Á vontade!
Harry relutava em se levantar da cama e sair daquele agradável torpor de sono que ainda tinha. Há tempos não dormia tão bem. Por uma espécie de milagre, os pesadelos de sempre com a morte de Sirius não o acometeram naquela noite (seria uma compensa cão pelo que viria mais tarde?). Ao em vez deles sonhou com algo que jamais vira em toda sua vida. Um lugar impossível de se descrever com palavras, pouco dignas dele. Belo, impressionante, magistral... Não... Era pouco... Mas não mais que... Ela.
Harry abriu os olhos e se levantou.
“Quem seria ela?...” Ele apoiou o cotovelo nas pernas agarrando-se aos cabelos como se puxasse pela memória.
“Havia alguém lá... Uma mulher... Ela tinha cabelos longos e... De que cor?... Não, espera! Ela tinha... Ela era... Droga!”
Não conseguia mais lembrar direito dela, mas tinha a nítida impressão de que a noite só tinha sido boa por causa dela.
-Mi Lorde?
Voldemort voltou-se a seu subordinado com um ar aborrecido, mas ao ver que era sua feição tornou-se nula.
-Conseguir-te, não fora?
-Sim mi lorde - disse numa reverencia - Logo o senhor o terá.
Voldemort apenas ergueu sua mão para que seu servo se retirasse e então voltou ao estudo daquele pergaminho, que por ele há tempos fora esquecido, e que há tempos o fazia sentir-se irado com o próprio deslize.
“Se houvesse me lembrado...”
Passando os dedos por sob a gravura no pergaminho era como se conseguisse sentir o calor que vinha do que aquilo representava. E logo depois de um instante de desejo ele praguejou recriminando-se.
“Se houvesse me lembrado disso, não teriam me silenciado por tanto tempo”.
Submerso até o queixo, na água da banheira, do quarto dos tios, Harry tentava relachar e lembrar do pouco que aprendera nas aulas de oclumencia, tentando por em prática em horas tudo que não conseguira em meses.
“Tudo isso só por que ninguém consegue me vez em paz!” -pensou aborrecido, desistindo de se concentrar e saindo da banheira, pois a água já esfriara.
Vestiu um roupão largo, felpudo e novo de Duda, que lhe cobria até o meio da canela (em Duda só ia até os joelhos). Enxugou-se calmamente e foi até seu quarto apenas para apanhar uma muda de roupa e ver se Edwirges não chegara. Pegou o roupão, desceu até a área de serviço e enfiou-o dentro da secadora. Fez um lanche rápido na cozinha e, sem mais nada para fazer, voltou para o quarto dos tios, ligou o som, pôs em uma estação de rock e se esparramou todo na cama mais confortável da casa, sorrindo marotamente só de pensar na cara dos tios se soubessem o que está se passando. Se ao menos supusessem que Harry estava ali, sozinho na “Alfeneiros, nº 4”, utilizando-se de tudo que quisesse dentro casa deles...
Duda havia aprontado uma muito boa, deixando-o em apuros com a justiça, por estar participando de um racha de motos, por perturbar a paz local e por desacato á autoridade que o prendeu.
E tudo isso começou pela falta de consciência de seus tios, que acabaram lhe dando dinheiro comprar uma moto que ele há tempos exigia. Isso depois dele ter ganhado um renomado premio de boxe juvenil.
“Se ele ao menos tivesse comprado uma moto normal.” pensou harry depois de refletir no quanto avisara a Duda sobre ela.
A moto não era de ultima geração como ele dizia e não era por isso que ela ligava e dava partida sozinha as vezes. Não... Aquela moto tinha algo especial... Algo mágico... E Harry sabia disso por que a conhecia... De seus sonhos... Suas lembranças...
E como ela foi parar nas mãos de Duda, depois de tudo, foi explicado (mundunguom[?]). Mas isso não importava mais. Agora ela era dele.
Depois do ocorrido e da sentença de Duda (prisão acadêmica com, acompanhamento jurídico de uma agente social durante o próximo período letivo para a avaliação do comportamento do réu. Novo julgamento depois desse período.) para evitar ao Maximo um escândalo, os Dursley, literalmente FUGIRAM com Duda para o litoral, deixando Harry na casa da Sra. Figg pelo resto do verão.
Ou assim pensavam.
”Ingênuos...”
Assim que o carro dobrou a esquina, Harry virou-se e amistosamente, despediu-se de Figg, dizendo que iria pra casa. A senhora abominou completamente a historia.
-Mas, como é que eu vou cuidar de você, se ficar na casa dos Dursley? E como você vai entrar se tudo está fechado?E...
-Sra. Figg-ele interrompeu - em primeiro lugar, já sou auto o suficiente para me cuida sozinho.
-Não quero saber que tamanho você tem!-resmungou nervosa enquanto ele revirava os olho-Ainda é menor de idade, tem que ter responsáveis e...
-E em segundo lugar-interronpeu novamente achando que si fosse a Sra. Weasley não haveria muitas diferenças-Eu sou bruxo pra que si não posso abrir uma porta?
-Ah não! Esta vendo? Ainda é jovem e inconseqüente! Não lembra o que causou no ano passado guri?
-Claro. Mas quem disse que eu vou usar a minha magia?
Sem mais conversas, dirigiu-se até a casa, com Madame figg em seus calcanhares, e com o canivete de Sirius, abriu a porta tomando posse!
Passaram se três dias tranqüilos. Ele, acompanhado sempre da Sra. Figg, abasteceu sua geladeira e dispensa e, mais tarde, com ajuda de Tonks, que fora mandada pelo ministério para vigiá-lo (-É o cumulo! Anos de treinamento, esforço dedicação, depredação de meu lindo corpinho, e acabo de pajem de marmanjo! Deprimente...) pos alguns feitiços de proteção na casa, (pra ninguém notar a casa, não perceber que tinha gente, essa coisas...), mas como a rua estava vazia (os moradores, fugindo do calor, viajaram para lugares mais frescos) Harry ficou mais tranqüilo.
Estava sentado em uma poltrona da casa assistindo tv e pensando quando essa tranqüilidade toda ia acabar quando Edwirges apareceu com uma carta de Rony.
“Eu mereço...”-pensou enquanto abria a carta-“É bem feito se for uma bomba pra que eu deixe de ser tão ‘otimista’...”
“Mione e os pais foram atacados”! – Ele quase cai da poltrona.
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