Cap-3 Delita



Cap-3 Delita

“Sinceramente estou espantado até agora”.
“A sorte que ela teve quando um comensal da morte estúpido deixou a varinha dela cair do seu lado... mas, mesmo assim, como foi que ela conseguiu fazer uma chave de portal que desse aqui em casa?... Como foi que ela conseguiu ser tão astuta a ponto de fugir com os pais de CINCO comensais?!

Harry lia tudo aquilo, tremulo e boquiaberto. Sem saber se ria aliviado pela amiga estar viva ou se gritava de desespero pelo que ela passara.


Nem ela soube explicar! A única coisa que sei é que agora ela está aqui. Bom, pelo menos passou a noite aqui. Ficou o dia inteiro no st. Mungus com os pais e só saiu arrastada por mamãe e papai que foram buscá-la. Eles estão mau cara. Judiaram muito deles. Dumbledore veio falar com ela, ontem depois do jantar e hoje de manha ela veio se despedir de mim dizendo que ia buscar um tratamento para os pais no exterior. Não pode me dizer onde. Pediu para te avisar e dizer que ela estava bem (mas eu acho que você sabe tanto quanto eu que não.).”

Quanto a nós, estamos bem. Fred e Jorge estão morando no beco. Mamãe preocupada com todos como sempre (mandou perguntar se você está comendo direito...) Gui anda sumido, mas não é nada, viajou com a namorada (vê se pode!). Percy ainda não se mancou (grande coisa.). Eu... Estou como sempre. Gina também. Nos veremos em breve.”

“Rony.”

Harry passou o dia inteiro pensando na amiga. Como estaria? Teria se ferido também?Onde estaria? O que os pais dela teriam? Seria assim tão Grave a ponto de não poder ser tratado aqui... Ou estariam fugindo?
“Por que eles os atacariam? Seria somente por ela ser minha amiga?”
Harry passou uma noite bastante conturbada, com uma dor de cabeça pulsante que não tinha nada a ver com Voldemort... Não diretamente pelo menos...

No dia seguinte Tonks, apareceu contando lhe as novidades. A primeira:
-nada, mais de passeios para o senhor... Infelizmente, Harry... Mas é pro seu bem...
A segunda seria sobre a retomada das aulas de oclumencia e outras coisinhas...
-Dumbledore já tinha isso em mente desde que soube que você preferiu ficar sozinha aqui, coisa que ele não aprovou muito. Acha que você provavelmente está com a cabeça cheia de coisas erradas e que é melhor, como ditam os conceitos básicos da oclumencia, “manter a cabeça vazia...”.
Engraçado, lembrou de um ditado trouxa naquele momento, “cabeça vazia... oficina do diabo!” “Quem falou aquilo um dia teve aulas de oclumencia com Snape! com certeza!”...
As outras noticias eram sobre os Weasley, que foram postos sobre vigilância ministerial, e Mione, que havia sido mandada para a América.
-Qual delas?
-E eu é que seu Harry?Coisa de Dumbie, só Dumbie sabe!

Eram cinco horas da tarde. Suas aulas começariam as seis e terminariam as nove (curso intensivo). Pediram para que arrumar-se um quarto de hospedes.
“Ótimo! Coloquem um assassino em potencial dormindo comigo, só não deixem de avisar Voldemort, ele pode querer se prevenir sobre os fogos de artifício, a festa...”

“Mas o que deu na cabeça desse povo? Por que, diabos, esse morcegão não pode aparatar daqui depois da aula, para Deus-sabe-o-muquifo, que aquilo se esconde?”

Cinco e meia da tarde e a porta começou a ser esmurrada freneticamente, assustando harry que estava devaneando.
“Apressadinho ele, não?” pensou Harry já com a varinha em punho. “Se achava que ia me pegar desprevenido...”
Mas ao checar quem era no olho mágico o que viu não fora Snape. Uma senhora de aparência severa, (que ocasionalmente o fez lembrar-se de Moody) batia na porta com frenesi e olhar ancioso.
Harry ficou intrigado. “Quem seria ela?” Não era trouxa, se não, não teria posto os pés nem mesmo no gramado. Não era da ordem (Bom pelo menos nunca a tinha visto.)

Seria uma comensal?!
“batendo em sua porta, Harry? Francamente...”
E com esse pensamento se achando um perfeito, babaca, paranóico, começou a destrancar e abrir a porta devagar.
-SAI DA FRENTE GURI?!! AI MEU MERLIM, SOCORRO!!! Banheiro, banheiro, banheiro... CADÊ O BANHEIRO???!!!
Harry não estava preparado para a força com que a porta foi empurrada e, surpreendido, foi “ensanduichado” entre ela e a parede da sala. Completamente tonto Harry só conseguiu murmurar algo como “segunda porta a direita” e ouviu outra batida.
Um pouco menos tonto agora, (mas completamente confuso) ele conseguiu se erguer e andar até uma poltrona com distancia segura do banheiro no andar térreo da casa. “Vai que ela explode aquela porta também... Que mulher maluca... Ai! Minha cabecinha...”.
Minutos depois, ele ouviu o barulho da descarga e o barulho do forte jato de água da torneira da pia no banheiro. A senhora, de estatura alta e esguia de aproximados sessenta anos, ressurgiu na sala com um semblante aliviado, enxugando as mãos com uma das toalhinhas de sua tia, assim que os olhares se cruzaram, ela traçou uma linha reta até ele e de surpresa puxou com força sua orelha.
- posso saber pra que todo aquele balé pra abrir aquela porta, heim?!-ela soltou sua orelha e lhe deu uma tapa em seu braço-Não é educado deixar uma senhora NA SITUAÇÃO EM QUE EU ESTAVA esperando do lado de fora!
Harry a olhava com uma mistura de descrença e receio. Que tipo de vida era aquela que ele levava? “Eu tenho cara de quê, pra todo mundo achar que eu tenho que levar pancada?!” mas harry não conseguiu falar nada apenas gruniu pela dor aguda que sentiu nos dois galos de sua cabeça. Ouviu os passos dela em direção da cozinha e logo depois uma coisa fria em sua testa que lhe deu outro susto.
-Calma! É só gelo!
-a senhora por acaso não sabe o que é ‘aviso’?- reclamou finalmente.
-Não seja tão manhoso-esfregou com mais força o gelo em sua testa que o fez gemer mais alto - deixe pra reclamar com quem “te azarar” pelas costas. - ela sentou-se no apoio de pés a frente dele e o fitou analiticamente. – Você não me parece bem?
“E por que estaria?”-pensou ele a olhando com azedume.
- Garoto mais azedo! Aposto que não tem namorada, né?-ela riu quando ele ficou vermelho.
-quem é a senhora?
-em primeiro lugar senhora é sua mãe que está no céu, Meu nome é Delita. Para os menos íntimos, o que não será o nosso ‘caso’-sorriu maliciosamente - sou madimoselle Delita figg ex-professora de DCAT em hogwarts e profª aposentada D’as artes da mente’ na academia de aurores. Prazer em conhece-lo.- apertou sua mão.
-a senhora está aqui pra me ensinar oclumencia?- harry estava começando a achar sentiria falta de Snape. Ela fez uma careta que lhe acentuou as rugas.
-Senhor Potter, se continuar me chamando de senhora, vai levar uma bengalada na cabeça!!
-Não, não, não!!! Delita, Delita!!!- exclamou quando ela fez surgir uma bengala.
-Pois muito bem. Estou vendo que com você o negocio vai ser jogo duro, não é?- ela levantou-se e começou a andar de um lado para outro como um general falando com um soldado- Vou ter que tomar medidas drásticas quanto ao seu humor, e já que por aqui não temos candidatas a namoradas para o senhor-Harry ficou vermelho de novo- Vou eu mesma dar meu jeito.
Ela esticou os braços para Harry que se viu acuados, sem saída e sem reação. Segundos depois e estava sem fôlego, se contorcendo todo para se livrar das garras de delita que não lhe dava abertura nem para respirar... Ele estava sufocando...

De tanto rir.

-Para... Para sua maluca!!!Ah, eu vou morrer!!!
-De rir? Essa seria boa! O que o avada não mata, o riso detona... Essa vai pra minha tese!-ela parou de fazer cócegas em Harry e se sentou no colo dele lhe laçando o pescoço.
-Você é a cara de um afilhado meu, sabia? Vez por outra eu também tinha que dar meu “tratamento de choque” nele, geralmente quando brigava com a menina que ele gostava ou algo parecido. - ela examinou seu machucado e sorriu-cabecinha dura a sua em Harry? Não foi nada você sobrevive. E eu vou me levantar daqui antes que você descubra que eu sou muito gostosa e resolva me atacar – dizendo isso ela parou uns instantes e começou a rir. Harry não entendeu nada.
-Você era madrinha do meu pai?
Ela o olhou e sorriu ternamente anuindo.
-E fui professora dele também. Em Hogwarts e na academia. Infelizmente ele achou que me atormentar minha vida só em Hogwarts era pouco. Aposto que se enfiou na academia só pra me encher o saco!
Harry a olhava com olhos de quem pedia por mais, não era preciso legilimencia para saber que ele pouco sabia daqueles que o amaram a cima até da própria vida. E ela com muito prazer mostrou lhe faceta de seus pais que ele desconhecia. Soube que seu pai tinha entrado na academia de aurores, mas que não completara os estudos de lá. Achava tudo aquilo muito frio. Era excelente musico e muitas músicas bruxas famosas têm sua autoria, começou a comandar os negócios da família quando se casou com sua mãe Lily, que se tornou uma aprendiz de curandeira de muito futuro...
-futuro...ninguem sabe qual é o seu...
-quem disse? Eu sei qual é o meu.
-Mesmo? E qual seria.
-morrer.
Harry a olhou espantado.
-Você não tem medo?
-Pra que se, de uma forma ou de outra, nos vamos morrer. Então a única coisa que podemos fazer é lutar pra morrer como a gente quer.
‘ por exemplo: se você quer morrer dormindo não se levante muito da cama. Você terá mais chances de ter êxito. Se quer morre voando não desmonte de sua vassora. Se que r morre lutando...’
-...vire um auror.
-ou entre no departamento de acidentes mágicos, é cada coisa absurda que aparece por lar.
Harry rir.
-Você ainda não me disse por que veio.
-bem como você já deve saber, Dumbledore quer ver sua mente mais protegida, sei que você tentou oclumencia semestre passado... não precisa me contar os detalhes! Sei que foi um desastre.
“enfim Dumbledore percebeu que sua dificuldade maior é o sono, quando você dorme fica, indefeso então a solussão que temos é: você não pode dormir.
Harry abriu a boca de espanto. Era só o que faltava para que sua vida se tornasse ‘mais normal’ que nunca.
-não precisa ficar tão espantado! Isso não é uma coisa tão absurda para os bruxos assim! A ibernalogia é uma arte muito usada pelos aurores, que tem que ficar longos períodos de tempo sem dormir, de sentinela em algum lugar. tem graça você dormir no posto de guarda e ser atacado por um inimigo?! Pois bem essa técnica possibilita que você descanse sua mente e corpo sem perder os sentidos, entendeu?
-entendi.
-então, não é uma boa idéia?
-parece que sim.
-ótimo. Quero primeiro começar a rever oclumencia com você e depois. Partimos para ibernacão. Ok.? Mas antes... mas antes... VAMO COMÊ! Eu to varada,e tu verde, de fome! Depois nois trabaia!




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.