O Expresso de Hogwarts



Capítulo 2 – O Expresso de Hogwarts


No dia seguinte, apesar de terem acordado cedo, a correria de bagagem e despedidas foi tão grande que Lily e Lucy chegaram na estação King´s Cross às 10:30hs. De última hora até a avó paterna de Lily apareceu para se despedir da neta preferida dela. John Evans, pai de Lily levou as duas meninas até a estação.

- Se comportem meninas. – falou ele depositando um beijo na testa de cada uma.
- Não se preocupe pai – falou Lily retribuindo um abraço.
- Vou cuidar da minha ‘irmãzinha’ pra ela não aprontar muito esse ano! Pode confiar! – Lucy falou com um sorriso que dizia exatamente o contrário.
- Obrigado Lucy! E venha pra casa pra passar o natal com a gente.
- Pode deixar, eu apareço sim!
- Pai! As férias são pra mim me ver livre dessa criatura e você convida ela pra ir pra nossa casa? Eu não mereço isso! – falou Lily enquanto acenava e atravessava a barreira 9¾ .
- Ela me ama! –disse Lucy sorrindo e acenando para o senhor Evans, seguiu o mesmo caminho da ruivinha.

- Já avistou as meninas? –perguntou Lucy ao chegar do outro lado da barreira.
- Ainda não, elas já devem estar no trem.
- Meu Lírio! – gritou de longe uma voz terrivelmente conhecida para a ruiva.
- Vamos Lucy! – Lily recomeçou a andar fingindo não ter escutado nada.
- Lily, tem alguém te chamando – comentou Lucy, como se também não tivesse percebido que esse ‘alguém’ era James.

No mesmo instante que o maroto se aproximava, Lily avistou Remus encostado em um pilar à esquerda conversando com Sirius. Sem pensar duas vezes, ela correu e se pendurou no pescoço de Remus.

- Remus, que saudade!
- Também estava com saudades Lily. Mas nem por isso estou tentando te matar sufocada... – falou ele quase sem ar.
- Ah, desculpe – falou Lily da cor dos cabelos – Tudo bem Black?
- Tudo ótimo Evans. E você Lucy? – perguntou ele ao ver a amiga de Lily se aproximando.
- Estou bem Black. – deu um abraço em Remus – Que saudade lobinho. – Remus corou – Onde está a Aruska?

Aruska era a gata persa de Lucy. Como sabia que iria passar as férias com o avô que é alérgico, deixou a gatinha com o ‘pai’. Não que Lucy tivesse algum relacionamento com Remus além da amizade, mas a gata tinha sido um presente de aniversário que Lucy ganhou do maroto no 4º ano deles em Hogwarts, por isso Lucy o considerava como o pai de Aruska.

- Está no trem, deixei na cabine junto com as nossas bagagens.
- E Alice e Gwenda? – perguntou Lily olhando furtivamente para James que encerrava uma conversa com Edgar Bones e se dirigia à rodinha.
- A Alice chegou pouco antes de vocês, já está no trem.
- Gwenda não estava junto?
- Não Lucy, a Alice chegou sozinha – respondeu Remus.
- Bom Dia Lily! – Potter chegou com seu maior sorriso.
- Estava bom até você chegar Potter! E é EVANS pra você, E-V-A-N-S! – Lily se virou para Lucy, dando as costas para James – Lucy, vamos pro trem procurar a Alice? – saiu como um furacão.

Lucy dando ombros seguiu a amiga.

- Até mais meninos. Lily, me espera!

Mas nem tiveram tempo de procurar Alice, logo Lily teve que ir para a cabine dos monitores e deixou Lucy sozinha no corredor enquanto o trem começava a andar.

- Ótimo! De duzentas cabines, como vou encontrar em qual a Alice está?

Avançou com sua bagagem tentando chegar no final do vagão, mas a cabine ao seu lado abriu e apareceu a última pessoa que ela queria ver naquele momento: Bellatrix Black!

- Ora, ora, ora. O que temos aqui se não a amiguinha sangue-ruim do meu primo? – sibilou Bellatrix.

Lucy que, assim como Lily, não dava mais importância para os comentários sonserinos, deu as costas para Bellatrix e mudou de direção.

- Fugindo sangue-ruim? Com medo de mim? – provocou a morena.
- Eu não tenho medo nem de você, nem de ninguém da sua corja Black. – Lucy quase cuspiu a última palavra.
- Pois deveria! Você nem imagina do que nós somos capazes...
- Eu jamais vou me rebaixar a ponto de ter medo de uma cobra, Black. Cobras rastejam por lugares sujos, vis, são imundas e nojentas. Não, eu não tenho medo de uma criatura assim. – disse Lucy com repugnância.
- Se eu fosse você, controlava essa língua! As cobras têm veneno, sabia? Às vezes veneno letal... – deixou a frase no ar e sumiu pelo corredor, piscando um olho para Lucy.

Lucy ficou parada no meio do corredor sem ação, mil significados para a frase de Bellatrix passaram pela sua cabeça, até que a voz de Remus se fez presente.

- Lucy, você está bem?
- Remus. Não te vi chegar.
- Percebi, aconteceu alguma coisa?
- Hã? Ah, não, não. – Lucy balançou a cabeça para afastar os pensamentos – a reunião dos monitores já terminou?
- Já, mas a Lily ficou pra fazer alguns planejamentos para o trimestre – Lucy fez uma careta e Remus continuou – mas não deve demorar.
- Fazer o que, né? Olha a amiga que eu fui arranjar! – os dois riram – Remus, preciso encontrar a Alice, mas não sei por onde começar.

Antes que Remus respondesse Sirius apareceu.

- Acabei de ver a Alice na última cabine com a amiga Lufa-lufa da Evans.
- Meadowes? – perguntou Lucy.
- Essa mesmo.

Dorcas Meadowes era amiga de Lily desde o terceiro ano quando as duas se descobriram freqüentadoras assíduas da biblioteca. A partir de então Lily trocou Lucy por Dorcas nas horas de estudo, esse é o motivo da loirinha não gostar nenhum um pouco da lufa-lufa.

- Estou preocupada com esse sumiço da Gwenda. Não é possível que ela não tenha vindo.
- É provável que a Alice saiba. – falou Sirius.
- Sim, vou atrás dela. – falou Lucy meio atordoada – de qualquer forma obrigada Black. Remus. – acenou com a cabeça e saiu puxando seu malão.

Na cabine indicada por Sirius além de Alice e Dorcas Meadowes, também estava Edgar Bones que Lucy conhecia só de vista.

Lucy cumprimentou os outros ocupantes da cabine antes de se sentar ao lado de Alice e dar um abraço na amiga.

- Por que você não esperou a gente lá fora Lice? Você não imagina o que eu passei pra te achar! A Lily me abandonou sozinha no corredor, foi para uma reunião da monitoria, está lá fazendo uns planejamentos e eu tive a infelicidade de ter Bellatrix Black cruzando o meu caminho! E a propósito, onde está a Gwenda?

Lucy falou tudo isso tão rápido que no final estava quase sem fôlego pra perguntar da Gwenda.

- Calma Lucy! Uma coisa por vez, pode ser? – Lucy balançou a cabeça afirmativamente e Alice continuou – Não esperei vocês porque não queria ficar lá fora sozinha, já que a Gwenda não embarcou para Hogwarts – Alice fez um sinal com a mão pedindo para amiga esperar – Ontem de manhã, minha mãe acordou a gente cedo pra dizer que Dumbledore estava na lareira lá de casa, vestimos uma roupa e descemos correndo para a sala. A cabeça de Dumbledore estava flutuando no fogo. Ele disse que não podia demorar mas pediu que eu arrumasse as malas da Gwenda e deixasse na sala que ele ia mandar alguém buscar e levar pra Hogwarts, disse também que Gwenda deveria ir com ele, e não tinha tempo para explicações.

Quando Alice terminou de falar a cabine ficou num silêncio mortal. Lucy foi a primeira a se pronunciar:

- Estou preocupada. Desde cedo eu não estou com um bom pressentimento. – falou fitando o chão – e ainda depois que eu cruzei com a Bellatrix no corredor, fiquei pior ainda.
- Qualquer um que cruze o caminho da Black, se sente mal Eyelesbarrow – falou Edgar suavemente, no que Lucy levantou o rosto surpresa. Desde quando ele a conhecia?
- Eu sei Bones. Aquela garota tem uma presença muito negativa. O olhar dela é frio, e ela tenta vasculhar sua alma enquanto te olha... – Lucy se sentiu arrepiar involuntariamente.

A porta da cabine se abriu violentamente e James entrou. Ignorando a presença dos outros ocupantes, se dirigiu a Lucy em tom preocupado:

- Onde está a Lily?
- Potter, ela não iria gostar nada de ver você a chamando de ‘Lily’ – falou Lucy enquanto fazia o sinal de aspas com a mão.
- Vocês já souberam? – perguntou ignorando o comentário de Lucy.
- Se você fosse menos específico continuaria ótimo, Potter. – alfinetou Lucy, no que James sorriu meio sem graça.
- Foi mal. Estava me referindo ao que aconteceu com os pais da Gwenda.

Alice e Lucy deram um salto e Lucy segurou os ombros de James.

- Potter que foi que aconteceu com os pais dela? Pelo amor de Merlin fala! Pára de enrolar! – Lucy falou desesperada.
- A casa dos Reed´s foi atacada por Comensais na noite retrasada – Lucy ficou branca e soltando o ombro de James se apoiou em Alice para se sentar novamente. Tudo estava ficando meio nublado na sua frente.

Alice, Dorcas e Edgar apenas ficaram em silêncio, incrédulos. Edgar foi o primeiro a falar.

- Mas, eles são puro-sangues, não?
- O pai dela, conseguiu aprovar no ministério três leis de defesa ao direito dos trouxas, só pode ser por causa disso.

Enquanto James se sentava ao lado de Edgar, Lucy foi se sentindo enjoada e saiu correndo da cabine em direção ao banheiro. Ficou lá por um bom tempo, esperando o mal estar passar. Quando voltou, todos estavam no mais absoluto silêncio, Lily já tinha voltado da reunião e pela expressão já tinha ficado sabendo da notícia. James ainda estava lá conversando baixo com Edgar.

Lucy se sentou ao lado de Lily e apoiou a cabeça no ombro da amiga. Foi ela também que quebrou o silêncio.

- Potter.

Todos pareciam ter saído de um transe e Alice até deu um pulinho assustada.

- Pois não Lucy – falou ajeitando os óculos.
- Hum... não sei como perguntar isso... mas, eles... eles sobreviveram?

James que parecia não ter coragem pra responder, apenas balançou a cabeça negando. Todos desviaram o olhar de James para o chão, ou para algum ponto fora do trem.

- E como você ficou sabendo? Sobre isso? – Lucy assinava três jornais diferentes e não tinha menção alguma ao ataque – Não foi noticiado em lugar nenhum!
- Realmente não foi noticiado, mas vai ser. Diana Reed era uma estilista muito famosa, e o Michel Reed trabalhava no ministério, não vão conseguir abafar isso. Eu soube porque meu pai é Auror, ele acabou de mandar uma coruja me contando.

Logo James se levantou e voltou para a cabine onde os outros marotos estavam com Frank. O restante da viagem passou no mais absoluto silêncio. Tudo o que eles pensavam em conversar parecia fútil demais para o momento. Quando chegaram na estação de Hogsmead, Dorcas e Edgar se despediram e foram se encontrar com os outros alunos da lufa-lufa. Remus, Peter e Frank que já sabiam o que tinha acontecido com os pais de Gwenda, entenderam o silêncio das amigas e preferiram ir direto para uma das carruagens. Hagrid que estava chamando os primeiranistas, acenou de longe para elas.

As garotas apenas sorriram, e seguiram para as carruagens que levavam os alunos para Hogwarts. A única do grupo que podia ver os testrálios que puxavam as carruagens era Lucy já que presenciara o acidente de carro que matou seu pai quando ela tinha 6 anos de idade.

Quando desembarcaram, Lily sentiu um sopro quente e suave em seu rosto, olhou para os lados à procura de onde viera aquele ar tão agradável. E, para sua surpresa, viu um Leão, mas era tão grande que poderia ter duas vezes o tamanho de um Leão normal, Ele estava envolto em uma luz dourada, que fez a garota sentir uma paz e uma segurança inexplicáveis.

- O Leão, não é possível...
- O que foi Lis?
- Aquele Leão - e apontou na direção dele – Ele me lembra alguma coisa que eu não sei o que é...
- Como alguém pode lembrar de alguma coisa que não sabe o que é? – perguntou Lucy divertida. Lily ignorou o comentário.
- Ele é tão lindo, não tem nem como sentir medo...
- Lis, não tem Leão algum ali. – Lucy olhou assustada para a amiga.
- É lógico que tem, e ele parece sorrir pra mim. – Lily estava encantada.

Lucy achou melhor não contrariar a ruiva. Sua experiência de seis anos no mundo mágico lhe mostravam a cada dia que tudo é possível. ‘talvez seja algo como os testrálios...’ pensou a loirinha.

Quando entraram no castelo, o salão principal estava pronto com pratos e talheres de ouro para o banquete que seria servido dali a pouco. Os fantasmas pareciam felizes pelo castelo voltar a se encher de alunos. As meninas se acomodaram quase no final da mesa da Grifinória, próximo à mesa dos professores. Frank e os marotos preferiram ficar afastados.

Quando as portas do salão principal se abriram novamente, Lily observou risonha a face curiosa dos alunos que entravam pela primeira vez no castelo.

Lembrou dela mesma quando chegou ali. Era um misto de curiosidade e insegurança. Quando McGonagall entrou no salão com aquele velho chapéu, Lily teve medo de ter que passar por algum teste na frente da escola toda e ficou aliviada de constatar que mesmo Alice, que era de uma tradicional família bruxa, também estava insegura.

Foi tirada de seus devaneios quando as palmas cessaram e o salão caiu num profundo silêncio. Lily percebeu que Dumbledore tinha se levantado e a seleção dos alunos já tinha acabado.

- Sejam todos muito bem vindos a mais um ano na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts. Os avisos de início de ano podem esperar até depois do banquete. Então, sirvam-se. – disse batendo duas palmas.

As cinco mesas ficaram estavam repletas de comida dos mais variados tipos.

- Estava morrendo de saudades desse suco de abóbora, sabiam? – perguntou Lucy. – Vou sentir falta desse colégio quando nos formamos.
- Você quis dizer que vai sentir falta do colégio mesmo, ou da comida? –Alice perguntou divertida.
- Das duas coisas! Os anos que eu passei aqui foram os melhores da minha vida! Ainda bem que ainda temos dois pela frente.
- Que com certeza vão passar rápido! Está tão quieta Lily.
- Estava só pensando em como deve estar a Gwenda.
- Ela está péssima – disse Nick-quase-sem-cabeça atravessando Lucy na direção de Lily (Lucy estremeceu) – Eu vi Dumbledore falando para os professores sobre a menina Gwenda.
- Você sabe quando ela volta Nick? – perguntou Lily.
- Não sei, mas talvez entre dois ou três dias. – e saiu flutuando para o outro lado da mesa.
- Fantasma intrometido! – reclamou Lucy – não acrescentou nada à nossa conversa.
- Ele só queria ajudar. – respondeu Alice.
- Com tantas pessoas no mundo pra ele ajudar, de várias formas diferentes, ele vem ajudar respondendo uma questão dessas? É lógico que ela está péssima. Não precisa ser nenhum gênio pra adivinhar isso! – falou Lucy enquanto se servia de mais salada.
- Que bicho te mordeu Lucy?
- Liga não Lice, ela ta assim porque Nick a atravessou.
- Você acha pouco? Olha o tamanho desse salão, com tanto espaço pra ele flutuar, ele vem flutuar dentro de mim?

Alice e Lily caíram na risada.
Dumbledore se levantou e o salão ficou em silêncio novamente.

- Tenho agora que pedir a atenção de todos vocês. Os alunos novos devem saber, e sempre devemos lembrar alguns antigos que a floresta que fica nos terrenos de Hogwarts é terminantemente proibida. Alerto também que os alunos que não quiserem ter uma morte terrivelmente violenta, devem evitar as imediações do Salgueiro Lutador – Os marotos olharam divertidos para Remus ‘por causa do próprio salgueiro ou por sua causa?’ perguntou Sirius – Os times de quadribol da Corvinal e da Sonserina estão com vagas abertas e os interessados devem procurar o seu diretor de casa.

Um murmúrio de excitação percorreu os alunos das duas casas, e Dumbledore levantou a mão.

- Agora, sou obrigado a falar com vocês sobre um assunto nada agradável. - Lily sentiu um frio no estômago ao imaginar o que era – Essa semana mais uma aluna nossa sofreu uma perda terrível. Seus pais foram torturados e mortos por Comensais da Morte, os seguidores de Voldemort.

Aqui em Hogwarts vocês estarão em segurança, mas de qualquer forma peço que aumentem o cuidado e qualquer suspeita ou problema que vocês tiverem comuniquem seus diretores de casa imediatamente. Os passeios a Hogsmead também sofrerão algumas mudanças e as novas medidas de segurança serão fixadas nos seus salões comunais.

Um burburinho correu o salão principal enquanto Dumbledore dispensava os alunos e voltava sua atenção para uma conversa com a Professora Mcgonagall.

- Lily, você não tem que levar os primeiranistas? – perguntou Alice.
- O Remus faz isso. Eu vou ficar, preciso falar com a professora McGonagall.
- O que você quer com ela?
- Pedir permissão para ir à biblioteca hoje, Lucy.
- Eu não acredito! Lily, nós fizemos uma viagem cansativa, vamos dormir, amanhã você pode madrugar na biblioteca se quiser!
- Não Alice, prefiro ir hoje, não vou conseguir dormir com essa dúvida.
- Que dúvida? – Alice e Lucy perguntaram juntas.

Lily deu um longo suspiro antes de responder.

- Não vou falar sobre nada agora. Nem adianta insistir – falou olhando para Lucy – prometo que conto tudo quando eu souber alguma coisa realmente relevante, pode ser?
- E tem como discutir? –perguntou Alice dando ombros.
- Me esperem aqui, eu já volto. - Lily abriu um sorriso e saiu.
- Estou esgotada! –falou Lucy se apoiando no ombro de Alice – foi muita informação pra um dia só!
- Concordo com você, não vejo a hora de cair na minha cama!

Minutos depois Lily voltou com uma expressão derrotada.

- Sem permissão! Ela me disse que qualquer coisa que eu quisesse pesquisar podia esperar até amanhã. Vamos?

Dirigiram-se para o Salão Comunal em silêncio, refletindo sobre os últimos acontecimentos e um tanto amedrontadas com o aviso de Dumbledore.

- Rabo de unicórnio – disse Lily quando chegaram em frente ao retrato da Mulher Gorda.

O quadro se moveu para frente revelando um buraco circular na parede. Lily e Alice subiram direto para o dormitório. Essa última nem percebeu quando Frank acenou para ela. Lucy ficou no salão comunal pra pegar sua gata com Remus.

Lily que foi a primeira a entrar no dormitório levou um susto quando viu sentada em sua cama, encolhida e abraçando as próprias pernas uma Gwenda completamente diferente da que ela estava acostumada a ver: os olhos estavam inchados e sem maquiagem, o cabelo desgrenhado e ela parecia ter perdido uns cinco quilos.

Alice que entrou logo depois de Lily, correu abraçar a amiga que começou a soluçar ainda mais alto. Lily não sabia o que fazer. Nunca havia perdido alguém tão próximo como aconteceu com Gwenda, não sabia o que falar ou como agir para que a amiga soubesse que ela faria de tudo pra lhe arrancar um sorriso. Quando Lucy entrou no quarto com Aruska em seu encalço e viu a cena, puxou Lily pela mão e as duas se juntaram no abraço.

- Gwenda... eu não sei o que te dizer... – começou Lily – Mas, quero que você saiba que pode contar sempre comigo, com a minha amizade – Gwenda acenou com a cabeça.
- É Gwen, tudo o que eu puder fazer pra te alegrar, pode ter certeza que não vou medir esforços. – Lucy falou com um sorriso doce.
- Agora nós seremos sua família – completou Alice com os olhos vermelhos – vai ter que aceitar nossa ajuda de qualquer jeito! – tentou sorrir, mas não conseguiu mais segurar as lágrimas.
- Vocês são as melhores amigas que alguém poderia querer. – falou Gwenda entre soluços.

Gwenda recomeçou a chorar e as outras três a abraçaram novamente e assim permaneceram até adormecerem deitadas de qualquer jeito na cama de Lily...





N/A:
Olá!!! Estou aqui como prometido!!!

Depois que eu escrevi esse capítulo fiquei tão triste de ter matado os pais da Gwenda mas... estamos em plena guerra, né? Infelizmente muitas cabeças ainda vão rolar... snif snif

Gente obrigada pelos comentários, tomei a liberdade de responder todas por e-mail!! (é que eu me empolgo falando e se eu responder aqui a NA vai ficar maior que o capítulo... rsrsrs)

Sério mesmo fiquei muito feliz em saber que alguém está lendo e gostando!! Então continuem comentando, quero muito terminar essa história!! E se vocês comentam eu fico feliz e escrevo melhor!! (huahuaha)

Próxima atualização: 12/12

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.