O grande presente de Aniversár



- Como?
- Isso não pode estar acontecendo?
- Mas já aconteceu Hermione, e não podemos fazer nada. – disse Harry, ainda segurando a carta com o emblema de Hogwarts nas mãos, sem dar muita importância ao que acabara de ler. – Vocês sabiam que, mesmo que Hogwarts reabrisse, eu não voltaria. Sem Dumbledore, não há Hogwarts.
Hermione que ainda estava com os olhos lacrimejantes por conta das cartas de seus pais, agora chorava de verdade, ao saber que a escola não iria funcionar.
- Mas, Harry, mesmo assim, teremos que retornar à escola pra terminar o nosso ultimo ano. – disse Hermione, esperançosa com a idéia de retornar ainda para terminar os estudos.
- E você realmente acha que Hogwarts irá abrir de novo algum dia Hermione? – disse Harry largando a carta em cima da mesa e se levantando. – Bem, eu vou me deitar, já esta tarde, e amanhã a sua mãe vai chegar Rony, e... – Harry olhou pra Rony e percebeu que o garoto estava imóvel olhando para a carta. – Rony, algum problema?
- Harry, você viu isso? Vamos ter um teste para aparatação. – espere ai...- Disse Rony – Harry, o teste para aparatação é dia primeiro de setembro, isto é, um dia depois de seu aniversário, e... Hoje é dia vinte e nove de julho, e o seu aniversario esta chegando, e vamos ter que fazer uma festa pra você!
- Não Rony, nem vem, eu não quero uma festa de aniversário – disse Harry entre sorrisos- E eu estou falando sério!
- Bem, já que você quer assim, tudo bem cara! – disse Rony, fazendo um sinal de “ok” para Harry.
- Bom pessoal, eu vou me deitar, ah Rony, quando você subir feche a porta ta? – pediu Harry entre um bocejo e outro.
- Eu vou me deitar também cara, me espere ai, só vou pegar essas cartas aqui...- disse Rony recolhendo as cartas de cima da mesa.
Hermione se despediu deles na entrada do seu quarto.
- Tenham uma boa noite – desejou ela, antes de fechar a porta do quarto.
Harry se despiu e estava colocando seu pijama enquanto Rony, colocava água e comida para uma preguiçosa Edwiges que relutava em dar bicadinhas nas juntas de seus dedos , e uma alegre Pichí que não parava de piar.
- Harry, e as cartas para os pais de Hermione, a gente não escreveu. – disse Rony, quando estava deitando em sua cama.
- A gente escreve amanhã bem cedo Rony, além disso, Edwiges esta muito cansada olha como ela esta! – Harry apontou em direção de Edwiges, realmente Edwiges parecia muito cansada.
- Boa noite, Harry.
- Boa noite, Rony.
Harry estava muito cansado por tudo o que havia acontecido, e logo adormeceu. Agora ele estava em uma linda cabana, enfeitada com flores, muitas flores, mas ele não estava sozinho, Gina estava com ele, mas ela estava do outro lado da cabana. Harry não pensava em nada, ele só queria correr para poder abraçar Gina.
Harry chegou ao outro lado, abraçou Gina e a levantou no ar, os dois se beijaram, foi o melhor beijo na vida de Harry, os dois se amavam, Harry não queria nunca mais largar Gina, ele queria ficar a vida inteira grudado em sua cintura.
Mas algo estava acontecendo, havia uma correria do lado de fora. Harry fora obrigado a soltar Gina. Rony entrou correndo na cabana, e caiu, sem nenhum movimento vital, ele estava... Morto. Hermione estava olhando pela janela, e gritou fora atingida por um raio verde, e desapareceu através do vidro. ‘Não, isso não pode estar acontecendo’, pensava Harry, mas a porta se escancarou outra vez. E uma figura, envolta por uma capa longa e preta entrou. Voldemort? Não, Snape.
‘O que você quer aqui?’ Perguntava Harry. Gina havia corrido para traz de Harry. Harry apontou a varinha e gritou ‘Sectusempra’, mas nada aconteceu. Snape lançou um feitiço, um raio alaranjado atingiu Gina, que foi levada até Snape. ‘Nãoooooo... ’
- NÃOOOOO...
- Harry, você esta bem?
- Estou Rony. – Harry estava todo enrolado no lençol de sua cama, já havia saído os primeiros raios de sol da manhã. Harry sentou na cama, com as mãos apoiadas nos joelhos segurando a cabeça. Sua cicatriz adia como nunca. Mas o porque ele não sabia, sua cicatriz somente doía quando ele sentia o Lorde das Trevas, mas dessa vez, não foi com ele que sonhara, e sim com Snape.
- Você teve um pesadelo, cara? – quis saber Rony, que estava ajoelhado na frente de Harry, e agora tentava erguer a cabeça de Harry.
- Sim cara. Snape, ele... – Harry não se sentia a vontade de contar que ele estivera com sua irmã, depois de tudo terminado. – Bem, deixa pra lá.
- Você estava sonhando com a Gina não é? – disse Rony, olhando fixamente dentro dos olhos imensamente azuis do garoto.
- Não..., bem, sim..., mas como você sabe? – quis saber Harry, meio sem jeito.
- Bem não foi difícil descobrir – disse Rony, agora se levantando e encarando Harry de cima agora. – Bem, você estava gritando ‘Não, a Gina não, você já levou Dumbledore, mas a Gina não, Gina eu te amo! – disse Rony, gargalhando depois de contar isso a Harry.
Harry estava profundamente envergonhado. Não sabia o que dizer. Há um ano atrás ele, Harry, lutava contra esse amor, pensando que Rony poderia ficar com raiva dele, mas agora, Harry havia namorado Gina, mas terminou o namoro por conta do terrível Lorde das Trevas.
- Harry, - disse Rony, se sentando ao seu lado, passando a mão em volta do ombro de Harry. – Cara, eu sei que você ainda gosta da Gina, e eu dou o maior apoio a vocês dois. Harry, ela também gosta de você. Volta pra ela Harry, eu tenho certeza que vocês irão se dar muito bem.
- Não Rony, eu não posso. E você sabe os meus motivos. Eu não posso colocar a Gina dentro dessa historia toda, alias eu não deveria ter metidos você nem a Mione nisso também. – disse Harry, agora encarando os olhos de Rony.
- Bem, você não colocou ninguém dentro de historia nenhuma Harry. Nós apenas estamos aqui porque gostamos de você, e não deixaríamos você sozinho agora. – disse Rony, profundamente sério.
- Valeu cara. – sussurrou Harry ao ouvido de Rony, quando eles se abraçaram.
- Hum... que lindo, mas será que as duas belezas vão continuar ai nesse abraço eterno, ou vão descer pra tomar-mos café da manhã? – disse Hermione entrando no quarto, e sorrindo.
- Bem Mione, acho que eu e o Harry vamos ficar com a terceira opção! – disse Rony, se levantando junto com Harry, e ficando frente a frente com a garota.
- Terceira opção? Mas que terceira opção Rony? – perguntou Hermione um pouco desorientada.
- Guerra de Travesseiro! – berraram Harry e Rony juntos, e lançaram contra a garota dois travesseiros, que simplesmente param levitando no ar, em frente a Hermione.
- Bem, eu acho que precisarão de bem mais do que isso se quiserem jogar travesseiros em mim. – disse Hermione, dando uma estocada com a varinha e fazendo os travesseiros levitarem até as camas.
- Ah, Hermione, por isso que não tem graça brincar com você. – disse Rony, passando pela garota e saindo do quarto.
- Bem, ele tem razão. – disse Harry fazendo o mesmo.

Harry e Rony tomaram seu café da manhã sossegado, enquando Hermione se dividia em duas para ler o Profeta Diário, e tomar café.
- Alguma novidade Hermione? – perguntou Harry, que a observava sem o mínimo de interesse.
- Tem sim. Agora todos já sabem que nós fugimos da casa de seus tios. Olhe.
Harry pegou o Profeta Diário e leu:
“Ninguém segura O Escolhido.
Algumas fontes nos avisaram ontem que, o garoto mais conhecido como ‘O Escolhido’, Harry Potter, fugiu da casa de seus tios na Rua dos Alfeneiros, com seus dois e inseparáveis amigos, Rony Weasley e Hermione Granger. Não se sabe ao certo onde eles foram, mas segundo o Ministro da Magia, Rufos Scrimegeour: ‘Eles estão em um lugar onde poucos sabem, ou podem ‘ver’’, disse o ministro enfatizando essa ultima palavra, como se soubesse onde os garotos estão. Mais uma vez, Harry Potter e sua turma demonstram que sabem o que fazem.”
- Como eles ficaram sabendo disso? - disse Harry indignado.
- Bem, não sei, mas eles ainda não pararam de chamar você de ‘O Escolhido’! – interpôs Rony
Depois disso, Harry e Rony escreveram para os pais de Hermione, e mandaram Edwiges e Pichí entregarem a eles. Para passar o tempo, Harry e Rony jogavam xadrez de bruxo enquanto Hermione lia ‘Aprenda a fazer a manutenção de sua própria varinha’, quando a porta se abriu e por ela entraram três figuras diferentes.
A primeira era alta e magra a qual Harry reconheceu como sendo o Sr. Weasley, a segunda era baixa e gorda, que Harry sabia perfeitamente que era a Sra. Weasley, já a terceira figura, era linda, com cabelos compridos, um pouco mais baixa que Harry, e com um sorriso maravilhoso nos lábios, Gina, Gina Weasley, sua grande paixão.
- Olá – disse o Sr. Weasley, apertando a mão de Harry em um cumprimento. – fizeram boa viagem?
- Ah sim, fizemos sim – disse Harry – e vocês, como foram de viagem?
- Muito bem Harry querido, obrigada – disse a Sra. Weasley sorrindo para ele, e em seguida lhe dando um abraço.
O Sr. E a Sra. Weasley estavam indo em direção a Rony e Hermione, e Harry aproveitando a oportunidade foi falar com Gina
- Oi – disse ele sem jeito. – hã, então, como vão as coisas?
- Vão bem Harry. – respondeu Gina olhando fixamente para ele e sorrindo. – Eu acho melhor a gente conversar uma outra hora, quando a gente estiver sozinhos, tudo bem? – perguntou Gina.
- Ah, sim, claro, por mim tudo bem. – respondeu Harry, mais sem jeito ainda. – Ah, Gina, seus pais sabem que a gente estava namoran...
- Sim, eles sabem, eu contei assim que cheguei de Hogwarts. Mas a gente fala disso depois, ok?
- Ok – respondeu Harry.
- Mãe..., não, para com isso! – dizia Rony, que tentava fugir de um puxão de orelha da Sra. Weasley.
- Isso é pra você aprender, Rony, a não arrumar confusão na casa dos outros. – disse a Sra. Weasley que acabara de soltar a orelha do filho.
- Mas mãe, eu sou maior de idade, eu já tenho dezessete anos! – falava Rony, que foi pra perto de Rony, e sussurrou no ouvido do amigo para que a mãe não ouvisse – me ajude!
- Hã... Sra. Weasley, não foi culpa de Rony, a culpa foi minha. – disse Harry, com o rosto muito serio.
- Culpa sua querido? Não, foi o Ronald que estuporou aquela coisa que eu não sei o nome. – disse a Sra. Weasley sorrindo.
- A coisa é ‘chuvasrio’, Molly querida, não é Harry? – interpôs o Sr. Weasley, que adoravam os trouxas.
- Bem é quase isso Sr. Weasley, é ‘chuveiro’. Só que na verdade a culpa foi minha, eu deveria ter explicado pro Rony como é que ele funciona. Bem, mas a Hermione já consertou o chuveiro dos Dursley e agora esta tudo bem – completou Harry.
- Valeu cara, fico te devendo essa! – sussurrou Rony, ainda mais baixo, e Harry deu um sorrisinho pelo canto da boca.
- É? E eu vou cobrar!
- Bem, se está tudo certo, eu vou pra cozinha e... Nossa, eles fizeram uma grande mudança aqui, não? – exclamou a Sra. Weasley, reparando pela primeira vez na casa.
- Quem são eles, Senhora? – perguntou Hermione rapidamente.
- Eles? De quem você esta falando querida? – perguntou a Sra. Weasley, em um tom de quem se desculpa por ter falado alguma coisa que não devia.
- Eles Sra. Weasley. Bem, quando chegamos aqui, uma coruja nos entregou o apagueiro e um persumágio, mas não havia o nome de quem nos entregou. E depois varias coruja chegaram e em uma carta, estava escrito que ‘eles’ fizeram essa arrumação na casa, e que não poderíamos nos encontrar por enquanto. E agora a Sra. Diz que ‘eles’ fizeram uma grande mudança aqui, então,quem são? – disse Hermione, como se estivesse fazendo uma analise da situação.
A Sra. Weasley ficou paralisada por um momento, e depois continuou:
- Bem, eu não sei quem são ‘eles’ querida, eu só disse isso porque a casa esta realmente muito mudada, e seja quem for que fez isso, fez um bom trabalho. – completou ela, mas sua voz havia falhado, e com certeza ela sabia quem eram esses ‘eles’ – bem, eu suponho que todos vocês estão com fome, não? Eu vou pra cozinha preparar o almoço, Gina, Hermione, vocês podem me ajudar?
- Claro mãe! – disse Gina, dando uma olhada rápida para Harry, que respondeu a isto com um sorriso.
- Ah, sim Sra. Weasley – disse Hermione. – mas espere só um minutinho.
Hermione foi até onde Harry e Rony se encontravam e chamando-os para um lado mais afastado disse aos dois:
- Vê se vocês conseguem tirar alguma coisa sobre esse “eles” com o Sr. Weasley. Ta ok? – pediu a garota.
- Pode deixar conosco – disse Rony, fazendo um sinal de ok com a mão.
- Hermione, você pode vir me ajudar, querida? – gritou a Sra. Weasley lá da cozinha.
- Já vou! – berrou Hermione da sala. – bom é melhor eu ir.
- Hermione – disse Harry, segurando o braço da garota quando ela estava se virando para ir à cozinha – fala para Gina me encontrar no quarto daqui uns quinze minutos, por favor.
- Ok Harry, mas deixe-me ir agora. – pediu a garota.
Harry e Rony foram até a sala e sentaram-se nas poltronas. Rony aproveitando a oportunidade perguntou:
- Pai, eu sei que você e a mamãe sabem, então diz pra mim e pro Harry, quem são ‘eles’? – disse Rony, como se estivesse interrogando o pai.
- Não Rony, nem tente me tirar nada, porque eu não vou contar. – disse o Sr. Weasley rapidamente.
- Mas pai, a mamãe nem vai ficar sabendo! – insistiu Rony.
- Eu já disse não Rony. – disse o Sr. Weasley, com o tom de voz de quem termina um conversa muito monótona. – Ah, Harry eu gostaria de lhe falar um momento, será possível?
- Ah sim, Senhor, mas será que pode ser depois? É que eu tenho que... Alimentar Edwiges e Pichí, tudo bem? – disse Harry, inventando essa ultima parte para poder se encontrar com Gina.
- Bom por mim tudo bem. – Então... Fiquei sabendo que vocês vão poder participar do novo teste de aparatação, não?
- É, vamos sim pai. Eu e Harry vamos fazê-lo no dia primeiro de setembro. Pai, você pode ir acompanhando a gente se quiser. – exclamou Rony.
- Bem, se não tiver problemas, tudo bem!- respondeu o Sr. Weasley alegremente.
Harry consultando o seu relógio de pulso viu que já se passara dez minutos desde que ele havia pedido para Hermione falar para Gina o encontra-lo dentro de quinze minutos em seu quarto.
- Rony, posso falar com você um instante? – pediu Harry, levantando-se de sua poltrona e indo até o pé da escada.
- Claro – respondeu Rony
Harry esperou até ter certeza que o Sr. Weasley não estava olhando nem os escutando, e começou:
- Olha eu vou me encontrar com a sua irmã em nosso quarto, você sabe. Então não deixe ninguém subir, até que Gina e eu desçamos. Tudo bem? – terminou Harry apressado.
- Tudo cara. – disse Rony, dando uma piscadinha com o olho.
Harry retribui-o com um sorriso, ele já estava alcançando o primeiro patamar quando Rony disse:
- Boa sorte!
- Fale mais baixo Rony! – sussurrou Harry em resposta. – obrigado!
Harry entrou no quarto e deixou a porta atrás dele aberta, não se passou muito tempo até uma linda voz dizer:
- Harry?
Harry se virou, ela estava lá, parada na porta. Estava muito linda. Gina sorriu e entrou, fechando a porta.
- Você queria falar comigo, Harry?
- Sim Gina, eu quero muito falar com você – disse Harry com a voz calma.
- Então fale! – sussurrou Gina, se aproximando tanto de Harry que a garota poderia medir quantos centímetros rinha a cicatriz de Harry – Não! Não diga nada agora...
Gina passou sua mão pela nuca de Harry e conduziu o rosto do garoto ao encontro do seu. Seus lábios se encontraram. Um beijo, o melhor beijo da vida de Harry. Ele sentiu seu rosto ficar úmido e depois molhado, enquanto sentia o corpo de sua amada se abraçando ao dele. Gina estava chorando. Será que era pela emoção?
- Gina... – dizia Harry, mas suas palavras eram abafadas e ocas devido a quase não existência da distancia entre eles. – Gina... é melhor... a gente parar...
- E... você quer... parar...? – sussurrou Gina mais baixo ainda , colada aos lábios de Harry.
- Não... eu não quero... parar... – exclamou Harry. E era verdade, se pudesse, ele ficaria para sempre grudado nela – Mas eu já lhe expliquei as razões para a gente não ficar mais juntos... Gina, eu não posso mais te amar!
Gina se afastou, foi até a porta, parou e ficou imóvel. Harry tentou se aproximar, mas foi impedido quando ela gritou para não se aproximar.
- Gina, desculpe-me, eu só quero dizer que a gente a partir de agora só poderemos ser amigos. Eu não queria te magoar Gina. Por favor, Olha pra mim! – tentava se explicar Harry, que também começava a ficar com os olhos cheios de lagrimas.
- Bem - disse Gina, encarando Harry, lagrimas corriam pela face da garota -, se você que assim Harry, assim vai ser. Eu só te peço uma coisa, me esqueça, ok?
E sem dizer uma só palavra, Gina se virou, encarou a porta por um momento, girou a maçaneta e...
- Tchau Harry – Gina saiu do quarto.
- Hei... Gina, não, volta aqui... – dizia Harry, entregue as lagrimas. – Gina... Volta...


- E ai cara, como foi? – Rony havia entrado no quarto, depois de uns quarenta minutos depois que Gina havia saído.
- Sai daqui Rony!- berrou Harry, que estava deitado em sua cama de bruços, tampando o rosto em seu travesseiro.
Rony se assustara ao ouvir Harry gritando com ele. Quando Harry percebeu, Rony havia saído, ele estava sozinho de novo. Harry não queria companhia, o que ele mais queria agora era ficar ali, sozinho, sem ninguém, somente com seus pensamentos.
“Como Gina pode fazer isso comigo?” pensava Harry, ele queria muito que Gina soubesse que ele a amava, mas esse amor era impossível. Mas como falar com ela? Ela não queria mais conversar com Harry. E como seria agora a vida no Largo Grimauld, uma vez que Harry teria que conviver todos os dias com ela, mas, sem trocar apenas uma palavra com ela.
- Vai Harry, pode sair dessa cama agora! – disse Hermione, que acabara de entrar no quarto acompanhada de Rony. – Vai Harry, eu disse AGORA!
- Mione... – sussurrou Rony baixinho, mas Harry conseguiu ouvir – Mione... Ele vai ficar mais bravo do que já esta!
Hermione foi até onde Harry estava deitado e puxou seu travesseiro, e fez com que Harry a encarasse pela primeira vez.
- O que é que você quer?
- Conversar, Harry – exclamou Hermione olhando Harry um olhar maternal.
- Mas eu não quero conversar Mione. Sai fora, os dois!
Hermione, em um movimento rápido puxou sua varinha da cós da jeans e dando uma estocada forte em direção a harry disse:
- Levicorpus – Harry foi levado ao ar. Estava agora de ponta cabeça, como se estivesse sido puxado por alguém pelo tornozelo.
- Você disse que nunca iria usar esse feitiço, lembra Hermione? – Disse Harry com um tom de ironia na voz.
- Bem, mas nesse caso Harry, você me obrigou a usá-lo! Sorriu Hermione em resposta.
- Ta bem. Mas me tire daqui. – pediu harry, com seu rosto começando a ficar vermelho.
- Não! – disse Hermione – você vai ficar ai até prometer que vai conversar com a gente como um homem Harry. E nem vai gritar – acrescentou rápido a garota.
- Ta... tudo bem... mas me tire daqui Hermione... por favor? - colocou Harry ao ver o rosto contraído de Hermione.
Hermione olhou bem fundo nos olhos de Harry e sorriu.
- Liberacorpus! – Harry caiu de quatro na cama. E bateu sua cabeça com muita força na cabeceira de sua cama.
- Você precisa melhorar esse feitiço Hermione. – disse Harry.
- Não Harry, não preciso não. Na verdade eu nunca havia usado-o antes.
Harry sentou na cama, passando a mão na testa, onde batera com a madeira da cama. Hermione se ajoelhou em sua frente, enquanto Rony sentou-se em sua própria cama, de frente a Harry.
Como nem Rony, nem Hermione falaram foi a vez de Harry perguntar:
- Por que vocês vieram falar comigo? Disse Harry meio rabugento.
- E precisa perguntar Harry? – sorriu Hermione. – estávamos todos esperando por você no almoço, mas o senhor fez o favor de não aparecer, depois Gina fica com os olhos vermelhos e lacrimejantes, e por ultimo Rony entra aqui e é expulso pelo seu melhor amigo. Então Harry, o que acontece?
Fez-se um silencio absoluto, enquanto Harry refletia por tudo o que fizera ata ali. Gina estivera chorando na frente de todo, o que será que o Sr. e a Sra. Weasley iriam pensar? Depois Ele expulsou o seu melhor amigo do quarto. Rony, a melhor pessoa que Harry já havia conhecido seu melhor e melhor amigo. Depois de um tempo Harry enfim conseguiu falar.
- Rony, cara... me desculpe, eu não queria ter feito aquilo... – disse Harry olhando profundamente em Rony.
- Tudo bem Harry!- sorriu Rony.
- Então me dá um abraço? – pediu Harry, que acabara de se levantar
- Mas é claro! – disse Rony, levantando-se também e indo até onde Harry estava, e o abraçando, ele sentiu seu ombro ficar molhado. – Cara... não chore não!
- Pô Rony... Como eu pude fazer aquilo com você cara? Justamente com você, meu melhor amigo, companheiro e irmão! – disse Harry, terminando o abraço e olhando Rony, que estava com os olhos vermelhos.
Hermione continuava ajoelhada, enquanto Harry sentava, ela apanhou um pequenino pedaço de pergaminho e entregou á Harry.
- O que é isso Mione? – perguntou Harry meio confuso
- Leia! – insistiu Hermione
Harry abriu o pergaminho e leu... mas ele não acreditou no que estava lendo...
- Mione... onde você consegui isso? – perguntou Harry mais confuso ainda.
- Bem Harry, como você pode ver, Gina ainda te ama. – disse a garota cheia de si. – No almoço eu peguei ela chorando, eu perguntei a ela o que havia acontecido entre vocês no quarto, mas ela não respondeu.
- Então cara, ela se trancou no quarto, e não queria sair nem por decreto. – completou Rony.
- É. Bem, eu fui até o quarto – continuou a história Hermione. – e a vi escrevendo isso. Quando ela me viu, ela jogou esse pergaminho no lixo. Eu perguntei o que era, mas ela respondeu que era besteira. E saiu do quarto, dizendo que queria conversar com a mãe.
Hermione fez uma pausa, Harry olhou a garota, maravilhado. Se pudesse ele daria um beijo em Hermione por fazer Harry tão feliz.
- Então eu peguei e achei que você gostaria de saber que apesar de tudo, ela te ama! - concluiu Hermione.
Harry sorria como um pobre garotinho que teve o seu sonho realizado. Ele se levantou e começou a andar pelo quarto. Ele não podia acreditar. Mas ele foi muito duro com Gina, mas mesmo assim, mesmo assim ela havia escrito “ Apesar de tudo Harry, eu não consigo parar de te amar”...
- Harry, você vai ficar parado ai olhando a janela que nem um tonto, ou vai descer para almoçar? Ou melhor, fazer um lanche, já que já são quase três horas da tarde!

Harry estava maravilhado com aquele bilhetinho. Ele não conseguiu falar com Gina naquele dia. Ela ficou trancada o dia inteiro no quarto, sozinha. Hermione foi tentar convence-la a falar com Harry, mas foi em vão.
Rony e Harry ficaram também em seu quarto, onde jogavam xadrez, e Rony para variar, tentava aprimorar alguns feitiços.
Cara, isso é muito difícil! - Dizia Rony, que tentava silenciar sua Pichí. – Não sei como vocês conseguem fazer essas coisas ficarem caladas. Silencio!
- É muito simples Rony, basta dar uma estocada forte com a varinha e pronunciar o feitiço. – disse Hermione, que mostrava agora para Rony como fazer o gesto com a varinha.
Harry que agora não largava aquele bilhete desde a tarde, ficava viajando em seus pensamentos românticos com Gina. O que ele mais queria agora era sair correndo em direção ao quarto de Gina e dizer que ele a amava, e daria lhe daria um enorme beijo.
- Hei Harry... Acorda! – disse Hermione, ao ver que ele estava até babando em sua fronha de travesseiro.
- Eu estou acordado Mione. – resmungou Harry.
Já estava tarde da noite, mas ainda Rony tentava silenciar Pichí, e Hermione lia agora muitos livros de uma só vez. Harry pelo contrario já estava deitado em sua cama, com o lençol cobrindo seu corpo.
- Ai... acho melhor eu ir dormir! – disse Hermione se espreguiçando. – Rony, posso falar com você rapidinho? – pediu Hermione apontando para a porta.
Hermione e Rony saíram do quarto. Harry não ficou sabendo se a conversa de seus dois amigos realmente foi rápida. Harry adormeceu e... Snape? Novamente Snape entrara correndo em uma cabana... Mas Gina não estava com Harry. Snape petrificou Harry, e o fez levitar até um penhasco onde...
- Feliz Aniversário!!!
Harry levou um susto que até pulou da cama com a varinha a posta. Levou alguns minutos para Harry entender o que estava acontecendo. Todos, menos o grande amor da vida de Harry, estavam lá em seu quarto. O Sr. e a Sra. Weasley, que estavam ambos com um chapéu de festa, com os dizeres: “Parabéns Harry!”, que entrava e saia de foco. Rony e Hermione que estavam sentando na cama.
Todos cumprimentaram Harry, Foi o melhor aniversario de sua vida. A Sra. Weasley pediu para Harry tomar um banho, pois logo iriam chegar os convidados para a sua festa de aniversario. Festa? Harry ouviu certo? Ele nunca tivera antes uma festa de aniversario.
Todos saíram do quarto, apenas Hermione ficou para trás. Ela foi até onde Harry estava e o abraçou.
- Parabéns Harry! – disse ela no ouvido de Harry. – desculpe pelo presente, eu não pude comprar!
- Que isso Mione, meu melhor presente é ter pessoas assim como você e Rony do meu lado. – disse Harry do fundo de seu coração.
- Mas pelo visto você não esta muito alegre – disse Hermione observando o rosto de Harry.
- Não, eu estou bem sim. – mentiu Harry. – Mione... Gina não quis vir até aqui não é? – perguntou Harry já sabendo a resposta.
Hermione se levantou, abraçou Harry mais uma vez, e se despedindo foi até a porta, onde parou por um momento, e depois sorrindo disse:
- Harry... Eu te apresento o melhor presente de aniversario de sua vida!!!

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