Os Túneis da Perdição
CAPÍTULO VINTE E SEIS
OS TÚNEIS DA PERDIÇÃO
Adentrando nos túneis da câmara, Kain, Jack e Julia vão vagando pela escuridão densa dos túneis que aparecem em sua frente.
- Cara, esse lugar é um lixo – disse Jack – não vejo a hora de chegarmos lá na sala dele.
- Não vejo a hora de sair daqui, isso sim! – disse Julia.
Apesar das reclamações dos seus amigos, Kain continuava destemido e ansioso para chegar à sala onde Zebul estava.
Eles entraram num túnel estranho, que levava a um tipo de caverna, onde havia uma ponte de pedra, mas não havia chão algum lá embaixo, apenas a escuridão.
- Uma queda daqui deve doer – disse Jack.
- Ou talvez nem tenha chão lá em baixo – disse Kain.
Caminhando pela ponte estreita e longa, os três pararam.
- OK, paramos porquê? – perguntou Jack.
- Não estamos sozinhos! – disse Julia.
- Abaixem-se! – gritou Kain.
Um pêndulo gigante passou raspando por eles, devia ter mais de dez metros, feito de ferro velho e sujo, o pêndulo voltou com o dobro da velocidade que tinha vindo.
- Continuem abaixados! – gritou Kain – vamos rastejar até a porta!
- Ela ta muito longe Kain – gritou Jack.
- Vamos conseguir – gritou Kain.
- DROGA KAIN, DEIXA DE SER RETARDADO E PARE DE MANDAR EM NÓS COMO SE FOSSE O LIDER DE UMA EXCURSÃO ESCOLAR! – gritou Jack – VAMOS MORRER AQUI SE FIZERMOS BESTEIRA!
- Calem a boca vocês dois! – gritou Julia – quando eu mandar, vamos nos levantar e correr para a porta!
- Não dá, o intervalo das baladas e muito pequeno! – disse Kain.
- Concordo com o Jack que você está se exaltando demais Kain – disse Julia - confie em mim, rastejar só ia atrasar mais as coisas!
Julia estava certa, assim como Jack, Kain estava mandando demais e sem ouvir o conselho dos amigos que lhe tentavam ajudar.
- OK então, qual é o plano? – disse Kain.
- Durante a balada, durante a volta dela, assim que ela passar pela gente, a gente levanta e corre – disse Julia – é a única forma de chegarmos lá rápido!
- Gente, não sei se vocês perceberam – disse Jack – mas a porta do outro lado ta fechando!
E era mesmo, a porta estava fechando. O pêndulo passou por eles naquele momento.
- agora? – perguntou Kain.
- Não – disse Julia – é na volta, é a hora que ele sobe mais, o intervalo é maior!
E o pêndulo estava voltando da porta que estava se fechando, passou por eles e...
- AGORA! –gritou Julia.
Os três se levantaram quase que automaticamente e correram para a porta que estava se fechando.
- Ta voltando – disse Jack – DROGA, O PÊNDULO TA VOLTANDO!
E estava voltando mesmo, numa velocidade absurda, mais do que o normal.
- Se joguem! – gritou Kain.
E eles fizeram, os três se jogaram para a porta que estava se fechando, na hora certa antes de se fechar por completo.
- Cara, quase que a gente morre agora – disse Jack.
- Literalmente – disse Julia ofegante.
- Me desculpem vocês dois, eu meti vocês nessa – disse Kain – sinto muito.
Eles colocaram a mão nos ombros de Kain e o olhando disseram.
- Estamos aqui pra isso – disse Julia.
- Não te preocupa, cara – disse Jack – nós vamos acabar com esse cara!
Kain olhou e sorriu, olhou para o lado e viu uma porta com o símbolo de Hogwarts nessa porta.
- É essa a porta que eu falei – disse Kain – essa é a porta que eu vi!
- Vai lá Kain! – disse Julia.
Kain chegou perto e estudou a porta enferrujada em formato circular com o emblema de Hogwarts com um leão, uma serpente, uma lontra e um corvo.
Kain disse a frase que viu no livro de Sonserina, então a serpente brilhou em amarelo dourado, mas a porta nem sequer abriu.
- OK – disse Kain – não é só isso, há algo mais, provavelmente temos que saber os lemas das outras três casas!
- Mas não podemos voltar! – falou Julia - estamos presos aqui! Mas espere ai, acho que já ouvi da corvinal... É algo parecido com o da sonserina.
Julia chegou perto da porta e falou: Abra as asas da sabedoria e voe nos céus da virtude.
E o corvo da Corvinal brilhou em amarelo fazendo um barulho de destranco, mas a porta ainda não se movera.
- Bem, ainda faltam duas frases para abrir a porta – disse Kain.
Eles sentaram e observaram a porta com mais concentração, mas isso não adiantaria.
- É aqui? É aqui que termina a nossa jornada? – disse Kain – fizemos tudo aquilo para nada?
- Ei, vocês se lembram da musica que o chapéu seletor cantou pra gente no começo das aulas?
- Que tem? – perguntou Kain.
- Ele disse algo como servir á amizade até o fim da Vida.
E ouviram mais um barulho de tranca sendo aberta. E olharam assustados para a porta que agora havia o símbolo da lontra brilhando em amarelo ofuscante.
- Jack, eu te adoro – disse Julia dando um beijo na testa de Jack. O garoto ficou rosado, mas depois voltou ao normal.
- Mas ainda há um emblema, o da Grifinória – disse Jack.
Kain se aproximou da porta e olhou para o símbolo, e disse: “Com coragem e destreza, levantemos a espada da vitória”.
E o último símbolo brilhou, e a porta começou a abrir para um corredor com uma porta quebrada no final.
- Como você sabia, Kain? – perguntou Jack.
- Eu li uma vez no livro de Grifinória... – disse Kain, mas era mentira, Kain nunca tinha visto essa frase no livro dos Grifinória, e sim, tinha vindo da sua cabeça.
- Vamos lá! – disse Jack.
Os três foram até a porta meio pensa que parecia ser uma porta de metal normal. Kain a abriu e do outro lado havia uma sala circular com rampas ao torno dela, três canos ao redor da sala e no centro um buraco que parecia um ralo, mas tampado.
Os três atravessaram o portal e a porta atrás deles se fechara, então algo na cabeça de Kain dizia para subirem o mais rápido possível.
Jack e Julia olharam para trás e Kain só disse três palavras: Subam a rampa!
Ele nem precisou repetir, os dois começaram a subir a rampa de madeira que circulava a sala e levava para o topo da sala. Foi quando os canos começaram a despejar água para todos os lados.
- OK – disse Kain – agora vamos todos subir para a porta que está no todo dessa sala, AGORA!
Eles correram sobre a rampa de madeira que levava até a porta, mas seria uma caminhada longa até lá.
- Droga – disse Jack – sabia que essa sala tinha alguma coisa!
E então a rampa onde Jack passou quebrou-se ao meio, avisando-os que algumas rampas estavam em falso.
Jack e Kain correram, mas Julia ficou e olhou para baixo, parece que estava contando.
- Vamos Julia! – gritou Kain.
- Já sei, de duas rampas passadas, a terceira caí! – disse Julia – é isso, me ouviram?
Jack não tinha escutado e caiu na rampa em falso, se segurando com as duas mãos na barra da rampa verdadeira.
- Jack! – gritou os dois.
Eles foram até ele, e o carregaram para fora da rampa, mas a rampa a frente estava quebrada, isso queria dizer que teriam que pular para a outra rampa. E fizeram, pularam a rampa e correram para a porta, atravessaram-na e chegaram a um túnel que tinha uma escada para uma saída e mais a frente um túnel sem fim.
Kain consultou o mapa do maroto e viu que Zebul estava acima deles.
- Ele está lá em cima! – disse Kain.
Os três subiram a escada e chegaram a um corredor na sala onde estava Zebul, bem no final dela o espaço se abria e lá estava o homem vestido de negro.
Era a hora da batalha decisiva.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!