A Bruxa Petúnia



- O que a Sra. disse???

- O que você ouviu Harry. Eu sou uma bruxa! Posso não adotar o estilo de vida de vocês e nem gostar de magia, mas acredite! Sou uma bruxa!

- Mas por que? Por que a Sra. nunca me disse? Por que passou todos esses anos me evitando, como se eu tivesse alguma doença contagiosa? Como se tivesse medo...

- O problema nunca foi você Harry. Lembra-se quando lhe disse a pouco que vinha me afastando de sua mãe desde que ela começou a namorar o seu pai? Pois é... Eu era apaixonada pelo seu pai, mas fui rejeitada. Eu frequentei Hogwarts assim como você, mas ao ver James preferindo minha irmã a mim, sofri um trauma tão grande que perdi praticamente todos os meus poderes.

O mundo de Harry parecia desabar naquele momento. Então todo o ódio de que fora vítima durante esses dezesseis anos era na verdade fruto de um amor não correspondido. Ele olhou com ódio para sua tia e exclamou:

- Meu pai nunca iria conseguir amá-la! Você só tem ódio no seu coração!

- Aí é que você muito se engana. Eu era uma das bruxas mais brilhantes de minha época. Era extremamente popular, jogava quadribol e tudo o mais. Mas ele apenas tinha olhos para Lilian.

As feições da tia, que já não eram formosas, se contorceram um pouco, mas ela continuou:

- Quando você chegou, eu não podia aceitar o fruto do amor deles aqui na minha casa. E tão pouco o seu tio, permitir que o filho do homem que mais amei na minha vida, fosse criado como meu filho. Por isso, e só por isso, você sofreu o quanto sofreu aqui.

O tio Dursley buzinou o carro na frente da casa e a conversa foi interrompida, mas não sem que antes ela entregasse a Harry um papel com o endereço da casa dos seus pais.

Ele não sabia o que pensar. As revelações que tivera até ali eram por demais perturbadoras para serem abafadas. Ele precisava pensar antes de agir. Subiu para o seu quarto, deitou-se e começoua a refletir em tudo o que tinha ouvido, e chegou a conclusão que isso explicava muita coisa do que havia passado naquela casa nos últimos 16 anos.

Aquilo que ele havia ouvido de dua tia continuou a romê-lo por dentro, e naquele mesmo dia, mais a tarde, tomou uma resolução: Não iria fingir que não sabia de nada! Ia descer e esclarecer as coisas com seus tios. abriu o seu malão, pegou sua varinha, pois sabia que os Dursleys a temiam consideravelmente e desceu as escadas.

Seu tio olhou apavorado quando o viu no pé da escada, varinho em punho e então exclamou;

- Já dissemos que não queremos isso dentro de nossa casa! Não aceitamos coisas dessa sua raça sujando o bom nome de nossa família!

Foi a deixa para que Harry deixasse sair 16 anos reprimidos de sua vida e retrucou!

- Não vejo razão para isso, afinal, o senhor é casado com uma bruxa!

O tio Dursley começou a ficar vermelho, totalmente ruborizado, como uma caldeira prestes a explodir e disse:

- O que você está dizendo moleque??

- Estou apenas afirmando o que o Sr. já sabe! Tia Petúnia é uma bruxa! Pode ter aberto mão de utilizar seus poderes, mas ainda assim, em suas veias, corre sangue bruxo, assim como nas do Duda!

O tio Válter parecia prestes a entrar em colapso! Não acreditava no que estava ouvindo daquele garoto tão desprezado por ele!

- Ela foi uma bruxa, mas conseguiu se curar! Exlpodiu ele!

- Ahahahahah! E o senhor ainda acha que é uma doença? O único doente aqui é o sr., com essa mentalidade fechada para tudo que não seja de seu conhecimento. Aliás, para muita coisa então!

E antes que o tio Válter tentasse dizer qualquer coisa, Harry subiu de volta ao seu quarto, arrumou o seu malão, pegou a gaiola de Edwiges e desceu novamente, só que agora para nunca mais voltar! Deu uma última olhada em seu quarto, na sala e em tudo que havia naquela casa. Pensou em como os Dursleys haviam utilizado o seu dinheiro para mantê-la daquela maneira, ficou ainda mais irritado, abriu a porta e saiu daquele lugar, para nunca mais voltar, pensou ele.

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