O dia depois de amanhã
-CAPÍTULO SETE-
O Dia Depois de Amanhã
Os gêmeos Weasleys tentavam ganhar tempo, enquanto Harry despistava Cho Chang para começar a caçada pelo pomo de ouro. O rebatedor da Corvinal sacou a jogada e mandou o balaço em cheio na direção do apanhador adversário. Por sorte, Harry estava apenas cinco metros do chão, próximo a arquibancada da Lufa-Lufa, quando o balaço atingiu em cheio a sua nuca. Ele nem percebeu que ficou quase cinco minutos estirado no campo de Quadribol.
- Você está legal, Harry? – Jorge perguntou ao garoto no momento em que ele abriu os olhos.
- Aham... – Harry disse sem pensar. De fato, nem seria necessário ir para enfermaria. – E o jogo?
- A madame Hooth só percebeu que você caiu depois que Cho apanhou o pomo. Perdemos por uma diferença de vinte pontos. – Fred disse, sem mostrar desapontamento.
- Ainda estamos na liderança – Harry disse estendendo o braço para que alguém o puxasse e ele logo pudesse sair dali – No próximo jogo a gente tem que ganhar por uma diferença de duzentos pontos, né?
Fred afirmou com a cabeça. Harry olhou ao redor e viu que os outros jogadores, excerto Rony, estavam ao seu redor, com um olhar mais tranqüilo por Harry estar bem.
- To indo tomar uma chuveirada – Harry disse – Vocês vão direto para o Caldeirão Furado?
- Pode apostar seus níqueis que sim – Angelina respondeu por todos – Apareça por lá depois.
Estranhamente animado, Harry caminhou solitariamente para o vestiário. Fechou a porta de entrada do lugar, queria ficar sozinho por um tempo. Começou a se despir, então guardou o uniforme de Quadribol no armário. Nu e descalço, entrou em um dos boxes e ligou o chuveiro. A água quente escorria relaxadamente por seu corpo, causando uma sensação de alívio, os músculos estavam doloridos. Ainda com sabão nos olhos, percebeu que havia alguém o observando.
- Quem está ai? – Harry disse enxaguando o rosto. Olhou na direção do ruído e viu Rony despido na sua frente. Ignorou a presença do garoto e continuou a tomar banho.
Rony abriu o registro do banheiro ao lado e começou a tomar banho. Por quase cinco minutos, realizou movimentos sensuais com o corpo liso e de pele macia. O seu membro duro pulsava de tesão, mas não era suficiente para chamar a atenção de Harry, que não estava excitado. Aquela era a resposta sobre Harry ter esquecido Rony ou não. O garoto passou a poção do esquecimento em seus lábios e lançou-se para debaixo do chuveiro de Harry.
- O que você está fazendo? – Harry tentou empurrá-lo para fora do boxe, mas Rony resistiu. O garoto o abraçou – Me largue, eu ...
Harry não terminou de responder. Rony começou a beijá-lo arduamente, seus lábios tinham um curioso sabor doce. Foi então que percebeu que Rony estava o forçando a tomar a poção do esquecimento. Flashes de memória surgiram diante dos seus olhos – Ele e Draco fazendo amor na sala precisa, Draco o acordando inesperadamente no dormitório dos meninos, Os dois embaixo da capa de invisibilidade se beijando na Madame Rosmerta...
Ele foi se esquecendo de todos os momentos que foi feliz ao lado de Draco Malfoy. Novos sentimentos começaram a substituir os antigos. Rony voltou a invadir o seu coração, lembrou-se que sempre havia amado o amigo que tinha medo de contar isso a ele e não ser correspondido. Agora ele estava ali, na sua frente, havia tomado uma iniciativa e começou a beijá-lo! Harry percebeu que o seu membro estava enorme, com uma imensa vontade de transar.
Rony, percebendo a excitação de Harry, parou de beijá-lo e se abaixou até a altura da cintura e começou a chupá-lo. Harry dava pequenos gemidos de prazer, em pouco tempo sentiu que já ia gozar. Rony continuava a chupá-lo com mais vontade ainda, logo a sua boca se encheu de porra, Harry o segurou pelos cabelos. Sem avisar, Rony fez Harry se virar para a parede, começou a lubrificá-lo com cuspe e colocou a ponta do pênis no seu traseiro. Começou a fazer movimentos frenéticos e aos poucos começou a penetrá-lo. Harry ficou excitado rapidamente, sentia o calor de Rony dentro de si, era um tesão que nunca havia sentido (pelo menos não se lembrava). O garoto começou a bombá-lo assim que viu que Harry tinha condições de receber todo o seu membro. Em instantes também gozou.
Eles continuaram a se amar por mais alguns minutos. Desligaram o chuveiro, trocaram-se e voltaram para o castelo. Quando entrou no Hall, Draco surgiu das escadarias, descia os degraus de dois em dois, parou na frente dele abruptamente.
- Eu estava te esperando – Draco falou para Harry, ignorando a presença de Rony.
Harry olhou incrédulo para ele. De que diabos Draco estava falando? Será que tinha vindo procurar encrenca?
Foi então que Malfoy percebeu. Naquele olhar vago de Harry, que o seu amor o havia esquecido. Injuriado, voltou-se para Rony.
- Como você pôde fazer isto com ele? – Draco perguntou, empurrando o Weasley – Você é doente! Porque deu a ele a poção do esquecimento? Você não o havia rejeitado? Eu o conquistei por mérito!
- Olha as maneiras, Draco – Harry disse olhando ao redor, certificando-se que ninguém estava ouvindo o que eles diziam – Quer levar uma surra aqui mesmo?
- Harry, você não percebe? – Draco tinha lágrimas nos olhos – Ele está enganando você! Por favor, me escute...
Harry acertou em cheio um soco no rosto de Draco. Seu lábio inferior começou a sangrar. O menino tampou a boca com as mãos, deu a volta neles e saiu em direção aos terrenos do castelo.
***
Draco nem fez questão de segurar as lágrimas. Ficou magoadíssimo, mas sabia que a culpa não era de Harry, e sim do Rony. Já com o seu melhor plano em mente, entrou rapidamente na floresta proibida. Se Harry havia feito aquele sacrifício por ele, também retribuiria. Fabricaria a poção Flowers Of The Sea e reconquistaria o seu amor.
A noite veio rapidamente. Como já estavam próximos a época do natal, a neve que caia era mais densa que o comum. A Floresta estava mais hostil que o de costume, como na noite em que Hagrid havia levado Harry, Neville, ele e Rony para buscar um unicórnio ferido, no primeiro ano em Hogwarts. Os animais da floresta estavam assustados por alguma razão especial. Draco já tinha a varinha nas mãos desde que entrou na Orla da Floresta. Os galhos embrenhados dificultavam ainda mais o seu acesso até o coração da Floresta.
Incrivelmente, não havia topado com centauros, vampiros, mortalhas ou qualquer bicho mortífero. Depois de quase quarenta minutos de marcha, Draco sentiu o perfume das flores do oceano. Estava bem próximo, podia sentir. Com a fraca iluminação da varinha, Draco desceu a depressão da Floresta e no meio de um amontoado de rochas, encontrou um pequeno jardim que continha as flores. Rapidamente, começou a apanhá-las. Guardou cerca de cinco mudas no bolso do seu casaco. Suava frio, tinha o receio de estar sendo observado, quando escutou o uivo de um lobo.
Virou-se assustado, com a varinha em punho, prestes a amaldiçoar qualquer criatura que o atacasse. Vários pares de olhos o observava através dos arbustos. Uma alcatéia de lobos surgiu, rodeando Draco de maneira ameaçadora.
Foi um grito agourento que o fez se virar de costas. Um lobisomem grotal rangia os dentes para ele. Draco nem teve a oportunidade de estuporá-lo, a enorme besta o atacou impiedosamente, com golpes e mordidas letais. Quando Draco achou que havia chegado os eu fim, o animal parou de atacá-lo. O olhou com um vazio, as pupilas dilatadas, tombou para o lado. Uma flecha havia sido cravada em suas costas. Firenze, o centauro, galopou até Draco.
- Está bem? – Ele perguntou, embora já soubesse a resposta.
- Eu vou virar um lobisomem? – Draco perguntou, mostrando o braço mutilado.
O centauro olhou para as estrelas, depois centralizou-se em Draco – Você está cumprindo o seu destino. Já estava escrito que as coisas seriam assim para você, desde o princípio.
Draco não teve a chance de responder. Perdeu os sentidos.
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