Cap. 18
N/A – Eu sei que esse capítulo é pequeno, mas é necessário e… bom, melhor do que nada. Ah, foi escrito por mim.
Obrigada a todos aqueles que estão lendo a fic.
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Maggie não dera conta que pensara alto. Acostumada a sua solidão, por vezes falava consigo mesma… e agora, apesar das coisas terem mudado bastante… acontecera de novo; e de uma forma que jamais deveria ter acontecido.
As amigas a olhavam com ar atónito. Aflita, ela se levantou e foi até Stacey, que escondia o rosto com as mãos para ocultar a crise de choro que ameaçava brotar dos seus olhos.
- Stacey… - Começou Margareth. – Stacey, não é o que você está pensando, ele só…
- Ele só o quê??? – Quase berrou Stacey, não disfarçando mais as lágrimas de dor e raiva. – Ele só é um galinha de primeira que vive pegando tudo quanto é garota por aí e você é mais uma das bobinhas que vai cair na teia dele? Pois faça bom proveito!
- Stacey, não… - Maggie tinha os olhos marejados de lágrimas. Aquele era o seu momento. Não tinha a menor intenção de magoar a ruivinha e sabia que, apesar das suas palavras serem motivadas pelo coração e orgulho feridos, tinham razão de ser, mas Sirius Black convidando-a para um baile era a realização de um sonho que ela nem se atrevera a sonhar.
Stacey virou as costas e teria ido embora, se Cecille não tivesse se colocado na frente dela e Mary não a tivesse pego por um braço, impedindo-a.
- O que foi? – Inquiriu Stacey, tentando olhar Cecille com ar de desafio e até superior, o que se tornava difícil, tendo em conta que a amiga era bem mais alta do que ela.
A outra olhou-a bem fundo nos olhos e disse apenas:
- Não quero saber de briga por causa de homem. Muito menos, homem galinha. Você não disse que não queria mais nada com o Black?
Stacey baixou os olhos e murmurou:
- Isso não significa que os meus sentimentos tenham mudado… e nem sempre as palavras falam o que o coração sente.
Mary trocou um olhar com Cecille e puxou a outra para junto de si, abraçando-a e ela se deixou cair em prantos, chorando no seu ombro. Margaret tremia, apavorada, ao fundo.
- Stacey… - Começou Mary, acariciando os cabelos ruivos e luzidios da amiga. – Eu entendo o que você está sentindo. Entendo mesmo. – Lançou um olhar de perflexidade a Margareth, que baixou os olhos, já arrependida de ter aceitado a proposta de Sirius. – Só que você já percebeu que o Sirius nunca vai te ver do jeito que você gostaria. Depois, tem o espanhol, o tal do Ricardo… Que o Remus não me ouça, mas ele é o cara mais lindo que eu já vi na minha vida. Bem melhor do que esse panaca do Sirius Black, que vive se exibindo. Não tem a fama dele porque é discreto, só isso. Você vai a esse baile com o Ricardo, vai mostrar para o Black que não ficou chorando por ele e que a sua vida continua… e muito bem acompanhada, está certo?
A jovem vampira afastou o rosto choroso da amiga e enxugou as suas lágrimas com os dedos. A outra acenou um “sim” tímido com a cabeça e olhou para Margareth, murmurando:
- Desculpe a explosão… É que… ainda dói…
Um sorriso iluminou o rosto triste de Maggie, que, no seu ritmo lento, se aproximou de Stacey, dizendo:
- Não precisa pedir desculpa. Eu é que tenho que me desculpar. Eu traí a sua amizade.
- Você não traiu nada! – Comentou Cecille. – Nada, a não ser a sua própria inteligência, porque se envolver com o maior galinha de Hogwarts é a maior roubada em que você poderia se meter… Mas a escolha foi sua.
Mary lançou um olhar irritado para a amiga, como que avisando-a que aquele não era o momento para falar sobre aquilo.
- A Cecille está certa. – Comentou Stacey, ainda reprimindo o choro teimoso. – Você não traiu nada. Sirius vive para cima e para baixo com tudo quanto é garota… e eu não esperava que ele me convidasse para o baile, nem tenho mais esperanças em relação a ele. O Ricardo me convidou, eu vou com ele e vou me divertir muito, tenho certeza.
- Se você quiser, eu falo pro Sirius que não vou com ele. – Sugeriu Margareth, sem jeito, o que provocou uma gargalhada em Cecille, que exclamou:
- Isso, eu queria ver! Sirius Black, o presente que nove em cada dez alunas de Hogwarts sonha receber no Natal, levando um bolo… e logo de uma garota do terceiro ano, tímida e… enfim, logo a Maggie!
Mary voltou a fulminar Cecille com o olhar, mas não disse nada.
Stacey, por seu turno, sorriu, enternecida pela frase de Margareth e replicou:
- Não faça isso. Não por minha causa. Tenha o seu dia de princesa, você merece. Pode ter certeza que eu lhe desejo toda a sorte do mundo… e que tome cuidado para não se apaixonar.
A ruiva acariciou os cabelos de Maggie e depositou um beijo em sua testa.
- Sabem o que eu vou fazer agora? – Perguntou, dirigindo-se a todas, com um sorriso que não era alegre, mas mostrava o seu esforço para sair da tristeza. – Vou dormir e sonhar com o meu príncipe cigano, o Ricardo. Vocês deviam fazer o mesmo. Ir dormir e pensar no baile.
Contudo, nessa noite, enquanto todas pareciam dormir, Mary escutou soluços, vindo da cama de Stacey e julgou tê-la ouvido perguntar: “Sirius… porque é que tinha que ser assim?”
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