Décimo Quinto Dia
Draco acordou piscando os olhos vagarosamente, tentando fazer seus pensamentos coerentes.
“Eu preciso de um banho...”, resmungou o garoto levantando-se.
Cambaleando, ele parou escorando-se na pia e observando o reflexo da ruiva no espelho. Uma raiva repentina o atacou.
“Eu te mataria se eu pudesse!”, resmungou.
Abaixou a calça e sentou-se, esperando pela droga do xixi matinal. Foi quando ele olhou para baixo.
“AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!”
“Nada é tão ruim que não possa ficar pior, pense nisso”, resmungou Gina, enquanto sentava-se a mesa, observando que Draco ainda não havia se sentado na mesa da Grifinória.
Não que sentisse falta dele, muito pelo contrário, ele havia sido incrivelmente grosso com ela e nada do que ele falasse a faria esquecer o fato que ele chamou-a de interesseira.
“Não tinha nada a ver! Eu só não estava me sentindo bem daquele jeito...”, pensou Gina, ressentida.
“Dra-a-a-a-a-a-a-a-a-a-a-a-aco”, cantarolou alguém atrás de Gina, ela se virou e encarou Pansy.
“Ah, você”
“Sim, eu... E eu soube que você e a Weasley terminaram”
“Pelo amor de Merlim, garota, tenha um pouco de amor próprio!”, pensou Gina desgostosa, começando a fingir que não via a garota que tagarelava sem parar.
“Pelos céus, Pansy, cala a boca!”, resmungou.
A porta do banheiro foi aberta com força e Draco vestiu-se rapidamente, correndo à procura de Gina.
“Gina?”, chamou Harry, correndo a tentando alcançá-la.
“Olha, Potter, eu to meio ocupada agora”, berrou, enquanto corria mais rápido.
“Morrendo”, completou em pensamentos.
Gina levantou-se e saiu do imenso salão sem nem olhar para trás, estava de saco cheio de Draco, nunca pensou que a TPM dele fosse ser tão pior do que ele em si.
“Espero que ele saiba lhe dar com isso...”, pensou, enquanto caminhava em direção ao dormitório da Sonserina, um pouco preocupada.
Draco entrou no salão tempo suficiente para que visse Gina saindo dele, ia começar a correr atrás dela, mas parou.
“Carai... Como é que eu vou falar pra mina? ‘Oi, tudo bem? Você está morrendo!?”, pensou, constrangido “Ela vai me culpar pelo resto da – breve – vida dela e eu não quero isso, quero dizer, quero meu corpo de volta...”
Pensou, sentando-se a contragosto do lado de Collin Creevey.
“Gina, é verdade que você e o Malfoy terminaram?”, perguntou o garoto com os olhos brilhando de animação e esperança.
“Coitadooo...”, pensou Draco, enquanto movia-se meio inconfortável sobre a calcinha que estava molhada e incomodando-o “Nhá, maldição... Que é que eu faço?!?”
“Hein?”, perguntou o menino que Draco, perdido em pensamentos, havia deixado sem resposta.
“Ah, eu e o Draco... Bem... Foi uma briga, mas ainda tenho esperança de que voltaremos...”, disse Draco revirando os olhos.
“Como se eu não tivesse mais com o que me preocupar...”
“Gina, eu não acho que o Malfoy te mereça...”, começou Creevey “Quero dizer, você é tão meiga e carinhosa com todo mundo, e ele é tão grosso, estúpido, frívolo... Pra mim, ele está te usando para afetar o Harry. Além do mais, todo mundo sabe que ele te ama”.
“Essa é a parte que eu olho para ele confuso e defendo meu amor com unhas e dentes ou eu sigo o conselho dele? O que a idiota da Virgínia faria?”
“Eu não sei, Cre... Collin... Eu preciso de tempo para pôr a minha cabeça no lugar. Licença, vou tomar um banho”, disse Draco, com simplicidade.
“E trocar de calcinha...”, pensou, desgostoso.
Gina viu Draco passando pelo corredor, e, vendo que o mesmo estava vazio, correu até o garoto, deixando a preocupação falar mais alto.
“Draco!”, berrou, abraçando ele, mas o menino empurrou-a, dando uns passos para trás, ficando pálido como uma folha de papel e evitando olhar nos olhos dela.
“Oi...”
“O que foi?”
“Nada, você não ta morrendo!”, berrou Draco, na defensiva, e saiu correndo, só lembrando do que disse, depois, quando estava no banho.
Gina ficou em silêncio.
Boca entreaberta.
“Eu não o quê?”, arregalou os olhos.
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