Para o Beco Diagonal



CAPITULO TRÊS
PARA O BECO DIAGONAL

Era trinta de julho, e Kain não tinha a menor idéia como mandar uma coruja para o colégio, nem sequer ele tinha uma coruja!
- Mãe eu preciso mandar a carta a Hogwarts! – disse ele desesperado a Eve – e agora?
- A coruja que trouxe a sua carta ainda está aqui! – disse ela atendendo o senhor vestido de terno verde-esmeralda.
- Hogwarts? Parabéns, nunca pensei que seu filho era um bruxo, senhora Eve – disse o homem.
- Obrigado, mas não fale muito alto – e o homem concordou com aceno com a cabeça.
- Onde a coruja está mãe? – perguntou Kain.
- No sótão filho – disse ela.
Kain se sentiu aliviado, com isso ele escreveu a carta a Hogwarts.
Subiu ao sótão e deu a carta a coruja, ela era marrom com pintas pretas.
Kain abriu a janela e soltou a coruja, que voou para o horizonte do final da tarde.
Com isso Kain sentou no chão e viu um livro, era um álbum de família que ele vira tantas vezes seu pai nas fotos.
Ele desceu para seu quarto e ficou lá, deitou na cama e permaneceu imóvel, e dormiu.
Ele inexplicavelmente estava numa sala íngreme, grande e velha, com paredes de mármore e tochas acesas, água estava brotando do chão, eram pequenos poços d’água.
E no final da sala havia dois homens vestidos de preto, eles olharam Kain, levantaram as suas varinhas e o atacaram com rajadas de raio.
Kain acordou, estava tudo escuro, já eram quatro horas da manhã. Mas o que era aquilo – se perguntava Kain.

Na manhã seguinte, ele acordara e via a carta, e começou á Abri-la, ele via mais uma cartinha feita de pergaminho:

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Compras necessárias para o ano letivo.

Uniforme
Os estudantes do primeiro ano necessitam de:
1. Três conjuntos de vestes de trabalho (pretas)
2. Um chapéu pontudo simples (preto) para o uso diário
3. Um par de luvas protetoras (de dragão ou similar)
4. Uma capa de inverno (preta com fechos prateados).
As roupas do aluno devem ter etiquetas com o seu nome.


Livros
Os estudantes devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:
Livro de feitiços padrão (1° série) de Helena Arvencar
A História da Magia, um relato mais aprofundado de Estenia William
A Teoria da Magia de Adalberto Waffling
Transfiguração básica, por Denavos Swich
Mil Ervas e Fungos Mágicos de Filda Spore
Bebidas e Poções Mágicas de Arsênio Jigger
O Guia Universal dos Animais Mágicos de Rubeo Hagrid
O Guia Contra as Focas das Trevas por Hulrich Ravensell

Outros Equipamentos
1 varinha mágica
2 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)
3 um conjunto de frascos
4 telescópio
5 uma balança de latão
Os alunos podem trazer uma coruja OU um gato OU um sapo.

LEMBRANDO QUE ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM POSSUIR VASSOURAS PESSOAIS.

Kain riu pensando onde iria comprar tudo isso.
Mais tarde ele desceu e falou com a mãe sobre a carta, ela deu uma chave a ele – guarde essa chave e vá ao banco dos bruxos, eu depositei um dinheiro para você desde quando você era bebê.
- Mas onde é se compra isso? – perguntou Kain.
- Sabe o homem que parabenizou? Ele se ofereceu a levá-lo hoje ás compras, junto com o filho dele – disse ela.
Kain subiu e se arrumou e esperou o senhor, ele estava lá conversando com Eve.
- Kain este e o senhor Willow, ele vai levá-lo – ela apontou para o senhor.
- Vamos Kain – disse o senhor – ah, quero que conheça o meu filho.
O filho do senhor Willow tinha cabelos negros lisos e olhos castanhos, era magro também, porém um pouco mais alto que Kain.
- Jack Willow – dando a sua mão, num toque muito sutil e juvenil, com um tapa e um soco entre as duas mãos.
- Ótimo garotos, vamos indo – disse o senhor Willow, e eles saíram para o carro, e foram para as ruas de Londres.
Passaram por vários lugares, porém Kain não vira uma única loja vendendo livros de bruxaria e varinhas.
- Bom garotos – disse o senhor Willow – chegamos.
Kain saiu do carro, mas estavam numa ruazinha que não tinha nada, apenas uma boutique e uma loja de livros, a não ser o bar intitulado de “O Caldeirão Furado”.
- Me desculpe senhor Willow – dizendo Kain – mas chegamos a onde?
- Venham comigo garotos – disse ele.
Eles entraram no bar, tinha muita gente, o velho atendente olhou para o senhor Willow e disse – Miguel, há quanto tempo, vai querer um conhaque forte?
- Não Tom, estou indo ás compras com o meu filho e um filho de uma amiga minha.
- Está bem Miguel, até mais – disse Tom.
Eles passaram pelo bar e saíram num pátio murado, Kain olhou e se perguntou “onde diabos estamos?”
Ele sentou e ficou contemplando o muro, mas algo o perturbava, havia barulho atrás do muro de tijolos, ele se levantou e foi até a parede, colocou o seu ouvido contra a parede – tem alguém aí fora?
- Aí está nosso destino Kain – disse Miguel.
- Papai você ta louco? – perguntou Jack.
- Afastem-se – disse Miguel – três para cima e dois para o lado.
Miguel fez esse movimento com a varinha contra a parede, e de repente ela abriu, dando caminho a uma rua tortuosa e larga.
- É, tudo não passou de um tijolo na parede – disse Jack.
- Verdade, foi apenas outro tijolo na parede – Kain também retrucou.
Mas algo estava na cabeça de Kain, dizendo: “FANTÁSTICO!”.
- Bem vindos ao Beco Diagonal Meninos! – disse Miguel.

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