Godric´s Hollow



Sobre o céu cor de rosa da aurora, quatro velozes vassouras passaram cortando o céu, Harry vinha na frente com Gina, e Mione e Rony atrás deles, tiveram suas primeiras batalhas contra comensais da morte e tinham saído vitoriosos com esplendor, Harry ao ver aquele raio vermelho acertar o segundo comensal percebeu que tinha sido um feitiço lançado por Hermione, e o mais impressionante, é que foi um feitiço sem palavras, e isso o fez lembrar da ultima vez que enfrentara Snape, no qual o ex-professor defendeu todos os golpes de Harry devido ao fato de Harry não saber fazê-los sem pronunciar, e também devido ao fato de Snape estar usando a Legilimência contra Harry, que era horrível em Oclumência também. Então Harry teve uma ótima idéia, iria pedir para Hermione ajudar a todos a conseguirem começar usar feitiços sem ter que pronunciá-los.
O dia já estava azul, fornecendo uma boa condição de vôo, já fazia umas horas que eles voavam sem falar uma palavra, porém Harry sentia que estavam muito próximos de chegar aonde um dia foi seu lar, onde seus pais morreram e aonde Voldemort sucumbiu pela primeira vez, Godric´s Hollow estava bem próximo, a cada metro que voava seu estômago se contorcia de ansiedade, queria chegar a origem de todos os fatos que mudaram sua vida, queria tentar descobrir mais sobre seus próprios pais.
O dia já estava com um sol sorte, devia ser por volta de meio dia quando Gina avistou uma cidade a frente e alertou todos, um sorriso se alargou no rosto de cada um, e Harry olhou para o mapa para se certificar, e ali estava a cidade onde tudo começou, Godric´s Hollow, sem demora Harry e os outros apontaram para a cidade, e logo pousaram, perceberam que era um vilarejo bruxo grande em relação as outras vilas que haviam conhecido, era duas vezes maior que Hogsmade, que por sua vez não era um vilarejo bruxo pequeno. Harry e os outros começaram a andar e perceberam o quão belo era o vilarejo, era totalmente florido, haviam várias lojinhas, alguns barzinhos, era tudo que gostavam em Hogsmeade e mais um pouco, as pessoas eram muito educadas, todas que passavam por eles faziam sinal de bom dia, e faziam questão de sorrir para eles, Harry por um momento até se esqueceu que tinha sido ali naquela vila feliz que a maior tragédia de sua vida aconteceu. Continuaram andando até achar um barzinho que lembrava os três vassouras, que eles tanto adoravam freqüentar, não perderam tempo e entraram.
O bar era tão aconchegante por dentro quanto sua fachada, era um único ambiente, e mesinhas e cadeiras os cobriam, tinha uma decoração azul bem claro, e branco, o que parecia deixar os fregueses muito confortáveis, então avistaram uma jovem garçonete vindo em direção a eles.
- Bom dia, o que desejam? – perguntou a garçonete.
- Quatro cervejas amanteigadas. – disse Rony.
- O.k, mais alguma coisa? – perguntou novamente a garçonete.
- Por enquanto não. – disse Rony
A mulher saiu e deixou-os livre para conversar.
- Harry, sabe por onde iremos começar? – perguntou Hermione.
- Bom Mione, ainda num tenho certeza, mas queria te pedir um favor se não for incomodar?
- Claro que não Harry, o que é?
- É que quando enfrentamos os comensais na noite passada, você executou um feitiço sem pronunciá-lo.
- É, foi o que o maldito Snape nos ensinou no ano passado.
Ao ouvir o nome de Snape os olhos de Harry pareciam ter ardido num chama violenta, uma chama de quem quer matar, uma chama de vingança, mas percebeu que tinha que levar o assunto adiante e voltou ao assunto.
- Então, você poderia nos ajudar a praticar feitiços sem pronunciá-los, nos dar uma dica.
Desta vez os olhos de todos brilharam em direção a ela, mas brilharam de ansiedade, de empolgação.
- Ah...mas claro, claro que sim, quando vocês querem começar?
- Que tal hoje a noite Mione? – disse Harry.
- Hoje a noite, esta bem, claro que sim, porque não.
- Harry, não te contei né, finalmente consegui meu Patrono. – disse Rony.
- Sério Rony? – perguntou Harry, mas já respondendo sua própria pergunta. – e que forma ele assumiu?
- Não vejo motivo pela forma que ele assumiu, mas acabou sendo a de uma águia, minha mãe disse que sempre foi assim na nossa família, um parente muito distante nosso adorava aves, e seu patrono era uma ave, e assim se seguiu pelos familiares até hoje, isso é uma boa explicação, porque o de Gina é uma coruja.
- Você também conseguiu? – perguntou Harry virando para Gina, ele parecia muito entusiasmado em ver que todos já tinham um patrono forte.
- Sim. – respondeu a garota em sorrisinhos. – é uma bela coruja por sinal.
- E a sua Mione, é uma lontra né?
- É sim, eu pratiquei nas férias, adoro ela.
A garçonete voltou com as cervejas amanteigadas e por um tempo eles ficaram conversando sobre seus patronos, até que perceberam que já se passava das duas da tarde, e então chamaram a garçonete para poderem ajeitar tudo e ir embora dali em busca de suas investigações, mas em vez da garçonete veio uma senhora que parecia ter uns cinqüenta anos já, a senhora então se aproximou deles e pediu para que eles a seguissem até um quarto que tinha no fundo das instalações, meio suspeitos foram com as mãos dentro do bolso, com a varinha já fixa na mão, mas ao entrarem no quarto não tinha nada de estranho, era um quarto grande com algumas camas, mas sem ninguém lá, só eles e a mulher que entrou no quarto junto com eles, fechou a porta e a trancou.
- Guardem suas varinhas, eu nunca faria mal a ninguém, muito menos a você Harry. – disse a senhora.
- A senhora me conhece. – perguntou ele, percebendo que era uma pergunta tonta, afinal ele era Harry Potter, que derrotou Voldemort, e naquele vilarejo mesmo.
- Claro que conheço, mas não é por causa que você derrotou aquele-que-não-deve-ser-nomeado, mas sim porque eu conheci você quando era pequeno, antes daquele maldito levar, Lílian e Tiago.
Todos perceberam que nesse momento os olhos de Harry começaram a se encher de lágrima, mas a mão da velha pousou em seu ombro e ela disse.
- Seus pais estariam orgulhosos de você Harry, eles sempre acharam que você seria um grande homem, que pena que eles morreram.
- A senhora conviveu muito com eles? – perguntou Harry.
- Se convivi? – perguntou ela em tom de ironia. – eu era madrinha de seu pai Harry, Tiago era meu afilhado, seu avô e sua avó estudaram comigo em Hogwarts, quando você nasceu se fez uma grande festa, seus avós possuíam muito dinheiro, mas faziam questão de compartilhar com todos, nunca perderam a simplicidade e a dignidade pelo dinheiro nem pelo poder, assim como seus pais.
- Conheceu meus avós? – perguntou Harry.
- Sim, mas deste aquele dia, deste que o dia que seus pais se foram e você ganhou essa cicatriz seus avós passaram a viver em estado vegetativo, vivem em uma clinica de reabilitação perto da cidade, seria um prazer levá-los para vê-los, por isso mesmo trouxe vocês aqui para trás, seus avós não tem condições de se defender, então há muito tempo na cidade foi espalhado que eles haviam morrido, somente eu e as enfermeiras da clinica sabemos que eles continuam vivos, e se essa noticia sair daqui e espalhar pelo mundo, pode ser que muitos comensais venham atrás dos avós de Harry Potter.
Harry estava com um olhar de quem não acreditava no que ouvirá, seus avós estavam vivos e ele poderia conhecê-los, era bom demais pra ser verdade, uma vez escutou Sirius contando como seus avós o acolheram quando saiu de casa, e pelo que Sirius contou não restava duvida de que eram boas pessoas, e poder conhecê-los, alguém da sua família, seus avós, ia ser magnífico, então ele aceitou com muito prazer que a mulher o levasse pra conhecer seus avós,

Saíram do bar e caminhavam rapidamente atrás da mulher, os olhos de Harry se enchiam de lágrimas a cada passo que dava, Gina ia abraçada com ele e Rony e Mione vinham a seu lado, todos muito empolgados com a noticia de que os avós de Harry ainda estavam vivos. Depois de passarem por toda a cidade, que possuía um ambiente totalmente residencial e alegre com casa de várias cores e algumas de formas bem extravagantes, depois ainda cruzaram uma floresta com arvores cheias de folhas, dando-lhes uma sombra bem fresquinha, mas ninguém reparou nas casa coloridas e extravagantes, nem na bela floresta que atravessavam, todos estavam muito ansiosos para chegar no hospital que logo avistaram assim que saíram da floresta. O coração de Harry batia mais forte a cada passo que davam do hospital, seus olhos cada vez mais úmidos pelas lagrima, até que chegaram diante duas portas abertas que davam entrada a um casarão branco no qual se lia o nome Hospital Godric´s e embaixo do titulo estava escrito, para pessoas em recuperação, eles adentraram a porta e a senhora foi falar com a atendente.
- Olá Ana. – disse a senhora para a atendente.
- Olá dona Karine, é aquele caso? – perguntou a enfermeira para aa senhora, que Harry sabia agora, que se chamava Karine.
- É sim Ana, como vai William e Helena? – perguntou dona Karine.
- Nem uma novidade no quadro deles, e quem são esses para quem você vai apresentá-los, são de confiança, sabe como esse segredo é importante. – disse Ana.
- Calma Ana, sei muito bem a importância desse segredo, por isso trouxe eles aqui, aquele de cabelo preto é Harry Potter, e os outros são amigos que o acompanham. – disse Karine, mas a assistente nem prestava mais atenção no que ela falava, não tirava os olhos de Harry, mas com um estalo de dedo de dona Karine, ela voltou ao normal.
- Podem entrar, é claro. – disse Ana.
Todos entraram e continuaram a seguir Karine sem ao menos dizer palavra, atravessaram toda a extensão do prédio e saíram num lindo jardim, todo florido, assim como a floresta que haviam passado a um tempo atrás, até que Harry viu um sorriso se espalhando pelo rosto de Karine, e seguindo o olhar dela viu um casal de velhinhos parado em suas cadeiras de rodas, os dois tinham um olhar bem vago, quase morto, Harry num agüentou e mais do que nunca as lágrimas escorreram de seus olhos, tinha certeza que aquele eram seus avós.


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FELIZ NATAL A TODOS E UM PRÓSPERO ANO NOVO.
E CONTINUEM LENDO, O PRÓXIMO CAPITULO VAI REVELAR BOAS COISAS E NOVOS PERSONAGENS IMPORTANTES ENTRARAM NA HISTÓRIA.

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