Surpresas agradaveis e desagra
Hermione abriu a porta. Harry não acreditou no que estava vendo. Será que os seus olhos lhe enganavam? Mas com certeza Hermione tinha certeza, era o seu melhor presente de aniversario.
- Harry... hã... vou deixar você e seu presente sós. – sorriu Hermione e saiu.
Harry ficou paralisado por um momento, não sabia o que dizer. Mas não foi ele quem falou.
- Harry... você... me desculpa?
- Eu... bem.. acho que eu que tenho que me desculpar...- disse Harry
Gina sorriu, e se aproximando de Harry, não falou mais nada. E para quebrar esse silencio constrangedor Harry disse:
- Então... Você me desculpa por eu ter feito aquilo ontem?
- Desculpo se você me desculpar por ter falado que era pra você me esquecer.- disse Gina, que estava cada vez mais perto
- Bom, por mim, você esta desculpada – disse Harry, assim que Gina se encostou nele e o abraçou.
- Então você também esta desculpado. – sussurrou Gina em seu ouvido. – e ah... Eu ainda não te deu o meu presente, não é?
- Presente? Para que presente se o que eu quero esta aqui na minha frente?
Gina sorriu, Harry retribui, e com um olhar chamativo, foi Harry quem avançou. Gina deixou-se levar. Foi como se de repente o chão sumisse, a escuridão tomou conta dos dois, apenas com o calor do beijo os esquentando.
- Feliz Aniv.. – Gritaram todos quando Harry e Gina desceram abraçados.
Todos agora estavam olhando os dois abraçadinhos. Harry percebeu que além de Rony e Hermione, Sr. e a Sra. Weasley, estavam presentes também Tonks e Lupin que estavam abraçados, Fleur e Gui, Fred e Jorge, que usavam belas casacas, sinal de que sua loja de logros estava indo muito bem.
Hermione sorriu para o casal que retribuiu com um outro sorriso. Fred e Jorge não entenderam nada, Lupin e Tonks também não, Fleur e Gui nem se fala. Já Rony e Hermione responderam a essa cena com a maior naturalidade do mundo.
- Vocês... hum... estão... – disse o senhor Weasley meio sem jeito.
Gina foi até o encontro do pai e o abraçou. Depois foi a vez de a senhora Weasley ser abraçada.
- Sim, Harry e eu estamos juntos novamente. – disse Gina
Ouve um silencio, o que será que eles iriam falar. Já tinha sido muito difícil a um ano atrás, ficar com Gina sem que Rony ficasse com raiva de seu amigo. E agora, com todos olhando, a família quase que completa dos Weasley toda reunida.
- Gina, espere ai – falou Gui. – o que você quis dizer com ‘novamente juntos’? vocês já estavam juntos antes.
Gina sorriu para Gui, os gêmeos não piscavam, Lupin sorria bobamente. Tonks acabara de soltar Lupin e foi se reunir a Fleur, as duas cochichavam entre elas.
- Pessoal bem, eu vou explicar toda a estória pra vocês. Tudo ok? – disse Harry
Assim, todos foram para a cozinha onde havia um grande bolo de chocolate em cima da mesa, com as palavras “Feliz aniversario, Harry!” que entrava e saia de foco em cima do bolo.
Harry demorou uns quinze minutos para resumir toda a historia entre ele e Gina. Todos ficaram com o queixo caído. Os gêmeos não paravam de dar tapinhas nas costas de Harry e dizer “Cuide da nossa maninha heim!”. Gui desejou aos dois muitas felicidades, e Fleur e Tonks sorriam para Gina com lagrimas nos olhos.
- Bem, então eu acho que temos um novo membro na família! – exclamou o Sr. Weasley, erguendo uma garrafa de cerveja amanteigada. – Um brinde ao mais novo casal da família!
Todos brindaram. Fred e Jorge não paravam de dar tapinhas nas costas de Harry e dizer coisas do tipo “cuide bem da nossa maninha!” ou “ se ela ficar chateada com você, você é que vai ter que se ver com a gente!”, mas claro, tudo o que eles diziam era sempre brincando.
Lupin parecia radiante com mais esse novo namoro. Sra. Weasley não sabia se sorria ou chorava de felicidade. O Sr. Weasley não cabia dentro de si. Gui e Fleur pareciam duas crianças abobadas com essa noticia. Já Rony e Mione estavam muito contentes pelos dois, mas agiam naturalmente.
- Harry, posso dar uma palavrinha com você?
- Claro professor Lupin – respondeu Harry.
Harry o acompanhou até a sala. Nela estavam varias caixas embrulhadas, que Harry percebeu imediatamente que fossem seus presentes de aniversário. Ele olhou meio surpreso para Lupin que sorriu e comentou:
- quando eles vieram lhe ‘mostrar’ os presentes, finja que não sabia tudo bem?
- Pode deixar comigo!
Lupin sentou-se na poltrona e fez sinal para que Harry sentasse em sua frente. Decorrido alguns momentos, Lupin olhou bem fundo nos olhos de Harry e disse em um tom fraternal.
- Seu pai ficaria orgulhoso de você, Harry. Gina é uma boa menina, e linda também. Mas onde quer que ele esteja, deve estar muito feliz com esse namoro.
É mesmo, Harry nem tinha pensado em seus pais, mas será que eles apoiariam esse namoro? Claro, uma voz disse em sua mente, eles iriam amar a Gina também, quem não gosta dela?
- E Sirius então, nem se fala não? – completou Lupin.
Harry sorriu bobamente. Mas será que Lupin chamara ele ealí só para lhe dar parabéns e falar sobre seus pais se seu padrinho?
- Bem, mas o que eu tenho que lhe falar é algo mais importante.
- Pode falar professor
- Não precisa me chamar de professor, Harry! – sorriu Lupin para ele.
Era meio estranho chamar Lupin pelo primeiro nome, mas Harry tentou
- Então, pode falar Lupin – disse Harry.
Lupin deu uma risada, Harry não sabia se ria ou se ficava calado, realmente era muito estranho chama-lo de Lupin, sempre tivera o costume de chamar de professor, mesmo sendo que Lupin já havia dado aula a ele há pelo menos quatro anos.
- Bem, assim esta melhor. – continuou Lupin. – Bem, eu acho que você deve saber que Voldemort poderá usar Gina contra você não?
Harry até se assustou com a objetividade de Lupin, mas mesmo assim respondeu.
- Sei sim prof... quero dizer Lupin. Foi por isso que eu havia terminado com Gina, eu tinha e ainda tenho medo de que Tom possa usar Gina para me pegar – disse Harry muito serio.
Lupin parou por um instante. Levantou e depois se sentou novamente. Harry reparou que ele estava muito inquieto, e perguntou:
- Algum problema Remo?
Lupin o olhou e disse:
- Você usou o verdadeiro nome de Voldemort, Tom.
Harry não havia reparado nisso quando falou. Mas mesmo assim afirmou com a cabeça para Lupin.
- Bem, Dumbledore sempre usava Tom para se referir a Voldemort, e acho que devemos chamar a pessoa pelo seu verdadeiro nome. – disse Harry firmemente.
- Claro – respondeu Lupin – Bem, mas o que eu tenho a lhe falar Harry é algo mais importante.
Harry achou estranho. O que seria mais serio do que Tom pegar Gina naquele momento?
- Bem Harry, assim que Dumbledore, bem, ele se foi, a Ordem da Fênix deixou de se encontrar – continuou Lupin , fazendo uma breve pausa aqui – porque ele era nosso líder, mas agora, estamos sem ninguém para nos auxiliar, sem ninguém que conheça os truques e as manhas de Voldemort.
Claro, era obvio que eles não conheciam mais ninguém para pedir ajuda do que Dumbledore.
- Então pensamos, se você... – disse Lupin meio sem jeito – gostaria de ser o líder da Ordem da Fênix?
- O que? – disse Harry que havia se levantado com o choque de ser chamado para um cargo tão impotante – como assim professor? Eu ser o líder da Ordem da Fênix?
Lupin levantou-se também, deu uma volta na poltrona. Harry o olhava incrédulo, Lupin por outro lado estava com a feição mais calma do mundo.
- Dumbledore se foi - grunhiu-, e agora vocês querem a mim para substituí-lo?
- Harry, acalme-se – disse Lupin, fazendo com que Harry se sentasse – nós, da ordem, chegamos a uma conclusão que você é o único que já ficou cara a cara com Voldemort, no presente momento quatro vezes.
Harry não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Era obvio que ele não iria aceitar.
- Há dois anos, dois anos, vocês não queriam nem que eu soubesse o que essa Ordem idiota estava planejando – gritou Harry em direção a Lupin -, agora vocês querem que eu faça parte dela?
A essa altura, todos já estavam na sala, trazidos pela voz de Harry que gritava em plenos pulmões contra Lupin.
A gentilíssima mãe de Sirius também gritava em plenos pulmões “filhos da discórdia, sangue ruins nojentos, cadê meu fiel servidor, cadê meu monstro?”. Sra. Weasley foi correndo para fazer com que ela parasse de gritar. Mas não conseguiu, Tonks e Fleur foram acudi-la.
Gina estava pasma, nunca tinha visto Harry tão enfurecido assim. Hermione estava com as mãos na boca e lagrimas saiam dos seus olhos. Rony não sabia se ria ou se continuava sério, Gui e Sr. Weasley estavam petrificados nos lugares. Lupin olhava para Harry com o mesmo sorriso tolo de sempre.
Harry saiu correndo em direção ao seu quarto. Trancou-se lá dentro com magia. Sua primeira magia permitida fora de Hogwarts. Deitou-se na cama, e afundou-se em pensamentos...
- Ah sai da frente, Rony, você nunca aprende heim? – Harry escutou a voz de Hermione.
Mas sua voz estava abafada, talvez, pensou Harry, estava atrás da porta, mas eles nem Rony nem Mione iriam entrar, a porta estava lacrada com um feitiço.
- Harry abra a porta! – pediu Hermione, mas era mais uma ordem do que um pedido.
- Me deixa em paz, vocês dois – grunhiu Harry – ou vão querer também que eu me torne líder dessa Ordem idiota?
- Bem, você não me deixa outra escolha. – Harry escutou Hermione falar – Você sabe q eu não gosto de usar magia quando não há realmente necessidade mas, Alloromora!
A porta se abriu, com um pequeno clik. Hermione foi até o malão de Harry e começou a escolher algumas roupas. Após alguns momentos, ela jogou em cima de Harry.
- Amanhã é o teste de aparatação de vocês, ouviram? – e saiu do quarto.
- Tome sua roupa, vai se trocar – disse Mione saindo do quarto – vocês dois estão atrasados para o teste de aparatação.
Hermione sairá do quarto. Rony nem se quer falava com Harry, talvez com medo que o garoto explodisse com ele também.
- Não vou gritar com você Rony – disse Harry se despindo para trocar de roupa.
Rony que estava a meio caminho para colocar uma camiseta laranja. Parou, e disse:
- Puxa Harry, o que deu em você lá em baixo cara?
- Depois eu explico
Harry se trocou, e esperou Rony. Hermione estava em seu quarto. Harry foi até lá e abriu a porta. O quarto de Mione e Gina era sem duvida nenhuma melhor do que dele e Rony.
Na janela havia uma cortina rosa, com umas borboletas desenhadas voando, as duas camas estavam bem arrumadas, o chão era de madeira encerada, e havia uma mesinha redonda no centro do quarto, onde estavam vários livros abetos, que Harry identificou sendo de Hermione.
- Mione? – perguntou Harry
Hermione saiu de trás de um enorme livro intitulado ‘Catástrofes com sua varinha’, ela sorriu para Harry e fez um gesto, indicando para ele se sentar. Harry logo percebeu que Gina, sua namorada, não estava lá, mas não deu muita importância a isso.
- Algum problema, Harry?- perguntou Hermione que voltara a ler seu enorme livro.
- Ah, sim – disse Harry desviando o olhar da cama de Gina – Mione, você que já fez e passou no teste de aparatação, poderia me dar algumas dicas?
Hermione não demorou nem dez minutos para falar tudo que Harry precisava. Despediu-se de Mione com um beijo no rosto, e desceu as escadas.
Na sala esperando por ele estava o Sr. Weasley, que estava implicando com Rony, pela sua camisa altamente laranja. Mas assim que Harry chegou, eles pararam de discutir.
- Está pronto Harry? – perguntou o Sr. Weasley
Harry Rony e o Sr. Weasley saíram do Largo Grimauld doze, e rumaram juntos até a estação de metro. Harry notou que o Sr. Weasley estava muito estranho. Geralmente, ele adorava a olhar curioso para as coisas dos trouxas, como a escada rolante, ou como ele dizia ‘espacada rolante’, ou as maquinas que engolem os bilhetes.
Mais uma vez, quem cuidou do dinheiro das passagens foi Harry, já que nenhum dos dois Weasley sabia nada do dinheiro dos trouxas.
Tomam o trem. Rony que nunca havia viajado de metrô antes, ficou assustado com a velocidade em que se distanciavam. Harry achou muita graça da cara de espanto do pai e do filho que estava com ele. Os dois, mesmo o Sr. Weasley que já havia andado de metrô, parecia também muitíssimo assustado.
Finalmente, desceram em uma plataforma bem no centro do coração de Londres. Harry não se lembrava mais aonde era a entrada para o ministério da magia. Apenas o que sabia era que era em uma velha e depredada cabine telefônica vermelha, que ficava ao lado de uma enorme lata que transbordava de lixo.
Mas o que aconteceu, fez congelar o tutano dos ossos de Harry. Andando pelas ruas de Londres, apinhadas de gente, os três avistaram duas pessoas que Harry não queria nunca mais ver na vida.
Entrando no pequeno beco, onde se encontrava a cabine telefônica vermelha, se achava um garoto de aparência doentia, pálida, o rosto pontudo e os cabelos muito louros, acompanhado por um outro que usava uma longa capa preta, seus cabelos negros, um pouco grisalhos, os olhos fumegando. Harry não pode acreditar Draco Malfoy e Severo Snape estavam na entrada para o Ministério da Magia.
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