a uma árvore frutífera, a qual, Draco tinha a levado há um certo tempo, ela soltou um grito...

- AAAAhhh!

- Gina? O que foi?

- O que você viu?

- Sentiu alguma coisa?

- Quem morreu?

- Cala a boca Vicky! Deixa de ser agourenta.

A sala comunal nunca lhe parecera tão quente e confortável. Ela suava frio; estava tremendo, mas ao mesmo tempo, sentira um alívio enorme... Aquilo não passara de um sonho ruim...

- Tive um sonho esquisito! - respondeu atordoada.

- Que tipo de sonho?

- Com Draco? - Vicky começou a se desesperar realmente.

- Eu acho que sim... não sei ao certo. Acho que alguém morreu. - ela prendeu a respiração, e um pânico a invadiu por completo.

- Você tem certeza? - Hermione parecia muito preocupada. - Onde é que você estava?

- Segui para a floresta. Uma árvore... eu e Draco... - parecia desnorteada.

Vicky olhou vagamente para o chão. Sabia perfeitamente o lugar que Gina estava falando.

- Vamos à Dumbledore! - exclamou com uma voz séria e preocupada - Sei de qual lugar que Gina está falando.

- Mas vocês acham que é o caso? - Gina ia começando - Espere... como sabe?!

- Não interessa. - fez Victorya em tom conclusivo.

- Concordo com a Vicky. Vamos à Dumbledore... São quinze para as dez... Ele certamente já acordou.

Já estava se tornando um hábito, as três saírem de pijamas pela escola. Assim, elas saíram da sala comunal, deixando penas, tintas e livros espalhados por todos os cantos. Estavam em disparada, quando, ao entrarem no corredor da sala de Dumbledore, reconheceram cabelos curtos e flamejantes azuis, sobre a cabeça de uma moça branquela e aparentemente muito frágil. Era Tonks...

- Ninfadora? - Victorya perguntou assustada.

- Como sabe quem ela é? - Hermione e Gina perguntaram ansiosas.

- Digamos que já tivemos o prazer de trabalharmos juntas! - disse Tonks, dando uma piscadela. - mas depois falaremos disso! Como vão? Hermione? Gina?

- Bem. - Gina parecia espantada.

- Na verdade muito intrigadas... O que faz aqui?

- Investigando um crime brutal a uma aluna. O corpo da garota fora encontrado na Floresta Proibida. Uau... parece que a ação volta à Hogwarts... Tadinha! Foi esquartejada.

- Que estranho... Hábito trouxa! - pausou concluindo alguma coisa. - Gina, você é...

- Vidente, e das boas! - Vicky deu um sorriso misto. Havia algo lhe incomodando...

- Não estou entendendo! - Tonks fez cara de ofendida por isso.

- Gina viu!

- Viu o quê?

- Eu vi!

- Viu o quê? Por Merlin! Falem coisa com coisa!

- Na verdade, eu senti... Quem foi que morreu?

- Bom... - Tonks olhava para os lados para ver se não tinha ninguém por perto para escutar - Informação sigilosa, mas... - reparando na cara de desapontamento das três meninas, ela resolveu dizer. - McGuire!

- Quem?? - Hermione e Gina se perguntaram confusas. Victorya parecia pensar...

- Lisa McGuire. - Filha de Comensal.

- Quem é o fanático que mataria uma filha de Comensal aqui em Hogwarts? - Hermione perguntou receosa, olhando para os lados.

- Vocês não conheceram a garota? - Tonks abaixara ainda mais o tom de voz.

- Uma sonserina certamente? - Gina deu uma chutada incerta.

- Nop! - Vicky respondeu sem olhá-las - Uma grifinória autêntica.

- Como você conhece todo mundo e a gente não sabe? - Gina parecia indignada.

- Influencia da Sra. Hutingdon! - disse sarcástica - Minha mãe conhece Merlin e o Mundo! Se duvidar, acho que até paga pra conhecer... Por quê acha que eu fugi de casa e fui morar na O.B.W? Não sei como meu pai ainda pode suportá-la.

- Ok... já convenceu... Então? O que estamos esperando, vamos agir ou não?

- Não, não vão mocinhas! Estou aqui para ficar de vigia por Dumbledore, e não vou deixá-las vagarem sozinhas com um assassino à solta!

- Assassino à solta? - Vicky deu um grande sorriso. - Essa é a chance!

- Não senhora! Não pense que vamos repetir a dose, entendeu?

- Boiamos! - Gina e Mione disseram em uníssono.

- A Tonks é uma das minhas primas...

- Eu sempre cuidei dessa criaturinha aqui e da Bree.

- Então, de certa forma, você é da família do Sírius?

- Não! Ela é do lado do meu pai! Sabe? Sírius disse que minha mãe era uma das primas que ele mais gostava, mas, como mãe, ela não era tão boazinha assim... Começando pela escolha do meu nome! Se duvidasse, antes de morrer ela me daria uma caixa cheia de promissórias para pagar pra ela tudo que gastou comigo pela vida toda, então, como eu tava precisando de um pouco mais de liberdade e de grana, resolvi trabalhar na casa dos Hutingdon! Cuidar dessas praguinhas.

- Então você foi para os E.U.A?

- Não... até meus três anos de idade eu morei aqui! - de repente, o rosto bonito da garota, ganhou um ar sombrio.

- Sério? Você nunca nos disse! - fez Hermione surpresa.

- Não fique assim meu bem! - Tonks dirigiu-se a Vicky e a fez apoiar a cabeça em seu ombro - Ela viu o avô dela morrer pelas mãos de Comensais... Ele era um grande auror! Meu ídolo!

- Mas é claro! - Hermione fez como se uma luz surgisse na escuridão - Robert Hutingdon! O maior auror da história de todos os tempos! Colocou na cadeia mais Comensais do que qualquer um já imaginou...

- Mas... - Gina resolveu falar. Estava com muita pena de Vicky. Ela parecia tão frágil... - Por quê “repetir a dose”? Tonks?

- Como ia dizendo, ela presenciou a morte do avô... bem... e eu também! Apesar de ainda não estar formada na Academia de Aurores, eu já tinha alguma base... Sabe? Atacaram a casa. Eu e as garotas brincávamos nos jardins. De certa forma, Vicky me ajudou a me defender... Por distração de um dos Comensais, ele deixou a varinha cair enquanto duelávamos, e Vicky quebrou a varinha dele. - Tonks deu uma risadinha abafada.

- E eu não pude salvá-lo! - Vicky se culpava à toa.

- Você tinha três anos menina!

- Mas eu vou me vingar... Vou prender todos os Comensais e ser tão boa quanto meu avô. - disse firme.

- Vai sim! - Hermione e Gina a abraçaram.

- Minha vida é uma “coisa”, eu sei... - Vicky disse penalizada e com os olhos esbugalhados.

- Não, ‘magina! - Hermione disse em um tom divertido, fazendo a amiga rir.

- Chega de papo! - exclamou Gina um pouco enérgica.

- Isso mesmo! - Vicky estava determinada - Com ou sem sua autorização, vamos agir, você está ouvindo Tonks?

- Não vão não senh... - mas foi interrompida por uma voz arrastada e grossa...

- Contando suas histórias fantasiosas Ninfa?

- Pára de me chamar Ninfa! - Tonks pareceu rosnar.

Quem provocara, fora Snape, mas Tonks, também querendo impressionar diante das garotas, perguntou em um tom bem displicente...

- E a Sibila? Você deve estar extremamente orgulhoso em ser papai!

As três alunas soltaram exclamações bem audíveis. Logo elas teriam que sair dali. As três estavam se segurando para não terem um ataque de risadas.

- Suponho que não devo explicações de minha vida a ninguém! Com licença! - e saiu com sua capa feito um pavão.

As quatro mulheres começaram a dar muitas risadas. Realmente: imaginar Snape com Sibila era extremamente de mau gosto e muito enjoativo.

Resolvendo voltar para a torre para contar as novidades para os garotos, Hermione, Gina e Victorya se despediram de Tonks e voltaram para a sala comunal. Provavelmente, Dumbledore passaria mais informações mais tarde, mas elas sabiam que aquilo era um aviso. Logo precisariam começar a agir...

***

Um tempo depois...

- A barriguinha da Trelawney ta ficando uma goles! - Rony zombava com Harry. Eles estavam saindo de mais uma aula chata de Adivinhação. - Você escutou o que ela disse pra Lilá? Coitada...

- Ter treze filhos não vai ser moleza... não é a toa que a garota desmaiou! - eles caíram na gargalhada.

Harry de repente, reparou que Rony estava com uma expressão diferente...

- Sonhando acordado, ou tem mina na parada?

- Sabe aquela garota da festa?

- Festa?

- Sua festa de aniversário!

- Nem me lembre desse episódio... Você encontrou com ela?

- Ela me mandou uma carta...

- Carta? Pra quê? Ela não estuda aqui?

- Agora sim, mas antes disso não...

- Mas o que ela quer? Aliás... Como ela foi à minha festa? Eu não a conhecia! - pausou com uma expressão intrigada - Vocês nunca se encontraram aqui?

- Disse que precisa encontrar comigo no próximo final de semana, quando formos à Hogsmead, e o estranho é isso: Nunca nos encontramos aqui.

- Engraçado... não consigo me lembrar dela direito.

- Nem eu! Só sei que é linda! - o fez com um sorriso bobo.

- Quem é linda? Eu? - Gina vinha chegando por trás do irmão.

- É claro! Você é minha irmã! Hehehe...

- Gin? Você sabe onde está Hermione? Nós sempre a encontramos nesse corredor ao sairmos da aula de Adivinhação?!

- Vicky também não está com vocês? - ela fez cara de compreensão.

- Não...

- Acho que sei onde estão... não se preocupem. Vou atrás delas e encontro mais tarde com vocês! - ela saiu correndo, tropeçando em duas alunas que conversavam distraidamente.

- Vamos pra aula de D.C.A.T então!

***

Ao chegarem na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, havia poucos alunos à frente da porta. Todos os sétimanistas grifinórios, pareciam estar entusiasmados com a aula da Trelawney. - ela tirara o dia para fazer predições sobre a vida de cada aluno. - O assunto parecia impressionar e chamar atenção até mesmo das pessoas que menos gostavam da matéria. Para Harry, ela previu um futuro glorioso como chefe de algo que nem ela mesma conseguiu explicar. Disse também que iria namorar muitas mulheres, o que faria Hermione quebrar a cara da professora, se estivesse presente na sala de aula. Para Rony, ela previu muita riqueza e prosperidade, e assim como Harry, ele enfrentaria grandes perigos e trabalharia como espião, ou alguma coisa do gênero. Para Vicky, ela apenas disse que seu maior sonho seria realizado, e que teria tudo o que quisesse aos seus pés, mesmo tendo que fazer alguns sacrifícios de vez em quando. Para Lindsay, que franziu a testa ao escutar o que a professora dizia, ela previu um casamento próximo e muito glamour em sua carreira, mas infelizmente sua felicidade seria interrompida por algo indesejado. Para Sean, ela disse que se não tomasse cuidado, poderia se dar muito mal; e assim por diante, ela continuou fazendo suas predições, das mais mirabolantes que nunca ninguém tinha ouvido na vida.

O professor Remo Lupin pareceu se surpreender com o barulho, e pediu para que os alunos contassem o que havia acontecido. Ele é claro, não ficou tão impressionado com que a professora disse quanto os alunos, mas fez uma observação que deveria ser levada em conta...

- Não podemos ter certeza de que as coisas que ela disse são totalmente certas ou totalmente erradas não é Harry? - ele deu uma piscadela, e poucos pareciam ter entendido o que disse.

- Talvez. - o garoto respondeu um pouco sério. Não gostava de tocar nesse assunto.

- Continuando a aula de ontem... - mas o professor fora interrompido pelo estrondo que a porta fez quando fora aberta. Duas alunas entraram tropeçando, na sala de aula.

- Humm. Desculpe professor! - todos pareciam ter visto um poltergeist realmente assustador. Nunca ninguém imaginara a Monitora Chefe chegando atrasada.

Hermione e Vicky pareciam muito pálidas e assustadas; ofegavam muito, pois voltaram correndo em disparada para assistir a aula. Como não havia lugares ao lado dos garotos, elas sentaram-se ao fundo da sala de aula escura, e notaram que estavam sendo observadas não somente pelos alunos, ou pelo próprio professor, mas por alguma coisa à suas costas.

- Tudo bem Srtas? Aconteceu alguma coisa? - Lupin pareceu preocupado.

- Não professor. Não foi nada!

- Só...hummm

- Um pequeno atraso! - as duas estavam tentando reparar.

- Ok! Voltando à nossa aula...

Os alunos voltaram a encarar o professor e começaram a prestar a atenção na aula. Harry e Rony pareciam em demasia, ansiosos para falarem com as garotas; queriam saber o que tinha acontecido, mas decidiram prestar atenção na aula, juntamente com os colegas.

A voz do professor morria ao longe de Victorya e Hermione. As duas estavam tão entretidas em um assunto, que acabaram levando um susto grande, ao escutarem um barulho logo atrás: Um pote caíra da prateleira, esparramando um líquido viscoso, verde ácido, ao chão. O professor murmurara um “reparo” à sua varinha, de sua mesa, e as garotas descobriram a fonte do desastre...

- Tonks? - Mione e Vicky murmuraram espantadas, prestando atenção à sua volta para ver se alguém estava olhando. Elas descobriram, ao ver uma mecha, em meio ao escuro, de cabelos azuis, tentando se esconder desajeitadamente em meio à uma Capa da Invisibilidade.

- O que faz aqui? - As garotas viraram pra frente pra tentar disfarçar, e Hermione, puxou silenciosamente uma carteira a seu lado, e indicou para a moça. Ao escutarem uma distraída exclamação, souberam que ela sentara-se ali.

Fingindo que copiavam alguma coisa do quadro; agora Lupin, além das aulas práticas, estava dando um pouco de aula teórica, por causa dos exames, que cada vez mais iam chegando perto. Tão perto quanto as férias de Natal, que já começariam na próxima semana; elas começaram a conversar em murmúrios com Tonks.

- O que faz aqui? - Hermione repetiu a pergunta.

- Olhando... - sua voz soava em um tom diferente.

- O quê?

- O Lupin oras! - sua fala saiu um pouco alta demais, o que chamou novamente a atenção dos alunos e do professor...

- Srta. Hutingdon e Srta. Granger, vocês têm certeza de que não estão com algum problema?

- Ah-hã! - concordaram as duas.

- Certo. - fez o professor desconfiado, mas parecendo conformar-se - E Srta. Tonks, eu acho que seu nome não consta na lista de alunos! - agora ele deu um meio sorriso, tornando seu rosto um pouco mais jovial. Ele olhava diretamente à carteira em que Tonks estava sentada.

Os alunos não pareceram entender o que estava acontecendo. Ele dirigiu-se à carteira ao fundo da sala.

Tonks retirou a capa, convencida de que não adiantava mais se esconder. Todos pareciam surpresos, menos Hermione, Victorya e o professor. Harry e Rony abafaram alguns risos... sabiam o quanto Tonks era atrapalhada.

- Desculpe?

- Depois conversaremos sobre isso. Mas, já que está aqui, venha comigo! - ele estendeu-lhe a mão e a conduziu para frente da sala. Todos os alunos pareciam estar vidrados nos cabelos dela.

- O que você quer que eu faça? - ela perguntou pelo canto da boca.

- Pessoal... quero que conheçam uma pessoa. Esta é Ninfadora... - Ela deu um breve rosnado a ele - Tonks. Uma dos aurores mais competentes que o Ministério já pôde empregar. - ela ficou escarlate e não sabia onde colocar a cara. Sem querer, tropeçou levemente na escrivaninha. - Lutou bravamente, e luta, contra o lado das trevas, e além de tudo, é uma grande amiga.

Ela cumprimentou desajeitadamente a turma.

- Eu já ouvi meu pai falar de você. - falava uma garota que sentava à sua frente. Era Parvati. - É verdade que é metamorfomaga?

- Sim! - Essa era uma das coisas que Tonks mais se orgulhava. Ela respondeu dando um grande sorriso.

- Será que você podia se transformar um pouquinho pra gente ver? - a garota se entusiasmara.

Tonks olhou suplicante para Lupin, mas ele apenas disse...

- Será que poderia dar uma pequena demonstração Tonks? Vamos! A garota quer ver...

Pela classe, haviam vários olhares entusiasmados e ansiosos. Com um “craque”, ela transformou seu nariz, uma das coisas que Gina e Hermione mais gostavam que ela fizesse. Logo, ela começou a se empolgar, transformando várias partes do corpo e arrancando risadas que ecoavam por toda a classe.

Ela ficou se transformando durante uns quinze minutos, até que um outro aluno levantara a mão. Era Neville...

- O que te levou a seguir a carreira de auror?

- Excelente pergunta Neville! Dez pontos para a Grifinória. Agora é muito importante que vocês decidam o que querem fazer no futuro. E essa é uma ótima oportunidade para isto.

- Bom... Eu acho que sempre quis ser, e mesmo tendo algumas dificuldades na Academia, eu segui em frente sem dar a mínima para o que outras pessoas diziam sobre o perigo oferecido gratuitamente pela profissão...

- E alguém estimulou você a seguir essa carreira? - era Simas quem perguntava.

- Além da minha determinação, eu sempre tive um ídolo, que talvez alguns de vocês conheçam muito bem. - ela olhou para o fundo da classe. - Foi um grande auror, o melhor que já existiu... Não querendo, é claro, desmerecer nosso amado Moody. - ela deu uma piscadela para Lupin - Uma grande pessoa, cujo nome era Robert Hutingdon.

Alguns olhares caíram sobre Victorya, mas ela parecia não dar a mínima pra eles. Parecia concentrada em alguma outra coisa com Hermione.

- E quais os maiores perigos que você já enfrentou?

- É claro que nunca enfrentei nada sozinha, mas sem dúvida, o maior perigo fora o Lord das Trevas...

E assim, a “palestra” continuou, cada vez ficando mais interessante e as perguntas cada vez mais sendo desviadas para outros campos. Fizeram até perguntas do gênero: “você tem namorado?”, o que deixou a moça em demasia constrangida e ruborizada, e a fizera quebrar distraidamente um tinteiro localizado em cima da escrivaninha do professor...

***

Na hora do jantar...

- Mas o que houve com vocês duas?

- A gente ficou preocupado.

- Não fomos fazer nada demais. - Hermione olhava suplicante para Vicky, mas a garota parecia muito distraída.

- Então por que não afam o que agontecheu? - Rony falou com a boca cheia, o que deixou Hermione muito irritada.

- Quando você vai aprender a não falar de boca cheia? Que coisa...

- E quando vocês vão contar pra gente onde estavam? - Harry não estava se importando com a briga dos amigos.

- Fomos atrás de Draco. - Vicky finalmente falou. Sua voz saiu com dificuldade. - Bom, vou dar comida pra minha gata. - Ela saiu rapidamente da mesa, deixando Hermione preocupada.

- O que há com ela? - Harry perguntou.

- Ta chateada por causa do Draco, provavelmente.

- Mas o que exatamente vocês foram fazer?

- Ele ainda não melhorou? - Rony estava despreocupado, e se ele não estivesse mastigando, Hermione ia jurar que vira um sorriso se formando em seus lábios.

- MAS É CLARO QUE NÃO! - a garota estava realmente nervosa.

- Querida... eu preciso falar com você. Será que podemos...?

- Claro que sim. - e assim, Harry e Hermione levantaram, deixando Rony sozinho na mesa.

- Aonde vamos?

- Quero conversar com você desde cedo, mas não nos encontramos.

- Sobre?

- Você sabe o quanto eu te amo, não sabe?

- Sei... - disse receosa do que viria a seguir.

- E que eu me preocupo muitíssimo com você?

- Está me deixando nervosa! O que está acontecendo?

- É que eu estava pensando no que irá acontecer após sairmos da escola... - parecia envergonhado.

- Mas por que falar disso agora?

- Eu recebi uma proposta pra jogar pelo Puddlemere United. - Ele sustentava uma expressão séria. Realmente estava sendo difícil anunciar aquilo de uma hora pra outra.

Parecendo não ter entendido, Hermione abriu a boca umas três ou quatro vezes antes de falar.

- Isso muda em algo? Quero dizer... É maravilhoso isso, mas ainda não entendi o porquê de estar preocupado.

- Talvez eu tenha que ficar mais afastado e...

- Eu nunca vou deixar você. Eu vou apoiar você sempre!

- Mas você tem o direito de saber disso. Você tem a sua vida.

- Eu agradeço por se preocupar, mas acho que você tem que seguir o caminho que quiser!

- Eu não decidi ainda. Tem muito tempo pela frente, e na verdade, não decidi ainda se vou aceitar o contrato, ou seguir com a carreira de auror.

- Eu sempre estarei ao seu lado. Conta comigo, ta? - um sorriso brando se formou em seus lábios.

Ele a tomou em um abraço e a beijou intensamente, deixando-a sem ar.

- Certo. Bom... o que foram fazer atrás do Malfoy?

- Vicky queria ver se ele estava melhor.

- E aí?

- Você sabe... Depois daquela partida de quadribol, acho que acabou piorando. Acho que ainda é o efeito do veneno...

- Tinha até me esquecido que tentaram o matar.

- É. Pra mim, eu acho, que os crimes estão interligados.

- O que? A morte de Lisa McGuire e a tentativa de assassinato contra Malfoy?

- É obvio, não acha? Por isso estávamos preocupadas...

- Você preocupada com o Malfoy? - perguntou Harry descrente.

- Ele nunca mais mexeu com a gente.

- O que não significa nada!

- E ele mudou depois que conheceu a Vicky...

- Sei.

- Além de que, eu não posso negar, também é gatinho. - disse dando um grande sorriso.

- Sério? Você acha mesmo? - Harry perguntou em tom de desafio. Parecia estar com ciúme.

- Acho. Mas não mais que você! - ela pressionou o dedo indicador na boca dele, que o beijou e logo deu uma mordidela de brincadeira.

- Vamos mudar de assunto? - sua voz parecia rouca.

- Foi você quem começou.

- Estou terminando.

- E falaremos de quê?

- Sei lá. Como foi seu dia hoje? - este fora o dia que eles tiveram mais aulas separados.

- Vamos sentar aqui?

Os dois estavam caminhando pelo gramado. A casa de Hagrid estava escura, e não havia muita luz por perto. Hermione prendia o casaco em seu corpo. À medida que s noite caía, o frio ficava mais intenso.

- Ok.

- Meu dia? Bem... acho que não teve nada de especial. E o seu?

- As mesmas coisas de sempre. As predições malucas da Sibila. O idiota do Snape pegando no meu pé por causa da detenção que eu cheguei um minuto atrasado.

- Predições da Sibila? Aquela velha charlatã ainda não tirou licença maternidade?

- Que nada. Ela tirou foi o dia pra prever o futuro de cada pessoa da classe...

- E o que ela disse pra você?

- Nada demais.

- Sei...

Harry lembrou-se do que pensou ao escutar a previsão da professora.

- Disse que eu teria muitas mulheres e...

- Ahh, é? - ela amarrou um pouco a cara, franzindo a testa e deixando uma ruguinha de preocupação na mesma.

- Eu adoro quando você faz essa cara, sabia? - ele aproximou seu corpo ao dela. Ela estava deitada na grama, seu corpo em chama, em brasa, ao ficar pertinho do namorado daquele jeito. Estava com a cabeça repousada no colo do rapaz.

- E o que mais ela disse?

- Um monte de baboseiras...

- Ahh. Harry?

- Oi?!

- Posso te fazer uma pergunta?

- Quatro.

- Você nunca vai me deixar, né? Quero dizer... Nós podemos até não namorar mais, mas sempre seremos amigos, certo?

- Nunca mais pense uma coisa dessas.


You took my hand

Touched my heart

Held me close

You were always there

By my side

Night and day

Through it all

Baby come what way


Com um movimento repentino, ele pressionou seu corpo contra ao dela. - Eu sempre vou estar com você. Eu amo você. - Ele deu um leve beijo em sua bochecha, seguindo para o pescoço delicadamente e muito devagar. O perfume que seu corpo exalava era a essência de que precisava para viver. Era reconfortante e excitante estar sobre aquele corpo quente, embraseado. Ela o abraçou cravando suas mãos nas costas do rapaz; nunca o deixaria ir embora; seu sangue pulsava latejante, de forma desconhecida; uma sensação gostosa e revigorante.

Swept away on a wave of emotion

Oh we're caught in the eye of the storm

And whenever you smile I can hardly believe that you're

mine

Believe that you're mine


Sem nem mesmo ter consciência de que estavam fazendo, Harry foi retirando a capa da garota. Ela não sentia mais frio, e ao contrario disso, sentia seu corpo em chamas. Seu corpo pedia aquilo, sua pele desejava aquele toque e ela precisava disso. Queria o ter por inteiro e de forma completa.

This love is unbreakable

It's unmistakable

And each time I look in your eyes

I know why

This love is untouchable

A feeling my heart just can't deny

Each time I look in your eyes, oh baby

I know why

This love is unbreakable


Shared the laughter

Shared the tears

We both know

We'll go on from here

'Cause together

We are strong

In my arms

That's where you belong


I've been touched by the hands of an angel

I've been blessed by the power of love

And whenever you smile

I can hardly believe that you're mine


Ela foi tirando a gravata do rapaz não se importando com os botões de sua camisa. Harry, a essa altura, já tinha tirado a blusa da garota, e começou a beijar seu colo quente e perfumado, quando escutou um estrondo vindo da floresta.

Um pouco distante do cercado, onde há alguns anos os enormes cavalos que conduziam a carruagem de Beauxbatons ficaram instalados, alguma coisa parecia estar se mexendo.

Imediatamente, os dois assustados, levantaram e deram um jeito em suas roupas.

Havia uma enorme sombra na forma de um homem. Ela parecia vir em sua direção...

Era Hagrid.

- Hagrid? - Hermione ofegava. Ela cobriu a blusa aberta e amassada com ma capa, que prendia com maior força ainda, ao corpo.

- Olá. Harry, Hermione. O que estavam fazendo aqui? - ele olhou para o chão.

- Ahh... Passeando.

- Conversando.

- Essas coisas.

Tentavam disfarçar.

- Sei muito bem. Seus pais, Harry, também faziam muitos “passeios” desses. Eu sempre os flagrava por aí.

- Humm.

- Bom. - Hagrid estava começando a ficar constrangido. - Acho melhor vocês irem.

- Certo.

- Boa noite, Hagrid. - fez Hermione, no que mais parecia um rosnado.

Harry conduziu Hermione ao castelo.

Hagrid ficou os observando. Ao olhar novamente para o chão, viu uma gravata masculina com o emblema da Grifinória, perdida sobre a grama úmida. Logo, logo começaria a nevar...

***

Durante o trajeto, os dois caminharam sem trocar uma única palavra. Ao chegarem no Salão Comunal, não tardaram a falar.

- Harry! Não queria que terminasse daquele jeito.

- Muito menos eu.

- Se você quiser a gente pode continuar de onde parou... - tinha um sorriso maroto nos lábios quando se insinuou.


This love is unbreakable

It's unmistakable

And each time I look in your eyes

I know why

This love is untouchable

A feeling my heart just can't deny

Each time you whisper my name, oh baby

I know why


This love is unbreakable

Through fire and flame

When all this is over

Our love still remains


Ele passou seus braços em volta dela. - Acho que não tem mais clima. Entende?

- Claro. - E se demoraram em um beijo, só sendo interrompidos por Lindsay.

- Mas que cena comovente. Com licença. Meus lindos olhos não foram feitos para presenciarem esse tipo de cena. - antes de voltar a andar, Hermione a parou, com Harry murmurando em seu ouvido um “Hoje é dia!”.

- Não precisa sair. Nós já estávamos nos despedindo.

- Na verdade. - a garota olhava para o chão. - Quero falar a sós com você, Harry.

Hermione olhou pra ele com uma olhar desconfiado.

- Não tenho segredos com Hermione. Se quiser falar alguma coisa, terá que ser agora. - disse firme.

- Eu recebi uma carta de Sírius. Não precisam mais mentir pra mim. Sei desde o dia do baile que sou filha dele.

- E?

- Bem... Só queria dizer isso. Boa Noite.

Hermione a olhava com cara de pena.

As poucas pessoas à volta, esperavam ansiosas por uma briga, e se desapontaram ao Lindsay sair de fininho.

- Boa Noite. - Hermione o fez com um pequeno sorriso.

- Até... me desculpe.

- Não tem do que desculpar... te amo, viu.

- Também.


Each time I look in your eyes, oh baby

I know why

This love is unbreakable…


*******************************************************

Cara… essa músika q eu colokkei é fofa... é do Westlife(o nome dela é: Unbreakable, como já deu pra imaginar~.~)... hehehe... gostava mais deles qd era pequena, mas ainda escuto as músikas qd vou dormir!!^_^
Bjuxxxxxx!! O q acharam da fic? Comentem!
N/A 2: Apesar da fic ter sido terminada faz tempo, resolvi postar esse capítulo especialmente pro dia dos namorados! Feliz dia dos namorados pra quem tiver um, e pra quem naum tiver tbm!! Bjux, bjuxxxx + q especiais^^



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