Décimo Sétimo Dia



Capítulo 18 – Décimo Sétimo Dia

“Isso só pode ser brincadeira”, resmungou Draco Malfoy, enquanto remexia nas malas que pertenciam à Gina, procurando por um absorvente “Ela deve ter alguma coisa aqui em algum canto, não é?”
Já estava começando a ficar desesperado, quer dizer, se os absorventes de Virgínia tivessem acabado, ele teria de pedir emprestado para alguém e, com certeza, a única pessoa com quem quase conseguia se comunicar era a Granger sangue-ruim e ele não queria se humilhar àquele ponto.
“Só porque eu usei cinco em menos de uma hora... Não, não pode ter acabado...”, pensava ele em pânico.
Como se soubesse o quanto a repudiava, mas, mesmo assim, que estava necessitando dela, Hermione Granger, a sangue ruim, a metida a besta, a garota mais inteligente daquela droga de escola, entrou no quarto com um sermão imenso na ponta da língua:
“Como é que você pode nos deixar tão preocupados assim? Quero dizer, se você está saindo com o Malfoy e tals, é problema único e exclusivamente, seu, mas não pode parar de falar conosco como se nós nem mesmo existíssemos, estamos preocupados, Gina!”, agradecido, em partes, por ela ter aparecido e ele não ter que procurá-la – o que tornaria a humilhação ainda maior -, ele apenas correu até Hermione e chacoalhou-a pelos ombros.
“Eu preciso de absorvente... Urgente”, adicionou ele, sério.
Hesitante, Hermione concordou com a cabeça.
“Ok... Mas não pense que você se safou...”, garantiu ela, séria, enquanto conduzia Draco pelas escadas em direção ao dormitório feminino do sétimo ano.
Hermione revirou a mala e entregou-lhe o absorvente.
“Um só?”, perguntou Draco “É pão dura além de san...ups”
Hermione lançou-lhe um olhar frio.
“Pegue quantos quiser, Gina. Desisto de tentar ser sua amiga, você está parecida demais com seu namorado.”
Saiu sem nem olhar para trás, o que fez Draco sentir-se culpado por alguns segundos.
“Pobre Granger... Hum... Onde é que tão os absorventes, mesmo?”, pensou ele, procurando pelos objetos.
XxXxX
Só de lembrar de Draco Malfoy, Gina começava a ter ataques de risos. Ela sempre quis ver um menino menstruado e, realmente, não se decepcionou nem um pouco.
Nunca tinha visto Draco Malfoy tão... que palavra poderia descrevê-lo melhor?... indefeso, flexível perante a dor de uma cólica que nenhum dinheiro no mundo pagaria aquela cena.
“Ele achando que ia morrer”, disse Gina, começando a rir de novo, enquanto sentava-se na grama.
“hahaha, muito engraçado. Pena que não foi com você”, disse rabujento o ex-sonserino, sentando-se ao lado dela.
“Bom, devo lembrá-lo, Malfoy, querido, que eu passo por isso todos os meses desde que eu tenho 12 anos”, resmungou a ruiva, jogando uma pedrinha no lago congelado.
“Bom, estou feliz que você tenha conseguido sobreviver a essas cólicas...”, resmungou ele.
“Não é nada de mais...”, resmungou ela, aproximando-se e beijando de leve a bochecha de Draco “Você vai conseguir, eu sei disso”
Ele virou o rosto à tempo de roçar o seu nariz no dela, e os dois ficaram fitando-se por algum tempo
Draco aproximou um pouco mais o rosto do rosto de Gina, ele viu-a fechando os olhos e ele fez o mesmo. Aproximou-se mais um pouco e beijou-a.
Não era como se fossem namorados, não tinham nada sério, mas, mesmo assim, Draco nunca havia se sentido tão... estranho... nunca tinha se importado tanto assim com uma garota.
Estaria apaixonado pela Weasley? Quer dizer, ele beijava milhares de garotas por dia, um beijo não significava nada, mas aquele beijo...
Não que ele tivesse realmente pensado sobre isso.
Na verdade, nunca havia ponderado sobre estar apaixonado pela ruiva e, de certa forma, aquilo assustou-o.
De tal maneira que soltou-se do beijo e foi embora, sem dar explicações, enquanto deixava para trás, uma Gina confusa.
Continua...

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