Segredos Sujos
O dia amanheceu ensolarado. O céu claro parecia prometer coisas boas, e Harry levantou-se animado, pensando em começar o planejamento para o esta nova fase de sua vida. Como lidar com Gina, como obter e destruir os Horcruxes e principalmente, em como seria o duelo final com Valdemort.
Todos esses pensamentos tomavam a sua mente, quando ouviu seu tio gritar:
- Estamos saindo! Não saia do seu quarto para não destruir a casa! Sua tia vai ficar, então evite aborrecê-la!
Harry ficou indiferente. Para ele, a única novidade, era a tia ficar a sós com ele em casa, mas definitivamente, isso não mudava em nada a sua rotina. Voltou a mergulhar em seus pensamentos, até, que espantado, ouviu um tipo de conversa na sala logo abaixo do seu quarto.
Ele saiu cautelosamente de seu quarto, evitando fazer qualquer tipo de barulho e desceu cautelosamente as escadas, de maneira a poder ver quem estava por lá e o que conversava com sua tia. Quando chegou ao patamar da escada que lhe permitia ver quem estava ali, quase caiu, ao notar que não era ninguém menos que Cornélius Fudge, o ex-ministro da magia que estava na sala, conversando calmamente com sua tia Petúnia, enquanto tomava um chá.
O que o assustou na cena, foi o fato de que sua tia estava completamente a vontade com Fudge, como se fossem amigos de longa data.
- Pois é Petúnia, as coisas estão voltando a ser como eram rápido demais para mim, exclamou Fudge!
- É.. Ninguém iria imaginar que Dumbledore seria morto, e ainda mais da maneira como ocorreu, retrucou Petúnia.
Harry não conseguia mais se segurar! O que fora escondido dele durante tanto tempo. Sua Tia Petúnia não só tinha conhecimento do que acontecia no mundo dos bruxos, como era intima Cornélius Fudge.
Enquanto ainda tentava assimilar os fatos, notou que Fudge estava se despedindo de sua tia e em questão de segundos, aparatou dali. Em seguida, desceu a escada e se revelou para a tia.
Ela, muito naturalmente lhe disse:
- Eu já havia notado que você estava ouvindo a minha conversa com Fudge. Tudo bem, isso apenas me faz ter com você uma conversa que tenho evitado já faz tempo, mas vejo que chegou a hora!
Harry retrucou:
- Mas como??? Não estou entendendo nada??? A Sra. não odeia magia e a tudo e todos relacionados a ela?
- Bom, isso não é inteiramente uma verdade! Sente-se, vou lhe explicar do início, só peço que não me interrompa, pois temos pouco tempo. Seu tio em breve vai voltar e não pode saber que tivemos esta conversa.
Harry assentiu com a cabeça, sentou-se no aveludado sofá dos Dursleys e preparou-se para ouvir o que sua tia tinha a dizer.
- Bom, como você sabe, tudo começou a quase 16 anos. Eu não via sua mãe já há algum tempo, pois desde que ela começara a namorar seu pai, nós fomos nos afastando a cada vez mais.
- Na noite em que eles foram mortos, Dumbledore nos deixou uma carta junto com você, mas ela não nos dizia nada que fizesse com que aceitássemos você. Iriamos simplesmente deixá-lo em algum orfanato e nunca mais ouviríamos falar de você. Mas Dumbledore tinha outros planos. Ele nos visitou na manhã seguinte, reforçando o bilhete que havia sido deixado junto com você e falando do encantamento que estaria protegendo-o de perigos enquanto estivesse nesta casa.
- Seu tio entretanto, de maneira alguma estava sendo persuadido a aceitá-lo, até qo momento em que ele tocou em um ponto sensível para o seu tio. Dinheiro! Ele nos disse que você era muito rico, e que se ficassemos com você, poderíamos usufruir um pouco da sua herança, apenas para deixar sua vida mais confortável.
Nesse momento, Harry não se conteve e explodiu!
- Vocês usaram minha herança? E ainda com a condição de me tratar bem? Vocês acham que isso realmente aocnteceu?
Tia Petúnia continuou:
- Você não está me entendendo Harry. Sua herança, não era só o ouro no cofre do Gringotes. Além disso, seus pais lhe deixaram uma casa, que atualmente está desocupada, e também o cargo do seu pai, no banco, que é vitalício. Ele era gerente do banco, e quando morreu, esse cargo passou a ser seu por direito, mas, enquanto você fosse menor de idade, eu, como sua guardiã, exerceria as funções de gerente.
Harry parecia não acreditar no que estava ouvindo. Aquela mulher, sentada na frente dele, passou 16 anos roubando o que era seu por direito e ainda por cima tratando-o pior do que a um cachorro. Era demais. Ele não conseguia acreditar naquilo. Parou para pensar um pouco e retrucou:
- Isso não pode ser verdade! Nenhum trouxa poderia ser gerente do Gringotes, ainda que estivesse apenas me representando, a Sra. não é bruxa! Nunca poderia!
E a Tia Petúnia disse então a frase que iria realmente marcar aquela conversa com Harry:
- E quem disse que não sou bruxa?
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