Os tesouros dos campeões

Os tesouros dos campeões



Quando o Natal passou, Vítor se sentiu totalmente atordoado ao lembrar, através de Karkaroff, sobre a pista do ovo que ainda tinha que decifrar para o dia vinte e quatro de fevereiro.A tarefa não seria apenas para testar a coragem e enfrentar o desconhecido, Vítor sabia muito bem disso.No entanto, mais uma coisa o atormentava: os comentários sobre o seu par do Baile de Inverno.
-É absolutamente ridículo, Vítor!-Disse Poliakoff no dia seguinte do Natal.-Tudo bem, ela é até bonitinha, mas é uma desprovida das artes mágicas!
-É dela que eu gosto e não me imporrto qual é a descendência que ela perrtença!-Poliakoff era o único que falara com Vítor abertamente sobre o que pensava, mas o rapaz podia ver pelos olhos de seus outros colegas, a desaprovação.
Para piorar a situação, Vítor foi encostado na parede por Scarlett, de tarde, e aí ela soltou a voz:
-ELE ME AGARROU!NO CABINE QUINZE!VÍTOR KRRUM ME BEIJOU A FORRÇA!DE TÍMIDO ELE SÓ TEM A CARRA!
-Cala a boca!-Vítor tampou a boca de Scarlett com sua mão, bem na hora em que muitos rostos curiosos apareceram nas portas de suas cabines para espiar aquela gritaria no corredor.Quando a última cabeça desapareceu por trás da porta, Scarlett soltou um bufo-AI!-A garota acabara de morder a mão de Vítor, e ela começou a sangrar.
-Focê non aparreceu!Focê jurrou que irria aparrecerr e non aparreceu!-Scarlett chorava de ódio, parecia completamente fora de si.-Agorra focê vai pagarr!-Antes que Vítor pudesse impedi-la, Scarlett disparou pela escada, para fora do navio.
-SCARRLETT!-Vítor correu atrás dela, com a mão latejando e manchada com gotículas de sangue.
Era o fim, todo aquele sentimento bom que Hermione trouxera para ele iria ser destruído em questão de segundos, assim que Scarlett saísse do navio e começasse a gritar pelos quatro cantos, o acontecimento entre eles.A insanidade pareceu alcançar Vítor nos corredores de madeira.Não tinha outra escolha, não podia pará-la de outra forma, a sua felicidade estava em jogo.Sem parar para refletir, Vítor sacou a varinha, se empenhou para lembrar do feitiço que o próprio Karkaroff lhe ensinara, e o disse mentalmente, com toda a sua concentração:
-OBLIVIATE!-Vítor pode ver Scarlett parar bruscamente, em frente á cabine três.Ela se virou para observá-lo, e seus olhos estavam fora de foco.Parecia totalmente despreocupada, antes de tombar no chão do convés interno, aos pés das escadas que levavam ao alçapão.
Por um momento horripilante, Vítor pensou que a teria matado, mas quando sentiu o seu pulso, respirou aliviado; o feitiço da memória deve ter sido de grande potência, para desmaiá-la.O rapaz a carregou no colo, rezando para que ninguém os visse assim, e a levou para a cabine quinze.Deitou-a na cama de baixo de um dos beliches e saiu rapidamente da cabine.
Vítor não sabia se fizera o certo, mas o feitiço parecia ter sido de grande porte.Mesmo assim, não havia com que se preocupar, afinal, ela apenas não ia é se lembrar da relação que eles tiveram, naquela noite.O campeão entrou na cabine vinte e nove e se sentou na sua cama, com o propósito de pensar um pouco em sua vida e em especial, pensar em Hermione.A noite caiu no Navio de Durmstrang e Vítor agora estava deitado, contemplando o teto, decorando as conversas criadas por ele mesmo, para quando encontrar Hermione novamente, poder ter algum assunto para conversarem.Poliakoff só chegou na cabine, às dez e meia da noite.Vítor não se virou para o amigo, mas sabia muito bem que ele o observava, querendo discutir sobre Hermione.
-E aí, Vítor, já pensou?-Perguntou ele, tirando a roupa e procurando o seu roupão em uma das gavetas de sua cama.
-Pensei em quê?-Perguntou Vítor, agora encarando o amigo, com os olhos faiscando.
-Sobre a garota!A tal Hermione, ou que nome tenha!Você já desistiu dela?
-Eu NON fou desistirr de Hermi-ô-nini!Icsto é prreconceito Ianevski!-Vítor havia se levantado, sem saber quando fizera isso.Poliakoff afastou do colega, com os olhos arregalados.Vítor costumava ser uma pessoa muito passiva.
-Não...não sou apenas...apenas eu...Vítor...-Indagou Poliakoff, encostando-se na parede.-Todo mundo fala por suas costas, que a sua escolha é...vou usar um termo menos agressivo, insensata.Scarlett Ethel, aquela gatinha da cabine quinze, estava lá na cozinha...-Vítor congelou, será que não deu certo o seu feitiço?Ela deve ter contado tudo.-...debochando pra caramba da garota que você escolheu e ainda falou que ia fazer o possível para tirá-la de sua cabeça para o seu próprio bem, só não sabia como fazer...
-Eu non estou nem um pouco afim de saperr o que a Ethel tem a dizerr!-Vociferou Vítor, muito feliz por dentro, ao saber do sucesso de seu feitiço da memória.-Nem ela, nem focê, nem ninguém!Eu vou lutarr porr Hermi-ô-nini até conquistá-la e ninguém, NINGUÉM vai me impedirr...!-A porta abriu, e Igor Karkaroff entrou na cabine sem esperar ser convidado, observando os dois amigos de pé, a uns cinco metros de distância um do outro.
-Eu não quero gritos aqui.Poliakoff, saia, agora.-Sem discutir, Poliakoff arrastou-se para fora da cabine, deixando Karkaroff a sós com Vítor.O diretor contornou-o e sentou-se na cadeira em forma de barril.
-Sente-se.-Vítor sentou-se, segurando muito, o seu alívio e frustração em seu rosto carrancudo.-Bom, vamos direto ao assunto.Eu tenho dois assuntos a tratar com você, Vítor e espero a sua total atenção para...
-Sem rodeios, dirretorr.-Cortou Vítor.Karkaroff franziu a testa, mas sorriu para o rapaz.
-Ai, ai, Vítor, sempre determinado e inteligente.Mas, ás vezes nós erramos, não é.Errar é humano...
-O senhorr querr falarr sobrre Hermi-ô-nini?-Interferiu Vítor, mais uma vez.
-Sim, é sobre a sua amiga que eu quero falar.Afinal, desde os seus singelos onze anos, você tem feito parte de uma sociedade totalmente diferente do que consta nesta escola, uma sociedade emaranhada, constituída de sangues-puros, mestiços e sangues-ruins...
-CHEGA!-Vítor ficara novamente de pé.Sua fúria se intensificando a cada olhar frio que Karkaroff lhe lançava.-Eu ecstou cansado de focês trratarrem pessoas igual a Hermi-ô-nini do jeito que trratam!Somos todos iguais!E se o senhorr insistirr mais com ecste assunto, irrei confessar o meu conhecimento soprre a prrimeirra tarrefa, atrravés de focê!-Vítor nunca sonhara que um dia estaria ameaçando Karkaroff, estava tão furioso, que nem pensava nas conseqüências que seus novos atos iriam causar.Fossem bons ou ruins, mas estava farto de o tratarem como uma criança que escolhe mal o seu amigo.Ele já tinha dezoito anos!.O diretor parecia estar guerreando com si mesmo.A reação de Vítor fora totalmente inesperada para ele.
-Certo.-Concordou por fim, seus olhos frios ganhando um novo fulgor ao encarar Vítor.-Não falo mais sobre isso.Bem, o outro assunto então, é a questão da pista do ovo.Você já tem alguma idéia do que se trata?-Vítor desviou o olhar para a sua mala, onde o ovo estava intocado, desde a primeira tarefa.Karkaroff entendeu aquele gesto como um ‘‘não’’.
-Escute Vítor.O que eu vou lhe dizer custou muito para eu descobrir, mas a solução é apenas enfiá-lo debaixo d’água e...
-Dirretorr!Non devia terr feito isso.-A raiva que Vítor estava sentindo, até um minuto atrás, evaporou.No lugar dela, surgiu uma curiosidade intensa sobre mais informações do ovo.Mal se conteve em ouvir o que Karkaroff tinha a dizer.
-E você acha que Madame Máxime não procurou a resposta para Fleur Delacour?Ou Dumbledore para os seus campeões?Eles não se importam com as regras, Vítor.Eis a prova disto: dois campeões de Hogwarts.Não seja tão ingênuo!Eu não sei a pista, mais garanto a você que minhas fontes são verdadeiras.-O campeão pensou, refletiu, e para não pensar em outra coisa, aceitou o argumento de Karkaroff, acenando com a cabeça, afirmativamente.
-Bom garoto!Faça isso o mais rápido possível e terá uma boa dianteira.-Karkaroff deu uma palmadinha em seu ombro e saiu da cabine.Vítor ficou olhando para a porta fechada.Tentava não se sentir culpado, ou desonesto, mas isso martelava em sua cabeça.Imaginou Hermione sorrindo para ele, por ter ganhado a segunda tarefa, e depois viu apenas a mão dela em sua cara, logo que terminou de contar a ela como descobrira o mistério do ovo.
No dia seguinte, Vítor decidiu que iria ver se a informação de Karkaroff prestava para alguma coisa.Ele esperou anoitecer, assim teria mais tempo e paz para tentar decifrar a pista.Com o ovo de ouro debaixo do braço, o seu roupão e o seu traje de dormir, Vítor seguiu para o banheiro.Virou dois corredores à direita do mesmo corredor de sua cabine, sem subir escada alguma, parou em frente á uma porta marrom simples, com um letreiro de prata informando: Toalete-desocupado.Vítor virou a plaqueta escrita: ‘‘desocupado’’ e colocou ‘‘ocupado’’, antes de entrar.
A cabine era pequena, revestida de madeira azul-marinho, do chão ao teto.Havia uma estante feita da mesma madeira, no fundo, contendo vários produtos higiênicos e toalhas azuis minuciosamente dobradas e passadas, empilhadas umas nas outras.Bem no meio da cabine, tinha uma banheira com uma forma circular feita de azulejos pretos.Duas torneiras ficavam em uma beirada da banheira, uma com a letra ‘‘F’’, nas costas e outra com a letra ‘‘Q’’.Havia também cinco pias pretas postas em uma fileira, do lado esquerdo da porta marrom e cinco boxes pretos, do lado direito.
Vítor pousou o pesado ovo de ouro dentro de uma das pias e entrou em um boxe- como o navio era mágico, ‘‘tudo’’ desaparecia, assim que acionava a descarga.A água da torneira, do sanitário e da banheira, eram reaproveitadas e o resto se autolimpava-.O campeão saiu do boxe, pegou o ovo de dentro da pia e o jogou dentro da banheira vazia.O objeto produziu um ruído metálico ao entrar em atrito com os azulejos, e ficou rodopiando na banheira durante um tempo.Vítor abriu a torneira com água fria toda, e enqüanto aguardava a banheira encher, despiu o roupão vermelho e sua roupa de dormir.Quando a banheira encheu mais da metade, Vítor fechou a torneira e abriu a de água quente.
Finalmente a banheira estava cheia de água morna.Com frio, Vítor correu para a estante no fundo da cabine, pegou um frasquinho contendo um líquido amarelo e o despejou todo, na água.No instante seguinte, a água começou a ficar cheia de espuma e exalava um forte cheiro de hortelã.Vítor entrou na banheira e sentiu-se totalmente relaxado.Mergulhou a cabeça e apanhou o ovo, no fundo do piso.
-Pom, famos lá.-Vítor enfiou o ovo dentro da água e o abriu.Logo depois inspirou uma boa dose de ar e mergulhou a cabeça.O som do ovo era um coro de vozes muito belas.Mas dentro dele, era totalmente oco.

Procure onde nossas vozes parecem estar,
Não podemos cantar na superfície,
E enquanto nos procura, pense bem:
Levamos o que lhe fará muita falta,
Uma hora inteira voce deverá buscar,
Para recuperar o que lhe tiramos,
Mas passada a hora – adeus esperança de achar.
Tarde demais, foi-se, ele jamais voltará


Vítor subiu rapidamente a sua cabeça e afastou os seus cabelos pretos dos olhos com um movimento rápido da cabeça.Seja qual fosse a sua conclusão tirada sobre aquela música, ele só a pesquisaria quando decorasse a canção toda.Mergulhou a cabeça mais duas vezes, encostou a cabeça na borda da banheira, e ficou refletindo a pista.Alguém iria lhe tirar alguma coisa de grande valor, mas Vítor não fazia idéia do que seria, então se voltou para o quê viria a ser estes seres que não cantavam na superfície.
-Drroga!-Vítor nunca fora bom em charadas, continuou ali, parado até a espuma amarela ir se dissolvendo pouco a pouco.-Non podemos cantarr na superrfície...-Repetiu Vítor.Mas é claro!Se não cantam na superfície, naturalmente não vivem nela.O ovo somente podia ser escutado dentro da água...
Juntando esse fantástico quebra-cabeça, Vítor chegou a uma conclusão: onde deveria procurar, no dia vinte e quatro de fevereiro, durante uma hora, algo que lhe fará muita falta, era debaixo da água.Criaturas aquáticas-Deduziu Vítor.-Ecste lago, o lago em que o Navio de Durrmstrrang está ancorrado seria o local ideal.-E com a sua perícia em transfiguração, seria fácil respirar debaixo d’água, como se fosse o seu morador.
Vítor esvaziou a banheira, vestiu a sua roupa e o roupão por cima e cruzando os corredores, programou uma ‘‘visitinha’’ para conhecer o seu adversário um bocado molhado.

-Ah, isto aqui não adianta nada.-Reclamou Hermione, fechando com brutalidade o livro Estranhos dilemas da magia e suas soluções, muitíssimo ofendida porque a biblioteca, em que se encontravam agora, não estivessem lhe dando nenhuma informação sequer, sobre como respirar durante uma hora, debaixo da água.A segunda tarefa iria acontecer daqui a algumas horas, e Hermione estava tão furiosa por Harry ter deixado isso de última hora, que estava a ponto de deixar ele e Rony ali, sozinhos, pesquisando em livros inúteis como realizar este milagre.-Quem é que vai querer que os pêlos do nariz cresçam em cachinhos?
-Eu não me importaria.Seria um grande tópico para estimular conversas, não acham não?-Falou Fred Weasley, aparecendo de trás das estantes, acompanhado de Jorge.
-Que é que vocês dois estão fazendo aqui?-Perguntou Rony, levantando a cabeça.Hermione ficou ligeiramente tensa.
-Procurando vocês.McGonagall quer ver você Rony.E você Mione.
-Por quê?-Hermione sentiu o estômago sacudir.Será que a professora iria brigar com ela e Rony por perceber a ajuda para o Harry?Será que a expulsaria de Hogwarts?
-Sei lá... mas estava com a cara meio fechada.-Explicou Fred, indiferente a reação de surto de Hermione.
-Disse que era para levarmos vocês à sala dela.-Informou Jorge.Hermione se levantou muito depressa, não querendo atrasar o que é que a profª Minerva tinha a dizer.
-Encontramos você na sala comunal.-Disse a garota á Harry.-Leva o maior número de livros que puder, OK?
-OK.-Respondeu Harry.
Hermione caminhava ao lado de Rony, atrás de Fred e Jorge discutindo sobre alguma coisa relacionada com os seus produtos Creme Canário.
-Meu Deus!É o fim!Acabou!Vamos ser expulsos!-Sussurrou Hermione para Rony.O amigo parecia bem ansioso, também, mas parecia um pouco mais calmo do que a amiga.
-Calma Mione, com certeza deve ser...hum...alguma coisa sem grande importância.
Quando chegaram na sala da profª Minerva, Hermione e Rony se despediram de Fred e Jorge, antes de entrarem na sala.Rony bateu educadamente na porta e uma voz severa os chamou:
-Entrem.
Dentro da sala estava Dumbledore, Madame Maxime, Igor Karkaroff, a profª Minerva, Cho Chang e uma menina que aparentava ter uns oito anos, de longos cabelos louro-prateado.Ela e Cho pareciam muito ansiosas também, a menininha até temerosa.Dumbledore sorriu para os recém chegados e os indicou uma cadeira, ao lado de Cho e da menininha.Karkaroff estava com uma expressão de profundo desgosto ao ver Hermione entrando.A profª Minerva também expressava desaprovação, quando olhou Hermione.
-Boa noite, senhor Weasley e senhorita Granger.-Cumprimentou Dumbledore, assim que Rony e Hermione se sentaram.
-Boa noite.-Disseram os dois, em uníssono.
-Bom, agora que estão todos presentes, eu poderei informar a todos vocês porque os chamei.-Dumbledore se levantou e caminhou ao redor dos diretores.
‘‘Como naturalmente sabem, a segunda tarefa está próxima e os campeões devem ter descoberto a pista a essa altura.’’-Karkaroff pigarreou, mas continuou calado quando a crise parou, ainda olhando feio para Hermione.
‘‘Eu posso adiantar a vocês qual será a importante missão dos nossos campeões.’’-Continuou.-Pois bem, a missão é resgatar um tesouro do fundo do Lago Negro, um tesouro para cada campeão, algo que lhe fará muita falta...-Desta vez, Karkaroff interrompeu.
-Isso é um absurdo!Como você, Dumbledore, pode saber qual é o tesouro mais querido de Vítor?-Hermione olhou os convidados à sua volta, e então concluiu: quatro pessoas, quatro tesouros; Cho com certeza faria uma grande falta a Cedrico, a menininha tinha uma semelhança inigualável com Fleur, Rony era muito fã de Vítor e...
-O sr. Krum, Igor.-Começou Dumbledore, sorrindo para o diretor de Durmstrang.-Se mostrou muito prestativo com o seu tesouro, muito dedicado, digamos, mais contente com a preciosidade que para ele, o mostra uma nova forma de viver.
-Como pode saber tudo isso, Dumbledore?-Karkaroff sorriu com aqueles dentes amarelados, mas Dumbledore não demonstrou impaciência, ao contrário dos demais.
-Meu caro Igor, eu não irei dizer que conheço os seus alunos, porque os conheço insuficientemente.Mas, no caso do sr. Krum, é muito claro a sua harmonia com o seu tesouro.Isso se pode ver nos olhos da pessoa, ou até em um gesto constrangedor, mais ainda sim, suficiente para transmitir aquilo que lhe é de um grande valor sentimental, e se um dia vier a perder, o sofrimento terá significado em suas vidas.Então, foi por isso que o sr. Krum escolheu o seu tesouro, foi ele próprio, e não eu.Estamos entendidos, Igor?-Karkaroff mirou Dumbledore, e então desviou o olhar para o chão.O diretor sorriu, e se voltou para os quatro.
-Bem, o tesouro mais profundo que os campeões guardam, são vocês, pessoas de bom coração, que ganhou os corações do sr. Diggory, - Dumbledore sorriu para Cho – da srta. Delacour, - Sorriu para a menininha encolhida na cadeira – do sr. Potter – Agora foi a vez de Rony – e do sr. Krum – Dumbledore sorriu para Hermione.Totalmente perplexa com o que acabara de ouvir, Hermione sentiu uma raiva intensa crescer em seu peito.Era uma brincadeira de muito mau gosto, o que eles estavam fazendo.Ela, com certeza, não era a pessoa que Vítor sentiria mais falta na vida, sem falar as poucas vezes que conversaram.Cho franziu a testa, a menininha fez cara de desentendida e as orelhas de Rony ficaram vermelhas, um mau sinal.
-Mas é claro, eu garanto a vocês que não acontecerá nada enquanto estiverem lá em baixo, e que só voltaram a despertar, quando o seu campeão o resgatar.E se isso não vier a acontecer, tiraremos vocês de lá do mesmo jeito.Aceitam?
Ninguém respondeu.Hermione queria gritar, dizendo a calunia de ser uma refém, de alguém que ela nem conhecia direito.
-Estarão seguros.Agora é melhor decidirmos isto um pouco mais rápido, por que a tarefa é daqui a algumas horas.E temos que entregá-los para os sereianos, ainda.-Cho colocou as mão na boca, a menininha ao contrário, abriu a boca Rony ficou imóvel, as orelhas ainda vermelhas e Hermione olhou para os demais, antes de se decidir, muito contrariada.
-Estou pronta, diretor.-Dumbledore sorriu para ela e a tocou levemente em sua face, murmurando umas palavras sem sentido.Na mesma hora, Hermione sentiu o sono chegar.Fechou os olhos e adormeceu, sem saber se Rony e as outras haviam concordado em fazer a viagem pelo lago.

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