Prólogo
Assunto de Meninos II
A Segunda vez, é ainda melhor!
Nota do Autor: O enorme sucesso da primeira edição me fez refletir sobre continuar a Fan Fics ou até em fazer uma triologia. Só na primeira semana de lançamento, a página Oficial marcou quase setecentas visitas, em vista que houve divulgação apenas no Brasil e em Portugal. Os sites mais especializados em Fics, como o Floreios & Borrões deixou uma marca de aproximadamente 100 leitores na primeira semana quando foi ao ar a entrevista que concedi a Lucas Sasdelli. Eu só tenho a agradecer ao seleto público Slash e espero repetir o enorme sucesso da primeira etapa. Dedico esta Fics a todos vocês.
Sinopse: A Comunidade Bruxa ficou abalada com as trágicas mortes de Harry e Draco. Nem Rita Skeeter, em seus sonhos mais delirantes, imaginaria que ouve relação entre as mortes. Isso foi à cartada branca para Rony, que assustado, imaginava que pudesse vir a conhecimento público as suas intimidades. Entretanto, no dia em que Rony resolver por um fim a toda a sua angustia, aparece uma pessoa realmente especial... As emoções vividas em Assunto de Meninos – Parte I estão voltando, a prova de uma amor maior vai ser testada quando Rony decidi levar um insano plano a execução.
- Momentos finais de Assunto de Meninos –
Harry correu em direção ao corredor onde Draco estava hospitalizado, um enfermeiro disse que ele não poderia entrar no quarto, mas Harry apenas apontou a varinha e ele saiu do caminho. Quando entrou no aposento, sentiu suas pernas estremecerem. Draco estava deitado na cama, de olhos fechados – e vivo – embora sua respiração fosse devagar. Harry aproximou-se dele, ficou ao lado da ama e segurou a mão pálida do menino. As lágrimas rolavam pelo rosto de Harry, ele soluçava enquanto tentava falar.
- Harry – Draco disse baixinho, abrindo os olhos – que bom que você esta aqui. Eu pensei que não viria.
- Oh – Harry engasgou chorando – Draco, não me deixe outra vez – ele suplicou – você precisa lutar!
Draco começou a perder o foco da visão, suas mãos tremiam e ele começou a agonizar, sua respiração ficou mais lenta – Harry, eu me recordo o último verão, o que passamos juntos. – ele disse enquanto as lembranças vinham à tona – nós dividimos o nosso amor... E os ventos trazem aquelas noites que passamos juntos.
Harry colocou a cabeça no colo de Draco e chorou compulsivamente. Ele estava morrendo.
- Harry – Draco o chamou pela última vez – porque esta tudo tão nublado? – ele suspirou – esta tão frio aqui...Devo sonhar que o verão chegou e estaremos juntos outra vez.
Depois de alguns segundos de silêncio, Harry ergueu o olhar e viu que Draco o fitava ternamente. A cor Esvaziou-se do rosto rapidamente.
- Draco, eu estou aqui. – Harry disse tomando o rosto dele com as mãos – fale comigo, Droga! – Harry deu um tapa no rosto do menino. – Ande seu filho da puta! – ele já estava em histeria – Você não pode me deixar, não faça isso comigo...
Uma mão leve tocou no ombro de Harry e tudo escureceu. Um forte feixe de luz o segurou, de modo suspenso, no ar no meio do nada. Finalmente, Harry deu um último suspiro e morreu. Naquele instante ele parou de sofrer.
-Prólogo I-
Rony olhou mais uma vez para baixo. A vertigem parou de incomodá-lo, ele apertou a mão gelada ao seu lado. Um nó em sua garganta e um soluço foram suficientes para que ele engasgasse o choro e perdesse o controle da emoção que estava sentindo. Harry estava deitado, apenas dormindo serenamente. Enfim, o Menino que Sobreviveu teve descanso... parou de sofrer... As pessoas se amontoavam envolta do caixão negro. Arthur fez um sinal positivo e o caixão foi selado com uma tampa de mogno nobre, então Minerva aproximou-se do caixão e o cobriu com a bandeira da Gryffindor. O enorme leão bordado flamejava ao som do Hino de Hogwarts, quando Rony viu seu amigo pela última vez.
-Prólogo II-
T & T
Cinqüenta anos atrás.
O professor Dumbledore parou repentinamente de caminhar. Ele apurou os ouvidos e esticou o pescoço. Aparentemente não havia ninguém ali, o professor olhou envolta mais uma vez, sacudiu os ombros e foi embora.
Tommy soltou o ar dos pulmões e respirou aliviado. Quase fora descoberto, depois de ter certeza que o diretor provavelmente estaria no andar de baixo, saiu do seu esconderijo atrás do quadro que tinha a foto de um trouxa. Tom, assustadíssimo, saiu logo atrás.
- É muito arriscado continuar a usar esta sala – Tommy argumentou para Tom, depois que já estavam de volta a casa da Sonserina.
- E o que você espera? – Tom disse em zombaria – Um bangalô luxuoso?
Tommy não respondeu. Aproveitou que eram quase meia-noite e que não havia ninguém na sala comunal. Jogou-se na poltrona próximo a janela e ficou lá sem dizer nada. Estava de cara amarrada, ser quase descoberto não era a pior coisa que poderia lhe acontecer, mas causaria muitos embaraços.
- Tudo bem – Tom disse se rendendo – Eu conheço um ótimo lugar...
- Riddle! – Tommy disse enfurecido – eu não estou procurando um lugar mais íntimo para nós. Só acho difícil continuar a ser uma farsa.
- Não me venha com aquela conversa outra vez – Tom disse ficando irritado, andando envolta da poltrona onde Tom estava sentado – É ridículo andarmos de mãos dadas pelo castelo, seríamos expulsos de Hogwarts!
Havia muito mais coisas em jogo para Tom. Ele havia iniciado o seu plano de abertura da Câmara Secreta, havia muito mais importância em permanecer em Hogwarts. Só que jamais poderia revelar isso para Tommy, o seu protegido.
Quando Riddle estava no segundo ano de Hogwarts, Tommy havia chegado no castelo. Já havia se destacado na seleção do chapéu por causa de sua linhagem de puro sangue, mas quando o menino pisou o pé na Sonserina, acabou sendo alvo de marmanjos que o surravam de vez enquanto. Um dia Tom não suportou mais ver o garotinho sendo espancado e resolveu comprar briga. Riddle sempre foi muito respeitado em toda escola devido aos seus poderes serem quase comparados a de quaisquer professores da escola. Então Tommy passou a ser o seu protegido. Quando Riddle estava no quarto ano e Tommy no terceiro, eles começaram a namorar. Já fazia dois anos que estavam juntos, Tom realmente amava o garoto, mas não permitiria que seus sentimentos por ele o atrapalhassem em abrir a Câmara dos Segredos.
Depois de ficarem de cara amarrada, um para o outro, cada um foi para o seu dormitório. Tommy chorou silenciosamente na cama, cobriu-se com as cobertas, escondeu o rosto embaixo do travesseiro. Ele achava injusto as coisas que Riddle dizia a ele. Sentia ciúmes por Tom aparentemente ser um líder de algum grupo do qual ele não poderia participar. Tommy lembrou-se do dia em que jogou isso na cara dele.
“Eu não tenho nenhuma turma em especial” – Riddle disse perdendo facilmente a calma.
“Então, quem são os Comensais da Morte?” – Tommy perguntou, jogando Tom contra a parede.
“Você esta delirando!”- Tom berrou – “Seu ciúmes doentio vai acabar nos separando, estou avisando”.
“Vá a merda” – Tommy virou as costas, mas Tom o puxou de deu-lhe um soco de direita no estomago.
Tommy ajoelhou-se no chão, a respiração fraca, seus olhos lacrimejaram, não podia acreditar que Tom o havia socado.
“Sabe porque você ainda não é um dos Meus?” – Riddle disse segurando o rosto de Tommy com muita força – “Você é um marica. Jamais estará a altura de ser um Comensal”.
Riddle virou-se e ia saindo da sala quando escutou Tommy murmurar algo inteligível, sua boca estava cheia de sangue.
“Lorde Voldemort” – Tommy disse cuspindo sangue no chão – “Eu o amo... deixe-me seguí-lo”.
Agora foi a vez dos olhos de Tom lacrimejarem. Ele agachou-se ao lado de Tommy, estava soluçando para tentar segurar o choro – “Isso basta. Se realmente me ama, vai ter que provar. Daqui a três dias terá que dar uma lição em uma sangue-ruim”.
Essas lembranças se foram quando Tommy pegou no sono, amanhã seria o grande dia – o dia em que Tom Riddle reconheceria um garoto de valor.
***
O dia amanheceu com uma atmosfera melancólica. Ainda eram seis horas da manhã quando Tom Riddle entrou no dormitório e acordou Tommy com um toque na face.
- Oi, Tom – Tommy esfregou os olhos – ainda é cedo... e domingo!
- Se você não quer cumprir aquela tarefa, é só avisar. – Riddle disse em tom ameaçador.
Tommy sentou-se de sobressalto, muito acordado, o sono havia desaparecido. Riddle ficou em silencio por uns instantes. Começou a acariciar os cabelos loiros de Tommy que caiam a franja na testa.
- Eu devo magoá-lo bastante, me perdoe – Tom disse, se lamentando.
- Não há nada de errado com você – Tommy disse consolador – Eu imagino a quantidade de preocupações que você tem. Esta sozinho neste mundo, só tem a mim...
- Isso mesmo, meu loirinho – Riddle sorriu, tomando cuidado em falar baixo para não acordar os outros garotos do dormitório.
- O que eu devo fazer então? – Tommy perguntou.
- Vamos até o banheiro dos monitores, lá eu explico. – Riddle falou, levantando-se.
Os dois saíram silenciosamente da Sonserina, o banheiro dos monitores fica atrás do quadro de Bonns, o Pasmo.
- Frescor de Pinho – Riddle disse ao bruxo do quadro e a passagem se revelou.
Tommy ficou impressionado com o interior do banheiro dos monitores-chefe. O piso e as paredes de mármore branco eram iluminados pelo grande lustre que pendia velas de cores sortidas. As grandes janelas estavam protegidas por uma fina cortina de seda. Uma pilha enorme de toalhas brancas e macias jazia à esquerda da piscina retangular e funda. Ele sentiu a mão quente de Riddle passar por debaixo do seu pijama e tocar a sua costa. Ele se arrepiou e virou-se para encarar o garoto. Riddle, um ano mais velho, media quase dois palmos de altura a mais que ele, mas por ter treze anos, Tommy crescera bastante. Tom o segurou pela cintura e puxou a camisa do pijama de Tommy, deixando-o apenas com a curta bermuda do pijama que deixava suas pernas brancas e lisas a mostra. Tom fez o menino se deitar no chão gelado, puxou o restante das roupas de deixou Tommy apenas de sunga. Despiu-se a si rapidamente, o seu membro pulsava na sunga apertada, ele ajoelhou-se em meio as pernas de Tommy e começou a passear pelo corpo do menino com a língua quente e dócil.
- ... Tom... eu... ah... – Tommy gemia.
- Vamos para a água – Riddle se levantou, acenou com a varinha e as mais de cem torneiras envolta da banheira distorcida a encheram rapidamente com água morna e cheia de espuma com bolhas coloridas.
Os dois entraram na água e começaram a trocar carícias. Riddle sabia muito bem os pontos de que ativavam o prazer de Tommy. Tom fitou os olhos azul acinzentado dele. Haviam mais do que amor naquele olhar sincero de Tommy – Riddle viu medo. Vagarosamente, Tom passou suas mão pelo pescoço de Tommy.
- O que esta fazendo? – Tommy perguntou, assustado – Você está me sufocando, pare, por favor, TOM!
Riddle continuou a enforcá-lo. Ele empurrou o garoto para o fundo da piscina e começou a afogá-lo. Ele se debatia em vão. Aos poucos começou a perder a força, Riddle segurava firmemente Tommy pelos cabelos.
Apavorado, embaixo de Riddle, Tommy ficou desesperado. A água entrava em grandes goles dentro dos seus pulmões. A imagem de Tom acima dele começou a sair de foco.
“Tom, por favor...” - Tommy implorava, em pensamento – “Porque você está fazendo isto comigo?”
“As lembranças do dia em que chegou a Hogwarts vieram aos seus olhos enquanto ele chegava a morte. O grande e imponente castelo estava abafado devido as altas temperaturas que assolava toda a Grã-Bretanha. Tommy estava confiante sobre qual casa seria enviado, todos seus ancestrais pertenciam a casa da Sonserina – ele era um sangue-puro. O ingênuo menino branco, loiro e de olhos azuis perdeu toda a sua confiança quando entrou no lotado salão principal depois de ter feito a travessia do lago. Um professor velho e enrugado conjurou uma lista e começou a chamar os calouros do primeiro ano que seriam selecionados para suas respectivas casas. – Ele era o primeiro da lista.
- Tommy Frederick Lestrange – chamou o professor.
Tommy, nervoso, sentiu o peso de todos os olhares em cima de si. Sentou-se no banquinho, colocou o chapéu seletor na cabeça logo em seguida. O chapéu seletor resmungou algumas das qualidades do garoto, e por fim, soltou as palavras que por Tommy eram abençoada:
- Slytherin! – Anunciou o chapéu.
A atulhada mesa da Sonserina explodiu em aplausos, haviam ganho a aposta com a Grifinória, de que o primeiro aluno da escola naquele ano seria enviado a Sonserina. Tommy não deixou que corar quando percebeu que um popular aluno do segundo ano não parava de fitá-lo. Era o Tom.
Semanas depois, após Riddle não suportar mais o calouro ser humilhado pelos veteranos, resolveu adotá-lo como seu protegido, só que Tommy atraia Riddle de outras maneiras...”
Tommy levou uma pancada forte na cabeça, Riddle havia dado uma joelhada na sua nuca, ele afundou de vez na piscina, ainda sim, de olhos abertos, podia ver os contornos de Tom.
“Venha, garoto, quero falar com você em particular – dissera Riddle quando Tommy estava no segundo ano em Hogwarts.
Eles entraram na biblioteca do segundo andar. Os se embrenharam no meio das prateleiras, Riddle segurou o garoto pelo queixo e o forçou a olhá-lo nos olhos. Ele apontou a varinha para o peito do menino.
- Porque você me olha com desejo? – Tom perguntou furioso – Porque suas mãos transpiram quando você me vê? Porque Seu coração aperta quando ouve a minha voz? Responda!
- Eu não... – Tommy tentou desviar o olhar, envergonhado por ter sido descoberto.
- não minta para mim! – Tom o pressionou contra o armário, sentou suas pernas tremerem quando se afundou naqueles olhos azuis – Fale logo de uma vez, inferno!
Tommy fraquejou, começou a chorar e soluçar – Eu gosto de você – ele confessou – desculpe, prometo que vou me distanciar de você, fui um tolo, Você me protegeu por tanto tempo e agora decepciono-o porque o amo.
- Você me deu orgulho – Riddle inclinou-se para frente e tocou os lábios de Tommy com os seus. Os dois se amaram ali mesmo”.
Antes de perder os sentidos, Tommy jurou que voltaria para encontrar o seu verdadeiro amor.
“Porque as minhas mãos ficam suadas toda a vez que eu o vejo?”
“Porque meu coração aperta quando ouço a sua voz?”
“Deus, porque as rosas são vermelhas?”
Tom Riddle soltou as mãos. O corpo de Tommy boiou na banheira, um filete de sangue estava saindo do nariz dele, manchando a água. Seus olhos azuis focados miravam o além.
Tom e Tommy
***
Rony acordou do pesadelo, tinha sonhado com Harry mais uma vez. Quando abriu a boca para chamar por sua mãe, estranhamente um outro nome saiu:
- Tommy!
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