O Meteoro-Chinês



Vítor ficou remoendo os acontecimentos ao pé da escadaria de mármore, durante três dias seguidos.E durante esse tempo, ele não vira mais a garota desde que levaram um encontrão no saguão de entrada.Porém, no início do quarto dia que se sucedeu, Vítor descobriu o refúgio mais querido dela.A biblioteca.De tarde, de manhã, e algumas vezes, de noite, Vítor tem investigado a biblioteca, com a esperança de reencontrá-la.E foi em uma dessas visitas irregulares, que Vítor a viu com Harry Potter, em uma mesa próxima a estante da Madame Pince, a bibliotecária.Harry Potter, e a garota, quase não se separavam, e embora fossem à biblioteca fazer não se sabe o quê, Vítor a via com maior freqüência, naquele ambiente cheio de livros, do que ele.
Agora, a rotina de Vítor não mudava; acordava cedo, tomava café, voltava ao navio com o resto dos estudantes, inclusive Poliakoff, e voltava à biblioteca, para ver se a garota se encontrava lá.Na parte da tarde, Vítor almoçava e voltava à biblioteca.De noite, era muito difícil dela estar, mas ele ia mesmo assim.O que mais intrigava em Vítor, era o fato de querer vê-la, mas não falar com ela.Não tinha assuntos para tratar com a garota, e quando criava coragem para se aproximar, ou Harry Potter estava com ela, ou o bando de garotas risonhas o perseguia.E o que era pior, a menina parecia não gostar nem um pouco das garotas risonhas estarem ali, e com toda a razão.Embora Vítor saiba ignorá-las, a menina não perdia o seu tempo; saía da biblioteca, para não precisar ouvir os risinhos bobos, atrás das estantes.
Vítor voltou à biblioteca, de tardinha, e quando chegou lá, não encontrou a garota.Já ia sair, antes do seu fã-clube chegar, mas algo chamou sua atenção: um recorte de jornal estava em cima da mesa mais próxima.Parecia meio amassado, mas mesmo assim, Vítor o pegou e leu, silenciosamente.
’’Harry finalmente encontrou carinho em Hogwarts.Seu amigo íntimo, Colin Creevy, diz que o garoto raramente é visto sem a companhia de Hermione Granger, uma linda menina nascida trouxa que, como Harry, é uma das primeiras alunas da escola.’’
Vítor tentou absorver aquela reportagem, claramente.Se estivesse certo, a garota que o perturbava, emocionalmente, se chamava Hermione Granger.Vítor sorriu.Era um nome bonito, mas complicado.O fato de ela ter nascido trouxa, por mais que seus pais e amigos não paravam de falar desta raça com desprezo, apenas pareceu despertar em Vítor, um interesse maior na garota.E com uma ligeira pontada, releu que Harry Potter era mais amigo de Hermione, do que ele pensava.Alguma coisa dentro de Vítor, se rompeu.Um calor subiu o seu rosto, e o aborrecimento se apossou de cada centímetro do seu corpo.Demorou um pouco para Vítor perceber, que estava sentindo ciúmes de Potter, contudo, isso o incomodou mais ainda.Já ia sair daquele lugar, quando ergueu os olhos para sua frente, e avistou Hermione e -com uma pontada ainda mais forte- Potter.Os dois o viram , mais depois continuaram o caminho, até uma mesa bem distante.Disposto a tentar se aproximar da garota, Vítor os seguiu para o fundo da biblioteca.
**-...eu não consigo, Hermione, é como um bloqueio.Não consigo pegar o jeito do feitiço convoca...-Harry parou de falar, ao ver Vítor se sentar perto deles, em outra mesa, e pegar alguns livros da estante próxima, começando-os a ler imediatamente.Hermione sentiu o seu rosto corar; ao mesmo tempo, a frustração e a vergonha penetraram seu corpo.Agora, muito freqüentemente, Hermione tem visto aquele perfil adunco na biblioteca.Não chegaram mais perto desde que se colidiram na escada do saguão.Hermione ainda sentia, os seus dentes crescendo, mas quando se assustava, notava que eles haviam diminuído, graças a Madame Pomfrey.Só achava que seus pais não iriam gostar muito da novidade, já que queriam que ela usasse aparelho.
-Hermione?-Por um instante, Hermione contemplou o rosto carrancudo de Krum.Harry notou o silêncio da amiga, então a chamou de volta a conversa que estavam tendo, antes de serem interrompidos pela entrada curvada de Krum.
-Oi?-Disse Hermione, como se despertasse de um transe.
-Por onde você quer começar?Pela teoria?-Perguntou Harry, folheando o seu livro de feitiços.
-Sim, sim claro.Pela teoria.-Confirmou Hermione.-A não!-Hermione acabara de ouvir uns risinhos as suas costas.As garotas haviam voltado, naturalmente, á procura de Krum, que as ignorava completamente.
-Que saco!Elas não dão nem uma trégua!Assim eu não me concentro!Com esses risinhos bobos!-Hermione estava começando a se aborrecer, de novo.Na sua opinião, Krum devia se trancar no navio, e ler, saiba lá o que, lá.Por que esse interesse de vir todos os dias, à biblioteca?
-Ele nem ao menos é bonito!-Murmurou Hermione, enraivecida, mirando Krum.-Elas só gostam dele porque é famoso!Não olhariam duas vezes se ele não fosse capaz de fazer aquele tal de Fingimento Wonky...-Harry se virou para a amiga, então a corrigiu, entre dentes.
-Finta de Wronski.-Hermione soltou um bufo de impaciência.
-É melhor pararmos.
-Por que, Hermione?-Assustou, Harry.Era a primeira vez que Hermione saía da biblioteca, por causa do motivo atual.Mas, para a garota, isso já passara dos limites do bom censo.Se esse Vítor Krum, tivesse um pingo de consciência, sairia da biblioteca, levando as meninas idiotas e lesadas com ele.
-Vamos continuar, na sala comunal.-Hermione e Harry arredaram suas cadeiras, passaram pela mesa e saíram, sem olhar para trás.
**Vítor continuou ali, sentado e vendo uma figura do livro: Bailes dançantes da bruxaria antiga, que ilustrava um casal dançando valsa, a par de que não havia mais real necessidade de continuar ali.Mais uma chance jogada para o alto.Vítor folheou o livro, sem ter a mínima idéia do que estava escrito, pois só aguardava Hermione e Potter tomarem mais um pouco de distância, para não parecer suspeito.-‘‘O Baile de Inverno é uma tradição do Torneio Tribruxo...-Vítor ia virar a próxima página, mas parou, com a mão no ar, quando leu aquelas palavras.Se concentrando no que estava escrito, continuou a ler.
‘‘...com a finalidade de promover a socialização, com os alunos estrangeiros.O Baile de Inverno é realizado na noite de Natal.Os três campeões abrem o baile, com seus pares, o traje é à rigor...-Vítor parou sua leitura, bruscamente, por que, sem dúvida, não ouviu direito.Está certo, era comum ter bailes assim, em sua mansão, onde Vítor dançava quase sempre com as amigas de sua mãe, ou as esposas dos amigos de seu pai, mas nunca chegava nelas e as convidava.Embora estivesse certeza de que não era necessário convidar alguma menina, Vítor não conseguia suportar a idéia de ser convidado, ainda mais se tivesse que recusar o convite.Ele olhou para a estante, onde estava o grupo de garotas, dando risinhos, e seu estomago despencou.Quem iria convidar para esse baile, se ele realmente fosse real?

-Sim, sim existe sim, o Baile de Inverno.-Afirmou Karkaroff, para Vítor.
Já chegara o domingo que antecedeu a primeira tarefa, e Vítor estava mais preocupado em saber mais detalhes sobre o baile, do que o perigo que teria de enfrentar.Ele e o diretor de Durmstrang estavam em sua cabine.Poliakoff estava tomando café, com o resto de seus colegas.
-Como você sabe?-Perguntou Karkaroff, enrugando a testa e dando voltas pela cabine vinte e nove, enqüanto Vítor refazia os seus passos.
-Eu li em um livrro.Achei que ele non ecxistia de verrdade.-Respondeu Vítor, agora preocupado.
-Bem, não se preocupe com isso agora.Eu explicarei para você e os outros, mais tarde.A primeira tarefa é na terça, e temos é que pensar em ganhá-la!-A realidade trouxe Vítor à terra de supetão.A primeira tarefa estava muito próxima de começar, e ele não pesquisara nada, sobre meios de proteção.Será que os outros campeões já haviam se preparado?Como podia ser tão burro, a ponto de esquecer uma coisa tão importante?Vítor mirou o Karkaroff, e para seu espanto, o diretor não demonstrava preocupação, pelo contrário, até tinha o rosto radiante.
-Não se preocupe, Vítor, meu garoto.-Tranqüilizou-o.-Eu estava caminhando pelos jardins, ontem a noite, e ouvi uns vozes...
-Non prrofessor.-Alertou Vítor, pois Karkaroff estivera a ponto de revelar o que ele teria de enfrentar na noite de terça.-Isso serria desonesto.
-... e caminhei em direção ao barulho, que vinha de dentro da floresta...-continuou Karkaroff, como se não tivesse havido interrupção.-...daí, quando eu me embrenhei mais profundo, eu vi uma cortina de fogo, levantar-se pelos arbustos...
-Non!Prrofessor Karrkarroff!
-Dragões.-Resumiu Karkaroff.O choque não atingiu Vítor, como ele mesmo previra.Sabia o que tinha de fazer, pois estudara isso, em sala.Vítor tinha que buscar o ponto mais fraco do dragão, que no caso, era o olho.
-Antes de começar a falar, meu caro Vítor.-Disse Karkaroff, com um leve sorriso.-Eu gostaria de lhe informar que os outros campeões já sabem.Madame Máxime estava com o professor de Dumbledore, e naturalmente eles contaram aos outros, pois querem acima de tudo, nos derrubar.-Vítor sentiu uma leveza dentro de si e inspirou profundamente.Se os outros campeões sabiam, ele tinha todo o direito de saber.Olho por olho, dente por, dente.
-Presumo que já saiba o que vai usar, não?-Vítor hesitou, mas antes de Karkaroff tornar a abrir a boca, ele respondeu.
-O feitiço Conjunctivitus.-Disse, cheio de esperança agora.Karkaroff deu outro sorriso, mas desta vez, com os seus dentes amarelos à amostra, depois saiu da cabine, com as mãos se apertando atrás das costas.Vítor sabia que esse simples feitiço poderia neutralizar um dragão, mas será que era apenas isso a tarefa?O campeão olhou através da escotilha, uma torre lá no alto do castelo.Iria praticar o feitiço Conjunctivitus mais tarde, pois iria voltar à biblioteca, para tentar resolver outro problema.
Enqüanto caminhava pelos corredores de pedra, Vítor sentiu uma imensa gratidão, por saber sobre o baile, mais cedo do que os outros alunos.Assim teria o tempo mais livre, para conseguir pensar em convidar alguém para acompanhá-lo.Desde que saiu da biblioteca, naquele dia em que viu o livro sobre bailes, Vítor tem pensado nas possíveis candidatas a querer convidar.E a sua conclusão era: ou Hermione Granger, ou ninguém mais.
Na segunda feira, Vítor não foi à biblioteca, continuou no navio para ter total dedicação, no feitiço Conjunctivitus.O rapaz pediu a ajuda de Poliakoff, para praticar o feitiço nele.Depois de muitas horas, Poliakoff acabou concordando.
-Está bem, mas eu quero que você me apresente a tal garota de quem tanto fala.Certo?-Vítor se sentiu estúpido por ter contado para Poliakoff, sobre os seus possíveis sentimentos por Hermione.Agora não podia voltar a trás.
-Verremos.Focê sape que ela e eu non nos conhecemos.
-Sei.-Cortou Poliakoff.Vítor inspirou, então pegou a sua varinha, em cima da mesa xadrez, da cabine, e mirou-a em Poliakoff, que estava sentado em sua cama d’água, observando, preocupado.
-Eu não sei se isso vai dar...
-Non se prreocupe.Eu sei o contrrafeitiço.Agorra, calado.-Vítor se concentrou mais do que tudo.Esvaziou a mente de todos os pensamentos, olhou nos olhos de Poliakoff, então gritou.
-Conjunctivitus!-Um feixe branco, saiu da ponta da varinha de Vítor, e atingiu na orelha esquerda de Poliakoff.
-AI!-Poliakoff começou a coçar a orelha, compulsivamente, e ela foi ficando mais vermelha.-Tá doendo, seu míope!
-Desculpe.-Vítor desenhou um aro no ar, e Poliakoff parou de coçar a sua orelha.Isso era um exemplo de como seria difícil aperfeiçoar o feitiço, em menos de vinte e quatro horas.Afinal, um dragão gigante seria bem diferente do que um Poliakoff metido.

Vítor não desgrudava os olhos do chão de grama, aguardando seu nome ser anunciado por Ludo Bagman.Harry Potter também estava com ele, dentro da barraca, Cedrico conseguira cumprir a tarefa em uns quinze minutos, -a tarefa consistia em apenas passar pelo dragão, para pegar o ovo de ouro, onde continha a pista da tarefa seguinte- agora os comentários de Bagman, sobre Fleur variavam, e terríveis imagens passavam pela sua cabeça.Havia um dragão para cada um, Vítor tirara o número três, o Meteoro-Chinês.Sabia exatamente, o que tinha de fazer, e isso seria bem simples.Harry Potter parecia muito nervoso, e por um instante, Vítor se viu em seu lugar.Inesperadamente, sentiu pena.
-E aí vem o sr. Krum!-Anunciou Bagman, pegando Vítor de surpresa.O rapaz saiu da barraca, curvado, e quando entrou no campo, onde o tamanho original da miniatura de dragão que estava em seu bolso, mirou Vítor entrar na cerca.Sua franja de ouro, próxima ao focinho, mesclava com sua cor avermelhada.O Meteoro-Chinês estava em cima de um ninho, onde provavelmente, havia o ovo de ouro que tinha de pegar.Os aplausos e vivas, de repente, cessaram.Todos olhavam de Vítor, para o dragão, a alguns metros de distância.Com a varinha em punho, a mão suando, Vítor se aproximou.Para obter o ovo, teria primeiro, de tirar o dragão de cima dele, e isso, Vítor não tinha a mínima idéia de como fazer.O dragão continuava mirando Vítor, esperando para o ataque, mas sem sair de cima de sua ninhada.Vítor o olhava também, e pela primeira vez, o medo tomou o seu corpo.A multidão começava a gritar, Vítor não queria virar o rosto para as arquibancadas, tinha medo de descobrir as expressões dos rostos que o observavam, ali, parado.Ele viu Poliakoff o pisando, Karkaroff muito lívido, os outros campeões sorrirem, ao ver suas notas altas, e Hermione Granger o contemplando, decepcionada.Um broto de coragem, nasceu dentro dele, depois, ao imaginar o rosto de Hermione, Vítor se aproximou mais do dragão, e, fez o que lhe pareceu mais sensato.Sentou na grama, e passou a encarar o Meteoro-Chinês, cara a cara.
-Muito ousado!-Berrou Bagman, para a multidão.
Passaram-se exatamente sete minutos.Vítor recomeçou a preocupasse.Não podia ficar ali, encarando um dragão gigantesco, e esperando ele reagir.Antes de pensar em fazer alguma coisa diferente, uma outra tática, pareceu que o dragão se encheu de ficar mirando o seu alvo sentado, o desafiado a levantar-se e lutar.Com um pulo, Vítor se pôs de pé, ergueu a varinha, e mirou os olhos do dragão.A platéia começou a berrar, e o Meteoro-Chinês levantou-se do ninho.Sua pata com garras de ouro, bateram no chão, com um baque forte, que fez tremer o chão.Era agora, teria de agir, o dragão estava se aproximando, a cada passo, ele fazia o chão tremer.Sem pensar duas vezes, Vítor se concentrou e bradou.
-CONJUNCTIVITUS!-O feixe branco saiu da varinha de Vítor, cortou o ar e atingiu o olho direito do dragão.O urro que ele soltou foi tão poderoso, que até ele pareceu ficar sem emitir som, por uns instantes.A multidão se silenciou, assustados, vendo o dragão se desembestar, com as asas batendo e jorros de chamas alaranjadas saído de sua bocarra.A sua chance estava ali.Vítor correu o mais veloz que pôde, tão veloz, que até ele se assustou com tamanha velocidade que certamente, não conseguiria alcançar, em condições menos desesperadoras.Deu um pulo para dentro do ninho, pegou um ovo dourado, entre muitos outros ovos de verdade, e disparou para a outra extremidade do campo.
-Que sangue-frio ele está demonstrando... e... sim, senhores, ele apanhou o ovo!-A multidão se prorrompeu de gritos e aplausos, mas Vítor, com o ovo seguro em seu braço, viu que o dragão agonizado, se desembestou em sua direção, pisando em uma grande maioria dos ovos cinza-chumbo, que estavam no ninho.
Sentindo-se feliz por ter acabado a tarefa, ileso, mas zangado pelo que o Meteoro-Chinês fizera com o ninho, Vítor se levantou, e sentiu um braço o puxando, para uma cabana mais próxima.
-Não se preocupe, irei cuidar de você.-Era Madame Pomfrey, a enfermeira de Hogwarts.-Depois poderá ver a sua nota.A cabana onde Madame Pomfrey o levou, não era a mesma que Vítor esteve, antes de começar a primeira tarefa.Quando entrou, o rapaz viu que ela estava dividida em cubículos.Cedrico estava em uma cama próxima, Vítor o distinguiu através da lona.Parecia estar bem.Fleur já estava saindo, quando Madame Pomfrey a barrou.
-Espere, senhorita.Vou dar um jeito em sua queimadura...
-Non prrecisa.Foi apenas a minã saia que queimou.-E saiu, azeda.Vítor hesitou, então se levantou e já ia sair também, quando a enfermeira também o barrou, aborrecida.
-Eu ecstou pem.-Disse Vítor.-Non tive ferrimentos algum.
-Mas...-Porém, Vítor já saiu da barraca e estava observando a bancada dos juizes.Karkaroff sorriu, de longe, mostrando os seus dentes amarelos, então ergueu a varinha para o céu, e de sua ponta, saiu em letra douradas, o número dez.Madame Máxime fez o mesmo, girou a varinha no ar, e um sete dourado se fez, com a fita, deixando visível, para todos.Se eu não estivesse quebrado os ovos, teria ganhado mais pontos- pensou Vítor, ficando nervoso.Ludo Bagman deu oito, Dumbledore, sete e o sr. Crouch mandou um oito no ar.Será que estava tão bem quanto Fleur e Cedrico?Ouve mais uma rodada de aplausos.Vítor viu o Meteoro-Chinês ser abatido por sete homens armados com varinhas, e depois, tentando removê-lo para fora do campo, onde Vítor ainda tinha o maior destaque.
-Vítor!Sente-se ali!-Karkaroff gritou para o campeão, da bancada dos juizes, e quando Vítor o localizou, Karkaroff indicou um espaço livre, entre os alunos de Durmstrang , que gritavam e aplaudiam mais do que os outros.
Vítor se dirigiu para os colegas, que os recebeu com palmadas nos ombros, e socos nos braços.Scarlett Ethel estava bem na sua frente.Ela o olhou, parecendo feliz e desejosa, mas Vítor foi sentar-se ao lado de Poliakoff, que não parava de gritar ‘‘esse é o meu melhor amigo!É o meu amigão!’’Com os olhos mirando as arquibancadas, Vítor procurava alguém, mas pelo visto não achou, e se concentrou em assistir o próximo campeão.Ninguém parecia notar, mas Vítor não sorriu nenhuma vez.Talvez o rosto sorridente que quisesse ver, mas não viu, o tenha injetado um desapontamento momentâneo.Agora, a tarefa pareceu bem mais simples do que antes de enfrentá-la.
Com o ovo seguro em sua mão, o apito tornou a soar, e os gritos recomeçaram.Vítor apreciou o seu lugar, seguro, entre seus colegas, assistindo Harry Potter entrar no cercado, onde mais um dragão fora colocado.Nesse momento, a miniatura do Meteoro-Chinês soltou um vaporzinho pela sua boca minúscula, fazendo Vítor se sobressaltar do banco, com o bolso pelando.

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