Igor Karkaroff



-Vítor.-Vítor escutou uma voz distante chamando pelo seu nome.
-VÍTOR!-Vítor deu um salto na cama e quase desembesta para fora dela.Já era de manhã.Os finos raios de sol fugitivos da superfície, que abandonavam o verão, estavam iluminando a cabine vinte e nove, e Poliakoff estava parado à porta, com Scarlett Ethel ao seu lado.A garota do sexto ano o olhava, entusiasmada.
-Ela diz que tem um recado para você.-Disse Poliakoff olhando-a com interesse, mas a garota pareceu nem notar.Continuava a mirar Vítor, cobiçosamente.
-Desculpe acorrdá-lo decsta maneirra...-começou ela meio sem graça, ao ver a expressão carrancuda de Vítor aparecer em sua face adunca.-Mas o srr.Quiquerr querr fê-lo no confés, junto com as pessoas que tirrarram o papel de telecinesia...-Vítor não respondeu, e a menina se retirou, apressada.Ele achava uma tremenda falta de educação as pessoas invadirem a sua privacidade, agora, acordá-lo para ver o sr. Quiquer, depois de passar horas com ele na noite passada, já era um abuso.
-O quê é que você está esperando?Levanta desta cama e coloque uma roupa descente!-Falou Poliakoff, pegando uma blusa para Vítor vestir.
-O quê serrá que o sr. Quiquer quer?-Disse Vítor, ainda aborrecido por o terem acordado.
-Não sei, mas deve ter alguma coisa haver com a sua função.-Respondeu Poliakoff, observando de braços cruzados, Vítor se vestir vagarosamente.
-Guarrde alguma coisa parra eu comer.-Pediu Vítor, precipitando-se pela porta, por onde passou Ethel, e caminhando rapidamente pelo corredor do navio, mais uma vez ignorando as pessoas que ali passavam.
Quando saiu pelo alçapão do convés, Vítor foi segado temporariamente pelo sol que atravessava as águas do oceano, mas logo recuperou a visão, e percebeu que um pequeno grupo de estudantes estava rodeando três alunos mais velhos que Vítor encontrou na aula de Ciência Náutica.Um deles era Scarlett Ethel, e havia outra menina, de cabelos longos e castanhos.O único menino parecia agitado, era bastante alto e não parava de sorrir para os estudantes à sua volta.Uma menininha se virou para o alçapão, onde estava Vítor, e começou a gritar para os outros.
-Gente!Gente!É ele!Ele vai mexer no troço também!-O pequeno grupo de estudantes se virou para Vítor.Ele continuou imóvel no lugar onde estava, ciente de que todos o olhavam, Vítor começou a puxar a alça que levantava o alçapão, mas foi detido por uma voz atrás de si.
-Onde é que o senhor vai?-Era Quiquer.Acabara de sair da cabine um, e observava Vítor retirar a mão da alça de argola, muito enraivecido por ser impedido de voltar para a sua confortável cama d’água.Quiquer o encarou por um breve momento, então se virou para o grupo de estudantes.
-Eu quero que todos vocês dêem licença do convés.Todos, menos as senhoras Ethel e Hadman, e os senhores Plum e Krum.
-Mas sr. Quiquer!Queremos saber o que eles vão fazer!-Protestou a garotinha que gritara, pouco antes do marinheiro aparecer.
-Eles terão bastante tempo para dizer a vocês o que farão agora, mas esta não é a hora apropriada.Por favor se retirem do convés.-Sobre os protestos e reclamações, os estudantes deixaram o local.
-Muito bem.-Disse Quiquer, rodeando Vítor e se apoiando no cordame mais próximo.-Presumo que os senhores saibam por que os convoquei para cá, não?-Scarlett ergueu a mão, e Quiquer sorriu para ela.
-É porrque nós tirramos telecinesia como tarrefa.-Scarlett inspirou antes de continuar.-E como ecstá quase na horra de acionarr a telecinesia...
-...eu queria que vocês estivessem uma idéia do que irão fazer.-Completou Quiquer.-Muito bem srta. Ethel!Sim, daqui a exatamente cinco minutos, o timoneiro irá usar o teletransporte para conseguir atravessar os muitos encantamentos que cercam Durmstrang.Mas a telecinesia não é apenas para atravessar encantamentos, mas também para teletransportar a embarcação de um ambiente aquático para outro.De um oceano, para um rio, de um mar para um lago...
-Mas sr. Quiquer, por que não usar a telecinesia de uma vez, ao invés de demorar um dia a usá-la para atravessar encantamentos?-Interrompeu Plum, erguendo a mão para Quiquer poder vê-lo.
-Uma pergunta digna de uma resposta decente sr. Plum.-Disse Quiquer severamente.-Mas a quantidade de poder usado para a telecinesia de uma embarcação deve ser regulada minuciosamente.Já que o ato de teletransportar um navio como este é arriscado, além de se esgotar quando muito usado.-Explicou Quiquer.-Então, para que teletransportar o Navio de Durmstrang, se há uma opção melhor?-Antes que Plum pudesse responder, Quiquer se afastou do cordame, e fez um aceno para que os quatro o seguissem.Enqüanto caminhavam para a proa, onde o timoneiro estava com a aparência totalmente renovada, guiando o timão entusiasmado, Hadman quebra o silêncio.
-Sr. Quiquer, é o timoneirro que ativa a telecinesia?
-Naturalmente.Mas como vocês e os outros alunos que presenciaram a minha aula de Ciência Náutica não tem experiência, eu achei que deveria dividir melhores as tarefas.Então um grupo se reserva para guiar o timão, enqüanto o outro grupo, se reserva para acionar a telecinesia, caso necessário...
-Como se ativa a telecinesia?Perguntou Plum, curioso.
-Vocês verão agora.-Respondeu Quiquer, parando com os alunos bem perto do timoneiro, que acenou para os presentes.
Vítor, que não dera uma palavra desde que saiu da cabine, olhou o seu relógio de pulso, de ouro e viu que acabara de se completar cinco minutos, desde que Quiquer falou do tempo restante.Todos olharam o timoneiro, ansiosos, e este, com um movimento muito rápido, tirou a varinha do bolso do seu colete preto, apontou-a para o centro do timão, e disse em alto e bom som.
-Atravessa-te!
Pareceu uma tremenda maluquice para Vítor.Não acontecera nada quando o timoneiro disse aquelas palavras.Ele sabia que não conhecia o jeito de atravessar os encantos protetores do Instituto, nem mais nenhum aluno sabia; porque assim como acontecera, cinco minutos atrás, todos os alunos eram retirados do convés para o poder ser acionado.Era a primeira vez, pela memória de Vítor, que alguém, que não fosse marinheiro do navio, estivesse presenciando está mágica que permitia cruzar a ‘‘fronteira’’encantada.
Assim como Vítor, os outros alunos pareciam não estar entendendo nada.Mas Quiquer apenas sorria para os muitos rostos duvidosos que se viraram para ele, em busca de explicações.
-Olhem para a sua frente.-Disse Quiquer para os alunos presentes.Sem hesitar, as quatro cabeças se viraram para o norte, onde uma grande massa de névoa cinza-chumbo se aproximava da proa do navio.
-O quê é aquilo?!-Assustou-se Scarlett, recuando para trás do mastro mais próximo.
-Aquilo, srta. Ethel, é o encantamento contra intrusos, utilizado para proteger a Ilha Sacha, onde se encontra o Instituto de Durmstrang.Em geral são submarinos e outras embarcações de trouxas.-Disse Quiquer, com um sorriso cintilante.
-E o quê acontece com os trouxas, senhor?-Perguntou Plum, com a voz tremida.Ele estava logo atrás de Vítor, muito surpreso também.
-Não conseguem atravessar a névoa, então, ou morrem tentando, ou retrocedem.-Disse Quiquer, embora seu sorriso apagasse ao dizer essas palavras.A névoa se aproximava cada vez mais, o timoneiro parecia totalmente indiferente do que estava acontecendo, continuava calado e franzino, provavelmente se concentrando.Vítor tinha muitas perguntas que gostaria de que Quiquer as respondesse, mas continuou calado, para ver se alguém as perguntasse por ele.E de fato, foi o que aconteceu.
-Por que os alunos não podem ver a magia, senhor?-Perguntou Plum, novamente.
-Porque, nem mesmo os próprios alunos, devem saber como passar pela névoa.Eu acho isso um absurdo, porque em Hogwarts, os alunos sabem exatamente como localizar o castelo.
-Porr que non, senhorr?-Perguntou Scarlett, indignada.
-Porque esta escola de bruxaria é a mais antiga da Europa, e a mais vulnerável, em questão, da sua proteção, eu suponho.Talvez se pense que os alunos não são dignos de confiança.Não entrei em detalhes com Karkaroff.-Respondeu Quiquer com tom de indiferença.-Mas vocês e os guiadores do timão terão de saber como usar o poder.Especialmente vocês.Por isso os trouxe aqui.
-Non faltando com respeito sr.Quiquer, mas o senhor sape o motivo pelo qual Karrkarroff non comanda ecste navio ele mesmo, se querr prroteger tanto a escola?-Vítor não resistira à pergunta que mais gostaria de questioná-la.Todos o olharam, espantados.Era muito raramente que ele falava em público.Quiquer fez cara de surpresa, o timoneiro apenas sorriu e os alunos levaram as mãos à boca.
-É uma boa pergunta sr. Krum, mas receio não saber respondê-la.Pergunte o senhor mesmo.
-É, pergunte você mesmo!-Disse Plum, abruptamente.-Já que é o preferido do Karkaroff!
Scarlett olhava de Vítor para Plum, Hadman se entreolhou com Quiquer, e este falou rapidamente.
-Observem, vamos atravessar agora a névoa.-Todos olharam para a Névoa, que deslizava vagarosamente pelas águas banhadas pelo sol.Vítor olhava furioso para Plum.Estava certo, Karkaroff não parava de mimá-lo, mas mesmo assim ele não gostava.Sentir ciúmes dele e do diretor era realmente ridículo.Plum não sabia com quem estava lhe dando.Ele virou para frente, e viu a névoa cobrir a parede invisível que começava na amurada do navio, e terminava bem acima do mastro maior da embarcação., fazendo parecer que estavam sobre um céu anuviado, prestes a despencar chuva sobre suas cabeças.
-Bem, agora vão se trocar; estamos quase chegando.-Disse Quiquer, assim que a névoa descobriu o navio.Um à um, os alunos desceram pelo alçapão, até sobrarem apenas o timoneiro e Vítor.Quando o garoto estava pronto para descer para a sua cabine, o timoneiro o chamou.
-Vítor!Venha cá.-Curioso, Vítor se dirigiu para a proa novamente.
-Sim, Fhill?Tudo pem?
-Tudo ótimo.Você é bem direto eim?
-O que o senhor quer dizer com icstó?-Vítor franziu a testa, será que Fhill iria caçoá-lo , por ter feito a pergunta sobre Karkaroff, que afinal de contas, era muito plausível.
-Nada, esquece.-Apressou-se a dizer, ao ver a expressão carrancuda, conhecida de Vítor.-Eu quero mostrares isto.-Fhill tirou a varinha novamente, do bolso das vestes, e apontou para o meio do timão, como fizera para passar a névoa.
-Abra-te!-Desta vez, o timoneiro ergueu a mão, e a aproximou no meio do timão, como se fosse tocá-lo, mas ao invés da sua mão sentir a madeira fedida de algas, ela atravessou-a e penetrou-a em seu interior, como se atravessasse algo líquido marrom.Vítor mirou com espanto a mão de Fhill sair do mesmo modo que entrou, segurando com ele, uma grande pedra com a fórmica de uma estrela de oito pontas, roxa berrante.Nas quatro pontas
maiores estavam fixadas interna e separadamente:N, L, O e S, em grandes letras de bronze.Nas quatro pontas menores, em letras de bronze, continham:NE, NO, SO e SE.E bem no núcleo da pedra, estava uma réplica idêntica do Navio de Durmstrang, visto de fora.No momento, a pequena frente do navio, apontava para a ponta com a letra N.
-O quê é icstó?-Perguntou Vítor, mas tendo uma leve impressão de que já conhecia a resposta.
-Isto, meu caro, é uma rosa-dos-ventos.O nosso guiador e protetor.-Explicou Fhill, ainda segurando a grande pedra roxa que parecia uma estrela.-É ela que nos guia, nos faz passar por obstáculos, e teletransportar.Aliás, é agora.-Disse Fhill, olhando o relógio de corrente que prendia à cintura.Ele retirou a varinha, ao mesmo tempo em que o navio parara de mover-se.
-Teletransporta-te!-Falou Fhill, pela segunda vez, mas antes de Vítor concluir que nada acontecera, a água acima do navio começara a rodar em sentido horário.O rapaz olhou assustado para o timoneiro, mas este se mantinha muito concentrado, observando a pedra roxa emitir um brilho ofuscante, à medida que o redemoinho ganhava mais velocidade, e agora, ia descendo, em direção ao mastro mais alto do navio.
Lentamente, o navio foi tomado inteiramente pelo redemoinho.Vítor começou a preocupar-se.Será que não permitiam os alunos de subirem até chegar ao Instituto, porque eles correriam algum perigo?Será que não era seguro?No lugar das águas calmas do oceano, se via apenas um grande borrão azul.A rosa-dos-ventos ainda estava segura, na mão de Fhill, mas parara de brilhar.O navio começou a movimentar-se, mas desta vez, igual como fizera dentro da caverna para submergir nas águas.Ao contrário da caverna, a embarcação começou a emergir, quase tão lentamente quanto afundar.Fhill recolocou a pedra roxa dentro do timão, e descansou as mãos entre suas alças.
-É melhor ires se trocar, Vítor.Nem deveria estares aqui.-Vítor, que ainda observava o navio subir, e as águas ficarem mais claras, olhou abobado para o timoneiro.
-Nós teletrransporrtamos?-Perguntou.Mas sua pergunta foi respondida antes de Fhill abrir a boca, pois tinham acabado de emergir inteiramente.
Ao longo de sua vista, só se via o mar e um pequeno pedaço de terra ao longe do horizonte.Realmente tinham teletransportado.-Pensou Vítor.-O Navio de Durmstrang voltara a mover-se como um navio normal fazia, rumo ao pedaço de terra, que crescia, à medida que se aproximava.
-Vítor!Se alguém te vires aqui, eu estou numa fria!Vá!-Contrariado, mas não querendo prejudicar uns de seus poucos amigos verdadeiros, Vítor rumou para a cabine vinte e nove, com os pensamentos à tona.Uma simples pedra controlava as bases de um navio mágico?Um objeto tão simples de manusear, pelo que pode ver, seria dividido para quatro pessoas o manusearem?E Karkaroff , por que não controlava o navio, se queria manter tanto sigilo?E o papo sobre somente os alunos maiores de idade terem de aprender a guiá-lo?Qual era o objetivo de tudo isto?Nervoso, Vítor nem comeu; vestiu o uniforme, e ficou esperando os alunos serem chamados, assim que chegassem em terra firme; dentro da cabine, ignorando completamente, as perguntas de Poliakoff, querendo saber o que acontecera no convés externo.Para variar, o amigo lambuzara a roupa com creme do capuccino que estava bebendo, assim que Vítor batera a porta da cabine ferozmente.

O Navio de Durmstrang ancorou vinte minutos depois do timoneiro revelar a Vítor como se usava a telecinesia.Os alunos só foram chamados quando o pranchão bateu com força na areia seca; como de costume, os alunos do sétimo ano desembarcaram primeiro, seguidos de perto, pelos alunos do sexto ano.Vítor viu de relance, Scarlett o olhando obsessivamente.Vítor retirou o olhar da garota, rapidamente, e como estava em primeiro da fila, junto com Poliakoff e outra garota, Vítor viu a sinulheta de um castelo se aproximar, logo que o chão foi trocado de areia seca, por uma trilha rochosa.
Não parecia nada com uma ilha, aquele local.Só se via o mar, aquele que olhasse para trás.Na propriedade de Durmstrang, se misturavam as montanhas cortadas pelas nuvens densas e escuras; grandes pinheiros, que acobertavam as vistas além, e nas partes sem as árvores pontudas, se via vários lagos, de águas escuras e lisas.Um destes lagos, passava pela trilha de pedra, e uma ponte foi posta para os alunos poderem atravessá-lo por cima.O castelo agora era bem visível para os alunos que estavam à frente, como Vítor.
O castelo tinha uma aparência sinistra de abandono.Suas bases eram de grandes pedras negras e irregulares.Não havia torres, e sua altura era meio imprópria para um castelo comum.Não devia ter mais que quatro andares.Os grandes portões de ferro, davam a impressão de ser de uma prisão, e eram rodeados por duas grandes gárgulas de pedra.Os portões se abriram, com um rangido seco, e os alunos entraram no saguão de entrada mal iluminado por archotes.Uma porta defronte a que muitos alunos entraram estava aberta.Duas escadarias estavam postas nos dois lados da porta, e eram de uma madeira tão escura quanto à do navio.Porém, eles não se dirigiram para as escadas, e sim, para a porta em frente, por onde saia vozes ansiosas.
Os alunos marcharam para a porta, e quando a cruzaram, foram invadidos por uma forte luz, vinda de um grande lustre de velas, refulgindo sobre os pratos e talheres de porcelana azul.A câmara era quase tão grande, como a metade do campo da Copa Mundial de Quadribol (e isso já era algo).Suas paredes de pedra, eram amareladas, e havia sete mesas quadradas e grandes, postas ao redor de uma mesa retangular e curta, bem no meio do aposento.Ao contrário das sete mesas, a mesa retangular era pequena, e seus lugares estavam ocupados completamente, pelos professores do Instituto.Na ponta de uma extremidade da mesa, havia sentado, um homem, trajado de vestes de pele prateada, como seu cavanhaque cacheado.Seus olhos azuis miraram Vítor com satisfação, e este sorriu sem jeito, mas logo se acomodou em uma das sete mesas quadradas, junto com os alunos do mesmo ano que ele.
Enqüanto as mesas se enchiam com os alunos dos diferentes anos, Vítor não deixou de perceber que Quiquer estava sentado do lado direito de Karkaroff, conversando absorto com o diretor.Assim que todos se acomodaram, Karkaroff se levantou da sua cadeira e abriu os braços para os estudantes do salão.
-Eu quero dar as boas vindas aos novos estudantes e um bom regresso para os veteranos.-Karkaroff sorriu para os aluninhos, sentados à mesa mais próxima, e mostrou seus grandes dentes amarelos.-Eu gostaria de lhes tomar um pouco de sua atenção, principalmente para os alunos de maior idade, para uns avisos muito importantes.-Karkaroff parou de sorrir, e demonstrou-se sério e objetivo quando tornou a falar.
-Todos sabem que Durmstrang foi fundada a mil e quinhentos anos, por uma bruxa muito poderosa da época.Seu nome era Sacha, Sacha Durmstrang, nascida na Rússia...-Vítor de repente se mostrou interessado no assunto.Karkaroff iria revelar o motivo de tudo aquilo em pouco tempo.Sua atenção dobrou-se.
-...e fundou esta escola, na ilha batizada com o seu nome, para somente os dignos de estudarem magia poderem freqüentá-la, ou seja, os sangues-puros.
‘‘O tempo foi passando, as regras permaneceram intactas e respeitadas neste instituto.Mas quando Hogwarts e Beauxbatons foram fundadas, uma nova regra foi imposta nestas únicas escolas da Europa.E essa regra uniria estas instituições com os laços de amizade e confraternidade.Sem mais delongas, o Torneio Tribruxo foi formulado pelas escolas.’’-Ao ver as expressões dos muitos rostos, inclusive o de Vítor, Karkaroff tratou de explicar calmamente, os olhos frios mirando a mesa do sétimo ano.
-Para os que não conhecem, o Torneio Tribruxo é uma competição entre as três escolas da Europa, do qual apenas um aluno é escolhido para representar a sua.Há três tarefas dadas aos três campeões das escolas, e elas testam sua bravura, sua coragem e aptidão em magia.Durante décadas, este torneio foi interrompido, por levar muitas mortes, mas o Ministério da Magia da Grã-Bretanha liberou o evento para ser realizado na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, com a condição de impor uma nova regra.-O salão inteiro emudeceu, ninguém parecia respirar.
‘‘Esta nova regra consiste em que nenhum aluno de maior idade poderá se alistar para viajar para Hogwarts, onde acontecerá o torneio...’’-Muitos alunos começaram a murmurar de reprovação, antes, alguns estavam já cochichando entre si, ansiosos.
-Silêncio!-Ordenou o diretor, e todo o salão voltou a silenciar-se.-Apenas um aluno de uma das escolas ganhará a fama e a glória de sua escola, e mil galeões de prêmio.Seu nome entrará para a História!E espero, sinceramente, que esse aluno seja de Durmstrang.-Vítor sentiu o olhar de Karkaroff, então virou rapidamente para o sr. Quiquer.
-Ah!Sim, me desculpem, eu esqueci de apresentar-lhes o novo professor de Ciência Náutica, para aqueles alunos de maior idade, que querem apresentar seus nomes para a viagem.Este é o senhor Quiquer.-Quiquer se levantou, acenou brevemente, sobre os aplausos dos estudantes e professores, então tornou a se sentar.
‘‘Não é obrigado, mas quem quiser se apresentar para a viajem, deverá falar com o sr. Quiquer.E quero que todos saibam que este torneio não é para covardes.Terá de saber conscientemente o que irão enfrentar .Retornaremos para cá apenas no final do ano letivo.Os alunos que forem fazer a viajem, não terão aulas durante o ano, e apenas estudarão Ciência Náutica até o dia vinte e oito de outubro.Logo depois, iremos partir para Hogwarts.’’-Karkaroff deu uma pausa, então continuou a falar.
-Maiores informações sobre aqueles que querem ao mesmo tempo, se alistarem e fazerem os cursos de aparatação, ou o quadribol, ou a algum clube do instituto, etc; serão resolvidas com a vice-diretora, Tuidy Brad.-O salão começou a desviar a atenção novamente.Observando, Karkaroff parece não ter mais nada a dizer.
-Bem, isto é tudo, creio que o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore irá nos dizer mais algumas coisas, quando chegarmos.Não se esqueçam que este torneio não é para covardes.Agora, bom apetite!-O café da manhã já estava rodeando os pratos azuis das oito mesas do salão, desde que Vítor e ou outros chegaram, mas só agora eles iam se esvaziando pelo enxame de estudantes famintos, conversando sobre o que tinham acabado de ouvir.
-O quê você acha Vítor?Vai se alistar?-Perguntou Poliakoff, animado.-Eu vou, com certeza, tirar as aulas da rotina durante um ano inteiro e ainda concorrer a fama e a glória...-Vítor decidiu não comentar nada, mas achou a idéia tentadora, principalmente por causa da glória e o nome entrar para a história.Era certo que não gostava de ser assediado por fãs, mas daí pertencer à história da bruxaria era realmente interessante para mostrar o seu verdadeiro valor, e quem sabe, conseguir uma regra para que as comidas das travessas chegassem na hora de comer, pois sempre esfriavam.

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