Décimo Oitavo Dia
“Definitivamente, Gina, você tem que ver o que está fazendo! Como quer ir para o sexto ano se não consegue transformar essa pena em um graveto?”, perguntou Simas, o professor particular de Gina de feitiços “Concentre-se”
“Não é um bom dia, Finnigan!”, resmungou Draco, olhando emburrado para a pena que já havia se transformado até em uma borracha, mas em um graveto, não.
“Vamos, porque não me conta o que está acontecendo?”, perguntou o garoto, estranhando o fato da ruiva estar tão desconcentrada “Esse sempre foi um dos seus pontos altos!”
“Não é mais, como acredito que você está vendo”, resmungou Draco, querendo afastar aquele grifinório nojento de perto de si.
“Ora, mas me conte! O que está te irritando?”
“Ter grifinórios nojentos como você perto de mim o tempo todo”, pensou Draco, mas logo tratou de dar um sorriso sem graça.
“Acho que estou de mau humor”, disse, levantando-se.
“Certo, vamos deixar para outro dia, então!”, disse o grifinório, sorrindo, enquanto levantava-se para despedir-se.
“Bom, tchau!”, disse Draco, rapidamente, colocando-se para fora da sala, evitando ter de beijar a bochecha daquele rapaz repugnante.
“Como ela agüenta ficar com esses caras todo esse tempo?”, perguntou-se Draco, percebendo, então, que era a centésima vez que pensava em Gina e eram apenas 10 horas da manhã.
Se estava apaixonado por ela?
Tinha evitado ao máximo pensar sobre isso. A idéia de se apaixonar por uma Weasley era quase repugnante, o fato de beijá-la e respeitá-la não significava nada. Ele beijava da mesma maneira Pansy, mas isso realmente não significava que ele a amava.
Vendo por esse lado, era quase impossível que ele amasse Virgínia Molly Weasley. Quer dizer, ela não era lá tão bonita quanto Pansy, o corpo, embora bonito, não chegava aos pés do corpo de Pansy e ele simplesmente não queria se imaginar ao lado de uma pobre pé rapada.
O que logo lembrou-lhe que, por causa da ruiva pobre pé rapada, ele estava pobre pé rapado.
Então, a consciência bateu fundo.
“Perdi meu dinheiro por causa da Weasley!”, pensou, incrédulo. “Abandonei minha família por uma ruiva que eu nem mesmo suportava há um pouco mais de duas semanas atrás! Troquei tudo isso por alguns beijos que não devem significar nada, nem para mim, nem para ela!”
Esse pensamento revoltou-o.
“Vou ter uma conversa bem séria com ela!”, resmungou ele, enquanto pegava a capa e preparava-se para uma longa caminhada até a torre da Sonserina.
XxXxX
“Ele me deixou sozinha, dá para acreditar?”, perguntou-se Gina, em pensamentos “Sumiu sem nenhuma explicação!”
Nesse instante, a porta do dormitório se abriu e Gina viu-se entrando pelo quarto e trancando a porta atrás de si.
“Draco, o que faz aqui?”, perguntou ela, séria.
“Vim conversar com você, Weasley”, respondeu ele, sério.
“Weasley? O que está acontecendo?”, perguntou Gina, séria.
“Quero conversar com você, Weasley. Sobre a nossa situação.”
“Que situação?”, perguntou Gina, confusa.
“Nós não podemos mais fazer isso”, disse ele, achando difícil falar aquilo, pareceu que seria bem mais fácil quando estava pensando pelos corredores.
“Isso o quê?”
“Nos beijarmos!”
“Ahn...?”
“Olha, Weasley, vamos ser bem sinceros, não nos amamos, não queremos nada um com outro, é puramente físico! Eu não acredito que joguei todo o meu dinheiro fora por alguns beijos!”
Draco fitou Gina e viu os olhos dela frios como cubos de gelo.
“É isso o que pensa, Malfoy?”
Draco olhou para baixo e de repente sentiu o peso do seu erro.
Não devia ter falado daquele modo.
“Sim...”
“Então, vá embora, não há mais nada que devêssemos conversar sobre”, disse Gina abrindo a porta “Não quer mais vê-lo, por enquanto pelo menos, Malfoy”.
Draco queria falar algo, mas a única coisa que conseguiu fazer foi aceitar a ordem da garota e sair do quarto, ouvindo a porta fechar-se com força as suas costas.
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