Suprema Fênix



-CAPÍTULO UM-

Suprema Fênix

A maneira como a brisa tocava os cabelos dele o deixava com dejavus. Rony estava deitado na grama, de barriga para cima. Observava curiosamente uma nuvem que lembrava muito um hipogrifo... mais uma vez ele estava pensando em Harry. Quadribol, Harry, O Profeta Diário, Harry, Hogwarts... e Harry. Rony ficou furioso consigo por não conseguir esquecer o amigo por um minuto sequer. Sozinho, ali, nos gramados de Hogwarts. A escola parecia sem vida, tudo estava tão difícil para ele... O sinal soou e ele, penosamente, pôs-se de pé, precisava ir para a aula de Herbologia nas estufas. Não sabia se era uma boa idéia encarar Justino cara-a-cara, entretanto, ele não tinha o direito de isolar seu namorado por tanto tempo assim, uma hora ele precisaria encarar o problema de frente – continuar o romance ou colocar um fim em tudo isso.

O melhor de tudo que acontecera desde então foi um sonho repetido que ele tivera. Estava em um lugar muito claro, totalmente cheio de luz. Quando começava a entrar em pânico, uma porta se materializou e dela surgiu um menino de uns quatorze, quinze anos. Ele era loiro, branco, de pele macia, as bochechas rosadas. Vestia o uniforme de Hogwarts, estava todo molhado, a franja empapada de água caia-lhe sobre a testa. O menino se aproximou de Rony e murmurou em seu ouvido “Pare de me procurar, eu já cheguei. Pare de sofrer, eu já cheguei. Pare de sofrer, eu já cheguei”. Então o menino lhe beijava de leve nos lábios e desaparecia. Depois que o sonho se repetiu, ele resolveu ir até a biblioteca e procurou algo a respeito dos sonhos. Abriu o livro sobre poções do amor. Lá dizia que sonhar repetitivamente com alguém que saia de uma porta, significava que esta pessoa era nada mais, nada menos que o grande amor de sua vida. Ela havia sido mostrada em sonhos, através de anjos protetores. Não havia dúvidas em relação a estes tipos de sonho, o garoto loiro mexeu profundamente com ele.

Ainda com o menino nos pensamentos, ele foi tomar café da manhã. Rony quase gritou quando uma das corujas da escola pousou sobre seus ombros, ela trazia um pedaço mínimo de pergaminho, ele o abriu e reconhece o garrancho de Hagrid. Rezando intimamente para que o gigante não o arrastasse para uma dócil mortal aventura, leu o bilhete.

“Rony

Venha a minha cabana o mais rápido possível, e sozinho.
Hagrid."

O que seria de tão importante para ele deixar Mione de lado? Ir ate lá sozinho era fácil, já que ele havia se isolado de todos naquela primeira semana do ano letivo. Precisou apenas se adiantar para a orla da Floresta e logo chegou à casa de Hagrid. O Professor de Trato das Criaturas Mágicas parecia ansioso, indiferente ao luto de Rony.

-Venha garoto, não fique receoso – Hagrid puxou Rony para dentro da cabana.

-Eu não posso me atrasar para a aula da professora Sprout – Rony disse meio zangado.

Hagrid não demonstrou qualquer sinal de ressentimento por Rony Ter sido tão grosso. Saiu de frente da lareira e deixou um animal a amostra.

-O que aconteceu com ele? – Rony correu até a fênix que sangrava e ajoelhou-se enfrente a ele, passando a mão de leve sobre a ferida.

-Eu estou sem tempo de cuidar dele, o encontrei machucado esta manha. Você poderia ficar responsável pelo fênix?

-Claro que sim! – Rony aceitou prontamente – mas essa fênix é muito jovem, qual o nome dela? É Fêmea?

-Oh não, é macho. Bom, escolha você o nome porque eu não tive tempo de pensar nisso. – Hagrid respondeu satisfeito por Rony aceitar a fênix de presente.

-Uhum... – Rony refletiu por alguns instantes, então a resposta veio na ponta da língua – Maximilliuns Phoenix. (Suprema Fênix).

-Um belo nome – Hagrid disse – Agora você deve voltar à aula. Quando você chegar à torre da Gryffindor, Max estará esperando-o.

Rony saiu animado da cabana, não reclamou de ficar responsável pelo Max, a fênix. Qualquer coisa era melhor que alfabetizar o Group, irmão gigante de Hagrid. Voltou correndo para as estufas, quando entrou na sala, a professora já estava explicando a nova matéria. Sentou-se bem longe de Justino.

- Nossa aula de hoje vai utilizar muitos feitiços. – disse ela – Todos aqui sabem fazer o feitiço Sturge?
Hermione ergueu a mão – O que se usa para acabar com os plânctons deixados pelos fantasmas?

- Este mesmo – a professora confirmou – Vocês devem sair pelo castelo, procurando plânctons. Coloque as gosmas verdes dentro de frascos finos número dois. Depois, toquem no frasco com a varinha e pronunciem “Revelation”. Uma imagem do fantasma dono do plâncton irá surgir na frente de vocês.

Depois disso, a professora Sprout contou aos alunos as propriedades mágicas do plâncton se misturado com algumas ervas do armário. Urtigas secas com plâncton era um bom xampu. Havia mais misturas na lista que a professora escreveu na lousa:

Chifre de Unicórnio + plâncton = coagulador nasal (pra narizes sangrando);
Plâncton + Benzoar + Linhaça de Amêndoa = descongestionador umbilical (para tirar cera de umbigo de trasgos).

Os alunos saíram em duplas para buscarem estes ingredientes. Rony rapidamente puxou Mione pelo braço afim de evitar que Justino o procurasse, ela percebeu isto.

- Porque você esta fugindo do Justino? – Hermione perguntou quando já estavam na Orla da Floresta, enquanto vasculhavam os arbustos ali perto.

- Ah... – Rony elaborou uma mentira rapidamente – ele não para de me perguntar sobre o Harry, por isso eu fico evitando ele.

Hermione segurou um soluço – Não fale mais dele, tudo bem?

Rony assentiu com a cabeça, levou um susto quando um emaranhado de cabelos espessos saltaram na frente dele. Hermione o abraçou e começou a chorar.

- Oh, Rony! – ela murmurou – eu sinto tanto a falta dele!

- Pensei que não era para falarmos do Harry! – Rony argumentou, enquanto dava tapinhas nas costas da Mione.

- É tão dolorido aceitar que ele foi morto por Voldemort. – ela disse se recompondo.

- Bom, eu tento não pensar nisto, Vamos procurar os ingredientes, ok? – ele sugeriu.

Continuaram a vasculhar aquela região. Logo encheram os sacos com diversas plantas, geralmente as mais exóticas ficavam mais para dentro da Orla da Floresta.

- Vamos dar um pulinho na floresta – Rony sugeriu – É só não nos afastarmos muito da Orla.

- Eu estou um pouco enjoada – hermione disse, e era verdade, seu rosto estava pálido – Acho que vou até a enfermaria. Deixe para irmos na floresta depois.

- Quer que eu vá com você? – Rony perguntou.

- Não, eu me viro sozinha. Não vá se aventurar sozinho pela Orla. – Ela deu um beijo no rosto de Rony e rumou para o castelo.

Rony sentou-se em uma rocha da Orla e ficou pensativo. Ele não poderia mais suportar toda aquela dor. Resolveu aproveitar que estava sozinho e colocaria um fim nisto. Sentia-se culpado pela morte de Harry e não carregaria este fardo consigo. Sabia que os Centauros haviam proibido a entrada de qualquer pessoa na floresta e encontrou um meio de acabar com a própria vida sem parecer suicídio. Teria que atiçá-los até que eles o atacasse, lutaria um pouco e deixaria que os centauros terminassem o serviço, aos olhos das pessoas, pareceria que ele se aventurara na floresta, quando foi abordado pelos centauros e lutou bravamente até a morte. Por um momento pensou em Justino, mas ele nunca amou o garoto da Lufa-Lufa. Ficou com ele só para enganar-se. Ele sempre gostou de Harry e isto nunca iria mudar.

Começou a correr em direção ao coração da floresta negra. Os galhos e espinhos feriam o seu rosto. Haviam muitas arvores caídas no chão, o que dificultava a sua passagem. O ar foi ficando cada vez mais abafado e difícil de respirar. Rony começou a ir mais devagar, mas ainda corria. As lágrimas rolavam pelo seu rosto, sentia-se um covarde.

Parecia que a floresta estava o cercando por todos os lados. Inexplicavelmente começou a nevar. Rony parou de súbito. Sentiu calafrios como se algum dementador estivesse por perto. Uma figura encapuzada surgiu por meio das arvores, Rony sacou a varinha e puxou rapidamente um pensamento feliz a memória...

“Quando sentiu o ar tocar os eu rosto, abriu os olhos. Harry estava do seu lado, o segurava pelo pescoço – sim, ele era a coisa mais especial para Harry!”- O pensamento da Segunda tarefa do torneio de Tribruxo era uma lembrança que o realmente fazia ficar feliz.

-Expectro Patronum! – Rony falou apontando para o dementador. Um leão rompeu da varinha de Rony e saltou em direção ao dementador. – Ei, este não é um dementador – Rony sorriu – Ridiculus!

O bicho-papão se revelou e fugiu por entre os arbustos. Sufocante, Rony se descobriu perdido na floresta proibida. Sentiu um aperto no coração, e desesperado, começou a chorar. Um canto familiar soprou em seus ouvidos, Rony se virou a tempo de ver Max, a Fênix pousar na rocha ao seu lado.

-Graças a Deus – Rony suspirou aliviado – Me leve daqui...

A Fênix se levantou, revelando que estava sentada sobre uma gosmenta porção de plâncton. Rony caminhou até a rocha e se inclinou sobre ela, afastou Max com a mão direita, com a esquerda recolheu uma quantidade generosa do liquido verde. Tocou nele com a ponta da varinha e conjurou o feitiço de revelação.

Um holograma de um garoto de aproximadamente quinze anos surgiu em miniatura enfrente aos olhos de Rony. Isto era impossível, não havia registros sobre um fantasma de um garoto em Hogwarts...

- Quem é você? – Rony escutou uma voz firme perguntar atrás de sí. Quando se virou, quase gritou de susto. O fantasma do garoto que ele sonhou estava flutuando diante dele.

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