O Segredo de Malfoy



Na manhã seguinte, levantaram ás 6:00 para arrumar suas malas, era quase 7:00 horas quando desceram. Hermione e Gina estavam sentadas na sala Comunal, e esperaram até que todos saíssem para se despedirem.
– Oi. – disse Gina sorrindo. – Viemos nos despedir, afinal.
– Não fique triste. – disse Harry abraçando-a, abraçou Hermione também. – Me acompanha até lá em baixo, Gina?
A garota concordou com a cabeça, deu um abraço no irmão e saíram da sala, deixando-os sozinhos.
– Então... – disse Rony depois de algum tempo.
– Desculpa por agir daquela maneira, Rony. – disse Hermione. – É que...
– Não. – disse Rony interrompendo-a. – Eu que lhe devo desculpas.
– Não acho. – disse Hermione com um olhar de indiferença. – Você tem todo o direito de ficar com quem você quer. E eu não vou mais interferir nisso. Ontem eu apenas me assustei, pois você sempre dizia que Luna era uma chata, e achei estranho. Foi só isso.
– Ta bom, Hermione. – disse Rony agora com uma cara péssima. – Digo o mesmo para você, agora que Krum está em Hogwarts, acredito que ele não queira apenas coletar informações sobre Harry.
– Boa sorte nos jogos. – disse Hermione abraçando-lhe amigável. – E cuide-se amigo.
– É. – disse Rony irritado. – Você também Hermione.
Rony fora embora, não era aquilo que Hermione quisera dizer, mas foi o que saiu na hora e, no entanto, não se sentia estúpida, o clima estava chato entre ela e Rony, e mesmo gostando muito dele, queria que as coisas fossem como era antigamente.
Rony sentiu triste, porém aliviado, o que não poderia acontecer de modo algum era brigar com Hermione e, de fato, não brigaram. Luna o estava esperando do lado de fora, ela o beijou e desejou-lhe sorte na Copa.
Harry e Rony haviam embarcado com o restante do time, um garoto alto e moreno iria substituir Gina, “não farei melhor do que você, mas me esforçarei” dissera ele sorrindo para ela, e Gina adorou ouvir aquilo. Gina subiu novamente para seu quarto assim que eles haviam partido, mas não encontrou Hermione lá, apenas Luna parada na frente da porta.
– Luna, você viu Hermione? – perguntou Gina.
– Ela saiu em disparada para a biblioteca. – respondeu Luna.
Gina sorriu e correu até a biblioteca, chegando lá viu Hermione escondida atrás de uma estante, e Malfoy na Ala proibida guardando alguns livros e retirando outros. Gina ficou sem entender o que estava acontecendo, mas jogou-se para o lado de fora quando Malfoy olhou para a porta, não sabia o que estava acontecendo, mas se Hermione estava se escondendo era porque havia algo de muito errado.
Malfoy percebeu a movimentação nos corredores e apressou-se em sair dali com os livros que havia escolhido, mas acabara esquecendo um que escorregou pela estante e caiu no chão com um baque agudo.
– Dane-se. – disse ele correndo até a porta.
Gina correu para o pilar mais próximo e escondeu-se atrás dele, então voltou para a biblioteca e viu Hermione parada na frente do portão de metal da Ala Proibida, analisava o cadeado. Gina aproximou-se de Hermione, tentando adivinhar o que ela estava fazendo, o cadeado agora estava novamente fechado.
– Procurando alguma coisa, Srtas? – perguntou McGonagall parada na porta.
– Ahm. – disse Hermione confusa. – Não, estávamos pesquisando, e então... bem... é...
– Essa seção é proibida, Srta Granger. – disse McGonagall calmamente. – Por isso ela tem esse nome.
– Eu sei. – retrucou Hermione. – Não iríamos entrar, Sra McGonagall.
– Terei que tirar 10 pontos da Grifinória por isto, Srta Granger. – disse McGonagall severamente. – Espero que isso não volte a acontecer.
– Não vai. – disse Hermione saindo da biblioteca de cabeça baixa.
As duas meninas caminharam para longe dali, Hermione não comentou nada com Gina, que parecia muito intrigada encarava a amiga esperando alguma explicação, mas Hermione nada falou.
–Vai me dizer ou não o que estava fazendo? – perguntou Gina impaciente.
– Você não viu Malfoy na ala proibida? – perguntou Hermione finalmente. – É a segunda vez que o vejo lá, e ele anda tão carregado de livros ultimamente.
– Está achando que são todos livros proibidos? – perguntou Gina com o queixo caído.
– Achando? – disse Hermione ironizando. – Eu tenho certeza, Gina.
– Eu queria ferrar o Malfoy. – disse Gina com raiva. – Para descontar aqueles 10 pontos que ele nos fez perder!
– Mas temos que ter cuidado. – completou Hermione. – Sabemos o mal-caráter que Malfoy é, se ele desconfiar de algo...
– Mione já está quase na hora do almoço. – interrompeu Gina. – Não estrague meu apetite falando do Malfoy.
– Tudo bem, Gina. – resmungou Hermione desaprovando. – Eu me viro com o Malfoy.
Hermione levantou-se e caminhou até o refeitório, Gina a seguiu sem dizer absolutamente nada, Gina passou muito tempo com Luna pois Hermione andava realmente sumida, ás vezes nem almoçava e acordava muito antes que qualquer outra pessoa, viam-se apenas no jantar, mas Hermione digeria a comida tão rapidamente que mal se falavam, e quando ia dormir, Gina já estava no terceiro sono.
Os jogos da Copa de Quadribol escolar iam bem, Dumbledore havia dito algo sobre telões, mas nada daquilo havia acontecido. Grifinória já havia ganhado de Beauxbatons e Salem, es estavam na semana final, Rony e Harry escreviam freqüentemente para contar como era a Escola onde estavam, e é claro, os jogos.
“Hermione e Gina.
Como andam as coisas? Aqui está tudo incrível! O jogo de ontem foi incrível, Rony defendeu cada gole que nem há palavras para descrever, vocês iriam se orgulhar muito dele se o tivessem visto. Ah, Dumbledore afirmou que a final vocês irão assistir, só que acharam um pouco complicado assistir os restantes dos jogos por causa do fuso horário, atrapalharia o sono e as aulas de vocês.
Bom, mandem notícias em breve, e cuidem-se.
Harry e Rony.”
– De hoje não passa. – disse Gina após ler a carta, correu para pegar um pergaminho e uma pena.
“Harry e Rony.
Aqui as coisas vão bem, exceto por um probleminha. Não vejo mais a Hermione, ela praticamente madruga e vai dormir tão tarde que eu não tenho idéia de como ela consegue levantar para assistir às aulas. Ela me contou algumas coisas do Malfoy, mas não acho que seja isso que ela anda fazendo.
De qualquer maneira, ela está bem, eu acredito, e eu também. Não se preocupem que está tudo sobre controle, só fiquei um pouco preocupada. Concentrem-se nos jogos que aqui iremos ficar torcendo. Ai falta só uma semana para a final, que emoção! De qualquer maneira, cuidem-se, e boa sorte!
Gina.”
Gina amarrou o pergaminho na pata de Edwiges, e acariciando-a levou-a até a janela, e ficou lhe observando voar. Era quase seis horas da tarde, e Hermione entrou estranha no quarto, estava com um olhar assustado e um pouco atordoada.
– Meu Deus. – disse Gina assustada. – O que houve?
– Nada. – respondeu Hermione respirando fundo, olhou para a carta. – É de Rony e Harry?
– Sim. – respondeu Gina sorrindo. – Dizem que as coisas lá estão ótimas, e disseram que Dumbledore prometeu nos deixar assistir o último jogo da Copa.
– Isso vai ser incrível! – disse Hermione, pegou um casaco, estava muito frio. – Desculpe Gina, mas já estava saindo.
Sem dizer mais nada correu pela porta, Gina a seguiu, e viu Krum parado ao lado do quadro da mulher gorda, sorriu quando lhe viu. Gina então virou para o lado oposto discretamente, imaginava o que estava acontecendo, talvez Hermione estivesse passando todo esse tempo com Vítor.
Hermione não havia passado todo aquele tempo com Vítor, de fato, andava fazendo algo muito mais importante, andava seguindo Malfoy, sufocando-o o máximo que podia, mas é claro, nunca deixava ser notada. Mas desta vez fora convidada por Vítor para ir até Hogsmead. Foram até o bar que costumavam freqüentar, sentaram-se e tomaram cervejas amanteigadas.
– Você anda sumida, Hermioniie. – disse Krum sentando-se ao lado dela.
– É. – disse Hermione tomando um gole de sua cerveja. – Estive resolvendo algumas coisas.
– Hum. – respondeu Krum. – Como anda a Copa? Tem notícias?
– Ahh sim. – disse Hermione animada. – Harry e Rony escrevem sempre! Ganharam já dois jogos, estão muito perto das finais, e parece que Dumbledore dará um jeito de arrumar um telão para assistirmos.
– Ah que ótimo. – disse Krum sorrindo. – Hermioniie, você ainda tem aquele meu colar?
– Ahm, bem... – gaguejou Hermione, puxou algo debaixo da blusa, era o colar. – Tenho, você o quer?
– Não. – disse Krum encarando-a. – Por que está usando ele?
– Bem... – gaguejou novamente corando. – Eu apenas o acho... é... bonito.
Vítor sorriu simpaticamente e aproximou-se devagar até Hermione, colocou a mão em seu rosto e lhe deu um beijo rápido e de leve na boca, ela encarou-o seriamente mas não dissera nada nem se movera, ele então aproximou-se novamente, e desta vez deu-lhe um beijo demorado. Quando separaram-se Hermione levantou sem dizer nada, e meio perdida caminhou até a porta e correu até Hogwarts. Malfoy trombou com ela na entrada e derrubou todos seus livros.
– Sua sangue-ruim! – gritou Malfoy irritado. – Não olha por onde anda, não?
– Não me irrite Malfoy. – disse Hermione passando reto por ele, ele segurou seu braço.
– Está irritada por que? – perguntou Malfoy com um sorriso maléfico no rosto. – Por que seu namoradinho não está aqui?
– Você está me machucando. – disse Hermione soltando-se. – É melhor recolher suas tralhas, não iria querer que McGonagall visse esse lixo todo.
E assim saiu correndo pelo corredor de entrada, subiu até seu quarto, onde Gina estava, lia as cartas que Rony e Harry haviam lhe mandado dos jogos anteriores. Hermione ficou lhe encarando, estava sentada na cama, e parecia estar chorando.
– Gina? – disse Hermione sentando-se ao lado dela. – O que houve?
– Mione. – disse Gina encarando-a. – Você acha que o Harry possa estar gostando de outra garota?
– Ah Gina. – disse Hermione sorrindo delicadamente. – É claro que não, Harry te ama e todos percebemos isso só pela maneira que ele te olha.
– É, talvez. – disse Gina ainda triste. – Eu sei que ele tem os motivos para não ficarmos juntos, e embora eu ache que tudo não passa de besteira eu aceito, mas dói tanto Mione, eu queria estar com ele.
– As coisas no amor são complicadas de mais. – disse Hermione. – Por isso tento não pensar nessas coisas, serve apenas para as pessoas se machucarem.
– Há uma diferença entre se amar e não poder ficar juntos, do que se amar e não QUERER ficar juntos. – disse Gina ferozmente.
– Não comece com isso, Gina. – disse Hermione desaprovando. – Não desconte em mim sua desaprovação com Harry, eu nada tenho a ver nesta história.
– Eu sei Hermione! – disse Gina de cara amarrada.
– Olha Gina. – disse Hermione secando suas lágrimas. – Eu sei que não sou a melhor conselheira, e talvez nem a melhor das amigas, mas para você e Harry ficarem juntos, ele tem que se manter vivo.
– Do que está falando? – perguntou Gina indignada.
– Desde aquela história sobre o Pomo que eu venho desconfiando de Malfoy. – disse Hermione. – Harry teve uma boa dedução ao achar que ele estava envolvido, e eu resolvi levar isso a sério. Acho que Malfoy possa estar armando alguma para a final da Copa, e eu preciso da sua ajuda para descobrir.
– O que quer que eu faça? – perguntou Gina interessando-se.
Hermione cochichou-lhe alguns minutos em seu ouvido, Gina encarava-a vitoriosa, depois sorriu e sacudiu os ombros, achando aquilo tudo simples demais para ela. Desceram juntas para jantar, e estavam prontas para colocar seu plano em prática. No refeitório comeram rapidamente, e assim que Malfoy saiu de lá, Gina o seguiu até uma escada isolada.
– Ah, estamos perto do final da Copa! – disse Gina quase aos gritos.
– Por acaso está falando comigo? – perguntou Malfoy com cara de desprezo.
– Estou falando para quem quiser ouvir, Malfoy! – retrucou Gina. – Mas como estava dizendo, você deve ter ficado muito feliz com a notícia, não é mesmo?
– Não me enche a paciência hoje, sua fedelha! – disse Malfoy com os livros colados nas mãos. – Por que não vai brincar de boneca com a sua amiguinha sangue-ruim?
– Harry e Rony estão quase nas finais. – disse Gina ignorando o que ele havia dito. – Isso não é incrível para o pior goleiro? É uma pena que você, que é tããão bom jogador, não tenha chegado nem sequer nas finais.
Gina passou rindo por ele, bateu propositalmente em seu braço e fez com que seus livros caíssem em degraus diferentes da escada, Malfoy ficou irritadíssimo com isso, e empurrou a menina para frente, fazendo-a cair sobre os joelhos e com as mãos abertas nas escadas.
Hermione que observava tudo, puxou sua varinha e disse baixinho “Vingardium Leviosa” e devagar conduziu o livro mais próximo para sua mão, escondendo-o debaixo do casaco, correu até Gina e Malfoy.
– Alguma coisa errada? – perguntou Hermione brandindo a varinha na mão.
– Passe reto! – disse Malfoy com uma cara desprezível, pegou seus livros rapidamente e foi para o quarto.
Gina e Hermione ficaram observando ele sumir pelas escadas, então Hermione sorriu e as duas arrancaram para a sala comunal, a maioria dos estudantes estavam jantando ainda, mas mesmo assim alguns circulavam pelos corredores, resolveram então ir para o quarto, onde estariam sozinhas.
– Você conseguiu! – disse Gina animada.
– Nós conseguimos. – corrigiu Hermione, tirou-o debaixo do casaco. – “Azarações e Arte das Trevas – iniciantes”. Era de se esperar.
– Capítulo 1. tipos de azarações. – leu Hermione. – Não, não, não.
– Não há nada! – disse Gina. – E se for o livro errado?
– Espere! – disse Hermione folhando as páginas. – Capítulo 32, azarações em jogos. Eu sabia que Malfoy estava metido nisso. Aqui diz claramente, Quadribol. Está mais claro que água, Gina.
– Mas esses não são feitiços visuais? – perguntou Gina não querendo acreditar.
– São. – disse Hermione. – Mas o pai de Malfoy é um Comensal da Morte, Gina, não sabemos que tipo de pessoas eles conhecem, e agora, qualquer um quer acabar com o Harry.
– Temos que avisá-los. – disse Gina nervosa.
– Podemos até tentar. – disse Hermione. – Mas não sei se essa carta chegará até o Brasil a tempo, só falta uma semana para o último jogo, e será lá.
– Não custa tentar. – retrucou Gina. – Vamos mandar Pichí para o Brasil agora mesmo.
Gina pegou um pergaminho e escreveu ás pressas, Hermione sentou-se ao seu lado e lia cada palavra para si, nervosa.
“Rony e Harry
Aquela história da Mione, bem, esqueçam... ela estava atrás de respostas sobre a história do Pomo, e mesmo que vocês não acreditem, ela estava certa desde o início. O fato é que achamos um livro de azarações e artes das trevas com Malfoy e, bem, o ‘furtamos’, um livro proibido que o vimos tirar da ala proibida. Por favor tomem cuidado, não se arrisquem. Harry, por favor!
Gina e Mione.”

Gina foi até Pichí e amarrou o pergaminho com força em sua pata, fizera um leve carinho, a coruja comemorou histericamente com alguns piados animados e vôos leves pelo quarto antes de sair pela janela. Gina ficou por alguns instantes analisando Pichí voar para longe, Hermione sabia em que ela pensava, tinha medo que algo pudesse acontecer com Harry ou com o irmão, e com certeza, Hermione se sentia da mesma forma, assustada, nervosa e incapaz de poder ajudar.
– Que história? – perguntou Hermione mudando de assunto.
– Que? – perguntou Gina.
– Que história você mando de mim para eles? – perguntou Hermione novamente.
– Ah. – disse Gina sorrindo. – Só falei que você andava muito sumida, confesso que achei que havia voltado com Vítor.
– Ahm. – resmungou Hermione.
– Por favor, se esse resmungo for uma noticia boa, me fale. – disse Gina com uma cara engraçada. – Estou precisando processar coisas boas na minha cabeça.
– Não é nada de mais. – retrucou Hermione. – Vamos dormir?
E as duas foram para suas camas, porém nenhuma delas conseguiu pregar os olhos, estavam preocupadas com o que podia acontecer, aliás, o que iria acontecer. No sábado estavam tão cansadas que acordaram quase dez horas da manhã. Hermione copiou boa parte da magia que poderia ser usada contra Harry e Rony e então deu um jeito de devolver o livro para Malfoy. Saiu da sala comunal com ele nas mãos, estava colocando debaixo do casaco quando viu Malfoy parado ao lado de fora, empurrou-a para dentro, fazendo-a cair no chão, o livro voou longe.
– O que faz com esse livro? – perguntou Malfoy brutamente.
– Cai fora, Malfoy. – disse Hermione levantando-se. – O que VOCÊ fazia com esse livro?
– Quem dá as cartas aqui sou eu! – disse Malfoy irritado. – Você acha que é esperta o suficiente para criar aquela ceninha na escada e pensou que eu não iria notar?
– Você não pode ficar aqui! – disse Hermione procurando sua varinha no bolso, mas não a encontrou, fora à primeira vez q isso aconteceu. – Você é um Sonserino desprezível.
– E você é uma sangue-ruim metida a valente. – disse Malfoy segurando sua varinha, encarava-a vitorioso. – Mesmo estando desprotegida.
– Não tenho medo de você, Malfoy. – disse Hermione, estava blefando, pois sentia-se em apuros, nunca havia lhe ocorrido sair sem sua varinha.
– Pois devia, sabia? – disse Malfoy aproximando-se dela, Hermione se esquivava e grudou-se contra a parede, Malfoy estava tão próximo que ela sentia sua respiração. – Sonserinos não suportam sangue-ruim, são lixo que deve ser exterminado o mais rápido possível, e agora sem Dumbledore por aqui.
– Então faça-o logo! – disse Hermione nervosa. – Vai ficar de papinho e não fazer nada? É sua cara, Malfoy. Mas terá que dar boas explicações depois!
– Acha que pode me chantagiar? – perguntou Malfoy rindo. – Você não conhece meu pai, e a influencia que ele tem no Ministério da Magia, sangue-ruim!
– Conheço seu pai, sim, Malfoy. – respondeu Hermione empurrando-o. – E conheço a influencia que DUMBLEDORE tem no Ministério da Magia.
– Cruciatus! – disse Malfoy, e rindo retirou-se da sala.
Ele acabara de invocar um dos três feitiços considerados imperdoáveis pelo Ministério da Magia, Hermione caiu involuntariamente no chão e se contorceu gemendo, foi assim que Gina a encontrou, sem saber o que fazer correu para a amiga e se jogou na sua frente. Hermione parou de se contorcer e recuperando o fôlego foi ajudada a sentar-se em uma poltrona por Gina.
– Meu Deus. – disse Gina apavorada. – O que foi aquilo Hermione.
– Malfoy nos descobriu. – disse Hermione quase sem ar. – Quando estava saindo trombei com ele.
– Você tem que entregá-lo! – retrucou Gina. – Esse feitiço é muito perigoso!
– Esse feitiço é imperdoável pelo Ministério da Magia. – disse Hermione sentindo-se sufocada. – Deixe que eles cuidem de Malfoy.
– Nunca vão saber que foi ele. – disse Gina. – Há centenas de pessoas nessa escola, Hermione, e não acredito que o Ministério tem poder sobre as escolas.
– Não serei eu que o entregarei. – disse Hermione esforçando-se a ficar de pé. – Não vou ceder aos caprichos dele.
– Como assim? – perguntou Gina confusa. – Ele quase te matou!
– Não vou falar nada, Gina. – gritou Hermione. – Não vou correr para McGonagall, é isso que ele quer, nos tirar do jogo. Se eu falasse alguma coisa, McGonagall nos vigiaria dia e noite, e talvez até expulsaria Malfoy de Hogwarts. Acredite em mim, tendo ele sobre nossos olhos é mais seguro.
Gina não insistiu mais no assunto, de certa forma Hermione tinha razão, elas evitaram cruzar com Malfoy, andavam sempre juntas ou acompanhadas com outras pessoas, mas nunca, nunca sem suas varinhas. Hermione foi obrigada a ajudar Gina com “Petrificus Totalus” e “Rictusempra”, feitiços simples que petrificam o adversário, ou o fazem rir desesperadamente.
A semana passou voando, e não receberam nenhum noticia de Rony ou Harry, tão pouco Pichí havia voltado com notícias, o que as preocupara, talvez a ave não tivesse conseguido chegar a tempo. Já era sexta feira, dia 9 e seria realizado o último jogo da Copa, não sabiam se Grifinória havia se classificado. Haviam chegado até as semi-finais, mas depois disso, não ouviu-se falar sobre esse assunto.
As 7 horas da noite, todos os alunos fora para o refeitório, havia um enorme painel atrás da mesa dos professores, e os alunos sentaram-se para assistir ao final da Copa, McGonagall arriscou-se a dizer umas breves palavras na ausência de Dumbledore.
– Alunos. – começou ela. – Estamos fazendo uma exceção hoje para que possam assistir a final da Copa de Quadribol, nossa querida Grifinória se classificou após um excelente jogo, ao qual ganharam de 200 a 100 do Instituto de Salem. Um bom divertimento para todos.

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