Halloween



Como de costume em Hogwarts, os alunos que cursavam o sexto e sétimo ano ajudavam os professores a enfeitar o castelo para o Halloween, revezando-se por casas, em grupos de seis pessoas.

A professora McGonaggal, coordenadora da Casa Grifinória, cedeu sua aula para montar os grupos:

- Sr. Jarvey, Srta. Griffin, Sr. Fwooper, juntem-se aos senhores Diricawl, Crup e Tebo. – ordenou a professora – Potter, Lupin, Pettigrew, Black, Kelpie e...Evans.

Lílian, que estivera distraída, berrou à menção de seu nome no grupo de Tiago:

- O quê?!

- O que ouve Srta. Evans? – perguntou a professora, lançando-lhe um olhar severo.

Kelpie também lançou a ela um olhar penetrante a Lílian, que respondeu desconcertada.

- Nada professora. Desculpe.

- Ótimo! – respondeu a professora – Agora, o grupo da Srta. Giffin ficará responsabilizado pela decoração da manhã. Sr. Potter, o seu grupo começa após o almoço. Estão dispensados pelo resto do dia.

Ouviu-se o típico barulho dos alunos arrastando as cadeiras, guardando seus materiais nas mochilas e saindo para o Grande Salão, rindo e conversando alegremente. Mas Tiago se afundou na cadeira.

- O que foi? – perguntou Remo, tentando fechar uma mochila abarrotada de livros e pergaminhos.

- O grupo da tarde decora o Grande Salão... – respondeu desanimado.

- E...daí? – perguntou Pedro, olhando nervosamente pela janela, em direção a um grupo de alunos da Sonserina.

- Daí que ficaremos sob a vigilância dos professores o tempo todo. – explicou Sirius, desapontado – Nós tínhamos esperanças de ficar com a decoração dos corredores. Desde o terceiro ano nós viemos pensando em azarações para colocar nos enfeites e nas armaduras. Mas, provavelmente...

- ...a professora McGonaggal suspeitou disso. – completou Kelpie.

Os Marotos viraram rapidamente para trás, assustados. Mas quando viram Kelpie, acompanhada de Lílian, respiraram aliviados. E Tiago sorriu alegre para a garota.

- Lílian!

- Bom dia... – respondeu ela.

Ficaram assim durante um tempo, se encarando. Sirius não tirava os olhos de Kelpie. Até que a garota começou a falar:

- Bem, já que estamos em seis pessoas, eu e Lily pensamos na seguinte organização.

Lílian olhou para Kelpie com uma expressão ameaçadora. Tiago concluiu que a idéia de Kelpie era igualmente nova para ela.

- Eu e Sirius somos bons em transfiguração. Então podemos ficar com as velas, trocando suas cores e posicionando-as no local certo no ar (Sirius corou levemente). Remo e Pedro são habilidosos com o Feitiço de Corte. Portanto, podem recortar as abóboras. E Lily: você e Tiago podem ficar responsáveis por levitar as caveiras e as abóboras.

Todos ficaram em silêncio, olhando para Kelpie. Remo absorvendo a proposta, Pedro excitado, dando pulinhos de satisfação. Lílian com uma expressão desgostosa no rosto, Tiago sorrindo extremamente satisfeito. Sirius era o único que exibia uma expressão absolutamente destorcida. Olhava para Kelpie, com a boca meio frouxa. E ela percebeu.

- Ahn... Sirius? – perguntou, insegura.

Sirius se sacudiu, como se o tivessem acordado de uma hipnose. Mas imediatamente falou:

- E então? Vamos descendo para o Salão? Daqui a pouco servem o almoço, e eu estou faminto.

Todos aceitaram sua idéia. Desceram para o Grande Salão, passando pelos grupos que estavam decorando os corredores mais utilizados. No corredor com um grupinho de alunos da Sonserina, Tiago e Sirius esticaram discretamente as varinhas e azararam dois garotos, com a Azaração das Pernas-bambas. Riram das tentativas de contra-azaração inúteis, e da bagunça que fizeram, esbarrando nos enfeites. Lílian e, o mais surpreendente, Pedro, não riram da situação.

- Ora, vamos Lily, divirta-se um pouco! – disse Kelpie.

Chegaram ao Grande Salão e sentaram-se, pela primeira vez, juntos. Muitos alunos passavam e olhavam interessados. Estranhavam o fato de Lílian não estar gritando com Tiago. Esperaram alguns minutos até o almoço ser servido. Tiago conversava com Sirius animadamente sobre Quadribol, ambos lançando olhares seguidos, respectivamente, a Lílian e Kelpie, que por sua vez discutiam seu dever de Poções. Remo tentava, inutilmente, explicar a Pedro a matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas.

- Pedro, você não entende a matéria, e ainda falta à aula. Aliás, onde você estava ontem? Você nos abandonou aqui, e nem mesmo disse aonde ia...

- Eu...tive que...hm...me encontrar com alguém. – disse nervoso.

- Hm... alguém Rabicho? – disse sorrindo.

Depois disso, as travessas das mesas foram enchidas, e logo todos os alunos estavam devorando seus rosbifes.

Alguns minutos depois, o Grande Salão começou a esvaziar, até que ficaram apenas os quatro Marotos, Lily, Kelpie e mais dois professores, que eram pos responsáveis pelos morcegos.

- Bem, vamos começar então. – disse Kelpie, enrolando as mangas – Sirius, as velas estão aqui.

Sirius a seguiu, animado. Remo e Pedro se posicionaram em frente às abóboras e começaram a esculpi-las. Tiago e Lílian ficaram parados, olhando.

- Bom, vamos então? – sugeriu Lílian.

Tiago acenou afirmativamente a cabeça. Então, sorrindo, desembolsou a varinha e rumou para as caveiras, que estavam dispostas sobre uma das mesas. Lílain o seguiu e, em poucos minutos, o salão já estava repleto de caveiras flutuantes.

As que Tiago enfeitiçara soltavam gritos agudos e estridentes de vinte em vinte minutos. As de Lílian batiam os dentes, o que deixou Tiago meio desapontado.

- Ora, vamos Lily! Você pode fazer mais que isso!

- infelizmente não, Tiago, eu sou péssima em Transfiguração, diferente de você... – disse ela, calmamente, o que até surpreendeu Tiago – E desde quando você me chama de Lily? – Aí já acrescentando um tom de impaciência.

- Desde que descobri que este é o seu apelido! – respondeu sorrindo.

Ouviram Remo chamar:

- Pontas, terminamos por aqui! Eu e Pedro estamos esperando por vocês perto do lago, quero dar uma última olhada nele... – concluiu com um quê de tristeza.

Enquanto iam em direção às abóboras, Lílian murmurou para si mesma: “Então é ele...

- Ahn, desculpe Lily, o que você disse?

- Nada, não...

Desembolsaram as varinhas novamente. Mal tinham começado a levitar algumas abóboras quando uma movimentação atrás dos dois os distraiu.

Era uma cena cômica. Uma vela mal transfigurada, provavelmente por Kelpie, criara braços, e agora se agarrava em seus cabelos, incendiando-os. Sirius a olhava desesperado, certamente sem saber se destruía a vela ou apagava os cabelo em chamas da garota.

Em questão de segundos, um jato de água rompeu da varinha de Sirius, apagando o cabelo de Kelpie e fazendo a vela cair, apagada, no chão. Viram Sirius segurar as mãos de Kelpie e perguntar se ela estava bem. Ela respondeu que sim, com os cabelos molhados ainda no rosto. Virou-se para onde estavam Tiago e Lílian. Arregalou os olhos em estado de desespero e , apontando freneticamente para algum lugar acima da cabeça de Lílian, berrou:

- Lily! Abóbora! Cabeça!

Por segundos, Lílian não entendeu nada. Mas depois tudo ficou muito claro. Ou melhor, escuro.

Tiago havia levitado uma abóbora, mas esquecera-se de “fixá-la”, fazendo com que ela caísse na cabeça de Lílian.

Ela ficou meio perdida, sem entender o que acontecera. Depois de um tempo, o peso da abóbora a fez cair. Podia distinguir as risadas de Kelpie e Sirius e as fórmulas de feitiço desesperadas de Tiago. Apavorada com o que o colega poderia fazer, gritou:

- Tifa cofm s mus!!!

- O quê?! – berrou Tiago. Não entendera uma palavra do que a colega dissera.

- Tifra – com – as – mãofs! – berrou ela, o mais claro que pôde.

- Ah, certo.

Com um certo esforço, Tiago arrancou a abóbora da cabeça de Lílian. O seu interior dizia para preparar seus ouvidos. Provavelmente Lily iria dar um de seus gritos.

Mas quando ela olhou para Kelpie, com os cabelos e vestes pingando água, e Kelpie para Lílian, que tinha muitas sementes de abóbora na cabeça, explodiram em gargalhadas, uma apontando para a outra. Sirius e Tiago se sentiram aliviados e, aos gritos, as chamaram para sair do salão e ir se juntar a Remo e Pedro.

- Mas e o resto da decoração? – perguntou Kelpie.

- Parece que agora é a vez dos nossos queridos colegas da Sonserina – respondeu secamente.

Lily olhou para a escada e viu Malfoy, Snape e mais quatro sonserinos descendo para concluir a decoração do salão.

- Vocês acham que Malfoy e Snape têm neurônios o suficiente para esta tarefa? – zombou, provocando gargalhadas em todos, inclusive em Lílian, que estava bonita, mesmo cheia de restos de abóbora nos cabelos

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