Décimo Sexto Dia
“Eu mereço!”, berrava Draco Malfoy, enquanto ia no alto da torre, procurando por alguma coruja que pudesse mandar um bilhete para Virgínia.
Pela escadas, Draco havia tropeçado uma vez, batendo a canela nos degraus e a cabeça chocou-se contra o corrimão e, um pouco depois disso, ele sentiu uma dor incrivelmente forte na barriga e achou que fosse morrer, sentou-se nas escadas e ficou amparando a barriga.
Dez minutos depois, a dor havia passado, deixando apenas uma sensação de mau estar. Draco terminou de subir as escadas, escreveu um bilhete curto, mas direto e mandou que a coruja entregasse.
Ele só rezava que para que Gina viesse logo.
Estava sentada na mesa do café da manhã, procurando por Draco com os olhos, quando uma coruja veio voando rapidamente e largou um pedaço de pergaminho na mesa.
Se esquivando dos olhares curiosos, Gina leu.
“Ah, o que ele aprontou agora?”, perguntou-se baixinho.
Em alguns minutos, Gina já estava na torre e encontrou com a imagem de uma ruiva deitada no chão, gemendo.
“Draco!”, berrou, correndo até a silhueta esparramada no chão.
“Aiii...”, choramingou o garoto, Gina afastou os cabelos ruivos e fitou o rosto, fitando-o preocupada.
“Está tudo bem?”
“Dói... Muito...”, choramingou ele “Desculpa, Gina, eu estou te matando... Eu fiquei tão chateado quando você me deu o fora que... eu quis tanto te matar... mas, se eu pudesse voltar atrás...”
“Draco? Do que você está falando?”, perguntou Gina, começando a ficar realmente preocupada.
Draco fungou e ficou de joelhos, abraçando Gina.
“Eu acho que você desenvolveu um tumor, Gina... Você está sangrando muito, desde ontem...”
“Ontem?”, perguntou Gina, confusa “Tumor? Draco...”
“Eu fui tomar banho e a sua calcinha tava toda suja da sangue! Todinha! Eu fiquei preocupado, mas não sabia como te contar!”, começou ele, ficando pálido “E, agora, essas dores infernais na barriga... Eu sinto muito, Gina, eu não quer...”
PAFT
Draco parou estático, sentindo o peso da mão dela em sua nuca.
“NUNCA MAIS FAÇA ISSO COMIGO, DRACO!”, berrou a garota, levantando-se.
“O quê?”
“Até parece, morrendo! Draco, você ta menstruado!”
Draco que estava se levantando, parou estático.
“Eu o quê? Menstruado? ECOUT!”
Gina começou a rir.
“Eu sempre quis ver um cara passar pelo horror da menstruação... E agora é o que eu estou vendo. Não sei porque, mas, de repente, é tão bom estar no seu corpo”, riu Gina.
O garoto levantou-se.
“E o que eu faço?”
Gina olhou para ele, pensou em sacanea-lo, mas resolveu que o melhor seria ser verdadeira.
“Na minha cômoda tem uma caixa de absorvente, você vai colá-lo na calcinha e trocá-lo de quatro em quatro horas.”
“Certo”, Draco levantou-se e saiu pela porta, deixando uma Gina com um sorriso leve nas faces.
PUFT
Gina recuou com o abraço surpresa que recebera.
“Estou feliz que você não vai mais morrer!”, disse Draco, baixinho, no ouvido dela.
Gina fitou-o e, por um instante, ao invés de ver o próprio rosto, viu o rosto dele.
Ele aproximou-se e beijou-a.
Depois que os dois se afastaram...
PAFT
Gina levou a mão a área que Draco havia lhe dado um tapão na área da nuca.
“Ei!”, reclamou ela.
“Ninguém encosta num fio de cabelo da minha ruiva!”, bradou ele, rindo, depois correu para fora da torre.
Gina sorriu e levou o dedo do meio e o indicativo até os lábios.
“Isso não vai dar certo... mas...”, pensou ela, negando-se a ter esse pensamento.
“Minha ruiva... que idiota...”, pensou ela, rindo, enquanto descia as escadas.
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